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votos de Celso de Mello na ADPF 187

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TRABALHO: CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Constitucional “I”
PROFESSOR: Henrique Simon
VOTO DO MINISTRO CELSO DE MELO NA ADPF 187
Para o relator o ministro Celso de Melo, manifesto durante o julgamento da Arguição de Descumprimento do Preceito Fundamental, 187, considerou as manifestações a respeito da discriminação da maconha, visto que as manifestações pacificas são requisitos legais que completam as normas do ordenamento jurídico brasileiro. Mais do que o uso substancias proibidas, estava em jogo os direitos fundamentais, ou seja, a livre manifestação de expressão e dos pensamentos dos cidadãos.
O relator se conceitua no artigo 5º no seu inciso IV, onde a Constituição diz que “é livre a manifestação do pensamento” e no artigo 16º que diz, “Que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais aberto ao público, independentemente de autorização, sendo apenas exigido que seja avisado as autoridades competente sobre a realização do evento.
Para o ministro a decisão do STF é importante tanto para esclarecimento da vigência tanto quanto para alertar sobre a violência da policia paulista que reprimiu as manifestações da marcha da maconha com extrema violência, o que segundo Celso de Melo as autoridades não tem o direito de questionar o que foi decidido, sob pena de sofrer as consequências da lei, frisou o ministro.
Segundo Celso de Melo, a minoria tem o direito de expressar as suas opiniões e ideias ainda que seja um número minoritário mesmo que chegue a ser inaceitável pela maioria absoluta. Para o ministro, a manifestação é um ato democrático e um direito do cidadão, cabendo ao STF a última palavra.
O ministro relata como foi feito o seu voto e diz que não estava em questão a liberação das drogas pois é um tema que chegará ainda em breve ao Supremo para as devidas analises do colegiado. Mas o ministro adiantou sobre a sua opinião da liberação de substância alucinógenas para os rituais religiosos. Lembrando que esta questão também foi discutida na Corte Americana (EUA) autorizando o uso da Hayuaska que é uma substancia alucinógenas que é consumida por seguidores do Santo Daime, lembrando que esta liberação esta relacionada com o direito fundamental que é: O direito a liberdade de crença e religião.
Como é uma qualidade do ministro, ele se dedicou com afinco ao tema sob sua relatoria e assim produziu votos sob duas preliminares além do voto de mérito, em uma das preliminares coube a ele desenvencilhar sobre a questão processual: quais são os limites da atuação do amicus curiae “Amigo da Corte” para o ministro reconhece a importância dessa figura jurídica na Corte, fornecendo informações aos julgadores, com direito a manifestação por escrito e até sustentação oral, podendo até solicitar informações e pericias, mas não cabe a esse amigo fazer pedido de formulações no processo como se fosse parte.
No entendimento do ministro Celso de Melo a ABESUP, enseja criar barreira quanto a criminalização das drogas e postula que seja dado ao artigo 287 do Código Penal a mesma interpretação da Constituição Federal de maneira que exclua quaisquer argumentos que provoque ruptura na luta pela legalização das drogas ou de quaisquer outras substâncias especificas.
A ABESUP defende a legalização e o reconhecimento da legitimidade jurídica com o afastamento tipicamente penal da conduta, no que se refere as folhas 188/189. O que defende a ABESUP: O cultivo doméstico, o porte de pequenas quantidades e uso em ambiente privado da maconha; a utilização de referida substância para fins medicinais; inclusive para efeitos de pesquisas médicas; o uso da maconha em rituais litúrgicos; a utilização da substancia canábica para fins econômicos, admitindo quanto a ela, o plantio a exportação e importação ou a venda de insumo ou produtos dela oriundos sem qualquer vinculação ao SENAD/CONAD, mas contando com a participação democráticas dos órgãos interessados no assunto. A ABESUP, também pleiteia a concessão de ofício, em caráter abstrato, de ordem de “Habeas Corpus” em favor de qualquer pessoa que se envolvam nos comportamentos anteriores tipificado conforme (folha 151).
Segundo o relator da matéria, o “amicus curiae” desenvolverá relevada contribuição, não obstante e inquestionável relevo da sua participação com terceiro interveniente, no âmbito de fiscalização normativa abstrata mesmo sem dispor de poderes processuais tais como os poderes que assiste aos arguentes e não ao “amicus curiae”.
Celso de Melo argumenta que, as entidades dotadas de representatividades “amicus curiae” podem ingressar formalmente em Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, na condição de terceiro interessado, para participar e manifestar das controvérsias constitucionais dispondo de legitimidades para ajuizamentos de ações constitucionais.
Com esse entendimento, o ministro vê a possibilidades de o “amicus curiae” de participação na ADPF, o que é perfilhado segundo vários autores com cita o então e eminente o ministro Gilmar Ferreira Mendes. (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental: Comentário a Lei 9.882 de 03/12/1999.), p 126, item n. 04, 2007, Saraiva).
Tem-se por destacar que a intervenção do “amicus curiae” no processo, tem por objetivo pluralizar o debate constitucional, permitindo assim, que o Supremo Tribunal Federal, possa obter de todas as ferramentas informativas possíveis para dar uma resposta a controvérsia embasada da transparência com todas as pertinências ao que o fato requer.
Aluno: Divino Nunes dos Santos
RA: 21653407

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