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DIRITO DAS OBRIGAÇÕES Conceito: a obrigação consiste em uma relação jurídica transitória, pela qual uma pessoa (credor) tem o direito de exigir uma prestação, de valor economicamente apreciável, de outra (devedor). Elementos: Elemento subjetivo: São os sujeitos da obrigação, onde de um lado temos o sujeito ativo (credor) e do outro o sujeito passivo (devedor). #DICA: em regra, temos hoje obrigações sinalagmáticas (bilaterais) em que existem credores e devedores recíprocos. Elemento objetivo: há dois tipos, o objeto pode ser imediato ou mediato. Objeto imediato: prestação que consiste em DAR (entrega de coisa), em FAZER e NÃO FAZER. Objeto mediato: é o bem jurídico que, na obrigação de DAR ele será a COISA; na obrigação de FAZER será a TAREFA; e na obrigação de NÃO FAZER será a ABSTENÇÃO. Vínculo: Dever: cumprir a obrigação Responsabilidade patrimonial #DICA: Existe uma exceção em que o devedor responde com sua liberdade, é a prisão civil do devedor de alimentos. Modalidades de obrigações Quanto à sua prestação Obrigação de dar: pode ser coisa certa ou coisa incerta. A coisa certa é aquela que está devidamente individualizada (Ex.: entregar o cavalo campeão do grande prêmio brasil 2015). Por sua vez, a coisa incerta está determinada, ao menos, quanto ao gênero e quantidade (Ex.: entregar 5 cavalos). Coisa certa: o art. 313 afirma que o credor não está obrigado a receber coisa diversa da devida, ainda que mais valiosa. Princípio da gravitação jurídica (art. 233): em regra, o acessório segue o principal. *CUIDADO COM AS PERTENÇAS QUE SÃO BENS ACESSÓRIOS QUE, EM REGRA, NÃO SEGUEM O PRINCIPAL. PERTENÇAS (art. 93): são bens que não são parte integrante da coisa que se destina ao uso, serviço ou aformoseamento da coisa. Ex.: ar condicionado na casa. A PERDA é o perecimento total da coisa, enquanto a DETERIORAÇÃO da coisa é a perda parcial da coisa. Coisa certa SEM CULPA COM CULPA Perda Resolve-se a obrigação com a coisa perecendo para o seu dono. *Res perit domino Resolve-se a obrigação com o devedor obrigado ao equivalente (valor da coisa) + perdas e danos Deterioração Resolve-se a obrigação ou o credor fica com a coisa deteriorada, com direito à abatimento no preço Resolve-se a obrigação com o devedor obrigado ao equivalente ou o credor fica com a coisa com abatimento do preço + perdas e danos em ambos os casos. Coisa incerta: determinada, ao menos, quanto ao gênero e quantidade. Via de regra, a escolha caberá ao devedor. O devedor não é obrigado a entregar somente as coisas de melhor qualidade, mas, também, não pode entregar apenas as de pior qualidade. Com a escolha, ocorre a concentração, com a obrigação deixando de ser de coisa incerta e passando a ser de coisa certa. Coisa incerta: não cabe alegar perda ou deterioração Coisa certa: cabe alegar perda ou deterioração Celebração (dia 5) Escolha (dia 20) (dia 30) Entrega Obrigação de fazer: pode ser fungível ou infungível Fungível: pode ser cumprida pelo devedor ou por outra pessoa. (Ex.: Obrigação de construir um muro) Infungível: Só pode ser cumprida pelo devedor. (Ex.: contrato o Pelé para ser garoto propaganda da minha marca) Fungível Infungível O devedor não cumpre a obrigação. Pode o credor: Exigir o seu cumprimento; OU Contratar um 3º para cumpri-la às custas do devedor; OU Perdas e danos O devedor não cumpre a obrigação. Pode o credor: 1. Exigir o seu cumprimento; OU 2. Exigir as perdas e danos #DICA: Para exigir o cumprimento da obrigação de fazer (também de dar ou não fazer) é possível a fixação das astreintes. Astreintes: multa pecuniária diária, fixada pelo juiz ou por contrato, para forçar o cumprimento da obrigação de fazer ou de não fazer. #DICA: Distinção entre as astreintes e a cláusula penal. A primeira é a multa para forçar o cumprimento da obrigação, fixada pelo juiz ou pelo contrato. A segunda é a multa pelo descumprimento da obrigação e é fixada no contrato, há também a pre-fixação das perdas e danos. Obrigação de não fazer: é classificada em obrigação de não fazer perene e obrigação de não fazer transitória. Perene: seu cumprimento se prolonga no tempo e mesmo descumprida ela persiste existindo. (Ex.: obrigação decorrente dos direitos de vizinhança de não fazer barulho após às 22h) Transitória: é aquela em que seu descumprimento por parte do devedor faz com que ela perca o seu objeto. (Ex.: cláusula de sigilo – não divulgar uma fórmula secreta). Quanto à Pluralidade de Sujeitos (vários credores/devedores) Obrigações divisíveis: é aquela que tem por objeto um bem divisível. Bem divisível: pode ser fracionado em partes menores sem perder suas características. Ex.: Dinheiro. Obrigações indivisíveis: tem por objeto um bem indivisível. Cada devedor está obrigado ao seu cumprimento total em virtude da impossibilidade de se dividir o seu objeto. Mas, se a coisa se perder por culpa dos devedores, a obrigação se converte em perdas e danos ($), hipótese em que passa a ser divisível, mas não solidária. Bem indivisível: não pode ser fracionado sem perder suas características. Ex.: Antônio, Maria e Pedro tem a obrigação de entregar um cavalo para João. Obrigações solidárias PERGUNTA: João emprestou a quantia de R$ 30.000,00 reais para Pedro, Antônio e Maria. Quanto ele pode cobrar de Pedro? RESPOSTA: Só pode cobrar R$ 10.000,00 de cada um dos devedores. Art. 265, a solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. *Regra do art. 257, CC: Havendo mais de um credor ou mais de um devedor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantos credores ou tantos devedores.
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