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HDA-Modulo08

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História da 
Aviação
HISTÓRIA DA AVIAÇÃO COMERCIAL BRASILEIRAEmpresas aéreas pioneiras que contribuíram para a aviação no país
Relação da economia do país com o desenvolvimento do setor da aviaçãoE mais...
2 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação 222 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação
HISTÓRIA DA AVIAÇÃO 
COMERCIAL BRASILEIRA
Profa. Kétnes Ermelinda G. Lopes
Vamos começar? Um ótimo trabalho!
Olá! Seja bem-vindo (a) ao módulo 
“História da Aviação Comercial 
Brasileira”!
Neste módulo, estudaremos a 
História da Aviação Comercial 
Brasileira, tanto no âmbito nacional 
quanto regional.
Estudaremos como o panorama econômico 
brasileiro foi um fator decisivo para o 
desenvolvimento da aviação comercial.
Conheceremos a história das empresas 
aéreas pioneiras e sua importância para o 
mercado aeronáutico.
3 Aviação na Segunda Guerra MundialHistória da Aviação
APRESENTAÇÃO
O desenvolvimento inicial da aviação comercial se caracterizou pela relação direta entre 
a empresa aérea, suas rotas regulares e a indústria aeronáutica. As primeiras linhas regu-
lares surgiram durante a Primeira Guerra Mundial, destacando-se o transporte de malas 
postais alemãs, através de aviões militares. E com a Segunda Guerra Mundial, todas as 
áreas relacionadas à aviação apresentaram um crescente avanço. Pode-se relacionar o 
desenvolvimento e o fortalecimento do setor de transporte aéreo com as duas grandes 
guerras do século XX.
Em 1917, surgiu a primeira empresa aérea, fundada na Alemanha, a Deutsche Luft-
Reederei Gmblt (DLR), que tinha o apoio da indústria aeronáutica Junkers, famosa empre-
sa fabricante de aeronaves. Em fevereiro de 1919, a DLR foi responsável pela operação da 
primeira rota comercial do mundo, ligando Berlim a Weimar, na Alemanha.
Neste mesmo período, foram surgindo em vários países da Europa novas empresas aére-
as, como a Latécoère, na França; a KLM, na Holanda; e a DDL, na Dinamarca. Estas 
empresas realizavam o transporte principalmente de malas postais, malas diplomáticas e 
“corajosas” autoridades, assim chamadas devido ao elevado número de acidentes aéreos 
ocorridos na época.
Cerca de um desastre aéreo com vítimas fatais 
ocorria a cada trezentas decolagens ou pousos 
(DAVIES, 1984).
No Brasil não foi diferente do restante do mundo. Muitas empresas surgiram ao longo do 
tempo e cada uma delas deixou sua história como contribuição para o avanço da avia-
ção comercial brasileira. Vamos conhecer um pouquinho sobre estas empresas e em que 
momento histórico elas foram criadas e porque muitas delas não conseguiram se manter 
no mercado.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse módulo, você deverá ser capaz de:
•	 Citar as empresas aéreas pioneiras brasileiras que contribuíram para o avanço da 
aviação no país.
•	 Entender a complexa relação da economia do país com o desenvolvimento do setor 
da aviação.
•	 Citar importantes datas para o desenvolvimento da aviação comercial brasileira.
Thales
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Thales
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Thales
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Thales
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Desenvolvimento da aviação comercial no 
Brasil
A primeira permissão de transporte aéreo concedida no Brasil ocorreu em 10/1918, logo 
após o fim da Primeira Guerra Mundial, no qual permitia o engenheiro João Teixeira Soares 
e Antônio Rossi de organizarem uma empresa para o serviço de transporte, utilizando 
aeroplanos para a ligação das principais cidades brasileiras. Nos anos seguintes mais seis 
transportadores aéreos receberam permissão semelhante.
Em janeiro de 1925, a empresa francesa Latécoere realizou voos experimen-
tais entre Pernambuco e Buenos Aires, com o objetivo de estabelecer uma 
rota regular de transporte aéreo no Brasil. Esta pretensão culminou no primei-
ro decreto regulador de navegação aérea brasileira em julho de 1925, 
baseada nos princípios da Convenção de Paris de 1919 hiperlink: ver 
módulo 7. Neste decreto foram criadas as empresas aéreas brasileiras, 
inspiradas no modelo francês, na qual somente as empresas com sede 
no país poderiam realizar atividades aéreas domésticas. Mais tarde, 
para atender as imposições da nova regulamentação, a Latécoere 
criou uma subsidiária no Brasil, denominada Companhia Brasileira 
de Empreendimentos Aeronáuticos.
Em 1927, o setor de transporte aéreo no Brasil, torna-se mais 
fortalecido com a atuação de duas outras subsidiárias de empre
sas aéreas estrangeiras: a Companhia Aéropostale Brasileira e a 
Condor Syndikat.
A Companhia Aéropostale Brasileira era a subsidiária da empre
sa francesa Compagnie Générale Aéropostale, criada em 1919, 
com o objetivo de estabelecer rotas regulares de transporte 
aéreo, específicas para o serviço postal. No Brasil, a 
Aéropostale foi autorizada a operar em março de 1927 e em 
novembro deste mesmo ano, iniciou seus serviços de trans-
porte aéreo de correio, 
atendendo às cidades de Recife, 
Natal e Rio de Janeiro.
hiperlink: ver 
módulo 7. Neste decreto foram criadas as empresas aéreas brasileiras, 
inspiradas no modelo francês, na qual somente as empresas com sede 
no país poderiam realizar atividades aéreas domésticas. Mais tarde, 
para atender as imposições da nova regulamentação, a Latécoere 
criou uma subsidiária no Brasil, denominada Companhia Brasileira 
Em 1927, o setor de transporte aéreo no Brasil, torna-se mais 
fortalecido com a atuação de duas outras subsidiárias de empre-
sas aéreas estrangeiras: a Companhia Aéropostale Brasileira e a 
A Companhia Aéropostale Brasileira era a subsidiária da empre-
sa francesa Compagnie Générale Aéropostale, criada em 1919, 
com o objetivo de estabelecer rotas regulares de transporte 
atendendo às cidades de Recife, Lignes Aériennes Latécoère 
(1922)
Convenção de Paris de 1919
Ver módulo - Regulamentação 
da Aviação.
atendendo às cidades de Recife, 
Natal e Rio de Janeiro.
Panfleto AéropostalePanfleto Aéropostale
IMPORTANTE
A Aéropostale encerra as suas atividades no 
Brasil em 1931, deixando uma grande contri-
buição para o desenvolvimento posterior da 
aviação brasileira. Em 1933, a Aéropostale 
se juntou com outras empresas para criar a 
atual Air France.
Aviação na Segunda Guerra MundialHistória da Aviação 4
Thales
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5 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação
CURIOSIDADE
Como a posição do Brasil, na Segunda Guerra Mundial, era favorável aos aliados, criou-se um 
sentimento nacional anti-germânico, e as empresas brasileiras que, por algum motivo, tinham 
ligações com aquele país tiveram que se adaptar.
Panfleto da empresa aérea 
Cruzeiro do Sul – 1948
Serviço Aéreo Condor - 
1930
6 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação 666 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação
A Viação Aérea Rio Grandense S/A – 
Varig foi fundada em maio de 1927, 
pelo alemão Otto Ernst Meyer em 
parceria com a então empresa Condor 
Syndikat. Em junho de 1927, a Varig 
recebeu autorização para voar em todo o estado 
do Rio Grande do Sul, litoral de Santa Catarina e 
para Montevidéu (de acordo com autorização do governo do 
Uruguai). Inicialmente a empresa operava a ligação entre Porto 
Alegre e as cidades de Rio Grande e Pelotas, conhecida com a Rota 
da Lagoa.
Na década de 30, a Varig se desliga do grupo Condor Syndikat, que 
cria uma subsidiária no Brasil, a Sindicato Condor (mais tarde nomea- da Cruzeiro do 
Sul). Neste mesmo período a empresa amplia suas operações dentro do Rio Grande do 
Sul e caracteriza-se como a primeira empresa brasileira a operar voos regulares diários 
(oito voos semanais entre Porto Alegre e Rio Grande).
CURIOSIDADE
Os historiadores da aviação retratam os primeiros anos da atividade comercial no Brasil como 
uma fase “heróica”. A comunicação aeronáutica era precária ou inexistente e a navegação 
se baseava principalmente na intuição dos pilotos, que deviam fazer também as vezes de 
mecânicos. Não havia aeroportos, mas apenas “camposde pouso”, alguns deles dotados de 
pequenas casas à guisa de terminais, tudo construído pelas próprias empresas. (Monteiro, 
2007)
Em 1941, a Varig passou a operar para Montevidéu e em 1955, 
iniciou suas operações para Nova Iorque, oferecendo serviço de 
bordo de luxo, ascendendo ao grupo das grandes empresas 
nacionais. Após a Segunda Guerra Mundial e justificado pelo 
sentimento antinazista, o alemão Otto Ernst Meyer foi afastado 
da presidência da Varig e substituído por Ruben Martin Berta.
Cidades da Rota da LagoaCidades da Rota da Lagoa
Rio GrandeRio GrandeRio GrandeRio Grande
PelotasPelotasPelotas
CanguçuCanguçuCanguçu
CamaquãCamaquãCamaquãCamaquã
Lagoa dosLagoa dosLagoa dos
PatosPatosPatos
Lagoa dos
Patos
Lagoa dos
Canoas
R I O G R A N D E D O S U L
PORTOPORTOPORTO
ALEGREALEGREALEGRE
MostardasMostardasMostardas
Em 1941, a Varig passou a operar para Montevidéu e em 1955, 
iniciou suas operações para Nova Iorque, oferecendo serviço de 
bordo de luxo, ascendendo ao grupo das grandes empresas 
nacionais. Após a Segunda Guerra Mundial e justificado pelo 
sentimento antinazista, o alemão Otto Ernst Meyer foi afastado 
da presidência da Varig e substituído por Ruben Martin Berta.
Panfleto mostrando a nova rota 
EUA-América do Sul, em 1955.
VÍDEO
Veja um dos antigos comerciais da Varig, 
disponível no link: http://www.youtube.com/
watch?v=WLyaPAmMMfM
Thales
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Thales
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Thales
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7 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação
Em 1929 a NYRBA, empresa que operava entre os EUA e a 
América do Sul, constituiu uma subsidiária brasileira, a NYRBA 
do Brasil.
Em 1930, essa subsidiária 
passou a ser controlada 
pela empresa norte-ameri-
cana Pan American Airways, 
e teve seu nome alterado para 
Panair do Brasil.
A Panair chegou a ser considerada a oitava maior 
empresa aérea do mundo. Entretanto, em fevereiro de 
1965, foram suspensas as suas autorizações de voo 
sem aviso prévio e sua falência decretada pelo governo 
brasileiro, justificada pela situação financeira e opera-
cional crítica em que se encontraria a empresa. Esta 
medida tomada por Castello Branco é até hoje cercada 
de polêmicas. As linhas internacionais da Panair foram 
repassadas para a Varig. Em 1984 a falência da empre-
sa foi considerada fraudulenta pelo Supremo Tribunal 
Federal e a União condenada a ressarcir a Panair do Brasil.
SAIBA MAIS 
Saiba mais assistindo ao vídeo disponível no link:
http://www.youtube.com/watch?v=1XzCz72ij_c
e lendo o livro intitulado “Pouso Forçado: a história por trás da 
destruição da Panair do Brasil pelo regime militar.” Autor: Daniel 
Leb Sasaki.
Em 1929 a NYRBA, empresa que operava entre os EUA e a 
América do Sul, constituiu uma subsidiária brasileira, a NYRBA 
Propaganda da Nyrba que ressalta a veloci-
dade e a praticidade de viajar de avião, 
comparado com a viagem de navio.e teve seu nome alterado para 
Panair do Brasil.
A Panair chegou a ser considerada a oitava maior 
empresa aérea do mundo. Entretanto, em fevereiro de 
1965, foram suspensas as suas autorizações de voo 
sem aviso prévio e sua falência decretada pelo governo 
brasileiro, justificada pela situação financeira e opera
cional crítica em que se encontraria a empresa. Esta 
medida tomada por Castello Branco é até hoje cercada 
de polêmicas. As linhas internacionais da Panair foram 
repassadas para a Varig. Em 1984 a falência da empre
sa foi considerada fraudulenta pelo Supremo Tribunal 
Federal e a União condenada a ressarcir a Panair do Brasil.
Panfleto da Panair do Brasil – 1932
NYRBA era o nome formado pelas iniciais das 
cidades em que a empresa operava: New York, Rio 
de Janeiro e Buenos Aires.
Thales
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8 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação
Com a falência da Panair do Brasil, a Varig alcançou a condição de “empresa 
bandeira” do Brasil, ao incorporar suas rotas internacionais mais importantes e 
ao transportar presidentes da república em suas viagens internacionais, além de 
seleções brasileiras de futebol (exemplo: retorno da equipe tricampeã do mundo 
em 1970). No fim da década de 70, a empresa gaúcha alcançou uma posição de 
liderança expressiva no mercado internacional e doméstico, intensificada pela 
falência da empresa aérea Cruzeiro do Sul e incorporação da empresa à Varig.
Em 1933, foi criada a Viação Aérea São Paulo - Vasp, por um grupo de empresários nacio-
nais, realizando as rotas entre São Paulo, Ribeirão Preto, Uberaba, São Carlos e Rio Preto. 
Em 1934, devido as suas operações deficitárias, o governo decide assumir o controle 
acionário da empresa, que voltou a ser empresa privada somente em 1990. Em 1936, a 
Vasp estabelece a regularidade do serviço aéreo na ponte Rio-São Paulo. A partir de então 
a Vasp expandiu sua rede de atuação, primeiro no Estado de São Paulo e posteriormente 
em todo território nacional.
Querido aluno (a), podemos observar que após 
a Segunda Guerra Mundial ocorreram grandes 
transformações no cenário da aviação mundial e 
consequentemente brasileira.
Centenas de aviões usados durante o 
conflito foram vendidos a preços irrisórios, 
permitindo a criação de diversas empresas 
aéreas e a multiplicação de cidades atendidas 
pelos serviços aéreos no país.
Aeroportos e infraestrutura de 
apoio foram construídos, além de 
maior disponibilidade de mão de 
obra altamente qualificada.
Com a falência da Panair do Brasil, a Varig alcançou a condição de “empresa 
bandeira” do Brasil, ao incorporar suas rotas internacionais mais importantes e 
ao transportar presidentes da república em suas viagens internacionais, além de 
seleções brasileiras de futebol (exemplo: retorno da equipe tricampeã do mundo 
em 1970). No fim da década de 70, a empresa gaúcha alcançou uma posição de 
liderança expressiva no mercado internacional e doméstico, intensificada pela 
falência da empresa aérea Cruzeiro do Sul e incorporação da empresa à Varig.
Panfleto da Varig mostrando as linhas 
 internacionais e domésticas – 1979
888História da Aviação
Centenas de aviões usados durante o 
conflito foram vendidos a preços irrisórios, 
permitindo a criação de diversas empresas 
aéreas e a multiplicação de cidades atendidas 
pelos serviços aéreos no país.
9 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação
Na década de 40 e 50 mais de 20 empresas aéreas foram criadas, as quais concentraram 
suas rotas principalmente no litoral. Entre essas empresas, destacam-se:
 E M P R E SA A N O D E F U N DA Ç Ã O
NAB – Navegação Aérea Brasileira 1939
Aerovias Brasil 1942
LAP – Linhas Aéreas Paulistas 1943
VASD – Viação Aérea Santos Dumont 1944
LAB – Linhas Aéreas Brasileiras 1945
Viação Aérea Gaúcha e a Real Transportes Aéreos 1946
TABA – Transportes Aéreos Bandeirantes e Lóide Aéreo 
Nacional
1947
Paraense Transportes Aéreos 1952
Sadia, precursora da Transbrasil 1954
No entanto, estas empresas tiveram um período de atuação muito rápido, não conseguin-
do se manter no mercado. Um dos dados mais surpreendentes é que, na média, 1 empre-
sa aérea brasileira deixou de operar a 
cada ano, (Revista Flap Internacional, 
2007). Segundo Castro e Larny (1993) 
no início da década de 50 havia 22 
empresas aéreas no Brasil, mas em 1955 
este número já havia caído para 14 e em 
1960 para 10, via processo acelerado de 
falências e absorções.
Segundo Castro e Larny (1993), 
dentre as empresas criadas logo 
após a guerra, a Real Aerovias 
apresentou maior solidez. Em 
1946 a empresa iniciou sua 
operação na rota Rio-São Paulo, 
com acelerado crescimento na 
década de 50, quando chegou a 
participar de cerca de 30% do 
mercado do setor aéreo domés-
tico, além de realizar rotas para 
outros sete países. Em 1955, a 
Real Aerovias, era considerada 
uma das maiores empresas aére-
as brasileiras, ocupando a sétima 
posição no mundo em termos de 
frota de aviões. Em 1961 a Real 
Aerovias foi vendida para a Varig.
Saiba mais sobre as empresas 
lendo o arquivo disponível na 
biblioteca virtual, intitulado 
EmpresasExtintas – Brasil.
Panfleto da 
Real Aerovias, 1954
Thales
Realce
A década de 50 foi ainda marcada pelo crescimen-
to da Vasp e pela criação da empresa Sadia S/A 
Transportes aéreos, fundada em 1955. Em 1972, 
a Sadia teve seu nome alterado para Transbrasil 
Linhas Aéreas S/A. Ainda na década de 50 deu 
inicio a operação de jatos comerciais, que 
influenciou positivamente na produtividade das 
empresas aéreas, através da maior velocidade 
operacional média das frotas e maior capaci-
dade de transporte de passageiros e de 
carga.
Cenário da aviação comercial 
- década de 60 até os dias atuais
A partir da década de 60, o cenário da aviação comercial se configurou em crise. 
Evidenciava-se à época, a redução do tráfego aéreo nacional, devido a falências e/ou 
fusões de empresas e a redução no número de cidades atendidas pelos serviços aéreos, 
justificada pelas operações de aeronaves de maior porte, que eram incompatíveis com os 
pequenos campos de pouso disponíveis em todo território nacional.
A introdução dos jatos comerciais 
resultou na eliminação das 
paradas para reabastecimento, 
provocando o declínio do número 
de cidades atendidas,
de cerca de 400 no início da 
década de 60, para menos de 100 
em meados de 1965.
Na tentativa de sanar os problemas enfrentados no setor da aviação comercial, realiza-
ram-se importantes encontros com a presença de representantes das empresas aéreas e 
do então órgão regulador, o Departamento de Aviação Civil - DAC. Os principais frutos 
destes eventos podem ser citados: o estímulo à fusão de empresas, a instituição de um 
período regulatório, onde os preços e as frequências de voo eram ditados pelo Estado e 
a criação das empresas regionais, com o objetivo de promover maior integração regional.
O Brasil foi dividido em cinco grandes áreas, tendo cada uma delas uma específica empre-
sa regional para operação do serviço aéreo. A região norte era controlada pela empresa 
Taba, a região centro-sul, pela Rio-Sul, a região nordeste, pela Nordeste, o Centro-Oeste, 
pela Votec, e os estados de São Paulo e sul do Mato Grosso, pela TAM. Foram reservadas 
às empresas regionais as operações dos Voos Diretos ao Centro – VDC entre Rio (Santos 
Dumont), São Paulo (Congonhas) e Belo Horizonte (Pampulha). Vale destacar que a TAM 
originou da empresa Táxi Aéreo de Marília, criada em 1961 e que ainda hoje permanece 
como uma empresa independente dentro do grupo, destacando-se no segmento de táxi 
aéreo, além de ser a maior revendedora de aviões executivos no país (representante do 
Cessna).
Em 1973, a operação do setor aéreo do país era realizado pelas 5 empresas regionais (Taba, 
Rio-Sul, Nordeste, Votec e TAM) e 4 empresas nacionais (Varig, Vasp, Cruzeiro do Sul e 
Transbrasil). Dois anos depois, a Cruzeiro do Sul foi incorporada à Varig, que passou a contro-
lar 35% do mercado de transporte aéreo doméstico e a totalidade dos voos internacionais.
A década de 50 foi ainda marcada pelo crescimen-
to da Vasp e pela criação da empresa Sadia S/A 
Transportes aéreos, fundada em 1955. Em 1972, 
a Sadia teve seu nome alterado para Transbrasil 
Linhas Aéreas S/A. Ainda na década de 50 deu 
Transbrasil, 1973
10 Aviação na Segunda Guerra MundialHistória da Aviação
Thales
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Com estas medidas, de 1968 ao início da década de 80, configurou-se um período de 
crescimento econômico batizado como o “Milagre Econômico”, com um grande cresci-
mento das empresas aéreas, estimuladas pelo aumento da demanda, pelas garantias de 
rentabilidade e pela modernização da frota.
No inicio da década de 80, ocorreu o marco 
da atualização da frota brasileira, com a 
operação do Airbus A-300 pela Varig e pela 
Cruzeiro do Sul e da operação do Boeing 
B-747 na rota Rio de Janeiro – Nova York 
pela Varig.
No início da década de 80, a economia brasi-
leira entrou em período de estagnação, que 
se prolongou até 2002. Estimuladas pelo 
aumento da demanda devido o cres-
cimento da economia na década de 
70, as empresas aéreas brasileiras 
realizaram altos investimentos em 
atualização tecnológica e expan-
são da capacidade e se viram 
na década de 80, com um 
vultoso endividamento, 
associado ao aumen-
to dos custos, gerados 
a partir de uma série de 
fatores econômicos. À época, a capacidade de 
transporte (oferta) estava muito acima da demanda de merca-
do, configurando-se um grave quadro de crise.
As três maiores empresas do setor aéreo brasileiro iniciaram a década de 90 em uma 
péssima situação financeira. A Vasp, a pouco privatizada, apresentou resultados nega-
tivos, a Transbrasil se encontrava prestes a falir e a Varig muito endividada, apresentava 
baixa rentabilidade.
A crise também se estendeu para a aviação regional, provocando a falência de todas 
as empresas, com exceção da TAM, que ampliou suas atividades na década de 80, 
incorporando a Votec em 1986. A partir de 1989 a TAM iniciou sua operação na 
ponte aérea Rio-São Paulo, além de expandir suas atividades no mercado nacional, a 
partir da desregulamentação da década de 90 (abandono do monopólio das empresas 
nos mercados nacional e regional).
No início da década de 80, a economia brasi
leira entrou em período de estagnação, que 
se prolongou até 2002. Estimuladas pelo 
aumento da demanda devido o cres
cimento da economia na década de 
70, as empresas aéreas brasileiras 
realizaram altos investimentos em 
atualização tecnológica e expan
são da capacidade e se viram 
na década de 80, com um 
fatores econômicos. À época, a capacidade de 
transporte (oferta) estava muito acima da demanda de merca
do, configurando-se um grave quadro de crise.
As três maiores empresas do setor aéreo brasileiro iniciaram a década de 90 em uma 
incorporando a Votec em 1986. A partir de 1989 a TAM iniciou sua operação na 
ponte aérea Rio-São Paulo, além de expandir suas atividades no mercado nacional, a 
partir da desregulamentação da década de 90 (abandono do monopólio das empresas 
nos mercados nacional e regional).
A crise também se estendeu para a aviação regional, provocando a falência de todas 
as empresas, com exceção da TAM, que ampliou suas atividades na década de 80, 
incorporando a Votec em 1986. A partir de 1989 a TAM iniciou sua operação na 
ponte aérea Rio-São Paulo, além de expandir suas atividades no mercado nacional, a 
partir da desregulamentação da década de 90 (abandono do monopólio das empresas 
11História da Aviação História da Aviação Comercial Brasileira
Thales
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CURIOSIDADE
O museu da TAM se localiza em São Carlos, no interior de São Paulo e foi aberto ao público 
em 2006. O museu possui em seu acervo 96 aeronaves antigas, das quais 76 aeronaves se 
encontram em exposição.
O Museu da TAM
Na década de 90, iniciaram-se no Brasil algumas alterações na aviação comercial, uma 
delas foi a perda da exclusividade da Varig sobre os voos internacionais, obrigando a 
empresa gaúcha a competir nos mercados globalizados. A Varig, a partir de então, come-
çou a reduzir seus custos, através da redução de postos de trabalho, redução da frota, 
cancelamento de rotas e a terceirização dos serviços de bordo. Nesta fase a empresa 
gaúcha estava voltada para a competitividade global, buscando meios necessários para 
garantir seu espaço no mercado.
Em 1997, foi abolido o monopólio das operações das linhas aéreas especiais exclusivas até 
então das empresas regionais. A partir de então, as empresas aéreas nacionais poderiam 
operar as linhas entre os principais aeroportos do país – Presidente Juscelino Kubitschek 
- Brasília, Congonhas - São Paulo, Santos Dummont - Rio de Janeiro e Pampulha - Belo 
Horizonte. E em 2001, as autoridades aeronáuticas retiraram qualquer controle de preços 
antes estipulados.
Horizonte. E em 2001, as autoridades aeronáuticas retiraram qualquer controle de preços 
antes estipulados.
12 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação
ThalesRealce
13 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da AviaçãoHistória da Aviação
A partir de 2000, com a melhora das condições macroeconômicas do país e pelo acen-
tuado aumento da demanda, o setor aéreo apresentou um acelerado crescimento. Este 
crescimento associado a grande concorrência, resultou em 2001, na criação da empresa 
Gol Linhas Aéreas e na falência da Transbrasil e em 2005, na falência da Vasp, que deixou 
um enorme passivo trabalhista e uma volumosa dívida junto ao Governo Federal.
A Gol logo após a sua criação apresentou elevado crescimento, justificado principal-
mente por bilhetes mais baratos e uma forte campanha de marketing. Em 2007, a 
nova empresa incorpora a Varig, que havia sido comprada em 2006, por 
um grupo de investidores. A falência da Varig foi decretada 
somente em agosto de 2010.
nova empresa incorpora a Varig, que havia sido comprada em 2006, por 
um grupo de investidores. A falência da Varig foi decretada 
somente em agosto de 2010.
131313 História da Aviação Comercial Brasileira
Thales
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Realce
14 História da Aviação Comercial BrasileiraHistória da Aviação
A partir de 2000, outras empresas também entra-
ram no mercado aéreo. Em 2002 foi criada a 
Ocean Air, em 2004 a BRA, que encerrou 
suas atividades em 2007, em 2006 foi 
criada a Webjet e em 2008 a Azul Linhas 
Aéreas Brasileiras, que vem atualmente 
apresentando um rápido crescimento.
Em abril de 2010, a Avianca, fundada 
em 1919 na Colômbia (antiga SCADTA), 
apresenta-se como uma empresa brasi-
leira em franco crescimento no mercado 
aéreo doméstico.
O Anuário de Transporte Aéreo, elabora-
do pela ANAC em 2010, mostra a evolução 
anual da participação das principais empresas 
aéreas em operações domésticas, no período de 2002 
a 2010. O primeiro gráfico, apresentado abaixo, mostra o intervalo de participação de 
mercado das empresas aéreas, entre 10 a 50% e o segundo gráfico a participação de 
mercado de até 6%.
50%
40%
30%
20%
10%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
AVIANCA (ICAO; ONE)
GRUPO TAM
WEBJET
AZUL
GRUPO VARIG
OUTRAS
GOL/ VRG LINHAS AÉREAS
VASP
 Fonte: ANAC (2010)
A partir de 2000, outras empresas também entra-
ram no mercado aéreo. Em 2002 foi criada a 
Ocean Air, em 2004 a BRA, que encerrou 
suas atividades em 2007, em 2006 foi 
criada a Webjet e em 2008 a Azul Linhas 
Aéreas Brasileiras, que vem atualmente 
leira em franco crescimento no mercado 
O Anuário de Transporte Aéreo, elabora-
do pela ANAC em 2010, mostra a evolução 
anual da participação das principais empresas Etiqueta com o logotipo da Avianca em 1950
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1%
2%
3%
4%
5%
6%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
AVIANCA (ICAO; ONE)
GRUPO TAM
WEBJET
AZUL
GRUPO VARIG
OUTRAS
GOL/ VRG LINHAS AÉREAS
VASP
 Fonte ANAC (2010)
No segundo gráfico, observa-se o fim das atividades da Vasp em 2005 e da Varig em 
2009. Em 2010, a TAM liderou o mercado aéreo, com 43% de participação, seguida pela 
Gol, com 39%. Dentre as empresas de menor porte, destacam-se a Webjet com 6% e a 
Azul com 7%.
Meu querido aluno, o crescente aumento do número 
de passageiros de transporte aéreo brasileiro 
(crescimento de 23% de 2009 a 2010), evidencia 
o crescimento constante do nosso mercado 
de transporte aéreo, tanto nacional, regional e 
internacional.
Caro aluno (a), finalizamos mais 
uma etapa de nosso trabalho. 
Espero que tenham gostado de 
estudar sobre a história da aviação 
comercial brasileira.
ATIVIDADE
Agora é hora de exercitar! Vamos às atividades de fixação.
FUNDAÇÃO MINEIRA DE 
EDUCAÇÃO E CULTURA – FUMEC
CONSELHO DE CURADORES
Conselheiros Efetivos
Prof. Tiago Fantini Magalhães - Presidente
Prof. Antônio Carlos Diniz 
Murta - Vice Presidente
Profa. Isabel Cristina Dias Alves Lisboa
Prof. Custódio Cruz de Oliveira e Silva
Prof. Eduardo Georges Mesquita
Prof. Estevam Quintino Gomes
Prof. Erix Morato
Prof. Márcio José Aguiar
Prof. Mateus José Ferreira
Prof. Renaldo Sodré - Suplente
UNIVERSIDADE FUMEC
Reitor
Prof. Antonio Tomé Loures
Vice-Reitora
Profa. Maria da Conceição Rocha
Pró-Reitor de Ensino, 
Pesquisa e Extensão
Prof. Eduardo Martins de Lima
FACULDADE DE ENGENHARIA 
E ARQUITETURA (FEA)
Diretor Geral
Prof. Luiz de Lacerda Júnior
Diretor de Ensino
Prof. Lúcio Flávio Nunes Moreira
Diretor Administrativo-Financeiro
Prof. Fernando Antônio Lopes Reis
SETOR DE EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA - FUMEC VIRTUAL
Gestão Pedagógica
Gabrielle Nunes P. Araújo (Coorda.)
Carolina de Paula Mendes
Gestão Tecnológica
Produção de Design Instrucional
Rodrigo Tito M. Valadares (Coord.)
Alan Galego Bernini
Matheus Guerra de Araújo
Raphael Gonçalves Porto Nascimento
Infra-estrututura e suporte
Anderson Peixoto da Silva (Coord.)
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Síntese
Neste módulo estudamos a aviação na Segunda Guerra Mundial! 
Vimos sobre o avanço da aviação militar dos países envolvidos 
no conflito, as principais conquistas da aviação e a participação 
brasileira na guerra.
Na próxima aula estudaremos a Regulamentação da Aviação 
Nacional e Internacional!
Até lá!
Referências
CROUCH T., D. Asas: uma história da aviação: das pipas à era espacial. Rio de Janeiro: 
Record, 2008.
DEFESA.NET.BR. Disponível em: <www.defesa.net.br> Acessado em junho de 2012.
FAB (2012). Força Aérea Brasileira. Disponível em:<www.fab.mil.br>. Acessado em 
junho de 2012.
Grandes Guerras. Disponível em: <http://www.grandesguerras.com.br> Acessado em 
maio de 2012.
JAMBOCK.COM.BR. Disponível em <www.jambock.com.br>. Acessado em junho de 
2012.
MAGNOLI D. História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2008.
Revista ASAS (2001). Disponível <www.revistaasas.com.br> Acessado em junho de 
2012.

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