Buscar

Trabalho 1 - O que é Hermenêutica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Luiz Carlos Vieira Araujo Junior
PUC Minas
3.512 caracteres, 616 palavras
Verbetes associados: discurso, intertextualidade, gêneros de discurso, enunciação.
Hermenêutica: O estudo da matéria exposta na introdução do texto estabelece a partir daí um tema central, e no decorrer da obra aprofunda-se para além do significado elementar da palavra, depara-se com algo maior e além da rudimentar definição “interpretação”. No decurso, analisando o teor do discurso proferido pelo autor, averígua-se que certas convicções e perspectivas, são essenciais para obter efeito no entendimento de fato, em conformidade com o verdadeiro conceito da hermenêutica. Em todos os lugares estamos vulneráveis a remessa de símbolos e informações para uma captação do objetivo que existe por trás destas deflagrações de ideias. É revelada uma importante e consistente afirmação, de que a hermenêutica depende, necessariamente, de interpretação e aplicação. Se trata de uma teoria filosófica para o verdadeiro conhecimento. Não obstante, todo e qualquer estudo requer uma análise voltada para um conjunto de regras de interpretação, formando aos poucos um conceito com o devido fundamento para tal.
Ao se desdobrar as obras literárias de base, acompanha-se uma série natural de perguntas feitas pelos autores destinadas ao leitor, juntamente ao desenrolar discursivo, que com um intuito persuasivo, fazem com que haja limites somente à reflexão proposta por ele. Isto posto, são apresentados diversos exemplos textuais, demonstrando que cada interpretação, para que seja feita uma assertiva, deve ser realizada tendo em vista a época de sua elaboração, o local e a maneira em que foi produzido. De modo geral, há de ser levado em consideração, de maneira significativa, o contexto de determinada informação ou simbologia, direcionada para cada indivíduo. Pois, no caso contrário, já se partirá de um ponto não confiável de linguagem para a transmissão das informações oriundas da mera convicção de cada um. O autor afere também a possibilidade de preparação dos indivíduos quando se deparam com algum texto, exemplo citado como a bíblia, e de como ele está relacionado ao que se pode ser deparado. Podemos facilmente adaptar qualquer informação de acordo com a crença em torno do conteúdo. Não causando um resultado confiável acerca de qualquer questão levantada sem a devida análise do objeto, análise essa que toda simbologia se sujeita a passar, como forma de verificação de sua autenticidade, não só completamente escrita ou simbólica, mas também interpretativa.
Bakhtin afirma que a as palavras e a linguagem são neutras às ideologias, mas as ideologias sempre necessitam da linguagem para propagarem a forma de pensar, de agir, inclusive como meio de uma ideologia dominante se manter como tal.
Levando-se para o individualismo da interpretação de determinada matéria, encontra-se enormes problemas e riscos de desviar-se do verdadeiro conteúdo expresso. A partir disso, o autor apresenta elevada indagação acerca das infinitas maneiras de interpretação de determinada composição, como ocorrem e quais são as ferramentas para o intérprete conceber o que foi transmitido, preocupando-se quanto a reprodução do conteúdo, uma vez que, um indivíduo ao interpretar de sua maneira, poderá distorcer a natureza da obra exposta originalmente. A princípio, a hermenêutica está incumbida na tarefa de evitar tais erros interpretativos, que podem ser gerados através das diversas maneiras em que compreendemos cada significado linguístico, e mais adiante, como exprimimos ou manifestamos a ideia captada. 
Portanto, cria-se uma metodologia que reúne características cruciais para a compreensão, sendo capaz de analisar todos os fatos envolvidos em determinada matéria e o teor de seu conteúdo, levando cuidadosamente sua descrição ao juízo compreensivo. Logo, a hermenêutica permanecerá como instrumento fundamental na existência comunicativa humana, responsável não somente pela interpretação, mas também encarregada pela compreensão verdadeira dos fatos, e em seguida, pela transferência íntegra do sentido e conceito outrora exposto, independentemente de sua forma originária e como se tornará após sua transição, permanecendo intacta a essência do objeto em questão, tanto para o transmissor, quanto receptor.
Bibliografia Consultada
BAKHTIN, M. (VOLOSHINOV). Marxismo e filosofia da linguagem. 12ª ed., São Paulo: Hucitec, 2006.
SCHMIDT, Lawrence K. Hermenêutica. 3ª ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
GADAMER, Hans-Georg, Hermenêutica da Obra de Arte. 1ª ed., São Paulo: WMF, 2010.

Outros materiais