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Aula Farmacocinética

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P R O F ª M S C . A N A P A U L A H E L F E R S C H N E I D E R 
FARMACOCINÉTICA 
http://www.farmacia.ufmg.br/cespmed/text7.htm 
Texto sobre farmacocinética 
 
FARMACOCINÉTICA 
 
 Estuda o caminho percorrido pelo medicamento no 
organismo, desde a sua administração até a sua 
eliminação. 
 
 Farmacocinética: área da farmacologia que estuda os 
processos e os fatores que determinam a quantidade de 
fármaco presente no organismo. 
 
 absorção 
 distribuição 
 metabolização 
 excreção 
 
 
FARMACOCINÉTICA 
Vias de 
Administração 
Absorção 
Distribuição 
Biotransformação 
Excreção 
↴ 
↴ 
↴ 
↴ 
Esquema dos processos farmacocinéticos: 
Princípios de Farmacocinética Clínica 
 A absorção, a distribuição, a metabolização e a 
excreção de um fármaco envolve sua passagem 
através das membranas celulares: 
 Difusão: passiva e facilitada (principal) 
 Transporte ativo: mediado por carreadores 
 
 O que influencia nessa passagem? 
 Tamanho e a forma do molécula 
 Grau de ionização 
 Solubilidade no local de absorção 
 Lipossolubilidade relativa das formas ionizadas e não 
ionizadas e sua ligação as proteínas teciduais. 
 Quando não ionizáveis são rapidamente absorvidos 
 
 
ABSORÇÃO 
Transporte de fármacos através das membranas 
 
 A capacidade da fármaco em atravessar as paredes 
capilares, membranas celulares e outras barreiras, 
para circular livremente, depende do tamanho e 
forma moleculares e da sua solubilidade em meios 
aquosos e lipídicos. 
 
 Membrana Plasmática Celular: barreira comum 
aos fármacos. 
1. Processos passivos: difusão passiva 
2. Mecanismos ativos dos componentes membrânicos: canais 
de seletividade 
Absorção de fármacos 
 É a transferência de um fármaco desde o seu local de 
administração até a corrente circulatória. 
 A rapidez de ação da fármaco depende da velocidade de 
absorção. 
 Velocidade de absorção varia com as formas: 
Soluções 
Suspensões 
Pó 
Cápsula 
Comprimido 
Drágea 
Desintegração Desagregação
Droga em solução
Grânulos
Agregados
Droga no sangue
Dissolução
Dissolução
Dissolução
Absorção
Cápsulas
Comprimidos
Drágeas
Partículas de
menor diâmetro
Etapas envolvidas no processo de absorção 
das formas farmacêuticas sólidas 
Absorção de fármacos 
A absorção influencia o início e a magnitude do 
efeito farmacológico e é um dos determinantes de 
escolha de vias de administração e doses. 
 
Quando um fármaco inadequadamente absorvido, 
seus efeitos sistêmicos inexistem. 
Fatores que influenciam na absorção 
 
 pH 
 Solubilidade do fármaco (coeficiente de partição) 
 Velocidade de dissolução 
 Condições do local de absorção 
 Concentração do fármaco 
 Circulação no local de absorção 
 Área de superfície absortiva (associado à via de 
administração) 
Fatores que influenciam na absorção 
FATORES MAIOR MENOR 
Concentração Maior Menor 
Peso molecular Pequeno Grande 
Solubilidade Lipossolúvel Hidrossolúvel 
Forma farmacêutica Líquida Sólida 
Dissolução sólidos Grande Pequena 
Área absortiva Grande Pequena 
Espessura membrana Menor Maior 
Circulação local Grande Pequena 
Condições Patológicas Inflamação, queimadura Edema, Choque 
Biodisponibilidade 
 É expressa como a fração do fármaco administrado que tem 
acesso a circulação sistêmica na forma quimicamente 
inalterada. 
 
 Quantidade de fármaco disponível no organismo para 
utilização. 
 
 Absorção adequada não garante biodisponibilidade, devido 
alguns fármacos serem biotransformados, no fígado, antes 
de atingirem a circulação geral. (Metabolismo de primeira 
passagem). 
Fatores que interferem na biodisponibilidade 
1) Metabolismo hepático de primeira passagem; 
 
2) Solubilidade do fármaco; 
 
3) Instabilidade química; 
 
4) Natureza da formulação do medicamento; 
BIOEQUIVALÊNCIA 
Dois fármacos correlatos (com mesmos ingredientes 
ativos) são considerados bioequivalentes se 
apresentam biodisponibilidades comparáveis e 
tempos para alcançar picos de concentração 
sanguínea semelhantes. 
 
Quando ocorre diferença significativa na 
biodisponibilidade são chamados de não-
bioequivalentes. 
 
DISTRIBUIÇÃO 
Distribuição 
Além destes processos que controlam o transporte de 
moléculas de fármacos através das barreiras entre 
diferentes compartimentos aquosos, dois outros fatores 
exercem importante influência na distribuição e eliminação 
de fármacos: 
 
LIGAÇÃO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS; 
DISTRIBUIÇÃO NO TECIDO ADIPOSO E EM 
OUTROS TECIDOS DO CORPO. 
Ligação a Proteínas Plasmáticas e Teciduais 
FORMA LIVRE (forma ativa) 
 
FORMA LIGADA – Albumina / Alfa-1 glicoproteína 
ácida. – REVERSIBILIDADE. 
 
ALBUMINA: proteína plasmática mais importante, 
se liga preferencialmente a fármacos ácidos 
(p.ex. varfarina, AINE, sulfonamidas) e menos a 
fármacos básicos (p.ex. antidepressivos tricíclicos, 
clorpromazina) 
 Ligação a Proteínas Plasmáticas e Teciduais 
 A quantidade de fármaco que se liga a proteínas 
plasmáticas depende de três fatores: 
 
A concentração de fármaco livre; 
Sua afinidade pelos sítios de ligação; 
A concentração da proteína. 
 
 Fração livre aumenta com: 
 Hipoalbuminemia ( cirrose, síndrome nefrótica, desnutrição grave e 
uremia) 
 Velhice (↓capacidade de ligação) 
 Gestação (hemodiluição) 
 
Ligação de 
fármacos a 
albumina: 
Fármaco 
Administração Direta Absorção a partir do sítio 
de aplicação 
PLASMA 
Tecidos 
Suscetíveis 
Tecidos 
Ativos 
 
 
Emunctórios 
Tecidos 
Indiferentes 
DISTRIBUIÇÃO 
 Tecidos Suscetíveis: aqueles que sofrem ação 
farmacológica. 
 
 Tecidos Ativos: aqueles que metabolizam o fármaco. 
 
 Tecidos Indiferentes: funcionam como reservatório 
temporário. 
 
 Emunctórios: aqueles que eliminam o fármaco. 
 
 
 
 
 
 
A velocidade e extensão de distribuição dependem 
 Fluxo sanguíneo tecidual; 
 
 Propriedades físico-químicas; 
 
 Características da membrana de transporte; 
 
 Ligação a proteínas plasmáticas. 
 
 
 
 
 
Natureza química dos fármacos 
 Fármacos lipossolúveis atravessam FACILMENTE a 
membrana endotelial e quanto MAIOR a taxa de perfusão 
MAIOR é a velocidade de distribuição. 
 
 
 
 
 
 
 Fármacos polares e de alto peso molecular DIFICILMENTE 
atravessam a membrana endotelial e a velocidade de 
distribuição é limitada pela taxa de difusão. 
 
Fármacos 
Lipossolúveis 
DISTRIBUIÇÃO 
 Passagem da fármaco da circulação para os tecidos 
onde exerce seus efeitos. 
 
 FATORES QUE INFLUENCIAM: 
 
1) Dose e nível sanguíneo da fármaco 
2) Ligação com proteínas plasmáticas 
3) Permeabilidade capilar 
4) Biodisponibilidade 
5) Bioequivalência 
6) Barreiras orgânicas 
DISTRIBUIÇÃO 
TECIDOS SUSCEPTÍVEIS 
 
TECIDOS ATIVOS: Metabolizam a fármaco, não 
sofrem ação desta (fígado/intestino/rim). 
 
 INDIFERENTES (Reservatório) 
 
ENUNCTÓRIOS (Excreção): rim, pulmões, fezes, 
secreção biliar, suor, lágrimas, saliva e leite materno. 
 
Distribuição 
 Fase Inicial de distribuição: fluxo sanguíneo regional e débito 
cardíaco. 
 Órgãos bem perfundidos: recebem grandes quantidades da 
fármaco nos momentos iniciais. 
 Pele, gordura, músculos e algumas vísceras: distribuição mais 
lenta. 
 
 Reservatório de fármacos: 
 Compartimentos orgânicos nos quais os fármacos se acumulam. 
 Equilíbrio estável da quantidade armazenada: concentração do 
fármacono plasma e no local de ação é mantida e seus efeitos 
prolongados. 
 
 
AINE 
Anticoagulante 
ligado às PP 
Anticoagulante 
livre 
Sangue 
AINE ligado 
às PP 
Anticoagulante 
oral livre 
Efeitos 
tóxicos 
HEMORRAGIAS
METABOLIZAÇÃO ou 
BIOTRASFORMAÇÃO 
Biotransformação dos fármacos 
 A maioria dos fármacos é metabolizada antes da ação no 
organismo. 
 
 Após as reações de metabolização, todos os compostos 
formados tendem a ser mais hidrossolúveis e com menor 
atividade biológica. 
 
 Objetivo: gerar metabólitos inativos mais polarizados que 
serão prontamente excretados pelo organismo. 
 
 Podem gerar metabólitos potencialmente ativos e/ou 
tóxicos. 
Reações de funcionalização da fase I 
 Reações de oxidação, redução, e hidrólise. Introduzem ou 
expõe um grupo funcional no composto original 
(aumenta a polaridade da fármaco) e também um sítio 
que é utilizado em reações para o metabolismo de fase 2. 
 
 O metabólito resultante pode ser farmacologicamente 
inativo, menos ativo ou, às vezes, mais ativo que a 
molécula original. 
 
 Quando o próprio metabólito é a forma ativa, o composto 
original é denominado pró-fármaco. 
 
Reações de conjugação da fase II 
 Conjugação ou reações sintéticas em que um 
grupamento químico (polares e inativos) grande é 
ligado à molécula. 
 
 Isto aumenta a solubilidade em água e facilita a 
excreção do metabólito. 
 
Local de biotransformação 
 Localizam no fígado, embora todo tecido tenha atividade 
metabólica (natureza enzimática). 
 
 Rins, trato gastrointestinal, pele e pulmões. 
 
 Metabolismo de primeira passagem: reduz 
significantemente a disponibilidade das fármacos. 
 
 Família da enzima citocromo P450 é o principal catalisador 
das reações de biotransformação (no retículo 
endoplasmático hepático). 
Fatores que afetam a biotransformação dos fármacos 
 Fatores genéticos, ambientais e fisiológicos. 
Polimorfismos geneticamente determinados nas 
oxidações e conjugações de fármacos. 
O uso concomitante de outros fármacos. 
A exposição a poluentes ambientais e substâncias 
químicas industriais. 
Doença, o estado clínico e a idade. 
 
Responsáveis pela menor eficácia, prolongamento 
dos efeitos e toxicidade. 
Indução enzimática 
 Exposição a certos fármacos e a poluentes industriais 
que podem levar ao aumento da síntese enzimas 
envolvidas na biotransformação de fármacos. 
 
 Centenas de fármacos, inclusive analgésicos, 
anticonvulsivantes, hipoglicemiantes orais, sedativos 
e tranqüilizantes além de hidrocarbonetos da 
fumaça de cigarro e ingestão crônica e excessiva de 
etanol estimulam a sua própria biotransformação e 
a de outras fármacos. 
 
 
Indução enzimática 
Aumenta a velocidade de biotransformação hepática 
da fármaco. 
- Aumenta a velocidade de produção dos metabólitos. 
- Aumenta a depuração hepática do fármaco. 
- Diminui a meia-vida sérica d0 fármaco. 
- Diminui as concentrações séricas do fármaco livre e 
total. 
- Diminui os efeitos farmacológicos se os metabólitos 
forem inativos. 
 
Inibição enzimática 
 Resulta em níveis elevados de fármacos originais, 
efeitos farmacológicos prolongados e maior 
incidência de toxicidade da fármaco. 
 
 Competição entre dois fármacos pelo local ativo da 
mesma enzima pode diminuir o metabolismo de um 
desses agentes, dependendo das concentrações 
relativas de cada substrato e de suas afinidades pela 
enzima. 
Inibição enzimática 
A inibição das enzimas microssomais: 
- Diminui a velocidade de produção de metabólitos. 
- Diminui a depuração total. 
- Aumenta a meia vida do fármaco no soro. 
- Aumenta as concentrações séricas do fármaco livre e total. 
- Aumenta os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem 
inativos. 
 
EXCREÇÃO 
Excreção dos fármacos 
 Os fármacos podem ser excretadas por vias incluindo 
os rins (urina), o trato gastrintestinal (bile e fezes), 
os pulmões (ar exalado), glândula mamária e suor, 
sendo as mais comuns a via renal e fecal. 
 
 A pele e o cabelo não são órgãos de excreção, mas 
servem de depósito para algumas substâncias. 
 
 São eliminados inalterados ou em sua forma 
metabólica. 
Excreção dos fármacos 
 Fármacos polarizadas são mais eficientemente 
excretadas (exceto nos pulmões). 
 Fármacos lipossolúveis não são prontamente 
eliminadas até serem metabolizadas. 
 Principal via de excreção é a renal. 
 Pelas fezes – fármacos ingeridos por via oral, em 
grande parte inabsorvidos ou os metabólitos 
excretados pela bile e não reabsorvidos pelo trato 
gastrointestinal. 
 
pH compatível com o da urina 
 Influência do ph na excreção de fármacos: 
 
 pH final da urina pode variar de 4,5 a 8 de acordo com a 
acidez ou alcalinidade da urina. 
 
 Se esta estiver ácida, teremos reabsorção de ácidos fracos 
(salicílico, sulfonamidas); se estiver básica, teremos 
reabsorção de bases fracas (anfetamina). 
 
Excreção biliar e fecal 
 
 Metabólitos formados no fígado. 
 
 Podem ser excretados pelas fezes, mas de maneira 
geral são reabsorvidos pelo sangue e excretados pela 
urina. 
Excreção por outras vias 
 Suor, saliva e lágrimas: sem importância 
quantitativa. 
 
 Saliva e leite materno: concentrações semelhantes ao 
do plasma. 
 
 Cabelos e pele: importância forense. 
 
 Pulmonar: importante para gases e vapores 
anestésicos.

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