Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cálculo III AULA 7 – DERIVADAS PARCIAIS E DIFERENCIABILIDADE INTRODUÇÃO Vamos considerar o enunciado abaixo: Suponhamos que temos curvas de nível da temperatura T = T(t,h), medida em graus. Seja t o tempo em horas, e h a altitude, medida em metros, de uma região. Agora podemos perguntar: Como vai variar a temperatura em relação ao tempo no instante to , num ponto de altitude h = ho ? Veja que temos funções de duas variáveis nesse enunciado. Agora vamos fazer uma análise onde apenas uma variável se modifica, enquanto as outras são mantidas fixas. Esse procedimento nos leva a definição de uma derivada para cada umas das variáveis independentes. Essas derivadas parciais, nos possibilita obter respostas para o enunciado dado anteriormente. DEFINIÇÃO DE DERIVADAS PARCIAIS Se y = f(x) (função de uma variável real) sua derivada é definida por: Taxa de variação de y em relação a x Agora estender essa definição para funções de duas variáveis real, z = f (x,y). Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis reais e (x0,y0) um ponto do domínio de f. A derivada parcial de f em relação a x no ponto (x0,y0) é definida por: Se o limite existir. Notações: Para calcular a derivada, fixa-se y = y0(mantendo-se y constante) em z = f(x,y) e calcula-se a derivada de g(x) onde definimos g(x) = f(x,y0) em x = x0 , ou seja, Essa função denomina-se função derivada parcial de primeira ordem de f, em relação à x, ou simplesmente, derivada parcial de f em relação à x. Analogamente, a derivada parcial de f em relação a y no ponto (x0,y0) é definida por: Se o limite existir. Notações: Para calcular a derivada fixa-se x = x0 em z = f(x,y) (mantendo-se x constante) e calcula-se a derivada de h(y) onde definimos h(y) = f(x0, y) em y = y0, ou seja, Essa função denomina-se função derivada parcial de primeira ordem de f, em relação a y, ou simplesmente, derivada parcial de f em relação a y. Analogamente podemos estender esta definição para as derivadas parciais de ordem superiores. Por exemplo, a derivarmos fxx(x,y) que significa derivar a derivada parcial em relação a x, novamente em relação a variável x. Pela definição de derivada parcial de primeira ordem podemos definir formalmente que, EXEMPLOS 1. Seja f(x,y) = 2xy – 4y. Calcule 2. Seja f(x,y) = 2xy – 4y. Calcule 3. Seja f(x,y) = 2xy – 4y. Calcule 4. Seja g(x,y) = 2x2y +3xy2 – 4x. Vamos calcular as derivadas parciais de primeira ordem. 5. Seja função Vamos calcular as derivadas parciais de primeira ordem. INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA A interpretação geométrica das derivadas parciais de uma função de duas variáveis é análoga à feita para funções de uma variável real. Suponhamos que z = f(x,y), definida de R2 em R admite derivadas parciais em (x0,y0). Para y = y0 temos que f(x,y0) é uma função de uma variável cujo gráfico é uma curva C1, resultante da interseção da superfície z = f(x,y) com o plano y = y0. A inclinação da reta tangente à curva C1 no ponto (x0,y0) é dada por De maneira análoga, temos que a inclinação da reta tangente à curva C2, resultante da interseção de z = f(x,y) com o plano x = x0, é DERIVADAS PARCIAIS DE ORDEM SUPERIOR Seja a função z = f(x,y). Podemos construir as derivadas parciais de segunda, terceira, ate a n-ésima ordem. Notação: Derivada parcial de segunda Ordem em relação a x Derivada parcial de segunda Ordem em relação a y Derivada parcial de segunda Ordem em relação a y e x. Derivada parcial de segunda Ordem em relação a x e y. Derivada parcial de terceira Ordem em relação a x, ou seja, a derivada segunda em relação a x é novamente derivada em relação a x. Portanto podemos derivar até a ordem n usando todas as combinações possíveis entre as variáveis. EXEMPLO Seja f(x,y) = 4 x5 y4 – 6 x2y + 2. Calcule todas as derivadas parciais de segunda ordem. APLICAÇÕES Na economia onde o termo análise marginal se refere à prática de usar uma derivada para estimar a variação no valor de uma função resultante de um aumento de uma unidade em uma de suas variáveis. As derivadas parciais são conhecidas como a produtividade marginal (ou produtos marginais) do capital e do trabalho, respectivamente. DIFERENCIABILIDADE Função de uma variável O gráfico constitui uma curva que não possui pontos angulosos, em outras palavras a curva é suave. Em cada ponto do gráfico temos uma reta tangente única. Função diferenciável de duas variáveis Em cada ponto do gráfico da função f deverá existir um único plano tangente que represente uma boa aproximação da função perto do ponto indicado. “Boa aproximação” y = f(x0) + f’(x0)(x – x0) Quando x se aproxima de x0, a diferença entre f(x) e y se aproxima de zero muito rápido. As derivadas parciais estão relacionadas com o plano tangente ao gráfico de uma função de duas variáveis. DEFINIÇÃO Plano tangente Seja f(x,y) uma função diferenciável no ponto (x0,y0). O plano tangente ao gráfico de f(x,y) no ponto (x0,y0,f(x0,y0)) tem com equação: Agora podemos definir uma função diferenciável. Informalmente, dizemos que f(x,y) é diferenciável em (x0,y0) se o plano dado pela equação anterior fornece uma boa aproximação para f(x,y) perto de (x0,y0). Veja que quando (x,y) se aproxima de (x0,y0) , a diferença entre f(x,y) e z = T(x,y) se aproxima mais rápido de zero. Se f não é diferenciável no ponto (x0,y0), então o plano existe mas não é necessariamente tangente ao gráfico. DEFINIÇÃO Sejam z = f(x,y) uma função definida num conjunto aberto U 2 e (x0,y0) U. Dizemos que f é diferenciável em (x0,y0) se, e só se, f for diferenciável em todos os pontos de U. Teorema 1 Se z = f(x,y) é diferenciável em (x0,y0) , então z = f (x,y) é contínua em (x0,y0). Se f(x,y) não é contínua em (x0,y0) então não é diferenciável em (x0,y0). Teorema 2 Se z = f(x,y) é diferenciável em (x0,y0) , então z = f(x,y) possui derivadas parciais em (x0,y0). OBSERVAÇÕES Se alguma derivada parcial não existe em (x0,y0) então a função não é diferenciável em (x0,y0). O material de estudo apresenta outros teoremas. Vale destacar o teorema que garante que a continuidade das derivadas parciais em um ponto implica na diferenciabilidade no ponto. A recíproca não é verdadeira, isto é, diferenciabilidade em um ponto não implica em que a derivada parcial seja contínua naquele ponto. O plano tangente ao gráfico de f(x,y) em (x0,y0,f(x0,y0)) é perpendicular a direção do vetor normal. Portanto: A reta que passa por (x0,y0,f(x0,y0)) e é paralela ao vetor normal em (x0,y0) é chamada reta normal ao gráfico da função f(x,y) no ponto (x0,y0,f(x0,y0)) e esta é dada por: (x,y,z) = (x0,y0,f(x0,y0))+ t N(x0,y0), t EXEMPLO Determine a equação do plano tangente da reta normal ao gráfico de z2 = x2 +y2 no ponto 1º ) Calcular as derivadas parciais 2º ) Determinar T(x,y) Reta Normal (x,y,z) = (1,2,))+ t N(x0,y0) RESUMINDO Derivadas Parciais Diferenciabilidade y = f(x0) + f’(x0)(x – x0)
Compartilhar