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DIREITO CIVIL DA PERSONALIDADE Início da personalidade da pessoa natural (Art. 2º,CC 1ª parte): “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida”. O que é nascer com vida para o Direito Civil? Se a criança respirou pelo pulmão é verificado o início da personalidade com aquisição de direitos. Nascituro (Art. 2, 2ª parte): “a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro. O nascituro tem direito? Teoria Natalista: o nascituro não tem direitos e só os terá se nascer com vida Teoria Concepcionista: os direitos do nascituro estão garantidos desde sua concepção (ENTENDIMENTO DA OAB/FGV) Teoria Concepcionista Aprofundada: os direitos patrimoniais do nascituro estão condicionados ao seu nascimento com vida, mas os direitos da personalidade são garantidos desde a sua concepção DA CAPACIDADE Conceito: é a medida da personalidade Capacidade de direito ou de gozo: é a capacidade de ser titular de direitos. Todo mundo tem e não pode sofrer limitação Capacidade de fato ou de exercício: é a capacidade para o exercício dos direitos. Nem todo mundo tem e pode sofrer limitação. Capaz Possui capacidade de direito e de fato Incapaz: é alguém que sofre limitação à sua capacidade de fato Limitação absoluta: não pode exercer direitos sem estar representado. *Absolutamente incapaz (art. 3º, CC) Limitação relativa: pode praticar alguns atos da vida civil (ex.: testamento), mas, para outros, deve estar assistido. *Relativamente incapaz (art. 4º, CC) DA EMANCIPAÇÃO Com a emancipação cessa a incapacidade. Ela pode ser: Voluntária: Os pais emancipam por instrumento público independentemente da homologação judicial Judicial: Juiz emancipa por sentença devendo ser ouvido o tutor Legal: Lei (arts. 5º, II, III, IV e V, CC) -> Casamento; exercício de emprego público efetivo; colação de grau em curso de ensino superior; estabelecimento civil ou comercial, ou existência de relação de emprego que assegure economia própria. DO FIM DA PERSONALIDADE A personalidade termina com a morte. A morte pode ser: Real: certeza da morte. Ex.: Morte encefálica Presumida: não há corpo, logo não há certeza da morte Com a decretação de ausênciaAUSENTE 1º Curadoria provisória 2º Sucessão provisória (1 ano após a arrecadação dos bens do ausente) M. PRESUMIDA 3º Sucessão definitiva (após 10 anos da abertura da sucessão provisória) Sem decretação de ausência: Se houver perigo iminente, presume-se a morte sem decretação de ausência Comoriência: se duas pessoas morrem no mesmo acidente e não dá pra saber quem morreu antes e quem morreu depois, presume-se que ocorreu morte simultânea das duas pessoas. DIREITOS DA PERSONALIDADE - Direitos essenciais da pessoa Rol exemplificativo dos direitos da personalidade (são ilimitados)Direito a vida Integridade Física Integridade Psíquica Liberdade de expressão, crença e opinião Honra e Nome (...) Classificação: Direitos físicos: são inerentes à pessoa humana (vida, integridade física, honra, etc.) Direitos psíquicos: são direitos particulares (expressão, crença, opinião) Direitos morais: voltados para coletividade OBS.: Pessoa jurídica é titular de direitos da personalidade, salvo aqueles que são físicos. Características (art. 11, CC): Irrenunciáveis Intransmissíveis. Exceção: o direito a imagem (retrato) é transmissível, ao contrário do direito a imagem (atributo), este é intransmissível. Não podem sofrer limitação voluntária DO NEGÓCIO JURÍDICO Validade do negócio jurídico (Art. 104, CC) Agente capaz; Objeto lícito, possível e determinado ou determinável; Forma prescrita ou não defesa em lei. Ex.: Pacto antenupcial tem que ser lavrado por escritura pública; A fiança tem que ser por escrito. Invalidade do negócio jurídico NULO ANULÁVEL Não produz efeitos; Ex tunc; Interesse público; Juiz declara de ofício; Não pode ser ratificado pelas partes; Não convalesce; Não decai e nem prescreve Produz efeitos até a sua anulação; Ex nunc; Interesse particular; Juiz não pode declarar de ofício; Pode ser ratificado pelas partes; Convalesce pelo decurso do prazo; Prazo decadencial DICA: O negócio NULO não convalesce e nem produz efeitos, mas em alguns casos será possível a sua conversão (art. 170, CC – Conversão do negócio jurídico nulo) em outro negócio. CUIDADO: Ele não produz efeitos, mas vai ser convertido em outro. Ex.: O doutrinador menciona que, se as partes participam de escritura pública nula porque lavrada em desacordo com os princípios legais, mas se o ato puder valer como documento particular, atingirá o efeito procurado pelas partes. Trata-se de medida conservatória que a doutrina denomina conversão substancial do negócio jurídico. Aproveita-se o que for possível do negócio nulo para ser tido como válido. Defeitos do negócio Jurídico Vícios do consentimento ou da vontade: erro; dolo; coação; estado de perigo e lesão -> O NEGÓCIO JURÍDICO É ANULÁVEL Vícios sociais: Simulação: O negócio é NULO Fraude contra credores: O negócio é ANULÁVEL DICA: O prazo decadencial para ANULAR um negócio jurídico é de 04 anos contados da simulação do negócio ou do momento em que cessar a coação.
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