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lllllllllllllllllç � Perdas ambientais com o Novo Código Florestal: Redução de proteção às APPs e RLs fere o art. 225 da CF Nascentes e drenagens intermitentes perderam proteção Desproteção das várzeas; dos topos de morros Prejuízo na preservação do entorno dos reservatórios artificiais Perigo para as RLs: Possibilidade de redução Dispensa de recomposição para até 4 módulos fiscais Dispensa de averbação Reserva pode ser mantida com 50% de plantas exóticas Novo Cód. Florestal carece de embasamento cientifico e afronta a CF SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei 9985/2000) Unidades de Conservação: espaços com alguma importância ecológica delimitados para preservação pelo governo Criada por processo administrativo (poder executivo) Extinção ou redução: só com lei Criar demarcações indígenas protege mais do que UC Participação da sociedade civil (não é vinculante) Pode ser criada em área particualr (prevalencia de interesse coeltivo 225/CF; função social da propriedade 184/CF; princípios ad atividade economia 170/CF) Ausencia de oitiva de particulares: UC não pode ser criada UC de Proteção Integral (PReservação e uso INdireto) : A lógica de um parque monumental é ser um refúgio � Estação ecológica (pesquisa) ** Reserva biológica (preservação da biota) ** Parque nacional (beleza cênica) Monumento natural (grande beleza cênica) * Refúgio da vida silvestre (reprodução de espécies) * **Não precisa de consulta pública � UC de Uso Sustentável (conservação e uso direto) São duas áreas que se forem transformadas em floresta darão quatro reservas � Área de preservação ambiental*// Área de relevante interesse ecológico* Floresta nacional Reserva extrativista Reserva de fauna Reserva de desenvolvimento sustentável Reserva particular do patrimônio natural// * Pode ser pública ou particular � Zonas de amortecimento: área ao redor de UC que também deve ser protegida para limitar os danos // Não precisa em: Área de preservação ambiental e Reserva particular do patrimônio natural Compensação: Empreendimentos de significativo impacto ambiental devem apoiar a criação e manutenção de uma UC Pelo menos 0,5% do valor total da obra deve ser destinado a UC Segurança alimentar e direito ambiental Constituição: direito fundamental à alimentação saudável (respeitando a saúde, cultura, aspectos ambientais e sociais + soberania e independência alimentar) Problema da fome: distribuição – Brasil: concentração fundiária Agrotóxicos e transgênicos usados em latifúndios Agrotóxicos: defensivo agrícola (combate pragas) Revolução Verde: novas tecnologias na agricultura Empresas transnacionais Problemas: poluição do solo e dos recursos hídricos, biodiversidade, mata polinizadores Regulamentação: feita pelos Ministérios (controlam todo o ciclo do agrotóxico) sem nenhuma participação popular Registro: só é permitido se for menos tóxico do que os já existentes; publicidade detalhada Comercialização: receita agronômica para comprar; rotulo com especificações e logística reversa; publicidade limitada PL 3200/15: flexibiliza o registro e comércio Transgênicos: coloca um DNA de interesse numa planta Torna plantas resistentes a agrotóxicos (para poder usar mais) Transgênicas não se reproduzem e contaminam plantas próximas com esterilidade Problemas: pesquisas rápidas, câncer, alergia, diminui biodiversidade, dependência internacional, pouco estudado Rotulagem (T): desconhecida, só em alimentos; PLC 34/2015: flexibiliza a rotulagem (só >1%) Fundamentos econômicos do DA Economia clássica: otimista, antropocêntrica liberal; desconsidera a natureza na analise econômica; gráfico do U invertido (para se obter renda é preciso poluir, mas depois chega-se num ponto em que o pais já esta desenvolvido e não tem mais problemas ambientais) Os países desenvolvidos param de desmatar e poluir porque vão explorar subdesenvolvidos Economia ambiental/verde: intermediária; a economia produz externalidades (problemas ambientais = custos não inclusos nos preços dos produtos); as externalidades deveriam ser internalizadas = aumento do custo = fim da obsolescência planejada; estado regulatório. Economia ecológica: pessimista, ecocêntrico; a economia ransforma coisas de baixa entropia em alta entropia (inutilizáveis); o ecossistema é um sistema de energia fechado e os recursos vão acabar; Estado estacionário (no limite da resiliência) = crescimento zero ou decrescimento Fundamentos históricos do DA Déc. 80: percepção que os problemas ambientais são transnacionais; antes eram tratados especificamente Relatório Bruntland - 1987: conceito de sustentabilidade (garantir as necessidades da geração atual sem prejudicar as futuras); crescimento econômico solucionaria os problemas (??) Rio 92: otimista; Agenda 21, Declaração do Rio; é muito declaratória, sem concretização real Rio +10 - 2002: faz um balanço diagnostico da Rio 92 e se percebe o fracasso, reafirmam o compromisso 2012: Rio +20: Economia verde (pagamento por serviços ambientais); distante da sociedade. Cúpula dos Povos: ONGs, associações; mais realista, critica a mercantilização dos recursos; ecologismo dos pobres DIREITO AMBIENTAL Proposito de regular os danos ambientais Meio ambiente: seres bióticos, abióticos e suas relações Teoria do Risco – Ulrich Beck: As condições de vida atuais da sociedade industrial trazem riscos que mesmo a tecnologia não consegue controlar; irresponsabilidade organizada; democratização dos riscos (tranfornteiços e transtemporais) Justiça ambiental: as minorias são as que mais sofrem com os danos ambientais Lei 6.938: Conjunto de interações de ordem física, química e biológica que rege a vida em todas as suas formas Direito brasileiro: ecocêntrico Problemas: aquecimento global, perda de biodiversidade, resíduos sólidos (lixo), crise energética, violência ambiental, consumismo Não serão resolvidos com intervenções isoladas e pontuais, pois estão interligados Princípios Ambientais 1. Princípio da Prevenção Não deixar que os danos aconteçam Prevenção (certeza que vai ter dano) x precaução (incerteza cientifica, risco de dano) Licenciamento, padrões de qualidade, ... Inversão do ônus da prova (o processado deve provar que é inocente) 2. Princípio do poluidor – pagador Poluidor deve pagar pela poluição causada (pagamento de estudos, investimentos em técnicas, gastos em rotulagem,...) Diferente de responsabilização (deve ressarcir pelo dano já causado) 3. Princípio da Participação Instrumentos que permitem participação popular, uma vez que o meio ambiente pertence a todos Informação, educação ambiental 4. Princípio da Cooperação Âmbito internacional Danos transnacionais (responsabilidades comuns, porém diferenciadas) 5. Princípio da vedação ao retrocesso Proteção ambiental deve ser progressiva Meio ambiente é direito fundamental (clausula pétrea não pode ser reduzida; redução fere o mínimo existencial ecológico) DA Constitucional Meio ambiente é direito fundamental previsto no art. 225 da CF; direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; Importância: dependência do homem, saúde, justiça ambiental concretiza a social, futuras gerações Dever de proteção é do Estado (incisos específicos) e da coletividade (só enuncia; função social da atividade econômica, da propriedade, proteção cultural) No Brasil: sempre se preocupou economicamente com o meio ambiente; em 1981 há proteção sistêmica (Lei 6938 – PNMA: ecocentrica); ápice em 1988 com o art. 255/CF (meio ambiente = direito fundamental); tem se um avanço até 2005 (retrocessos para favorecer iniciativa privada) Fundamentos éticos do DA D.A pode ser antropocêntrico, ecocêntrico ou biocêntrico (Brasil: antropocêntrico alargado) Direito animal (medidaspara proteger) x direito dos animais (sujeitos de direito) Futuras gerações: perpetuação da espécie humana e crença num ‘patrimônio comum’ 6. Princípio “in dubio pro natura” 7. Princípio da Responsabilização Quando o dano ambiental já ocorreu (moral, material, extrapatriomonial) Responsabilização integral (adm, civil, criminal simultaneamente) (todos os envolvidos) Restauração, reparação, compensação Competências Obrigação de cumprir uma atividade; irrenunciável Legislativa: fazer leis sobre determinado assunto Concorrente: cabe a vários entes fazer as leis Art. 24/CF: União trata de normas gerais e os estados suplementam considerando suas particularidades (os estados não podem usurpar; a norma que protege mais prevalece) Privativa: apenas um ente pode fazer as leis Art. 22/CF: União; art. 30: municípios; estados: residual (se um desses entes não atua o outro não pode intervir) Administrativa: administrar e executar leis já feitas Comum: qualquer ente pode atuar Art. 23/CF determina as atividades; LC 140/11 regula como será a cooperação entre os entes Extensiva: apenas um ente pode atuar Art. 24/CF: União; art. 30: municípios; estados: residual Crescimento x Desenvolvimento Crescimento: relacionado ao aumento de renda e enriquecimento; esquece do desenvolvimento humano e ambiental; renda não é um fim em si mesma Desenvolvimento: renda é um instrumento para o desenvolvimento, que garante acessão a liberdade em todos os outros fatores Desenvolvimento sustentável: tripé (ambiental – econômico – social) em equilíbrio Lei Complementar 140/11 Um órgão não pode se sobrepor a outro; matéria deve competir a UM órgão. Exceção: atuação subsidiária (quando não há órgão presente) = sobrecarrega e atuação supletiva (órgão ajuda o outro sem pegar o licenciamento) Licencia = fiscaliza Retrocesso: antes atuação supletiva era só em caso de fracasso do outro órgão (CONAMA) Pontos positivos: instrumentos de cooperação (consórcio de municípios e auxilio técnico) Licenciamento Ambiental Realizado pelo órgão ambiental conforme interesse (art. 24/CF + LC 140/11) Necessário sempre que a atividade for gerar “poluição” Procedimento: Requerimento Termo de referencia: solicitação dos estudos que devem ser feitos Realização dos estudos: pelo particular EIA: Estudo de Impacto Ambiental: obrigatório para atividades que causam significativo dano ambiental (Res. CONAMA 1/86 – rol desatualizado) RIMA: Relatório que acompanha o EIA dirigido à população Audiência Publica: não é sempre obrigatória; construção de dialogo; não é vinculante Manifestação de outros órgãos: pode ocorrer; não é vinculante Licença: decisão do órgão ambiental; se liberada deve ter prazo e condições Prévia: estudo na área quando há somente o projeto Instalação: inicio das obras do projeto Operação: regulação do funcionamento posterior às obras Fiscalização: certificação de que a licença está sendo respeitada Condicionantes: condições para a liberação da licença de instalação; minorar os impactos Casos especiais: Urbano: Estatuto da Cidade; EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança) Indígena: art. 231/CF (vínculos indissociáveis da tribo com o meio ambiente = nunca podem ser removidos, salvo situação excepcional autorizada pelo Congresso; com consentimento livre, prévio e informado) PNMA – Lei 6938/81 Orientações gerais para a regulação do direito ambiental no país (diretrizes, princípios, objetivos e instrumentos de proteção) Pós Conferência de Estocolmo e anterior à CF Caráter ecocêntrico (protege a vida em todas as suas formas) Diretriz geral: conciliar atividades econômicas e meio ambiente (não utiliza “sustentabilidade”) Conceito amplo de “meio ambiente” e “poluição” (aquilo que traz distúrbio ao meio ambiente) Instrumentos de regulação: impõe condutas e age diretamente na economia privada (licenciamento, padrões) (principio da prevenção) Instrumentos econômicos: beneficia aqueles que cumprem uma conduta não obrigatória (isenções, selos) (principio da prevenção) Instrumentos de fiscalização: punição quando a regra é descumprida e o dano ocorre (multa, inquérito) (principio da responsabilização) Responsabilidade Ambiental Dano ambiental: transfronteiriço, transtemporal, caráter difuso (mas pode haver repercussão individual), material ou extrapatrimonial, irrecuperável ou de difícil recuperação, difícil fixar um valor para reparação Responsabilidade ambiental: ocorre nas três esferas simultaneamente Administrativa: infração de regra administrativa (Lei de crimes ambientais (9605/98 + Dec. 6514/78), independente de dano; analisa a culpa/dolo da ação; penalidade aplicada pelo SISNAMA; qualquer cidadão pode denunciar; devido processo (denunciado pode se defender após a notificação) Penalidades: multa, advertência, suspensão ou perda de licença, apreensão ou destruição de bens, restrição ou perde beneficio, embargo ou demolição da obra De acordo com o decreto, a penalidade é analisada segundo a (i) antecedência, (ii) gravidade e (iii) situação econômica do causador do dano Civil: responsabilidade civil precisa de dano ao meio ambiente, ação ou omissão e nexo causal (difícil provar; propter rem: responsabilidade em razão da propriedade) entre eles; Instrumentos PNMA Padrões de Qualidade: fixados em bens específicos por critérios técnicos de aferição de qualidade (municípios podem estabelecer seus próprios padrões se forem mais rígidos) Zoneamento: preventivo; mapea áreas frágeis e áreas que podem ser exploradas; orienta o licenciamento; pode ser feito por qualquer ente federal; considera vulnerabilidade ambiental e potencialidade social Avaliação de Impacto Ambiental Auditoria: empresa especifica é contratada para analisar os parâmetros legais e ambientais; obrigatória ou voluntaria; problema de corrupção; diferente de monitoramento (feito pela própria empresa) Sistema de Informações: informações de acompanhamento ambiental feita pelos órgãos são disponibilizadas publicamente (ativa ou passiva; situações limite) Instrumentos econômicos: não proíbe, mas cobra quando há um dano ambiental e beneficia quando não há (PSA - pagamento por serviço ambiental e REDD (credito de carbono), seguro ambiental, concessão florestal, servidão ambiental, tributação ambiental) Mineração: outorga (autorização do Estado para exploração) Hidrelétricas: autorização da ANEEI; PCH (Pequena Central Hidrelétrica não causa significativo impacto ambiental = licenciamento sem EIA) Problemas: lento, participação popular mínima, pessoas desinformadas e corrompidas; poluidor-pagador=corrupção Código Florestal Lei 12.651/12: proteção à floresta em qualquer local de qualquer natureza Funções da floresta: regulação do clima, fonte de biodiversidade, captação de agua, proteção do solo, manutenção da fertilidade, predadores, polinizadores, valor paisagístico, meio de sobrevivência e espiritualidade para pop. tradicionais Histórico: Antes floresta era protegida devido a importância econômica 1934: 1º C.Flo. protegia áreas sensíveis (risco para a população) 1965: 2º Código: reformulação devido ao avanço da agricultura 1996: MP 1511 amplia áreas de preservação devido ao aumento do desmatamento 1998: criminalização do desmatamento via Lei de Crimes Ambientais 2012: Novo Código Florestal flexibiliza normas ambientais Justificativa: APP prejudica o avanço da agricultura; sofreu muitas emendas; desmatamento aumento muito Área de Preservação Permanente: área protegida coberta de vegetação nativa ou não (Lei 12.727/12); biomas considerados frágeis; áreas protegidas: topo de morro, encosta, mata ciliar, nascente e restinga APP de proteção hídrica: qualquer curso d’água natural ou perene; nascentes e olhos d’água perenes; APP depende do tamanho e leva em conta o limite regular de água;protege agua, evita enchentes e deslizamentos APP de proteção a morros: encostas ou áreas de declividade superior a 45m, borda de tabuleiros e chapadas, topo de morros, montanhas e serras com no mínimo 100m (metragem delimitada); altitude superior a 1800m não especifica a metragem (problema=tem sido suplementada) Atividades autorizadas em APP: até 2012 não se podia fazer nada, hoje pode em casos de utilidade publica, interesse social, atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental; aturoização do SEPRAM Reserva Legal: limite que toda propriedade deve ter de floresta em pé (20% geral e até 80% na Amazônia); localização (art. 14/CFlo) em áreas de zoneamento, corredores, bacias hidrográficas e fragilidade não analisa o dolo ou a culpa (responsabilidade objetiva e integral); sujeito ativo amplo e resp. solidária (abrange todos os envolvidos da mesma forma) Penal: Permitido: manejo sustentável aprovado pelo SISNAMA e recomposição parcial de área desmatada com plantas exóticas Compensação: (problema: mesmo bioma) aquisição de cota de RL em outra propriedade; servidão ambiental (arrendamento por tempo e local específicos); doação ao poder publico; área equivalente do mesmo proprietário APP pode ser compensada como RL se possuir registro no CAR, for conservada ou em recuperação, e se não liberar áreas novas para uso do solo Atividades autorizadas em RL: regra geral: não se pode fazer nada; exceções: rol taxativo CAR: Cadastro Ambiental Rural obrigatório para todos os imóveis rurais com a finalidade de integrar infos ambientais; vantagens: acesso ao Plano de Regularização Ambiental (apoio técnico e financeiro para se regularizar)
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