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trabalho de eletrotécnica-Motores Trifásicos

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
MOTORES TRIFÁSICOS
ALUNOS: Gleison Alexandre Ribeiro
 Stael Maria José
PROFESSOR: Maurício de Souza Amaral
Contagem
05/06/2008
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................... 1
PRINCÍPIO BÁSICO....................................................................................1
FUNCIONAMENTO............................................................................... 5
APLICAÇÃO............................................................................................ 5
COMPARAÇÃO COM O MONOFÁSICO...................................... 6
VANTAGENS........................................................................................ 7
CONTROLE DE VELOCIDADE..............................................................7
CONCLUSÃO..............................................................................................13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................14
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INTRODUÇÃO
O motor de indução trifásico (MIT), apresenta-se atualmente como uma boa opção
para acionamentos controlados, pois possui algumas vantagens sobre as máquinas de corrente contínua já que estas são relativamente caras e requerem mais manutenção devido às escovas e comutadores; apesar de requererem para seu controle o fornecimento de uma tensão CC variável, conseguida facilmente através de retificadores, sendo esse tipo de controle mais simples e mais barato do que o controle dos acionamentos em CA.
As máquinas de corrente alternada (CA) exibem estruturas altamente acopladas,
não lineares e multivariáveis, que são exatamente o oposto das máquinas de corrente continua que por sua vez necessitam de excitação separada, estruturas desacopladas e
conseqüentemente mais simples.
PRINCÍPIO BÁSICO
O Motor de indução trifásico é a máquina elétrica de corrente alternada mais utilizada no acionamento de cargas mecânicas.
O motor elétrico transforma a potência elétrica fornecida em potência mecânica e uma reduzida porcentagem em perdas. 
As perdas, que são inerentes ao processo de transformação, são quantificadas através do rendimento (mais à frente analisamos melhor os vários tipos de perdas nos motores). 
O MIT é uma máquina elétrica rotativa de corrente alternada, assíncrona, cuja construção respeita o estabelecido das normas (CEI-34-1) e (MG-1), e é condicionada pelos meios de produção do fabricante. Esta máquina elétrica pode ser construída para valores de potência nominal que se estendem por uma gama muito ampla.
Um motor de indução trifásico é constituído pelas seguintes partes:
- Carcaça: corpo do motor onde se aloja o estator.
- Estator: parte magnética feita de chapas de ferro silício laminada e ranhurada, onde se aloja o enrolamento.
- Enrolamento: bobinas de fio de cobre magnético isolado com verniz (a bobina é o conjunto de espiras).
- Tampas laterais: completa o conjunto externo do motor e aloja o rolamento.
- Rolamento: união da parte fixa com a parte móvel.
- Parte móvel: composto de eixo de ferro, núcleo de chapas de ferro silício ranhuradas, com cobre ou alumino injetado nas ranhuras e curto circuitado nas extremidades.
- Tipos de motores:
Gaiola de esquilo 
Este é o motor mais utilizado na indústria actualmente. Tem a vantagem de ser mais econômico em relação aos motores monofásicos tanto na sua construção como na sua utilização. Além disso, escolhendo o método de arranque ideal, tem um leque muito maior de aplicações. Por isso, vamos analisar detalhadamente este motor. 
O rotor em gaiola de esquilo é constituído por um núcleo de chapas ferromagnéticas, isoladas entre si, sobre o qual são colocadas barras de alumínio (condutores), dispostos paralelamente entre si e unidas nas suas extremidades por dois anéis condutores, também em alumínio, que curto-circuitam os condutores.
O estator do motor é também constituído por um núcleo ferromagnético laminado, nas cavas do qual são colocados os enrolamentos alimentados pela rede de corrente alternada trifásica. 
A vantagem deste rotor relativamente ao de rotor bobinado é que resulta numa construção do induzido mais rápida, mais prático e mais barato. 
Trata-se de um motor robusto, barato, de rápida produção, não exigindo coletor (órgão sensível e caro) e de rápida ligação à rede.
De referir que as barras condutoras da gaiola são colocadas geralmente com uma certa inclinação, para evitar as trepidações e ruídos que resultam da ação eletromagnética entre os dentes das cavas do estator e do rotor. 
A principal desvantagem refere-se ao fato de o binário de arranque ser reduzido em relação à corrente absorvida pelo estator. Trata-se essencialmente de um motor de velocidade constante.
Motor de rotor bobinado 
O motor de rotor bobinado difere do motor de rotor em gaiola de esquilo apenas quanto ao rotor. O rotor é constituído por um núcleo ferromagnético laminado sobre o qual são alojadas as espiras que constituem o enrolamento trifásico, geralmente em estrela. Os três terminais livres de cada uma das bobinas do enrolamento trifásico são ligados a três anéis coletores. Estes três anéis ligam exteriormente a um reostato de arranque constituído por três resistências variáveis, ligadas também em estrela. Deste modo os enrolamentos do rotor também ficam em circuito fechado. 
A função do reostato de arranque, ligados aos enrolamentos do rotor, é a de reduzir as correntes de arranque elevadas, no caso de motores de elevada potência. 
À medida que o motor vai ganhando velocidade, as resistências vão sendo progressivamente retiradas do circuito até ficarem curto-circuitadas (retiradas), quando o motor passa a funcionar no seu regime nominal. Desta forma, o motor de rotor bobinado também funciona com os elementos do rotor em curto-circuito (tal como o motor de rotor em gaiola de esquilo), quando atinge o seu regime nominal. 
O motor de indução de rotor bobinado substitui o de rotor em gaiola de esquilo em potências muito elevadas devido ao abaixamento da corrente de arranque permitida pela configuração do rotor. 
Apesar de ser utilizados em casos com velocidades constantes de serviço, aplica-se preferencialmente quando as velocidades de serviço são variáveis.
- Perdas no Motor 
As perdas que ocorrem num motor dividem-se em quatro diferentes tipos: 
- Perdas elétricas 
- Perdas magnéticas 
- Perdas mecânicas 
- Perdas parasitas
- As perdas elétricas são do tipo {RI2}, aumentam acentuadamente com a carga aplicada ao motor. Estas perdas, por efeito de Joule podem ser reduzidas, aumentando a secção do estator e dos condutores do rotor. 
- As perdas magnéticas ocorrem nas lâminas de ferro do estator e do rotor. Ocorrem devido ao efeito de histerese e às correntes induzidas (neste caso, correntes de Foucault), e variam com a densidade do fluxo e a freqüência. Podem ser reduzidas através do aumento da secção do ferro no estator e rotor, através do uso de lâminas delgadas e do melhoramento dos materiais magnéticos. 
- As perdas mecânicas são devido à fricção dos procedimentos, ventilação e perdas devido à oposição do ar. Podem ser reduzidas, usando procedimentos com baixa fricção e com o aperfeiçoamento do sistema de ventilação. 
- As perdas parasitas (stray losses) ou perdas extraviadas são devidas a fugas do fluxo, distribuição de corrente não uniforme, imperfeições mecânicas nas aberturas para escoamento do ar, e irregularidades na densidade do fluxo do ar ao ser escoado pelas aberturas. Podem ser reduzidas através da otimização do projeto do motor e ainda de uma produção ou fabrico cuidadoso. 
Apresentamos seguidamente a distribuição das perdas no motor, as perdas parasitas não são representadaspor terem um valor insignificante.
FUNCIONAMENTO
O princípio de funcionamento do motor de indução trifásico pode ser enunciado da seguinte forma:
• o circuito elétrico estatórico é alimentado por um sistema de tensões trifásico, que provocam a circulação da corrente elétrica nos condutores das bobinas das fases que formam o enrolamento; da passagem das correntes elétricas nas espiras resulta das bobinas resulta um campo magnético de força magnetomotriz, que roda no espaço do entreferro á velocidade de sincronismo ns= f/P (rot/s: Hertz).
• o campo girante de força magnetomotriz cria no circuito magnético principal da máquina um campo magnético girante, que se desloca no espaço do entreferro á velocidade de sincronismo, ns.
• o movimento do campo magnético girante da origem á dois fenômenos de indução magnética.
• nos condutores elétricos das bobinas de fase indutoras induzem-se forças eletromotrizes alternadas.
• nos condutores do circuito elétrico rotórico (gaiola) induzem-se forças eletromotrizes alternadas, com uma amplitude e uma freqüência que dependem da velocidade relativa entre o campo girante e os condutores do rotor.
• como o circuito elétrico esta curto circuitado, as forças eletromotrizes alternadas rotóricas dão origem a correntes elétricas que circulam nos condutores do enrolamento rotórico.
• estas correntes elétricas rotóricas encontram-se a circular no interior de um campo magnético, o que provoca o aparecimento de forças mecânicas que se exercem sobre os condutores rotóricos, dispostos no interior das ranhuras rotóricas; as forças mecânicas combinada criam um binário (eletromagnético) que faz rodar o rotor.
• o movimento do rotor tende a contrariar a causa que lhe deu origem – a velocidade relativa entre o campo magnético e os condutores rotóricos, - por isso, o rotor por ação do binário eletromagnético, tende a atingir a velocidade do campo girante; que nunca chega a atingir devido as atritos.
Durante o funcionamento do motor de indução trifásico o rotor roda com uma velocidade ligeiramente inferior a velocidade do campo magnético girante, é como uma diferença que depende dos binários de carga no veio do motor. Assim o motor de indução trifásico é uma máquina elétrica assíncrona, porque não existe uma relação constante entre a velocidade de rotação da máquina e a freqüência das grandezas elétricas de alimentação.
APLICAÇÃO
O motor trifásico tem actualmente uma aplicação muito grande tanto na indústria como em utilizações domésticas, dada a sua grande robustez, baixo preço, arranque fácil (pode mesmo ser direto, em motores de baixa potência). Não possui coletor (órgão delicado e caro) tratando-se de um gaiola de esquilo; não produz faíscas e tem portanto uma manutenção muito mais reduzida do que qualquer outro motor.
-Aplicações gerais: Compressores, bombas, ventiladores e exaustores, prensas, máquinas ferramentas, correias transportadoras, pontes rolantes, elevadores, laminadoras, máquinas operatrizes, máquinas agrícolas, misturadores, trituradores, evaporadores, trefilas, bobinadeiras, sistemas de irrigação, condensadores, estação de bombeamento/saneamento, evaporadores, exaustores, furadeiras de colunas, indústria naval, máquina de engarrafar e secar, máquinas ferramentas, máquinas gráficas, máquinas injetoras, mineração, indústria mecânica em geral, entre outras.
COMPARAÇÃO COM O MONOFÁSICO
	Por terem somente uma fase de alimentação, os motores monofásicos não possuem um campo girante como os motores trifásicos, mas sim um campo magnético pulsante. Isto impede que tenham binário de arranque, tendo em conta que no rotor se induzem campos magnéticos alinhados com o campo do estator. Para solucionar o problema de arranque utilizam-se enrolamentos auxiliares, que são dimensionados e posicionados de forma a criar uma segunda fase fictícia, permitindo a formação do campo girante necessário para o arranque. 
	O motor de indução trifásico apresenta vantagens relativamente ao monofásico, nomeadamente um arranque mais fácil, o ruído é menor e são mais baratos para potências superiores a 2Kw. O motor trifásico tem uma constituição diferente do monofásico, pois tem 3 enrolamentos no rotor, enquanto o monofásico tem um.
	Apenas se justifica a utilização de motores monofásicos para baixas potências (1 a 2 KW) ou como alternativa natural aos motores de indução polifásicos, nos locais onde não se dispõe de alimentação trifásica.
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Esquema Motor Monofásico em 110 volts Esquema Motor Monofásico em 220 volts 
VANTAGENS
O motor trifásico apresenta como pontos positivos a seu favor as seguintes características:
a) São mais leves (cerca de 20% a 40% mais leves que as máquinas CC);
b) Manutenção mais simples e menos onerosa ( se comparadas às máquinas CC );
c) Custo do motor trifásico é muito menor que o motor CC de mesma potência;
d) Apresentam um consumo de energia menor nos processos de aceleração e
frenagem;
e) Possibilidade de se obter velocidades maiores, o que implica em potências maiores
(P=ω.T).
A grande desvantagem do motor trifásico reside na dependência entre fluxo e tensão no estator, o que não ocorre com máquinas CC devido à excitação independente. Este fato limita a variação de velocidade do motor trifásico quando controlado por variação de tensão no estator. Porém, devido à evolução de sistemas eletroeletrônicos que permitem o controle do motor por variação simultânea da tensão e freqüência no estator, essa desvantagem desaparece.
CONTROLE DE VELOCIDADE
- Curvas Características
	São apresentadas as principais curvas do motor trifásico, no intuito de visualizarmos o comportamento dos vários fenômenos de uma forma geral.
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- MÉTODOS DE CONTROLE DE VELOCIDADE EM MOTORES TRIFÁSICOS
- Controle da tensão no estator;
	O torque é proporcional ao quadrado da tensão de alimentação do estator, e uma
redução nesta produzirá uma redução na velocidade. Em qualquer circuito magnético, a
tensão induzida é proporcional ao fluxo no entreferro e a freqüência. À medida que a tensão
no estator é reduzida, o fluxo no entreferro e o torque também serão.
A uma tensão mais baixa, a corrente terá um máximo a um escorregamento de
1/3. A faixa de controle de velocidade depende do escorregamento para o torque máximo.
Para máquinas de baixo escorregamento, a faixa de velocidade é muito estreita. Esse tipo de
controle de tensão não é adequado para uma carga de torque constante e em geral é
aplicado em situações que requerem baixo torque de partida e faixa estreita de velocidade a
um escorregamento relativamente baixo.
Curvas características torque-velocidade para tensão do estator variável.
A tensão no estator pode ser variada através de controladores de tensão CA,
inversores trifásicos (do tipo fonte de tensão com interligação CC variável) ou inversores
trifásicos PWM. Entretanto, devido às características de faixa de velocidade limitada, os
controladores de tensão CA normalmente são utilizados nesses casos e são muito simples,
porém o conteúdo harmônico é elevado e o fator de potência de entrada dos controladores é
baixo. Eles são utilizados principalmente em aplicações de baixa potência, tais como
ventiladores sopradores e bombas centrífugas, onde o torque de partida é baixo. São
também utilizados em máquinas de indução de alta potência para limitar o pico de corrente.
- Controle da tensão do rotor;
Em uma máquina de rotor bobinado, uma conexão trifásica de resistores
externos pode ser feita aos anéis. O torque desenvolvido pode ser variado através da
variação da resistência externa (Rx). Se essa resistência for referida ao enrolamento do
estator e somada à resistência de rotor (Rr), poderemos determinar o torque desenvolvido.
Esse método aumenta o torque de partida além de limitar a corrente de partida.Entretanto, esse é um método ineficiente e haverá desequilíbrio nas tensões e nas correntes
se as resistências no circuito do rotor não forem iguais. Uma máquina de indução de rotor
bobinado é projetada para ter baixa resistência de rotor de tal forma que a eficiência de
operação seja elevada e o escorregamento à plena carga seja baixo. O aumento da
resistência no rotor não afeta o valor do torque máximo, mas aumenta o escorregamento no
torque máximo. As máquinas de rotor bobinado são amplamente utilizadas em aplicações
que requerem freqüentes partidas e frenagens com torque elevado (por exemplo,
guindastes). Devido à disponibilidade dos enrolamentos do rotor para variação da
resistência deste, a máquina de rotor bobinado oferece maior flexibilidade para o controle.
Mas há um aumento do custo e necessidade de manutenção devido aos anéis e escovas. A
máquina de rotor bobinado não é tão amplamente utilizada quanto à de rotor em gaiola.
Controle da velocidade através da resistência do rotor.
Os resistores com conexões trifásicas podem ser substituídos por um retificador
trifásico com diodos e um chopper, onde o GTO opera como chave no chopper. O indutor
agirá como fonte de corrente e o chopper varia a resistência efetiva.
A velocidade pode ser controlada variando-se o ciclo de trabalho. A parcela da
potência no entreferro que não é convertida em potência mecânica é chamada de potência
do escorregamento (do inglês slip power). A potência do escorregamento é dissipada no
resistor R. 
A potência do escorregamento no circuito do rotor pode ser devolvida para a
alimentação substituindo-se o chopper e a resistência R por um conversor trifásico controlado. O conversor é operado no modo de inversão com um ângulo de disparo na faixa
de π/2≤ α ≤ π, devolvendo, assim, energia para a rede. A variação do ângulo de disparo
permite o fluxo de potência e o controle da velocidade. Esse tipo de acionamento é
conhecido como Kramer estático (do inglês static Kramer). Novamente, substituindo-se os
retificadores em ponte por conversores duais trifásicos (ou cicloconversores), o fluxo da
potência do escorregamento em ambos os sentidos é possível, e esse arranjo é chamado de
acionamento Sherbius estático (do inglês static Sherbius). Os acionamentos Kramer e
Sherbius estáticos são utilizados em aplicações como bombas e sopradores de grande
potência, onde é necessária uma faixa limitada de controle de velocidade. Como a máquina
é conectada diretamente à rede, o fator de potência desses acionamentos geralmente é
elevado.
- Controle da freqüência
	O torque e a velocidade das máquinas de indução podem ser controlados variando-se a freqüência da fonte de alimentação. Pode-se notar, que a tensão e freqüência nominal o fluxo terá seu valor nominal. Se a tensão for mantida fixa a seu valor nominal enquanto a freqüência for reduzida abaixo do seu valor nominal, o fluxo aumentará. Isto levaria à saturação do fluxo no entreferro e os parâmetros da máquina não seriam válidos
na determinação da curva da característica torque-velocidade. Em baixa freqüência, as
reatâncias diminuem e a corrente da máquina pode ser muita elevada. Esse tipo de controle
de freqüência normalmente não é muito utilizado.
	Se a freqüência for aumentada acima do seu valor nominal, o fluxo e o torque
diminuem. Se a velocidade síncrona correspondente à freqüência nominal for chamada
velocidade base ωb, a velocidade síncrona em qualquer outra freqüência torna-se ωs=βωb.
Assim, pode-se concluir que o torque máximo é inversamente proporcional ao quadrado da freqüência e Tmβ2 permanece constante, similar ao comportamento das máquinas CC em série. Nesse tipo de controle, diz-se que a máquina opera no modo de enfraquecimento de campo. Para β>1, a máquina é operada à tensão terminal constante e o fluxo é reduzido, limitando dessa maneira a sua capacidade de torque. Para β<1, a máquina é normalmente operada a fluxo constante, reduzindo-se a tensão terminal Va juntamente com freqüência de tal forma que o fluxo permaneça constante.
- Controle da tensão e freqüência do estator;
Se a relação entre tensão e freqüência for mantida constante, o fluxo
permanecerá constante. O torque máximo, que é independente da freqüência, pode ser
mantido aproximadamente constante. Entretanto, em baixa freqüência, o fluxo do entreferro
é reduzido devido à queda da impedância do estator, tendo a tensão de ser aumentada para
manter o nível de torque. Esse tipo de controle é conhecido como controle tensão/freqüência (do inglês volts/hertz control).
À medida que a freqüência é reduzida, β diminui e o escorregamento para o torque máximo aumenta. Para uma dada demanda de torque, a velocidade pode ser controlada variando-se a freqüência. Portanto, variando-se tanto a tensão quanto a freqüência, o torque e a velocidade podem ser controlados. O torque normalmente é mantido constante, enquanto a velocidade é variada. A tensão à freqüência variável pode ser obtida a partir de inversores trifásicos ou ciclo conversores. Os ciclo conversores são utilizados em aplicações de potência muito elevada (por exemplo, locomotivas, moinhos de cimento), nos quais a
exigência de freqüência é de metade ou um terço da freqüência da rede.
 - Controle da corrente do estator;
O torque das máquinas elétricas pode ser controlado variando-se a corrente do
rotor. É variada a corrente de entrada, que é prontamente acessível, em vez de a corrente do
rotor. Para uma corrente de entrada fixa, a corrente do rotor depende dos valores relativos
das impedâncias de magnetização e do circuito do rotor.
Sabe-se que o torque máximo depende do quadrado da corrente e é
aproximadamente independente da freqüência. Como a reatância de magnetização (Xm) é grande em relação aos valores das reatâncias de estator (Xs) e rotor (Xr), o torque de partida é baixo.
	À medida que a velocidade aumenta ( ou o escorregamento diminui), a tensão do estator cresce e o torque aumenta. A corrente de partida é baixa devido aos baixos valores de fluxo (pois a corrente de magnetização (Im) é pequena e Xm é grande) e corrente do rotor, comparados aos seus valores nominais. O torque aumenta com a velocidade devido ao
aumento do fluxo. Um aumento ainda maior na velocidade, na direção da inclinação
positiva das curvas características, aumenta a tensão terminal além do valor nominal. O
fluxo e a corrente de magnetização também são aumentados, levando, dessa forma, à
saturação. O torque pode ser controlado pela corrente do estator e escorregamento. Para
manter o fluxo no entreferro constante e evitar a saturação devido à tensão elevada, a
máquina normalmente é operada na inclinação negativa da curva característica torque velocidade, no controle de tensão. A inclinação negativa está na região instável e a máquina
tem de ser operada com controle em malha fechada. A um baixo escorregamento, a tensão
terminal poderia ser excessiva e o fluxo saturaria.
	A corrente constante pode ser fornecida através de inversores trifásicos do tipo
fonte de corrente. Um inversor alimentado por corrente tem as vantagens de controle das
correntes de falta e de a corrente ser menos sensível às variações dos parâmetros da
máquina. Entretanto, ele gera harmônicos e pulsação de torque. 
 - Controle da tensão, corrente e freqüência;
	Em casos onde deseja-se obter certos requisitos de torque-velocidade pode ser
necessário controlar-se a velocidade por meio de variação da tensão, freqüência e corrente.
	As variações de torque e potência para uma dada corrente no estator e freqüência abaixo da nominal. Para β < 1 a máquina opera a um fluxo constante, portanto o fluxo diminui na relação inversa por unidade de freqüência e a máquina opera no modo de enfraquecimento de campo.
	Quando da operação como motor, uma diminuição da referencia de velocidade
diminui a freqüência da alimentação,isso muda a operação para modo de frenagem
regenerativa. O acionamento desacelera sob a influência do torque frenante e de carga. Para
velocidades abaixo do valor nominal ωB a tensão e a freqüência são reduzidas para manter a relação V/f desejada ou o fluxo constante e manter a operação nas curvas de torque velocidade com uma inclinação negativa, limitando a velocidade de escorregamento. Para
acima da nominal ωB, apenas a freqüência é reduzida para manter a velocidade de operação
na parte das curvas de torque-velocidade com uma inclinação negativa. Quando estiver
próximo da velocidade desejada, a operação vai para o modo motor e o acionamento
acomoda-se na velocidade desejada.
	Quando da operação como motor, um aumento na referencia de velocidade
aumenta a freqüência de alimentação. O torque da máquina excede o torque de carga e esta
desacelera. A operação é mantida na parte das curvas com inclinação negativa limitando-se
a velocidade de escorregamento. Finalmente, o acionamento acomoda-se na velocidade
desejada.
CONCLUSÃO
	Através deste trabalho podemos conhecer de forma sucinta os motores elétricos trifásicos e suas particularidades.
	Motores elétricos são conversores de energia. Um conversor de energia transforma um tipo de energia em outro. O motor recebe energia elétrica da rede e transforma em energia mecânica disponibilizando esta energia em seu eixo.
	Os motores elétricos trifásicos para a maioria das aplicações no meio rural e nas agroindústrias, são os motores de indução. Esses motores são fabricados para operarem com tensão de 220 volts em cada bobina. Desta forma, dependendo da tensão oferecida pela concessionária de energia elétrica, o fechamento dos terminais do motor será diferente. Por exemplo, se a tensão no secundário do transformador for de 220 Volts (tensão de linha), o motor deverá ser conectado em triângulo. Todavia, se a tensão no secundário do transformador for de 380 Volts, o motor deverá funcionar na conexão estrela.
	A potência aparente de uma carga trifásica vale 3 vezes o produto da tensão versus corrente de cada fase, ou seja, o motor trifásico é equivalente a três motores monofásico, em termos de potência. A potência de um motor trifásico de 10 CV, ligado em triângulo (220 Volts) será a mesma se o motor for ligado em estrela (380 Volts).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Garcia, Amauri; Spim, Jaime Álvares; Dos Santos, Carlos Alexandre. Ensaios dos Materiais. ed. São Paulo: LTC, 2000. 247p.
Pinheiro, Ivete Peixoto. Introdução a Metodologia Científica. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2004. 74f.
1
2
� EMBED PBrush ���
3
5
4
6
Conexão triângulo para motores trifásicos
1
2
3
4
6
5
Conexão estrela para motores trifásicos

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