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www.cursocejus.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO Primeira Fase da OAB 5ª Aula Prof. José Aras RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DO ESTADO 1. O Dano Indenizável: - Qualquer ação que for para ressarcir o erário, não prescreve; - Ação de reparação, prescreve em cinco anos; - Ação de reparação engloba: danos morais e danos materiais; - Dano material = dano emergencial + lucro cessante; - Dano moral PURO NÃO precisa de comprovação; ele decorre da própria situação fática; OBS: O dano moral pode se cumulado com o dano estético; 2. Responsabilidade por Atos Legislativos e por Atos Jurisdicionais: - Prevalece ainda no direito brasileiro a irresponsabilidade por atos tipicamente legislativos e jurisdicionais; - Quanto às atividades legislativas existem duas exceções: a) Leis declaradas inconstitucionais; essa declaração deve ser feita mediante controle concentrado de constitucionalidade, ou seja, mediante ação direta; ADI ou ADC; b) Leis em sentido formal; leis de efeitos concretos; ex: lei que declara utilidade pública para efeito de desapropriação; - O Estado Juiz responde em decorrência do erro judiciário; essa situação está adstrita a ações de natureza penal; Art.5º, LXXV da CF/88; www.cursocejus.com.br 3. Alcance do Art. 37, §6º da CF: Art. 37 da CF/88 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Alterado pela EC- 000.019-1998) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. - Órgãos NÃO respondem; SEM não são pessoas jurídicas de direito público; - Pessoas jurídicas de direito público; Art. 41 CC/02; Art. 43 CC; - Administração Pública Direta ou Centralizada; União, Estados, DF e Municípios; - Administração Pública Indireta ou Descentralizada; Autarquias e Fundações Públicas; Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; III - os Municípios; IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; (Alterado pela L-011.107-2005) V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. - Pessoas jurídicas de direito privado que prestam serviços públicos; - Pessoas Jurídicas de direito privado = Administração Pública Indireta ou Descentralizada = Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista = SÓ quando prestam serviços públicos; - Delegatárias de serviços públicos = Concessionárias e Permissionárias de Serviços Públicos; respondem de forma OBJETIVA; - Direito de regresso o Estado pede ressarcimento ao agente que causou o dano, com dolo ou culpa; essa ação não prescreve; - PJ de direito público e de direito privado respondem de forma OBJETIVA; www.cursocejus.com.br OBS: Classicamente a responsabilidade das delegatárias era objetiva tão somente com relação aos usuários do serviço; ex: passageiros dentro do ônibus; Na evolução jurisprudencial passou-se a aplicar a responsabilidade objetiva aos “usuários em potencial”, ou seja, os não usuários; ex: pessoa no ponto de ônibus; Hordiernamente o STF estabelece a responsabilidade objetiva das delegatárias também com relação a terceiros não usuários do serviço público; ex: ciclista; As pessoas integrantes da Administração Pública Indireta e também as delegatárias de serviços públicos, respondem primariamente perante a vítima; a responsabilidade do Estado é tão somente subsidiária; LICITAÇÃO 1. Generalidades: - É sempre um processo administrativo, de natureza, em regra, obrigatória, para a aquisição de bens e contratação de serviços pela Administração Pública; - Art. 37, XXI da CF/88; Art. 37, XXI da CF/88 - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. Licitação é uma competição, que visa apurar a proposta MAIS vantajosa; 2. Princípios: - São quatros os princípios específicos da Licitação: a) Princípio da Isonomia: É considerado o princípio mais importante da Licitação; www.cursocejus.com.br A licitação dá efetividade ao princípio da Isonomia; impessoal; garantir a competitividade maior e garantir igualdade entre as partes; b) Princípio do Julgamento Objetivo: Esse princípio veda a utilização de critérios subjetivos de escolha, sob pena de “direcionamento da licitação”; Os critérios de escolha tem que ser OBJETIVOS; Esse princípio visa dá efetividade ao princípio da isonomia; OBS: É possível, entretanto, o estabelecimento de critérios discriminatórios, DESDE que justificados pelo princípio da razoabilidade; c) Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: O instrumento convocatório (via de regra, o edital), estabelece as regras que devem ser atendidas, tanto pelos licitantes como também pela Administração Pública; OBS: O edital faz lei entre as partes; É a lei interna do certame; d) Princípio da Adjudicação Compulsória: Por esse princípio a Administração Pública, deve atribuir o objeto da licitação ao licitante vencedor; OBS: i. O licitante vencedor NÃO tem direito subjetivo à contratação, mas sim mera expectativa de direito; ii. Tem direito APENAS a que seja observada a ordem classificatória; iii. A licitação pode ser desfeita ANTES da efetiva contratação; iv. Esse desfazimento (extinção) se dá mediante: Anulação ou Revogação da Licitação; v. Anulação quando houve vício de ilegalidade; vi. Revogação quando for questão de mérito, ou seja, inconveniência e/ou inoportunidade; vii. A revogação de licitação pressupõem um fato novo/superveniente, devidamente motivado, que justifique essa medida;
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