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DIREITO CIVIL DIREITOS DA PERSONALIDADE e NEGÓCIO JURÍDICO 20.06.15

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DIREITO CIVIL
DA PERSONALIDADE
Início da personalidade da pessoa natural (Art. 2º,CC 1ª parte): “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida”.
O que é nascer com vida para o Direito Civil? Se a criança respirou pelo pulmão é verificado o início da personalidade com aquisição de direitos.
Nascituro (Art. 2, 2ª parte): “a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.
O nascituro tem direito?
Teoria Natalista: o nascituro não tem direitos e só os terá se nascer com vida
Teoria Concepcionista: os direitos do nascituro estão garantidos desde sua concepção (ENTENDIMENTO DA OAB/FGV)
Teoria Concepcionista Aprofundada: os direitos patrimoniais do nascituro estão condicionados ao seu nascimento com vida, mas os direitos da personalidade são garantidos desde a sua concepção 
DA CAPACIDADE
Conceito: é a medida da personalidade
Capacidade de direito ou de gozo: é a capacidade de ser titular de direitos. Todo mundo tem e não pode sofrer limitação
Capacidade de fato ou de exercício: é a capacidade para o exercício dos direitos. Nem todo mundo tem e pode sofrer limitação.
	Capaz
	Possui capacidade de direito e de fato
	
Incapaz: é alguém que sofre limitação à sua capacidade de fato
	Limitação absoluta: não pode exercer direitos sem estar representado.
*Absolutamente incapaz (art. 3º, CC)
Limitação relativa: pode praticar alguns atos da vida civil (ex.: testamento), mas, para outros, deve estar assistido.
*Relativamente incapaz (art. 4º, CC)
DA EMANCIPAÇÃO
Com a emancipação cessa a incapacidade. 
Ela pode ser:
Voluntária: Os pais emancipam por instrumento público independentemente da homologação judicial
Judicial: Juiz emancipa por sentença devendo ser ouvido o tutor
Legal: Lei (arts. 5º, II, III, IV e V, CC) -> Casamento; exercício de emprego público efetivo; colação de grau em curso de ensino superior; estabelecimento civil ou comercial, ou existência de relação de emprego que assegure economia própria.
DO FIM DA PERSONALIDADE
A personalidade termina com a morte.
A morte pode ser:
Real: certeza da morte. Ex.: Morte encefálica
Presumida: não há corpo, logo não há certeza da morte
Com a decretação de ausênciaAUSENTE
1º Curadoria provisória
2º Sucessão provisória (1 ano após a arrecadação dos bens do ausente)
M. PRESUMIDA
3º Sucessão definitiva (após 10 anos da abertura da sucessão provisória)
Sem decretação de ausência: Se houver perigo iminente, presume-se a morte sem decretação de ausência
Comoriência: se duas pessoas morrem no mesmo acidente e não dá pra saber quem morreu antes e quem morreu depois, presume-se que ocorreu morte simultânea das duas pessoas.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
- Direitos essenciais da pessoa
Rol exemplificativo dos direitos da personalidade (são ilimitados)Direito a vida
Integridade Física
Integridade Psíquica
Liberdade de expressão, crença e opinião
Honra e Nome (...)
Classificação:
Direitos físicos: são inerentes à pessoa humana (vida, integridade física, honra, etc.)
Direitos psíquicos: são direitos particulares (expressão, crença, opinião)
Direitos morais: voltados para coletividade
OBS.: Pessoa jurídica é titular de direitos da personalidade, salvo aqueles que são físicos.
Características (art. 11, CC):
Irrenunciáveis
Intransmissíveis. Exceção: o direito a imagem (retrato) é transmissível, ao contrário do direito a imagem (atributo), este é intransmissível.
Não podem sofrer limitação voluntária
DO NEGÓCIO JURÍDICO
Validade do negócio jurídico (Art. 104, CC)
Agente capaz; 
Objeto lícito, possível e determinado ou determinável; 
Forma prescrita ou não defesa em lei. Ex.: Pacto antenupcial tem que ser lavrado por escritura pública; A fiança tem que ser por escrito.
Invalidade do negócio jurídico 
		NULO	
	ANULÁVEL
	Não produz efeitos;
Ex tunc;
Interesse público;
Juiz declara de ofício;
Não pode ser ratificado pelas partes;
Não convalesce;
Não decai e nem prescreve
	Produz efeitos até a sua anulação;
Ex nunc;
Interesse particular;
Juiz não pode declarar de ofício;
Pode ser ratificado pelas partes;
Convalesce pelo decurso do prazo;
Prazo decadencial
DICA: O negócio NULO não convalesce e nem produz efeitos, mas em alguns casos será possível a sua conversão (art. 170, CC – Conversão do negócio jurídico nulo) em outro negócio.
CUIDADO: Ele não produz efeitos, mas vai ser convertido em outro.
Ex.: O doutrinador menciona que, se as partes participam de escritura pública nula porque lavrada em desacordo com os princípios legais, mas se o ato puder valer como documento particular, atingirá o efeito procurado pelas partes. Trata-se de medida conservatória que a doutrina denomina conversão substancial do negócio jurídico. Aproveita-se o que for possível do negócio nulo para ser tido como válido.
Defeitos do negócio Jurídico
Vícios do consentimento ou da vontade: erro; dolo; coação; estado de perigo e lesão -> O NEGÓCIO JURÍDICO É ANULÁVEL
Vícios sociais: 
Simulação: O negócio é NULO
Fraude contra credores: O negócio é ANULÁVEL
DICA: O prazo decadencial para ANULAR um negócio jurídico é de 04 anos contados da simulação do negócio ou do momento em que cessar a coação.

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