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DIREITO CIVIL OBRIGAÇÕES 25.07.15

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DIRITO DAS OBRIGAÇÕES
Conceito: a obrigação consiste em uma relação jurídica transitória, pela qual uma pessoa (credor) tem o direito de exigir uma prestação, de valor economicamente apreciável, de outra (devedor).
Elementos:
Elemento subjetivo: São os sujeitos da obrigação, onde de um lado temos o sujeito ativo (credor) e do outro o sujeito passivo (devedor).
#DICA: em regra, temos hoje obrigações sinalagmáticas (bilaterais) em que existem credores e devedores recíprocos.
Elemento objetivo: há dois tipos, o objeto pode ser imediato ou mediato.
Objeto imediato: prestação que consiste em DAR (entrega de coisa), em FAZER e NÃO FAZER.
Objeto mediato: é o bem jurídico que, na obrigação de DAR ele será a COISA; na obrigação de FAZER será a TAREFA; e na obrigação de NÃO FAZER será a ABSTENÇÃO. 
Vínculo:
Dever: cumprir a obrigação
Responsabilidade patrimonial
#DICA: Existe uma exceção em que o devedor responde com sua liberdade, é a prisão civil do devedor de alimentos.
Modalidades de obrigações
Quanto à sua prestação
Obrigação de dar: pode ser coisa certa ou coisa incerta. A coisa certa é aquela que está devidamente individualizada (Ex.: entregar o cavalo campeão do grande prêmio brasil 2015). Por sua vez, a coisa incerta está determinada, ao menos, quanto ao gênero e quantidade (Ex.: entregar 5 cavalos).
Coisa certa: o art. 313 afirma que o credor não está obrigado a receber coisa diversa da devida, ainda que mais valiosa.
Princípio da gravitação jurídica (art. 233): em regra, o acessório segue o principal. *CUIDADO COM AS PERTENÇAS QUE SÃO BENS ACESSÓRIOS QUE, EM REGRA, NÃO SEGUEM O PRINCIPAL. 
PERTENÇAS (art. 93): são bens que não são parte integrante da coisa que se destina ao uso, serviço ou aformoseamento da coisa. Ex.: ar condicionado na casa.
A PERDA é o perecimento total da coisa, enquanto a DETERIORAÇÃO da coisa é a perda parcial da coisa.
	Coisa certa
	SEM CULPA
	COM CULPA
	Perda
	Resolve-se a obrigação com a coisa perecendo para o seu dono.
*Res perit domino
	Resolve-se a obrigação com o devedor obrigado ao equivalente (valor da coisa) + perdas e danos
	Deterioração
	Resolve-se a obrigação ou o credor fica com a coisa deteriorada, com direito à abatimento no preço
	Resolve-se a obrigação com o devedor obrigado ao equivalente ou o credor fica com a coisa com abatimento do preço + perdas e danos em ambos os casos.
Coisa incerta: determinada, ao menos, quanto ao gênero e quantidade. Via de regra, a escolha caberá ao devedor.
O devedor não é obrigado a entregar somente as coisas de melhor qualidade, mas, também, não pode entregar apenas as de pior qualidade.
Com a escolha, ocorre a concentração, com a obrigação deixando de ser de coisa incerta e passando a ser de coisa certa. 
	Coisa incerta: não cabe alegar perda ou deterioração		Coisa certa: cabe alegar perda ou deterioração
Celebração (dia 5)				Escolha (dia 20)	 (dia 30) Entrega
Obrigação de fazer: pode ser fungível ou infungível
Fungível: pode ser cumprida pelo devedor ou por outra pessoa. (Ex.: Obrigação de construir um muro)
Infungível: Só pode ser cumprida pelo devedor. (Ex.: contrato o Pelé para ser garoto propaganda da minha marca)
	Fungível
	Infungível
	O devedor não cumpre a obrigação. Pode o credor:
Exigir o seu cumprimento; OU
Contratar um 3º para cumpri-la às custas do devedor; OU
Perdas e danos
	O devedor não cumpre a obrigação. Pode o credor:
1. Exigir o seu cumprimento; OU
2. Exigir as perdas e danos
#DICA: Para exigir o cumprimento da obrigação de fazer (também de dar ou não fazer) é possível a fixação das astreintes. 
Astreintes: multa pecuniária diária, fixada pelo juiz ou por contrato, para forçar o cumprimento da obrigação de fazer ou de não fazer. 
#DICA: Distinção entre as astreintes e a cláusula penal. A primeira é a multa para forçar o cumprimento da obrigação, fixada pelo juiz ou pelo contrato. A segunda é a multa pelo descumprimento da obrigação e é fixada no contrato, há também a pre-fixação das perdas e danos.
Obrigação de não fazer: é classificada em obrigação de não fazer perene e obrigação de não fazer transitória.
Perene: seu cumprimento se prolonga no tempo e mesmo descumprida ela persiste existindo. (Ex.: obrigação decorrente dos direitos de vizinhança de não fazer barulho após às 22h)
Transitória: é aquela em que seu descumprimento por parte do devedor faz com que ela perca o seu objeto. (Ex.: cláusula de sigilo – não divulgar uma fórmula secreta).
Quanto à Pluralidade de Sujeitos (vários credores/devedores)
Obrigações divisíveis: é aquela que tem por objeto um bem divisível.
Bem divisível: pode ser fracionado em partes menores sem perder suas características. Ex.: Dinheiro.
Obrigações indivisíveis: tem por objeto um bem indivisível. Cada devedor está obrigado ao seu cumprimento total em virtude da impossibilidade de se dividir o seu objeto. Mas, se a coisa se perder por culpa dos devedores, a obrigação se converte em perdas e danos ($), hipótese em que passa a ser divisível, mas não solidária.
Bem indivisível: não pode ser fracionado sem perder suas características. Ex.: Antônio, Maria e Pedro tem a obrigação de entregar um cavalo para João.
Obrigações solidárias
PERGUNTA: João emprestou a quantia de R$ 30.000,00 reais para Pedro, Antônio e Maria. Quanto ele pode cobrar de Pedro?
RESPOSTA: Só pode cobrar R$ 10.000,00 de cada um dos devedores. Art. 265, a solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
*Regra do art. 257, CC: Havendo mais de um credor ou mais de um devedor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantos credores ou tantos devedores.

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