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Teoria da Norma Aulas IED1

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Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP
Introdução ao estudo do direito – IED 1
Centro de Ciências Jurídicas – CCJ
Professora: Karina Vasconcelos 
Monitor: Vinicius Nascimento
O material a seguir tem por base as aulas da professora Karina Vasconcelos, elaborada através das anotações e considerações do monitor Vinicius Nascimento com o intuito de auxiliar os alunos da turma 307.
Contatos:
Karina: Karina_vas@hotmail.com
Vinicius: Viniciuss-@outlook.com
Aula - 21/10/2016
Teoria da norma: 
1 - Conceito inicial
2 - Norma moral X Norma Jurídica 
3 - Atributos 
 Para que possamos abordar o conteúdo dessa aula, é necessário que façamos uma breve diferenciação entre o Direito Objetivo e o Direito Subjetivo, segue os conceitos:
Direito objetivo: É o direito protegido pela norma, são regras e instituições normativas genéricas que regem o comportamento humano ou de um certo grupo social em determinado momento histórico, autorizando o indivíduo a fazer ou não fazer algo. 
Direito Subjetivo: O direito subjetivo advém do direito objetivo, podendo ter duas vertentes, a primeira se refere ao ter de fato o que se tem na norma e a segunda é o direito de reivindicar o direito para que ele seja concretizado. Seguimos para o exemplo apresentado em sala:
 Digamos que a professora Karina diz que cada um dos seus alunos tem direito a uma caneta, isto é ser objetiva, o direito subjetivo passa a criar direito no momento em que para cada sujeito ali presente supõe uma conduta de pegar a caneta, ainda nesse caso, o monitor Vinicius lembrando de algum aluno que faltou acaba pegando uma caneta das disponíveis em sala, conduto, a ultima pessoa da sala quando for pegar a caneta com Karina nota que não há mais nenhuma caneta disponível em detrimento de Vinicius ter guardado pra alguém que não estava em sala, desta forma o direito subjetivo passa a agir sob esse fato já que este aluno poderá reivindicar alguma solução para que o seu problema seja solucionado. 
 Outro ponto importante da nossa aula concentra-se na diferenciação entre Direito Público X Direito Privado. Para isso, há a necessidade de entendermos o conceito de norma, isso porque para qualquer norma existe a sua singularidade, seja ela moral, jurídica ou religiosa, sendo assim, é possível que o mesmo bem pode ser respaldado por várias normas, entretanto, a norma jurídica passa a intervir tanto na norma religiosa quanto na norma moral através da coercibilidade, isso ocorro porque tanto a norma moral quanto a religiosa não podem garantir direitos fundamentais entre os sujeitos, elas estabelecem, mas não garantem. É ai que a norma jurídica passa a ter validação e garantia através do direito, a coercibilidade é o uso da força se houver a necessidade de interferência. 
NORMA
jurídica - religiosa - moral
 É necessário abordar também que toda norma é intersubjetiva porque materializa a relação entre sujeito, sendo ela bilateral e tendo a alteridade, sendo assim, essas são as características principais que podemos identificar quanto ao que as normas se parecem, já a diferença entre elas se dá na coercibilidade, isso porque na norma jurídica existe a atributividade, estando ao lado da bilateralidade, sendo responsável por atribuir direitos e deveres sobre os sujeitos. É só então depois de levantarmos esses conceitos e diferenciações que passaremos a analisar o direito público x direito privado. 
 O direito público é relacionado por normas que sempre disciplinam essa relação entre Estado e Sujeito, entre o Superior (Estado) que é o representante do bem comum e o sujeito (inferior) que se preocupa com os seus interesses. Essa superioridade do Estado precisa disciplinar essa relação de maneira meticulosa, para que esse poder não possa constranger direitos fundamentais que possam esmagar os sujeitos inferiores. Os maiores exemplos do Direito Público são:
Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Tributário
Direito Previdenciário
Direito Penal
Direito Internacional (podendo ser público e privado) 
Sabendo da definição do direito público, basta contrapor com o Direito Privado, que é o direito que trata as relações entre sujeitos, com paridade, sem essa submissão ou superioridade explícita encontrada no direito público. São exemplos do direito privado:
Direito Civil
Direito do consumidor
Direito do Trabalho
Conceito Inicial: Há vários tipos de conceitos sobre a teoria da norma, principalmente porque existem vários autores que abordam a temática com diferentes perspectivas, mas ainda sim, existe uma unidade que podemos formar uma estrutura conceitual que decai sobre quatro (4) elementos, sendo eles: 
1° elemento: Toda norma é do DEVER SER, o dever ser é dizer o direito, estabelecer o que tem que ser feito, existe para que algo que não é cumprido possa ser, EX: Respeite isso, faça aquilo. 
2° Elemento: Toda norma tem um COMPORTAMENTO OBRIGATÓRIO, a norma não dá sugestão. 
3° Elemento: A norma estabelece SANÇÕES, tanto para a ação quanto para a omissão, trazendo consequências se cumpridas ou descumpridas, principalmente se não cumprir na ordem jurídica, dependendo muito do que a norma estabelece nas suas consequências, EX: matar alguém, de 6 a 20 anos. 
4° Elemento: Toda norma tem um VALOR. 
 O 2° passo a ser dado na aula de hoje é conhecer os atributos, mas para isso precisamos adentrar na norma moral e norma jurídica. A norma moral é algo que é construída através dos tempos, da assimilação, ela passa a ser construída através de determinados atos, interagindo com a sua personalidade em relação a maneira com que você se porta e vê o mundo, podendo ser extremamente subjetiva, desta forma, pode-se afirmar que a norma moral é, então, AUTÔNOMA, estando no plano da consciência.
A norma jurídica, por sua vez, não depende de nós, mas sim de um terceiro que interfere o processo e estabelece uma conduta, não se importando com o que achamos, mas sim com o que estamos fazendo, sendo esta HETERÔNOMA.
 Algumas diferenças acerca da temática aqui apresentada entre moral X jurídico é que a Moral é incoercível e o jurídico é coercivo, a Moral é promovida por um ato espontâneo e o jurídico é provido por um ato obrigatório. 
 Agora, já que temos fizemos as relevantes diferenciações sobre a aula, podemos então listar quais são os seis (6) atributos, sendo eles:
1° Coercibilidade
2° Heteronomia
3° Imposição de terceiro
4° Bilateralidade atributiva 
5° Relação de alteridade 
6° Intersubjetividade
Aula 25/10/2016
4 - Esfera lógica
5 – Classificação
 Já trabalhados os 3 itens anteriores, passaremos agora a abordar o item 4 e 5 da teoria da norma rememorando a aula anterior.
 A estrutura lógica da norma começa de maneira muito simples, para que só então seja esmiuçada, para que se possa entender melhor, imagina um CORPO, que nesse caso aqui é um TODO e passe a estudar a célula deste corpo, que é um elemento e dentro desse elemento existem outros elementos, como a mitocôndria, por exemplo, desta forma, podemos chegar à conclusão de que é estudar afunilando contanto que se saiba do TODO.
A sentença lógica se dá pelo seguinte pressuposto:
{Se A, então S}
 Conduta Sanção
 O A aqui representa a conduta e o S a sanção, a resposta da sanção vem como resposta da conduta. Fazendo um resgate do que foi dito na aula anterior, é sabido que a norma é do campo do Dever-ser, que determina um tipo de comportamento para a sociedade, ou seja, uma conduta obrigatória de como tem que ser, imposta através da coercibilidade que nada mais é que o uso da força para garantir a justiça, além disso, deve-se acrescentar que toda norma obrigatória pune para proteger algum valor e estabelece uma sanção.
 A sentença apresentada aqui: Se A, então S, só pode ser compreensível pelo simples fato dela estar em vernáculo, que é a estrutura lógica atravésde sua composição, sendo realizada de tal maneira que não pode deixar dúvidas sobre do que se trata, é através dessa afirmativa que podemos notar que a linguagem normativa é dotada de proposição + imprescrição, vamos para as definições devidas. 
Proposição: São estruturas que vão compondo a linguagem.
Imprescrição: O que ainda não prescreveu.
Proposições:
Linguagem Científica { Proposições descritivas}
É um tipo de linguagem específica utilizado no contexto da ciência, que busca a descrição fidedigna do fenômeno descrito e/ou estudado, assim como a comunicação clara entre os cientistas e profissionais que a usam. Pode ser usados em revistas científicas, resumos de congressos, reuniões científicas e nos registros de observações comportamentais. É objetiva clara e exata (precisa).
Linguagem poética { Proposição expressivas}
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer.
Linguagem Normativa { Proposição prescritiva}
é a que estipula o que é “certo” e o que é “errado”, ela prescreve, ordena, por sua vez, justamente por prescrever, ela vem sempre adicionada de imperativo, que se divide em dois, observemos:
Norma Jurídica Norma Moral
 Heteronomo Autônomo 
Hipotético Categórico 
Imperativo 
 
 Positivo Negativo 
 Já trabalhados aqui o conceito de heteronomo e autônomo, partimos agora para o imperativo hipotético e categórico bem como as diferenciações do Positivo e Negativo.
 Imperativo Hipotético: É condicional, na medida em que subordina o imperativo a um determinado fim, e só tem valor se – e somente se – procuramos atingir esse fim em particular. Por isso, o imperativo hipotético é apenas um meio para se atingir esse fim. Por exemplo, pode ser um conselho de prudência ou de modo de vida.
Imperativo Categórico: É uma das ideias centrais para a adequada compreensão da moralidade e da eticidade. Nesta proposta Kant sintetizou o seu pensamento sobre as questões da moralidade. Kant valorizava esta ideia de lei moral. Ele cunhou uma das mais célebres frases a este respeito:
 Duas coisas me enchem o ânimo de admiração e respeito: o céu estrelado acima de mim e a lei moral que está em mim. (Crítica da Razão Pura)
Exemplo de Imperativo Categórico:
Age somente, segundo uma máxima tal, que possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal.
Agora passaremos a diferenciar o positivo X negativo
Imperativo positivo : é o que se PERMITE algo
Imperativo Negativo: É o que se PROÍBE algo
 É importante falar que a permissão ou proibição normalmente só se consegue identificar quando sabemos o destinatário. Outra observação é que o que passará a designar a proibição e a permissão é o conteúdo.
Exercício: Matar alguém, pena de reclusão de 6 a 20 anos. Classifique a proposição indicando os imperativos e quais os destinatários.
Solucionando:
Nesse caso, a proposição é prescritiva, sendo dotada de imperativo, passando então para a constatação, sendo ela uma norma jurídica, em que esta é heteronoma, hipotética e negativa, o destinatário aqui é o cidadão.
Obs: Quanto ao destinatário, só poderá ser ou o cidadão ou o Estado.
Por fim, mas não menos importante, abordaremos a classificação e suas particularidades.
Classificação:
 A importância da classificação se da na apresentação de várias espécies de norma, mas para isso precisamos estabelecer duas regras; 
1° Não as decore
2° Há várias classificações
 Dito isso, a classificação trabalhada por nós será a da semiótica, que segundo a mesma é dividida em sintática, semântica e pragmática. Nesse momento iremos nos concentrar apenas na sintática.
Sintática: Norma que se divide quanto a relevância, subordinação e estrutura.
 A relevância aqui é dividida em duas, norma primária e norma secundária, as normas primárias são aquelas que estipulam sanções diante de uma possível ilicitude, e as secundárias são as que prescrevem a conduta lícita, sendo consideradas somente como conceitos auxiliares do conhecimento jurídico.
A subordinação se da pela Origem e Derivados, exemplificando: A constituição em relação ao código civil é origem e o código civil em relação a constituição federal é derivada, podendo então, através desse exemplo, notar sempre uma hierarquia entre a originária e derivada, dada pela subordinação.
E por fim, a Estrutura, em que é autônoma e dependente. Autônoma porque não depende de nada para que seja produzida os seus efeitos e Dependente porque há uma dependência, seja de lei, decreto ou afins, a professora utilizou, inclusive, o exemplo do direito à greve, em que a mesma depende de uma lei para a sua regulamentação, apesar de inexistente desde 1988, contudo, sempre dependerá de algo.
P
R
S
O
S
Sintática D
D
A
E
Aula 28/10/16
Classificação semiótica:
1 - sintática
2 - Semântica
3 – Pragmática
 Finalizando a teoria da norma, passaremos agora a analisar as classificações semânticas e pragmáticas. A classificação semiótica da norma jurídica não é um único tipo para que se possa classificar como visto nas aulas anteriores, existem vários critérios de classificação, em que, muitas das vezes, fica a mercê do próprio sujeito, preferindo classificar seja por cor, número, importância, título, ano e tantos outros meios de classificação, mas aqui, especificamente, utilizamos a classificação semiótica. Esclarecido esse ponto, na aula anterior finalizamos a norma sintática, que estuda a norma em relação a uma norma (N-N), já a semântica estuda a norma em relação a um objetivo e, por sua vez, a pragmática em relação à sua função.
Semântica: A análise semântica de qualquer dispositivo legal implica na busca de sua conotação e denotação, primeiramente para estabelecer a relação dos termos por ela empregados alcançando o conjunto de objetos que representa, ou seja, delimitando sua extensão, que se divide quanto ao destinatário, matéria, espaço e tempo.
I
G
G
D
Es
Exc
M
Semântica: U
E
E
T
M
V
I
Destinatários: Gerais ou Individuais
 Com relação a norma ser geral, nada mais é que a necessidade em que a mesma tem de ser abstrata, para que possa valer para todos, inclusive, as críticas voltadas para as leis que são representadas com o nome de determinada pessoa, como a lei 'Maria da penha' é fundamentada através de necessidade de generalidade, isso porque a lei se faz para todos(as) e não para um (a) indivíduo, sem a necessidade de especificar ou contemplar com um nome. Um dos exemplos mais utilizados por Karina em sala de aula corresponde ao artigo 121 do CP: ''Matar alguém'', note, quando analisamos a lei podemos observar de imediato que ela pouco se refere ao modo com que o sujeito irá matar, desta forma, podemos afirmar que ela tem um caráter abstrato, valendo para todos (as). Essa abstração só é possível porque na própria lei não se tem especificado o tipo de morte, seja enforcado, apedrejado, envenenado, a tiro e tantos outros exemplos de atrocidades e criatividade que o ser humano tem para que se concretize o tipo penal estabelecido desta lei, que é de matar alguém, seja lá como for.
 Já a norma individual trata-se de uma norma que tem força de lei, como por exemplo, o contrato e a sentença. O contrato é a lei entre as partes, necessitando, inclusive, estabelecer as regras contratuais e consequências após o descumprimento e, obviamente, estando no âmbito da legalidade, cabendo o juiz aplicar o que foi compactuado entre as partes.
 Já a sentença, de acordo com o artigo 162, § 1º, do Código de Processo Civil, "sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei". Assim, a sentença é o ato do juiz que extingue o processo com ou sem resolução de mérito, ou que rejeita ou acolhe os pedidos do autor.Sentença é a decisão do juiz sobre os pedidos formulados na petição inicial, ainda que o processo prossiga.
 No Processo Penal, a sentença tem a mesma definição. O artigo 381, do Código de Processo Penal, apresenta os requisitos para a validade da sentença, sendo eles: os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las; a exposição sucinta da acusação e da defesa; a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; a indicação dos artigos de lei aplicados; o dispositivo; a data e a assinatura do juiz.
 Foi levantada em sala de aula se a legitima defesa estaria inclusive na generalidade do destinatário, havendo a necessidade de trazer alguns conceitos que serão vistos em Direito penal mais a fundo, mas que para justificar do porque não está relacionado, tivemos que abordar os seguintes conceitos, que, apesar da importância do seu entendimento, só servirá como conteúdo adicional, vejamos a observação;
Observação: A legítima defesa não entra como exemplo de destinatário geral relacionado ao cometimento do crime, isso porque ela não cumpre com um dos três pressupostos necessários para estar enquadrada no 'Matar alguém', que nesse caso é a antijuridicidade, vejamos os conceitos:
Crime:
 Crime é todo fato humano voluntário, revestido de tipicidade e antijuricidade, no qual se faltar um desses requisitos não haverá crime.
Fato típico:
 O fato típico é uma ação ou omissão que provoca um resultado, no qual este é contrário ao direito, o fato típico abrange:
1- Conduta (dolosa ou culposa voluntária e consciente voltada para determinada finalidade.)
2- Resultado (é importante lembrar que nos crimes de mera conduta, a simples conduta já gera a consumação do crime, como é o caso da violação de domicilio, ato obsceno, desobediência entre outros no qual a consumação se dá no momento em que ação é praticada.
3- Nexo causal (é a relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado, vale ressaltar que nos crimes de mera conduta e nos formais não é exigido à produção do resultado para sua consumação.)
4-Tipicidade (é o enquadramento do caso concreto a norma penal descrita em abstrato.)
 No entanto hipoteticamente se o marido enciumado atira em sua mulher com uma arma de fogo e esta vem a falecer, eis que temos um fato típico, pois houve uma conduta; ação dolosa contra a vida, temos o resultado que foi a morte, houve uma consequência o liame entre a conduta e o resultado denominado como nexo causal e eis que temos a tipicidade que é o enquadramento do fato a uma norma já existente pelo ordenamento, descrita no art. 121, CP.
Antijuridicidade:
 Acontece que apesar de todos esses requisitos ainda sim não há crime, posto que o nosso direito penal adota a teoria bipartite do crime no qual só interessa o fato típico quando acompanhado da antijuridicidade (ilicitude). Pois bem, já analisamos de uma maneira bem sucinta o primeiro requisito para a caracterização do crime passamos agora a analisar a antijuridicidade.
 A antijuridicidade é a contrariedade da conduta com a norma incriminadora, é um fato ilícito não aceito pelo ordenamento, entretanto há causas de exclusão da antijuricidade são as normas permissivas e são encontradas no art.23 do CP, é aqui que a legítima defesa entra, pois a mesma está enquadrada nessas causas de exclusão de antijuridicidade por atentar contra a sua vida ou de outrem, excluindo a ilicitude.
 Quando ocorrer um fato que estiver protegido por uma causa de exclusão de ilicitude, então sabemos que haverá fato típico, porém não haverá crime, pois falta-lhe um de seus requisitos.
Culpabilidade:
 A culpabilidade é a reprovação dada pelo ordenamento e pela sociedade à conduta do infrator, o que se analisa é se o autor receberá uma sanção pelo fato típico e ilícito praticado, a culpabilidade não é requisito do crime mais apenas pressuposto para a aplicação da pena.
 A teoria adotada por nossa legislação sobre a culpabilidade é a teoria normativa pura, no qual reza que o dolo e a culpa fazem parte da conduta e não da culpabilidade, sendo a culpabilidade, no entanto mero juízo de reprovação a conduta do agente.
 Assim como existem os requisitos do crime, existem os elementos que compõem a culpabilidade a falta de um destes não subsiste a culpabilidade, são eles:
1- Imputabilidade; (é a condição de quem tem a capacidade de realizar um ato com pleno discernimento e responder por eles quando contrários ao direito.)
2- Potencial consciência da ilicitude; ( trata-se da vontade qualificada do sujeito em praticar um crime, tendo conhecimento do ilícito.)
3- Exigibilidade de conduta diversa; (é a possibilidade do “homem médio” naquela situação ter agido de outra forma e não agiu.)
 Enquanto na antijuridicidade existem causas justificativas que são previstas no art.23, CP no qual exclui o crime quando existentes, na culpabilidade existem as dirimentes e quando presente subsiste o fato típico, porém não a culpa sendo assim haverá a absolvição do réu.
 Uma das causas de exclusão da culpabilidade é a inimputabilidade, como preceitua o “art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. As causas previstas da inimputabilidade estão descritas no art. 26, 27 e 28 parágrafo 1°, CP.
Material: Geral, especial e excepcional
 O geral, dando como exemplo abordado em sala de aula, podemos citar aqui a proibição da prisão civil por dívida. Já a especial foi utilizado um exemplo em sala de aula referente à CCom ao CCivil. Imaginem o código civil, que como é sabido, disciplina todas as relações da vida humana até a sua morte (ou quase todas) desde a representação da pessoa física ao nascimento, da herança as responsabilidades, uma boa parte do que rege a vida em sociedade e suas responsabilidades poderemos encontrar no código civil, mas ainda sim há muitas leis específicas que nasce do próprio código civil, como por exemplo o código do consumidor, através dos dispositivos do CC, sendo então o código do consumidor especial ao código civil que é geral.
 A excepcionalidade também foi exemplificada em sala de aula, imaginemos que Milena Trombeta tenha um avô que deixou gado e obras de arte após a sua morte, contudo, os irmãos de Milena não entram em um consenso e com todo desenvolver da história o processo facilmente duraria aproximadamente uns 10 anos, tempo suficientes para saber que as obras de artes ficariam estragadas e descuidadas e o gado muito possivelmente não sobreviveriam já que não teria nenhum responsável até então. Através dessa situação apresentada, cabe ao juiz designar um DEPOSITÁRIO fiel, que nada mais é que o(a) responsável por cuidar dos bens enquanto o processo existir, supondo que Milena pegue as obras de artes originais e substitua por falsas e as mande para a suíça, é de obrigação do juiz ordenar que Milena devolva de imediato e mais, entrar com uma ação de perdas e dados pelo ocorrido, sabendo que Milena não cumpriu com a sua responsabilidade. Outro problema que enfrentamos corriqueiramente é o abandono financeiro, na maioria das vezes por parte do pai, é a irresponsabilidade ou despreocupação total em estar presente na vida do filho(a) financeiramente, que é o caso de maior excepcionalidade referente ao devedor por dívida, podendo o mesmo ser preso por pensão alimentícia.
Espaço: União, estados e municípios
 As normas jurídicas podem incidir em variados espaços e respeitar determinados limites espaciais de incidência. As normas jurídicas podem ser:
Direito externo: são as compõem o ordenamento jurídico vigente em territórios distintos do nacional (países estrangeiros).
Direito interno: as normas jurídicas que vigoram no território nacional; compõem o direito positivo de determinado país.
Quanto às normas do Direito Interno Brasileiro, segundo oâmbito que lhes é próprio, eles se distinguem em:
a) Nacionais: são aquelas que se destinam à totalidade do Estado Federal, a todos se aplicando, independentemente de sua localização espacial no território brasileiro; vigoram, portanto, em todo o território nacional, aplicando-se a todos os brasileiros.
b) Federais: são as emanadas pela União e apenas aplicáveis à União e seus próprios agentes, órgãos e instituições, não podendo obrigar os Estados-Membros e Municípios; aplicam-se, pois, em todo o território brasileiro, mas somente àqueles que a ela se acham submetidos.
c) Estaduais e Municipais: são as editadas pelo órgão competente dos Estados-Membros ou Municípios e destinam-se a vigorar apenas em parte do território brasileiro, ou seja, nos respectivos Estados e Municípios.
Tempo: Validade e Incidência
Quanto à validade: Permanente e provisório-temporária
 A validade é uma qualidade da norma jurídica que faz parte de um ordenamento jurídico em determinado momento. Portanto, dizer que uma regra é válida, significa dizer que tal norma faz parte de um ordenamento jurídico.
 As normas podem variar conforme o momento de vigência. As normas jurídicas podem ser validas permanentemente, provisoriamente ou temporariamente. A permanência diz respeito ao tempo de cessação da vigência e não ao tempo de início. Isto é, uma norma é permanente mesmo que o prazo inicial seja posposto à promulgação – vacatio legis. Nesse último caso, a norma jurídica pode possuir incidência imediata e incidência mediata.
Quanto à incidência: Imediata e mediata
Imediata: são normas de eficácia imediata aquelas que não precisam ser complementadas por outras normas.
Mediata: As de eficácia mediata são aquelas que precisam de uma norma complementadora.
Pragmáticas: Normas com relação à sua função
Cog
F.I
Dis
Vin
Fin
Pragmáticas: pro
Pre
Fun
Pro
Per
Força de incidência: Cogentes e dispositivas
Cogentes: Excluem acordos que contrariam a norma
Dispositivas: Só atuam se invocadas pelo interessado
Finalidade: Vinculam o comportamento e progmáticas
Vinculam o comportamento: Quando a norma jurídica pode é proibitiva, permissiva (porque proíbe outros) ou preceptiva, tendo em vista a descrição de uma conduta ou um comportamento.
Progmática: A norma jurídica também pode dirigir-se apenas a diretrizes, intenções e objetivos.
Funtor: último critério pragmático foca o funtor da norma jurídica. O funtor é aquela palavra que expressa a relação de autoridade do cometimento da norma jurídica. No relato, essa relação de autoridade transforma-se em um dever ser, ou seja, em um comando que estabelece uma hipótese e liga a ela uma consequência.
 Entre a hipótese normativa e a consequência jurídica surge o funtor, expressando a autoridade do emissor. O funtor pode ser:
Permitido, proibido ou obrigatório. Daí podermos classificar as normas em permissivas, proibitivas e preceptivas.
 Convém destacar que os funtores podem estar implícitos nas normas, devendo ser identificados pelos juristas. Além disso, uma norma obrigatória pode ser considerada proibitiva em sentido diverso. Por exemplo, uma norma que proíbe as pessoas de fumarem em locais públicos obriga as mesmas a não fumarem.

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