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Modulo 4 Aviação na Primeira Guerra Mundial

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História da 
Aviação
AVIAÇÃO NA 
PRIMEIRA 
GUERRA 
MUNDIAL
•	 Principais aviadores e seus 
feitos durante a Guerra
•	 Aeronaves utilizadas
•	 Evolução da participação 
da aviação
•	 E muito mais...
AVIAÇÃO NA PRIMEIRA 
GUERRA MUNDIAL
Profa. Kétnes Ermelinda G. Lopes
Também estudamos os aeródinos de 
asas rotativas, os helicópteros, suas 
características e principais pioneiros.
Neste módulo, estudaremos a aviação na 
Primeira Guerra Mundial, as aeronaves 
utilizadas e as missões realizadas. 
Olá! Seja bem-vindo (a) ao módulo 
“Aviação na Primeira Guerra Mundial”!
Conheceremos os principais aviadores, dentre 
eles o maior ás da Grande Guerra, o Barão 
Vermelho. 
Vamos começar? Um ótimo trabalho!
No módulo “Aeródinos” você aprendeu sobre 
as máquinas mais pesadas que o ar.
Estudamos os aeródinos de asa fixa: planadores e aviões, suas 
características, experimentos e principais pioneiros, dentre 
eles, Santos Dumont e os irmãos americanos Wright.
2 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação
3 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação
APRESENTAÇÃO
Como vimos, no final do século XIX, os estudiosos das máquinas voadoras se preocupa-
ram em dar estabilidade e dirigibilidade aos balões, surgindo verdadeiros gigantes, mais 
leves que o ar, para o transporte de passageiros. Após esta conquista, os pioneiros da 
aviação ainda não satisfeitos com os aeróstatos, passam a desenvolver estudos sobre as 
máquinas mais pesadas que o ar, os aeródinos.
Iniciaremos nosso estudo falando dos aeródinos de asa fixa 1, os planadores e aviões. Na 
história dos planadores, estudaremos suas principais características, seu desenvolvimen-
to e principais pioneiros, dentre eles o alemão Otto Lilienthal, que perdeu sua vida em 
seus experimentos. Em seguida, já no final do século XVIII e início do século XIX, vamos 
estudar sobre os aviões, conceitos e principais características. Vamos conhecer as primei-
ras máquinas mais pesadas que o ar que foram capazes de alçar voo. Quem nunca ouviu 
falar do 14-Bis? Vamos mergulhar nas façanhas do brasileiro Santos Dumont, seus estu-
dos e contribuição ao desenvolvimento da aviação e sobre os irmãos americanos Wright, 
que juntos trouxeram conhecimento para o posterior desenvolvimento e afirmação dos 
aviões, como veículos de transporte de passageiros.
Meu (minha) querido (a) aviador (a), finalizando nosso módulo estudaremos os aeródinos 
de asa rotativa, os helicópteros, sua história e principais pioneiros.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desse módulo, você deverá ser capaz de:
•	 Apontar os pioneiros e seus feitos no desenvolvimento dos aeródinos.
•	 Identificar a importância dos irmãos Wright e de Santos Dumont no desenvolvi-
mento dos aviões.
•	 Citar datas marcantes na história das máquinas mais pesadas que o ar.
•	 Descrever a história dos helicópteros e seus principais pioneiros.
1 Os ultraleves também são aeródinos de asa fixa, no entanto, não serão tratados em nosso módulo.
Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
A Primeira Guerra Mundial foi o primeiro conflito armado que envolveu diretamente as 
grandes potências do mundo. Desde meados do século XIX acirram-se disputas entre as 
grandes potências imperialistas europeias pelo controle das matérias-primas, das áreas 
coloniais e dos mercados mundiais. Dentre as principais disputas, pode-se citar: a rivali-
dade anglo-alemã (competição industrial e comercial), a rivalidade franco-alemã (perda da 
Alsácia e da Lorena para a Alemanha); rivalidade austro-russa e o nacionalismo da Sérvia 
(opondo-se aos austríacos e aos turcos).
O aumento do arsenal das grandes potências não 
causou diretamente a guerra, mas configurou um 
cenário propício à luta.
A principal característica do período anterior ao conflito foi a criação de tratados de alian-
ça entre países, que buscavam apoio para enfrentar seus inimigos. Assim foram criados 
dois grandes blocos distintos:
•	 Tríplice Aliança: inicialmente formada pela Alemanha, Império Austro-Húngaro e 
Itália, em 1882.
•	 Tríplice Entente: inicialmente formada pela Inglaterra, França e Rússia em 1906.
Europa: divisão política em 1914 e Primeira Guerra Mundial
4 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação
5 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação
Desta forma, os países estavam prontos para o conflito e esperavam apenas um motivo 
que justificasse o início da guerra. E esta ocorreu em 28/06/1914, quando o arquiduque 
Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, juntamente com sua esposa Sofia 
foram assassinados, quando visitavam a cidade de Sarajevo, na Bósnia.
Em 28/07/1918, exatos um mês após a morte do 
herdeiro austríaco, o Império Austro-Húngaro declarou 
guerra à Sérvia. A partir de então, os outros países 
foram se envolvendo no conflito, em uma verdadeira 
reação em cadeia resultante da política de alianças.
Apesar de todas as rivalidades que antecederam 
a guerra, nenhum país tinha sequer um palpite 
sobre suas dimensões e suas consequências.
Era unânime a ideia de que seria 
um conflito de duração mínima.
6 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação
A Guerra Aérea
Meu(minha) caro(a) aluno(a), quando ocorreu o assassinato do arquiduque Francisco 
Ferdinando, contava-se com apenas oito anos desde o primeiro voo de Santos Dumont 
com seu 14-Bis. Nesse pequeno período de tempo, os avanços obtidos nas característi-
cas dos aviões os consagravam como um meio de transporte viável.
Deve-se destacar que no início da guerra, o número de aviões em todos os países era 
muito pequeno. A França, por exemplo, tinha menos de 140 aeronaves. Ao fim do confli-
to, os franceses dispunham de 4.500 aviões! Durante o conflito, não apenas cresceu o 
aumento da produção, mas também ocorreu um grande desenvolvimento tecnológico, 
tanto em relação à velocidade quanto à autonomia.
Em 1914 era importante que a aeronave fosse fácil de voar, já que a quantidade de pilotos 
treinados era mínima. As aeronaves eram projetadas para terem maior estabilidade, não 
se preocupavam, neste período, com a agilidade! No final do conflito, essa característica 
deu lugar à manobrabilidade, e apesar de serem difíceis de voar, os aviões eram extrema-
mente ágeis.
Um piloto poderia ser enviado para combate após 
um treinamento de apenas três horas de voo!
Além dos aviões se tornarem mais rápidos, manobráveis e poderosos, foram realizadas 
diversas alterações em sua configuração tecnológica. Um exemplo disto é que as hélices 
nos aeroplanos de 1914 eram localizadas atrás e no final do conflito esta configuração se 
alterou, ficando a hélice situada à frente.
Durante o conflito, utilizou-se também o balão dirigível rígido, construído pelo Conde 
Ferdinand von Zeppelin. Estes gigantes voadores foram utilizados principalmente pelos 
alemães, entre 1915 e 1917 ao efetuar os ataques de bombardeios sobre Londres 
e outras cidades. Devido a alta altitude de voo eles ficaram por algum tempo 
protegidos, visto que nenhum caça aliado conseguia atingi-los. Somente com 
o desenvolvimento de projéteis de metralhadora revestidos de fósforo incen-
diário é que veio o fim dos dirigíveis, visto a presença do gás hidrogênio 
em seu invólucro altamente inflamável.
No início da guerra, muitos generais acreditavam que os aviões 
ajudariam apenas em missões de observação e reconhecimento. 
E podem acreditar, meus (minhas) queridos (as) alunos (as), 
alguns deles tinham grandes reservas mesmo para essa 
função, pois muitos acreditavam que a ferramenta mais 
importante para a observação e reconhecimento seria a 
cavalaria. Porém, ao final da guerra, todos os países 
já integravam os aeroplanos em suas estratégias 
de combate. Foi durante a 1ª Guerra Mundial 
que o avião provou seu potencial, através da 
descoberta e testes de suas funções bási-
cas: observação e reconhecimento, 
bombardeio tático e estratégico, 
ataque ao solo e guerra naval.
7 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação
A Guerra Aérea deixou mesmo muitos rastrossombrios! Além 
do perigo constante representado pelos inimigos no ar, pela 
artilharia antiaérea e pela possibilidade de falha estrutural ou 
do próprio motor, os aviadores estavam sujeitos à ulceração 
provocada pelo frio quando voavam com a carlinga aberta e a 
grandes altitudes, ou durante o inverno.
(Sweeting, 2011).
Bombardeiros e Caças
Os aviões de combate, os caças, eram as aeronaves mais agressivas da guerra, tendo 
como principal função a defesa: tanto na proteção do seu espaço aéreo quanto na prote-
ção das aeronaves em operação no espaço aéreo inimigo. Os caças eram aeronaves 
relativamente pequenas e o seu projeto de construção era relativamente simples. Teve um 
grande desenvolvimento tecnológico durante o conflito, por isto seu prazo de utilização 
era pequeno, cerca de apenas um ano.
Caça alemão Fokker D.VII
As missões ofensivas eram geralmente desenvolvidas pelos bombardeiros. Os bombar-
deiros eram aeronaves bem maiores que os caças e devido a sua complexidade não apre-
sentaram uma inovação tecnológica tão rápida. Os projetistas se preocupavam mais em 
aumentar o seu desempenho do que construir uma aeronave nova. 
As missões de bombardeios eram diferenciadas em bombardeios estratégicos, táticos 
e ataque aéreo ao solo. Os bombardeios estratégicos tinham como principal objetivo a 
redução da capacidade do inimigo de continuar na guerra. Os alvos típicos eram fábricas, 
sedes de órgãos públicos, militares ou civis e arsenais da marinha. Os aviões emprega-
dos neste tipo de missão eram aeronaves de grande autonomia, visto o alvo se localizar 
a grandes distâncias. Outro tipo de bombardeio era o bombardeio tático que tinha como 
principal função ajudar as forças que atuavam no solo, bombardeando instalações de 
suprimentos na área de batalha. E por fim os ataques aéreos ao solo, caracterizados por 
ataques a alvos de oportunidade, ou seja, qualquer coisa que aparecesse à frente do 
atirador.
8 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação
Bombardeiro monomotor da Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial, com todos os seus 
lutos e horrores, representou um fator decisivo 
a favor da afirmação definitiva do mais pesado 
que o ar!
Ao longo da guerra, as grandes 
potências realizaram grandes 
progressos na tecnologia de motores 
e aviões.
As frágeis gaiolas do início da guerra foram substituídas 
por aviões mais eficientes, especializados, projetados para 
perseguição, bombardeamento, observação e ataque terrestre.
Ases
A partir do crescimento da importância e influência dos aviões, durante a Primeira Guerra 
Mundial, surgiram também os heróis dos ares, aviadores que conseguiam abater seus 
inimigos, mostrando sua superioridade no domínio do espaço aéreo. Estes aviadores rece-
beram o título de ases. A primeira nação a premiar seus pilotos foi a França. O gover-
no francês exigia que o aviador abatesse no mínimo 
5 aeronaves para que este fosse considerado um ás. 
A Alemanha também adotou este título, exigindo, no 
entanto, que os pilotos abatessem 8 aeronaves e poste-
riormente 16.
A tabela ao lado mostra os 10 maiores pilotos de 
combate da 1ª Guerra Mundial. De seus 364 ases, o 
mais importante ás da 1ª Guerra Mundial foi Manfred 
Richthofen, o Barão Vermelho, que abateu 80 aerona-
ves inimigas e simboliza até hoje o ideal do piloto de 
caça.
Os 10 maiores pilotos de combate
1 Manfred Von Richthofen 80
2 René Fonck 75
3 William Bishop 72
4 Ernst Udet 62
5 Edward Mannock 61
6 Raymond Collishaw 60
7 James McCudden 57
8 Andrew Beauchamp-Proctor 54
9 Erich Löwenhardt 54
10 Donald Roderick MacLaren 54
9 Aviação na AntiguidadeHistória da Aviação
A fama do barão Manfred von Richthofen, 
título concedido à família pelo imperador 
da Prússia em 1741, extrapolou as frontei-
ras alemãs, chegando aos Estados Unidos, 
Canadá, Grã-Bretanha e Austrália.
Quando a guerra iniciou, 
Richtofen foi encaminha-
do à cavalaria, o que lhe 
permitia praticar sua 
maior paixão, a caça. 
Logo, ele solicitou transfe-
rência para a recém-criada 
força aérea, participando 
de uma série de missões 
de reconhecimento e de 
observação. Em 1916, 
ele recebeu o treina-
mento de piloto de caça, 
destacando-se por sua 
agressividade. Ele sempre 
dizia sentir um enorme prazer 
em matar um inimigo. Ele 
foi incorporado à unidade 
comandada pelo ás alemão Oswald Bolcke, 
famoso pelo desenvolvimento das técnicas 
de caça, até hoje ensinadas aos pilotos. Em 
outubro de 1916, Bolcke chocou-se no ar 
com outro piloto alemão, vindo a falecer 
quando seu avião colidiu com o solo.
Enquanto isto, Richthofen adquiria experi-
ências em combate. Ele tinha um costume 
de toda vez que abatia uma aeronave, guar-
dar como lembrança um pedaço da aero-
nave abatida, além de encomendar uma 
pequena taça de prata (gravada com o tipo 
de avião abatido e a data). Manfred ficou 
conhecido principalmente por sua ética em 
combate. Se o inimigo abatido já estivesse 
no chão, ele não atirava e nem o perse-
guia. O seu principal objetivo era destruir a 
aeronave inimiga e não seu aviador. Ficou 
famoso por sua lealdade e generosidade ao 
oponente.
Em janeiro de 1917, Richthofen com 
sua décima sexta vitória, já se consagra-
va como maior ás alemão. Neste período 
foi-lhe entregue o comando do Jasta 11 
e Richthofen decide pintar seu biplano 
Albatros D.III de vermelho, para facilitar a 
sua identificação tanto por seus amigos no 
solo, evitando assim acidentes, quanto por 
seus inimigos. Ele dizia que com sua aero-
nave pintada de vermelho, seus oponentes 
Manfred Von Richthofen
não estariam completamente desavisados! 
Daí surgiu seu apelido: Barão Vermelho! 
Seus companheiros do Jasta 11, também 
decidiram pintar suas aeronaves, nascendo 
a lenda do Circo Voador, apelido dado às 
coloridas aeronaves do Jasta11.
Albatros D.III
O mês de abril de 1917 ficou conheci-
do como o “Abril Sangrento” em razão 
das pesadas perdas sofridas pelos britâ-
nicos diante dos pilotos do corpo aéreo 
germânico.
Em julho de 1917, Richthofen foi abatido 
enquanto perseguia um bimotor F.E.2. Ele 
escreve sobre esse combate:
Eu olhava para o observador, 
extremamente excitado atirando 
em minha direção. Eu calmamen-
te o deixei atirar, já que nem o 
melhor dos atiradores consegue 
acertar algo a uma distância de 
300 metros. Ninguém consegue! 
(...) De repente, houve um estou-
ro em minha cabeça! Eu fui atin-
gido! Por um momento eu fiquei 
completamente paralisado... a 
pior parte é que o impacto na 
cabeça tinha afetado meu nervo 
ótico e eu fiquei completamente 
cego. O avião começou a mergu-
lhar. (LUFTWAFFE39-45 sem 
paginação)
Apesar de ter pousado em segurança, ele 
sofreu um sério ferimento na cabeça, que 
nunca se cicatrizou. Durante o resto de sua 
vida, Richthofen sofria com terríveis dores 
de cabeça.
Richthofen foi um dos primeiros a pilotar 
um triplano Fokker, que estreou nas fren-
tes de batalha no outono de 1916. Era um 
10 Aviação na AntiguidadeHistória da Aviação
avião de caça pequeno, tendo como prin-
cipal arma, sua agilidade e velocidade de 
decolagem. Em manobras, era impossível 
colocá-lo em mira, mas, se seguisse um 
rumo fixo, tornava-se alvo fácil. Isto foi o 
que provavelmente acabou com Richthofen.
No dia 21 de abril de 1918, pouco antes de 
completar 26 anos, Richthofen foi atingido, 
enquanto perseguia sua vítima de núme-
ro 81. Não se sabe ao certo quem foi o 
autor do tiro que tirou a vida deste grande 
ás alemão, mas existiram depoimentos de 
que um soldado australiano, Robert Buie, 
teria sido um dos autores deste tiro. Outro 
possível autor do tiro seria o soldado Cedric 
Popkin, que manejava uma metralhadora 
no local ou o piloto canadense Roy Brown 
enquanto tentava defender seu companhei-
ro de combate.
Richthofen foi enterrado com honras mili-
tares e em 1925, seu corpo foi exumado 
e sepultado em Berlim, novamente com 
honras militares e com grande participa-
ção popular. Réplicas do triplano Fokker do 
Barão Vermelho estão expostas na maioria 
dos museus de tecnologiae aviação do 
mundo.
Numa época de aviões feitos de madeira, e que 
apenas vinte vitórias garantiam a um piloto de caça 
um status de lenda, Richthofen alcançou a marca de 
80 vitórias e passou a ser conhecido como o “ás dos 
ases”.
Outro famoso ás da Primeira Guerra Mundial 
foi o aviador francês Roland Garros. Após 
sua morte, em outubro de 1918, Garros foi 
homenageado com seu nome no complexo 
esportivo Roland Garros Studim, sede do 
torneio anual de tênis em piso de saibro. 
Ele era sócio do clube fundador da quadra 
e conforme estatuto do clube, a quadra 
ganharia o nome do primeiro integrante que 
falecesse. 
SAIBA MAIS
Saiba mais sobre a história do barão Richthofen assis-
tindo ao filme: O Barão Vermelho (Direção: Nikolai 
Müllerschön, Elenco: Til Schweiger, Joseph Fiennes, 
Lena Headey Käte Otersdorf, Matthias Schweighöfer).
11 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação
Participação Brasileira na 
Primeira Guerra Mundial
Até meados de 1917, o Brasil manteve uma atitude de neutralidade perante a Primeira 
Guerra Mundial. Esta posição foi alterada pela comoção nacional após o afundamen-
to de navios nacionais por submarinos alemães. Assim em 26 de outubro de 1917, o 
Brasil declara guerra contra o império alemão. Apesar da tímida participação brasileira 
durante a Primeira Guerra Mundial, ela trouxe uma relativa importância interna, visto abrir 
portas para o desenvolvimento de seu setor industrial, aumentando a participação nacio-
nal nos negócios mundiais.
 Brasil na Primeira Guerra Mundial
A guerra marcou profundamente a situação mundial, 
mesmo naqueles países que tiveram uma pequena 
participação durante o conflito.
Em janeiro de 1918 foi criada a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG), com a 
oferta de dois cruzadores leves, Bahia e Rio Grande do Sul, e de quatro contratorpedeiros, 
Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e Santa Catarina para operar no circuito Dacar-São 
Vicente-Gibraltar.
Durante o percurso para Gibraltar ocorreram alguns incidentes, talvez explicados pelo 
alerta de presença de submarinos inimigos na área. O primeiro incidente foi a Batalha das 
Toninhas, quando um cardume destes peixes foi confundido com o rastro de um peris-
cópio, fazendo com que o cruzador brasileiro disparasse seus canhões contra os peixes. 
O outro incidente foi um ataque de canhões, feito pelo contratorpedeiro Piauí contra o 
caça-submarino 190 da marinha norte-americana, confundido com um submarino devido 
às suas pequenas dimensões, felizmente sem causar danos ao navio aliado, que logo se 
identificou.
12 Aviação na Primeira Guerra MundialHistória da Aviação
VÍDEO
Assista ao vídeo, disponível no site a seguir, e saiba mais sobre a participação do Brasil na 
primeira guerra mundial.
http://www.youtube.com/watch?v=r_vxm3HeP90
Mesmo que a participação brasileira no conflito tenha sido restrita, a 1ª Guerra Mundial 
teve profundas e duradouras consequências, tanto militares, como sociais e econômicas.
O Fim da Guerra
No dia 28 de junho de 1919, os alemães assinaram o Tratado de Versalhes, exatos cinco 
anos após o assassinato do herdeiro do trono austríaco. O Tratado de Versalhes foi um 
tratado de paz assinado pelas potências europeias finalizando oficialmente a Primeira 
Guerra Mundial. Este armistício selava a responsabilidade da Alemanha como causadora 
da guerra e listava obrigações e reparações a serem realizadas frente aos países ganha-
dores. Entre outras coisas, a Alemanha perderia uma parte de seu território, pagaria uma 
enorme indenização em dinheiro aos países vencedores; restringiria o tamanho de seus 
exércitos, sendo extremamente proibida de possuir aviação militar. 
Evidentemente esse conjunto de decisões impostas à Alemanha, provocou a reação de 
forças políticas, instituindo um nacionalismo alemão, que buscava a revogação das rigo-
rosas imposições do Tratado de Versalhes. Desta forma, o tratado acabou semeando o 
revanchismo e o nazismo explorando essa vontade, gerou um clima que desencadearia a 
Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Bem pessoal, vamos finalizando 
nossos estudos sobre a importân-
cia da aviação na Primeira Guerra 
Mundial!
Agora hora é de exercitar! Vamos às 
atividades de fixação.
ATIVIDADE
Acesse a atividade de fixação nº 01 no material didático online da disciplina
Sugiro que acesse a biblioteca, onde 
poderá encontrar livros interessantes 
sobre o assunto.
FUNDAÇÃO MINEIRA DE 
EDUCAÇÃO E CULTURA – FUMEC
CONSELHO DE CURADORES
Conselheiros Efetivos
Prof. Tiago Fantini Magalhães - Presidente
Prof. Antônio Carlos Diniz 
Murta - Vice Presidente
Profa. Isabel Cristina Dias Alves Lisboa
Prof. Custódio Cruz de Oliveira e Silva
Prof. Eduardo Georges Mesquita
Prof. Estevam Quintino Gomes
Prof. Erix Morato
Prof. Márcio José Aguiar
Prof. Mateus José Ferreira
Prof. Renaldo Sodré - Suplente
UNIVERSIDADE FUMEC
Reitor
Prof. Antonio Tomé Loures
Vice-Reitora
Profa. Maria da Conceição Rocha
Pró-Reitor de Ensino, 
Pesquisa e Extensão
Prof. Eduardo Martins de Lima
FACULDADE DE ENGENHARIA 
E ARQUITETURA (FEA)
Diretor Geral
Prof. Luiz de Lacerda Júnior
Diretor de Ensino
Prof. Lúcio Flávio Nunes Moreira
Diretor Administrativo-Financeiro
Prof. Fernando Antônio Lopes Reis
SETOR DE EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA - FUMEC VIRTUAL
Gestão Pedagógica
Gabrielle Nunes P. Araújo (Coorda.)
Carolina de Paula Mendes
Gestão Tecnológica
Produção de Design Instrucional
Rodrigo Tito M. Valadares (Coord.)
Alan Galego Bernini
Matheus Guerra de Araújo
Raphael Gonçalves Porto Nascimento
Infra-estrututura e suporte
Anderson Peixoto da Silva (Coord.)
13
Síntese
Neste módulo estudamos as máquinas mais pesadas que o ar, 
os aeródinos de asas fixas e os de asa rotativa. Conhecemos as 
características, desenvolvimento e principais pioneiros dos plana-
dores, aviões e dos helicópteros.
Na próxima aula estudaremos a participação da aviação na Primeira 
Guerra Mundial!
Até lá!
Referências
BARROS, H., L., (2003). Santos Dumont e a invenção do voo. Rio de Janeiro: Jorge 
Zahard Ed.
COSTA, F., H., (2006). Alberto Santos Dumont: o pai da aviação. Rio de Janeiro: Adler.
CROUCH T., D. (2008) Asas: uma história da aviação: das pipas à era espacial. Rio de 
Janeiro: Record.
NOGUEIRA, S. (2006). Conexão Wright - Santos Dumont: a verdadeira história da inven-
ção do avião. Rio de Janeiro: Record.
SPACCA (2005). Santô e os pais da Aviação. A jornada de Santos Dumont e de outros 
homens que queriam voar. São Paulo: Companhia das letras.

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