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Espanhol Instrumental BHU Curso em Humanidades FIH Faculdade Interdisciplinar em Humanidades UFVJM Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Espanhol Instrumental – BHU 137 Docente Responsável Profª. Drª. Antonia Javiera Cabrera Muñoz Apresentação: Prezado(a) Aluno(a), A presente Apostila é o nosso material básico de estudos e atividades, a ser utilizada durante a realização da disciplina Espanhol Instrumental do Curso em Humanidades. Portanto, tenha-a sempre à mão nas aulas e no seu estudo individual e/ou em grupo, para que você acompanhe, sem atropelos, o programa de estudos proposto no Plano de Ensino. A Apostila está dividida em Unidades, conforme se descreve no Plano: Unidade 1: Conhecimentos Culturais do Universo Hispânico Unidade 2: Principais Questões Gramaticais da Língua Estrangeira Unidade 3: As Habilidades de Compreensão Leitora e Auditiva Lembre-se: o horário de atendimento da docente responsável é bastante variável ao longo da semana. Por isso, solicita-se a todos os alunos que enviem um pedido de atendimento ao e-mail: professoraantonia@gmail.com Bons estudos! Sumário: Unidade 1: Conhecimentos Culturais do Universo Hispânico 1.1. O que é a hispanofonia e os países onde se fala o idioma 1.2. Panorama histórico-cultural da Espanha e dos países latino-americanos Unidade 2: Principais Questões Gramaticais da Língua Estrangeira 2.1. A normatização da língua espanhola: o espanhol atual 2.2. Como aplicar o estudo da língua à leitura e audição de textos em espanhol: orientações básicas Unidade 3: Habilidades de Compreensão Leitora e Auditiva 3.1. A habilidade de compreensão leitora: conceitos, características, estratégias cognitivas 3.2. A habilidade de compreensão auditiva: conceitos, características, modos de ouvir 3.3. A prática das habilidades: leitura e audição de textos diversos, retirados de contextos autênticos Unidade 1 Conhecimentos Culturais sobre o Universo Hispânico 1.1. O Universo Hispânico: o que é a hispanofonia e os países onde se fala o idioma Hispanofonia corresponde à comunidade linguística que envolve todas as pessoas que têm em comum a língua espanhola, chamadas de hispanófonas e, a partir daí, compartilham aspectos culturais semelhantes. Integrados nesta comunidade, está também os que têm o espanhol tanto como segunda língua como língua estrangeira. Os termos “hispanofonia” e “hispanófonos” têm origem no nome da província romana de Hispânia. Hispânia foi o nome dado pelos romanos à Península Ibérica (Portugal, Espanha, Andorra, Gibraltar e uma pequena parte do sul da França). A conquista romana da península foi iniciada em 218 a. C. em Ampúrias e concluída quase 200 anos depois com as Guerras Cantábricas. O espanhol é o idioma mais falado em 27 países ou territórios: América do Norte: Estados Unidos e México. América Central: Belize, Costa Rica, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Panamá. Caribe: Cuba, República Dominicana, Porto Rico e, em menor proporção, Antilhas Neerlandesas e Ilhas Virgens dos Estados Unidos. América do Sul: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Europa: Andorra, Espanha e, em menor proporção, Gibraltar. África: Canárias, Ceuta, Guiné Equatorial, Marrocos, Melilla e Saara Ocidental. Ásia: Filipinas, Israel, Taiwan (as cidades de Ilan, Keelung e Tamsui) e Turquia. Oceania: Ilha de Páscoa e, em menor proporção, Guam e Ilhas Marianas do Norte. 1.2. Panorama Histórico-Cultural da Espanha e dos Países Latino-Americanos A Espanha está localizada na Península Ibérica. Além do território ibérico, a Espanha inclui as Ilhas Baleares, no Mar Mediterrâneo, as Ilhas Canárias no Oceano Atlântico, e os enclaves de Ceuta e Melilla, na África. Bandeira da Espanha. O brasão espanhol está na parte centro-esquerda e indica os antigos reinos da Espanha: Castela, Leão, Navarra e Aragão. As duas colunas do brasão representam as colunas de Hércules, que são os dois promontórios (Gibraltar e Ceuta) no Estreito de Gibraltar. A fita vermelha com a inscrição “Plus Ultra” refere-se às posses da Espanha do além-mar. Um pouco de História da Espanha Na Antiguidade, a Península Ibérica ou Hispânia foi habitada por celtas, fenícios, gregos e cartagineses. Em 49 a. C. a região foi conquistada e unificada pelo Império Romano. As culturas das populações celtas e ibéricas foram gradualmente romanizadas em diferentes níveis e partes da Hispânia. Os imperadores Trajano e Teodósio I e o filósofo Sêneca nasceram na Hispânia. O cristianismo foi introduzido na província no século I d. C., e tornou-se popular nas cidades no século II d. C. O termo “Espanha”, as línguas, a religião e a base das leis atuais da Espanha se originaram a partir deste período. No século IV, tiveram início as invasões de tribos bárbaras, com predomínio final dos visigodos. No século VIII, os mouros, que já dominavam o norte da África, estenderam seu domínio à Península Ibérica. Nos séculos seguintes os cristãos foram gradativamente reconquistando a Península, sendo Granada o último domínio mouro. No século VIII, quase toda a Península Ibérica foi conquistada (711-718) por exércitos mouros muçulmanos provenientes principalmente do norte da África. Essas conquistas fizeram parte da expansão do Califado Omíada. Apenas uma pequena área montanhosa no noroeste da península conseguiu resistir à invasão inicial muçulmana. Acredita-se que os muladi (muçulmanos de origem étnica ibérica) compreendiam a maioria da população de Al-Andalus (nome dado à Península Ibérica pelos muçulmanos) até o final do século X. A comunidade muçulmana na Península Ibérica era diversificada e atormentada por tensões sociais. Os povos berberes do norte da África, que tinham fornecido a maior parte dos exércitos invasores, entraram em choque com a liderança árabe do Oriente Médio. Ao longo do tempo, grandes populações árabes se estabeleceram especialmente no Vale do Rio Guadalquivir, na planície costeira de Valência, no Vale do Rio Ebro e na região montanhosa de Granada. Córdova, a capital do califado, era a maior, a mais rica e a mais sofisticada cidade da Europa Ocidental na época. O comércio e o intercâmbio cultural do Mediterrâneo floresceram. Os muçulmanos importaram uma rica tradição intelectual do Oriente Médio e do norte da África. Estudiosos muçulmanos e judeus desempenharam um papel importante na renovação e ampliação da aprendizagem clássica grega na Europa Ocidental. As culturas romanizadas da Península Ibérica interagiram com as culturas muçulmanas e judaicas de forma complexa, dando, à região, uma cultura distinta. No século XI, os territórios muçulmanos fragmentaram-se em reinos rivais (as chamadas taifas), permitindo, aos pequenos Estados cristãos, a oportunidade de ampliar enormemente seus territórios. As contínuas disputas entre muçulmanos e cristãos tiveram, como consequência, a Reconquista Cristã, começando no século VIII com a resistência cristã no norte da Espanha e através dos séculos seguintes com o avanço dos reinos cristãos ao sul, culminando com a conquista de Granada e com a expulsão dos últimos mouros em 1492. Durante este período, os reinos e principados cristãos se desenvolveram notavelmente, incluídos os mais importantes: a Coroa de Castela e o Reino de Aragão. A união destes dois reinos através do casamento em 1469 da rainha Isabel I de Castela com o rei Fernando II de Aragão levou à criação do Reino da Espanha. A unificação das coroas de Aragão e Castela lançou as basespara a Espanha moderna e para o Império Espanhol. O período seguinte é de prosperidade para a Espanha, com forte investimento na expansão marítima, seguindo Portugal, a maior potência da época. A viagem de Cristóvão Colombo, sob o patrocínio espanhol, tornou a América conhecida na Europa. Nos anos seguintes, a exploração da América trouxe enorme quantidade de metais preciosos e pau- brasil. Colombo, entretanto, desembarcou em terras portuguesas pelo Tratado de Alcáçovas. O conflito com Portugal deu origem ao Tratado de Tordesilhas em 1494. Em 1580, Felipe II reivindicou o trono de Portugal. A União Ibérica transforma a Espanha na maior potência econômica do Planeta, na época. Em 1588, a armada espanhola, considerada invencível, foi derrotada pela Inglaterra, com grande perda para o Império Espanhol. Portugal separou-se da Espanha em 1640. No início do século XIX, as colônias espanholas americanas iniciaram movimentos de independência. Em 1898, a Guerra Hispano-Americana resulta no fim do Império Espanhol, com as últimas colônias cedidas para os Estados Unidos. Guerra Civil Espanhola (1936-1939) No início do século XX, havia agitação anarquista e um movimento separatista da Catalunha. Em 1931, o rei Alfonso XIII foi deposto. Conflitos entre as forças de esquerda, que governaram a Espanha de 1931 a 1933, e de centro-direita (1933 a 1935) culminaram na Guerra Civil Espanhola. Francisco Franco tornou-se ditador no início da guerra civil e dela saiu vencedor. O país exausto e em ruínas permaneceu neutro durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1969, Juan Carlos I de Bourbon foi nomeado rei. Ainda com a monarquia estabelecida, Franco continuou como chefe de governo até a sua morte, em 1975. O rei Juan Carlos teve, então, importante participação na transição democrática. Desde a Constituição de 1978 que a Espanha está dividida em 17 Comunidades Autônomas e as duas cidades autônomas de Ceuta e Melilla, gozando estas de estatuto intermediário entre o município e a comunidade. Das 17 comunidades autônomas, quatro delas (Galiza, País Basco, Andaluzia e Catalunha) possuem condição de “Nacionalidades Históricas” reconhecidas na Constituição, juntamente com um “Estatuto de Autonomia”, o que reverte num maior poder e capacidade de decisão e soberania com respeito às outras comunidades. Lista das comunidades e cidades autônomas: Andaluzia: Sevilha Aragão: Saragoça Principado de Astúrias: Oviedo Ilhas Baleares: Palma de Maiorca País Basco: Vitória Ilhas Canárias: Las Palmas de Gran Canaria e Santa Cruz de Tenerife Cantábria: Santander Catalunha: Barcelona Castela-La Mancha: Toledo Castela e Leão: Valladolid Estremadura: Mérida Galiza: Santiago de Compostela La Rioja: Logronho Comunidade de Madri: Madri Região de Múrcia: Múrcia Comunidade Foral de Navarra: Pamplona Comunidade Valenciana: Valência Cidades Autônomas: Ceuta e Melilla “Castellano, Español” Castellano o español – ambos nombres designan esta lengua exquisita, dulce y musical, en que fue escrito el Don Quijote, obra maestra de la literatura universal. Nació en Castilla (“región de castillos”), prevaleció sobre los dialectos afines y se fue extendiendo – salvo en Portugal – por toda la península ibérica, hasta imponerse como idioma culto nacional. Más tarde se propagó a las inmensas regiones descubiertas y civilizadas por los españoles en América y Oceanía. Pero también se hablan, en España, otras lenguas hermosas, con importantes literaturas: el catalán, el gallego (o gallego-portugués) y el vascuence. Menor desarrollo literario tienen el leonés, el bable o asturiano, el andaluz, el mallorquín y otros dialectos. Hace cuatro siglos, con las audaces carabelas de Colón, llegó el castellano al Nuevo Mundo y se derramó por el Continente, desde Méjico hasta Tierra del Fuego, exceptuando el Brasil y las Guayanas. Y, hoy, diecinueve naciones hablan el idioma de Cervantes. Manual de Español. 77. ed. São Paulo: Nobel, 1989. Países em que se adota o espanhol como idioma oficial: • Europa: Espanha peninsular (incluindo as Ilhas Baleares e as Ilhas Canárias) • América Latina: Argentina, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, El Salvador, Uruguai e Venezuela - África: Guiné Equatorial Um pouco de Cultura Espanhola A arte espanhola é, historicamente, uma das mais brilhantes da Europa. A contribuição árabe é marcante até o século XV, principalmente na arquitetura. O Renascimento espanhol trouxe algumas das lendas da pintura clássica, como El Greco (1541-1614), Diego Velázquez (1599- 1660) e Francisco de Goya (1734-1828). O Surrealismo recebeu imensa contribuição de Salvador Dalí (1904-1989), Joan Miró (1893- 1983) e do cineasta Luis Buñuel (1900-1983). Pablo Picasso (1881-1973), com seu cubismo, transformou-se no artista plástico mais lembrado do século XX. Hoje, a Espanha abriga importantes instituições do mundo da arte, mostrando o talento espanhol em muitas áreas. Além da pintura, os destaques incluem música flamenga, arquitetura, cinema e literatura. Museus de Arte da Espanha Museo del Padro, Madrid Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid Museo Nacional Reina Sofía, Madrid Museo Guggenheim, Bilbao Museo Picasso, Barcelona Museo d’Art de Catalunya, Barcelona Museo d’Art Contemporani, Barcelona Museo Colegio de San Gregorio, Valladolid Turismo A Espanha é um dos maiores destinos turísticos do mundo. Possui vários castelos erguidos com pedras, montanhas com picos de neve e cidades com culturas sofisticadas. É o país das touradas e da dança flamenga. O litoral da Espanha é rico em belas praias e balneários, sendo dividido em trechos como Costa Brava, Costa de la Luz, Costa del Sol, Costa Blanca, Costa Tropical, Costa Dorada etc. As opções de turismo são imensas. España España, tierra de sol y de maravillas, empapada de historia y de tradiciones gloriosas; de clima ameno y naturaleza pródiga; país de música, flores, mantillas de encaje, verbenas y corridas de toros – encanta y deslumbra con la variedad pintoresca de sus provincias. Viajemos por ellas. Al Norte, bajo un cielo, ora azul, ora nublado: Galicia – la Suiza española -, con sus ríos, sus lagos y cascadas, valles umbrosos y montes cubiertos de castaños. Audaces pescadores se hacen a la mar desde el espléndido puerto de Vigo, centro de industria notable. Y en las vegas floridas, donde pace el ganado, se dibujan campesinas de pañuelos rojos en la cabeza. Pasamos por Asturias, con sus ricas minas de carbón, hierro, zinc y plomo. Llegamos a las Provincias Vascongadas: tierra de mineros y pescadores. Pueblecitos de gente sencilla y hospitalaria. Callejuelas empinadas y tortuosas. Costas azotadas por un mar furioso; muelles envueltos en bruma. Ahora, rumbo al sur: Castilla la Vieja. El paisaje es límpido y diáfano. Carreteras uniformes atraviesan pueblos vetustos, de tristeza ensoñadora. Hay ventas destartaladas, mesones de anchos zaguanes, viejos palacios. Y por toda parte – una soledad de añejas tradiciones. Lejos, en la dirección de Portugal, quedó la sabia Salamanca. Atravesemos el nevado Guadarrama. He aquí la capital del país – Madrid – con su rico Museo del Prado y la célebre Puerta del Sol. Castilla la Nueva: hombres afables y mujeres hogareñas, discretas. El sol ciega con sus vivas reverberaciones el árido paisaje de la Mancha, seca y desnuda, por donde el hidalgo manchego paseó su genial locura. Y, otra vez, rumbo al sur. Surgen las llanadas de Valencia, con sus campos de arroz y sus naranjales. En Alicante, famosa por su turrón y sus vinos, hay frutos exquisitos. No tienenárboles sus colinas, pero en las huertas, en los barrancos y en las laderas – florecen granados, algarrobos, higueras, viñas, datileras, olivos –. Y jóvenes de peregrina y delicada belleza cogen palmas y azahares. En Murcia el aire cálido anuncia al África cercana. Bulle el agua en las largas acequias, por entre huertas exuberantes, donde gusanos de seda tejen sus capullos. Y, en fin, bajo un cielo de azul purísimo – Andalucía, graciosa y sonriente. Aquí natura derrocha sus dones: minas de oro y plata, ganados, cereales, olivos, remolacha, naranjos, limoneros, todas las frutas tropicales. ¡Y hasta caña de azúcar! En medio de olivares, ambas a orillas del Guadalquivir, descansan Córdoba y Sevilla. Córdoba, con sus sierras fragosas, pobladas de pinos, sus huertas opulentas, sus mujeres hábiles y laboriosas en el hogar. En la ciudad, tras las murallas moriscas, se yergue la magnífica Mezquita (hoy Catedral), el templo más grande de los árabes en España. Y, al pie de la Sierra Nevada: Granada, la joya de la arquitectura árabe, donde los fantásticos palacios de la Alhambra y del Generalife sueñan gloriosos recuerdos de tiempos lejanos. A América Latina é uma região do continente americano que engloba os países onde são faladas, primordialmente, línguas românicas (derivadas do latim) – no caso, o espanhol, o português e o francês –, visto que, historicamente, a região foi maioritariamente dominada pelos impérios coloniais europeus, espanhol e português. A América Latina tem uma área de cerca de 21.069.501 km². A América Latina compreende a quase totalidade das Américas do Sul e Central: as exceções são os países sul-americanos da Guiana e do Suriname e a nação centro-americana de Belize, que são países de línguas germânicas. Também engloba alguns países da América Central Insular (países compostos de ilhas e arquipélagos banhados pelo Mar do Caribe). Da América do Norte, apenas o México é considerado como parte da América Latina. Um pouco de História da América Latina A primeira ocupação da América por homens vindos da Ásia ter-se-ia verificado no fim do Paleolítico e no alvorecer do Neolítico, entre 15.000 e 10.000 anos a. C. No final do século XV e início do século XVI, os índios dos planaltos são exímios na metalurgia do cobre, do ouro e da prata, mas ignoram o uso do ferro. A natureza não colocou à sua disposição, como o fez para a humanidade do Velho Mundo, o motor muscular do boi e do cavalo. Do outro lado do Atlântico, a Europa estava saindo da Idade Média. Na sua extremidade ocidental, a Ibéria, nas fronteiras da Cristandade e em contato com o mundo árabe, que a impregnou durante oito séculos, acabou de terminar a reconquista com a tomada de Granada (10 de janeiro de 1492). Com o seu casamento, os Reis católicos, Isabel de Castela e Fernando de Aragão, realizaram o primeiro esboço da unidade espanhola. Esses dois fragmentos desiguais da humanidade desenvolveram-se paralelamente, sem interferências. Entraram em contato no final do século XV por intermédio dos povos ibéricos. A cristandade ocidental cabe, evidentemente, a responsabilidade desse encontro, de resto fortuito. Para se ir às Índias haveria duas soluções. A solução portuguesa que procuram dobrar, ao sul o Cabo da Boa Esperança. É a que realiza Vasco da Gama, em 1498. E há também a solução de um louco, pelo oeste, porque a terra é redonda. A solução que Colombo consegue fazer Isabel, a Católica, aceitar. E é assim, que num dia 12 de outubro, no ano de 1492, Cristóvão Colombo, que partira à descoberta de Cipango e das suas montanhas de ouro, das Índias e das suas especiarias, encontra no caminho uma ilha minúscula do arquipélago das Bahamas denominada Guanahani, descobrindo, sem o saber, por inadvertência, a América. No ponto de impacto da humanidade índia e da humanidade ibérica, nasceu a América Latina. Século dos Conquistadores (1492-1550): • Descobrimento (1492-1519) 24 de dezembro de 1492: Cristóvão Colombo fundava na Ilha de Hispaniola, atual São Domingos, Navidad. Durante os trinta anos que se seguiram à sua primeira viagem, os espanhóis apossaram- se das Grandes Antilhas. Américo Vespúcio, que deu nome ao Novo Mundo, Juan Ojeda, Juan de la Cosa, Vasco Núñez de Balboa, o primeiro a chegar, surpreendidos em 25 de setembro de 1513, às margens do Pacífico, viram surgir um continente novo. Conquista dos Impérios (1519-1550): • Conquista da Nova Espanha (vice-reino espanhol durante o período colonial) Fevereiro de 1519: Hernán Cortés desembarca na costa de Iucatã. Penetra a 8 de novembro de 1519 em Tenochtitlán (México) e apodera-se de Montezuma. Na Nova Espanha, a era dos conquistadores terminou no dia 13 de dezembro de 1527, onde se instala a primeira audiência e a conquista cede lugar à organização. Arizona, Califórnia, Colorado, Nevada, Novo México e Utah nos Estados Unidos, até a Costa Rica na América Central, tendo como capital a Cidade do México. Existiu de 1535 a 1821. A Nova Espanha não só administrava as terras compreendidas entre estes limites, mas também o arquipélago das Filipinas na Ásia. • Conquista da Nova Castela (vice-reino espanhol durante o período colonial) Francisco Pizarro deixou o Panamá em janeiro de 1531 com 180 homens e trinta e sete cavalos, ainda menos do que Cortés, para um país mais vasto e de acesso mais difícil: um planalto de 3 a 3.500 metros de altitude fechado entre cadeias de montanhas de mais de 6.000 m. E, no entanto, Pizarro conseguiu em dois anos, pela astúcia e pela violência, derrubar o Império Inca. Em 1536, Pedro de Mendoza fundava, pela primeira vez, Buenos Aires. Francisco de Orellana percorre dezenas de milhares de léguas através das florestas da Amazônia, enfrentando-se constantemente com o desconhecido. Governo de Nova Castela instalou-se em 1529, e foi cedida a Francisco Pizarro. Foi constituída por territórios incas incorporados à Castela na conquista do Peru. Foi criada em 26 de julho de 1529 mediante a Capitulação de Toledo. Os Maias A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita, pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos. Inicialmente estabelecidas durante o período pré-clássico (1.000 a. C. a 250 d. C.), muitas cidades maias atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d. C. a 900 d. C.), continuando a se desenvolver durante todo o período pós- clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo. A influência dos maias pode ser detectada em países como Honduras, Guatemala, El Salvador, e na região central do México, a mais de 1000 km da área maia. Os povos maias nunca desapareceram, nem na época do declínio no período clássico, nem com a chegada dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização espanhola das Américas. Muitas línguas maias continuam a ser faladas como línguas primárias ainda hoje: o Rabinal Achí, uma obra literária na língua achi, foi declarada uma obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 2005. A arquitetura maia era bastante desenvolvida e ostentava obras grandiosas, tecnicamente qualificadas e com grande variedade e beleza de formas. Os Astecas Os povos astecas eram certos grupos étnicos da região central do atual México, em particular os grupos que falavam a língua náuatle e que dominaram grande parte da Mesoamérica entre os séculos XIV e XVI. A partir do século XIII, o Vale do México era o coração da civilização asteca: a capital da Aliança Asteca, a cidade de Tenochtitlán,foi construída sobre ilhotas levantadas sobre o lago Texcoco. A Tríplice Aliança formava um império tributário que expandiu sua hegemonia política para além do Vale do México, conquistando outras cidades de toda a Mesoamérica. No seu auge, a cultura asteca teve tradições mitológicas e religiosas ricas e complexas, bem como atingiu notáveis realizações arquitetônicas e artísticas. Em 1521, o espanhol Hernán Cortés, juntamente com um grande número de aliados nativos falantes da língua náuatle, conquistou Tenochtitlán e derrotou a Tríplice Aliança Asteca, então sob a liderança de Moctezuma II. Posteriormente, o espanhol fundou o novo assentamento da Cidade do México sobre o local das ruínas da antiga capital asteca, de onde prosseguiu com o processo de colonização da América Central. A cultura e história asteca são conhecidas principalmente por meio de evidências arqueológicas encontradas em escavações, tais como a do famoso Templo Mayor na Cidade do México; códices de papel nativos; através de relatos de testemunhas oculares por conquistadores espanhóis, como Hernán Cortés e Bernal Díaz del Castillo; e, especialmente, a partir de descrições do século XVI e XVII de cultura e história asteca escritos por clérigos espanhóis e astecas alfabetizados na língua espanhola ou náuatle, como o famoso Códice Florentino, compilado pelo monge franciscano Bernardino de Sahagún com a ajuda de informantes astecas nativos. Os Incas O Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua) foi um Estado criado pela civilização inca, resultado de uma sucessão de civilizações andinas e que se tornou o maior império da América pré-colombiana. A administração política e o centro de forças armadas do império ficavam localizados em Cusco (em quíchua, Umbigo do Mundo), no atual Peru. O império surgiu nas terras altas peruanas em algum momento do século XIII. De 1438 até 1533, os incas utilizaram vários métodos, da conquista militar à assimilação pacífica, para incorporar uma grande porção do oeste da América do Sul, centrado na Cordilheira dos Andes, incluindo grande parte do atual Equador e Peru, sul e oeste da Bolívia, noroeste da Argentina, norte do Chile e sul da Colômbia. O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua. Outro idioma que se destacava era a língua aimará, de uma das principais etnias componentes, os aimarás. O nome quíchua para o império era Tawantinsuyu, que pode ser traduzido como as quatro regiões ou as quatro regiões unidas. Antes da reforma ortográfica era escrita em espanhol como Tahuantinsuyo. Tawantin é um grupo de quatro partes (tawa significa “quatro”, com o sufixo –ntin que nomeia um grupo); Suyu significa “região” ou “província”. O império foi dividido em quatro Suyus, cujos cantos faziam fronteira com a capital, Cusco (Qosqo). “Los Países Hispanoamericanos” México: Este gran país está en América del norte. En México toda persona que sabe leer y escribir está obligada a enseñar a leer a otro mexicano que no sepa. Cuba: Este país es una gran isla donde hay muchas palmas. En Cuba hay una planta llamada “caña de azúcar”, que tiene el tallo muy dulce. A los niños les agrada mucho chupar este tallo con gusto a caramelo. Los cubanos sacan azúcar de esta planta. República Dominicana: Este pequeño país es parte de una isla que está al lado de Cuba. Allí se está haciendo una gran cruz en recuerdo de Cristóbal Colón. Esta cruz está tendida en el suelo y tiene más de dos kilómetros de largo. América Central: Esta parte de América está formada por los países de Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicaragua, Costa Rica y Panamá. En todos estos países hace bastante calor, y se producen el café, el arroz, la vainilla, los plátanos, las piñas y otras frutas muy ricas. En Nicaragua está el único lago del mundo donde hay tiburones. Y en Panamá se encuentra el canal más grande que ha hecho el hombre. Por este canal pasan los buques entre los Océanos Pacífico y Atlántico. Venezuela: Este país es muy rico porque tiene mucho petróleo. En Venezuela nació el Gran General y Libertador Simón Bolívar, que murió hace más de cien años. Todo niño debe pedirle a su maestra que le cuente “el sueño de Bolívar”. Colombia: En este país se cosecha el café más suave y perfumado del mundo. En Colombia hay una serpiente llamada BOA y es tan grande y peligrosa que se traga a un ternero. Esta serpiente mide más de diez metros de largo. Ecuador: Este país es muy interesante porque tiene animales y pájaros de todas clases y colores. En sus islas Galápagos hay grandes tortugas. También viven como salvajes estos animales: caballos, vacas, ovejas, cabras, burros y perros. Los mejores chocolates se hacen con cacao del Ecuador. Perú: el tren que corre a mayor altura en todo el mundo está en Perú. Este es un gran país que produce de todo y de buena clase. Cuando una cosa es buena y de valor se dice: “Vale un Perú”. Bolivia: En Bolivia hay minas de oro, plata, estaño y otros minerales de gran valor. Los chocolates se envuelven en papel de estaño. Paraguay: En este país se cultiva la yerba mate de buena clase, y con esta yerba se prepara una bebida muy agradable. El mate debe servirse caliente, con bombilla y bien conservado... Uruguay: En todo el mundo se comen las ricas carnes en conserva preparadas en Uruguay. Este país tiene hermosas playas y buenos caminos para pasear en automóvil. Argentina: La capital de Argentina es Buenos Aires. Esta ciudad es una de las más grandes del mundo. Argentina es un país que produce mucha carne y trigo. Cuando se pasa en tren por la pampa argentina se pierden de vista los campos con animales y sembrados. Chile: Este es el país más largo y angosto del mundo. Comienza donde hace bastante calor y termina donde la tierra está cubierta de hielo y nieve, o sea, en el Polo Sur. Esta parte del país se llama Antártica Chilena. En Chile se producen mucha madera, cobre, frutas y vinos. Los vinos chilenos son de los mejores del mundo. En este país no hay animales venenosos. Tiene montañas, bosques, ríos, lagos y mucho mar. Las partes más lindas de América se encuentra en el Sur de Chile. España: Esta gran nación se encuentra en Europa y es nuestra Madre Patria. Todos los países que se han nombrado son hijos de España. A España le debemos el descubrimiento de América, hecho por el navegante Cristóbal Coló el año 1492. A la Madre Patria le debemos todo: el suelo en que vivimos, la sangre que llevamos en nuestras venas, el hermoso idioma que hablamos y el valor de nuestros héroes. Ningún idioma en el mundo se habla en tantos países como el idioma español. Como complemento, leia o texto “Língua espanhola”, do escritor peruano Mario Vargas Llosa, publicado em Dicionário Amoroso da América Latina (2006). Turismo Assistir ao Vídeo: “Los Países Más Visitados de América Latina” https://www.youtube.com/watch?v=4_-H2pRFFws h Unidade 2: Principais Questões Gramaticais da Língua Estrangeira 2.1. A normatização da língua espanhola: o espanhol atual O castelhano ou espanhol é uma língua românica do grupo ibero-românico que evoluiu a partir de vários dialetos do latim falados no centro-norte da Península Ibérica por volta do século IX. Gradualmente, espalhou-se com a expansão do Reino de Castela para o centro e o sul da Península Ibérica durante a Idade Média. No início de sua história, o vocabulário espanhol foi enriquecido pelo seu contato com o basco e o árabe e a língua continua a adotar palavras estrangeiras a partir de uma variedade de outras línguas, bem como o desenvolvimento de novas palavras. O espanhol foi trazido principalmente para a América, bemcomo a África e a Ásia e o Pacífico, com a expansão do Império espanhol entre os séculos XV e XIX, onde se tornou a língua mais importante para o governo e o comércio. Na formação do castelhano/ espanhol, podem- se distinguir três períodos: o medieval ou castelhano antigo (dos séculos X ao XV), o espanhol moderno (entre os séculos XVI e XVII) e o contemporâneo, que vai da fundação da Real Academia Espanhola até nossos dias. Apesar de ser um idioma falado em regiões tão distantes, a ortografia e as normas gramaticais asseguram a integridade da língua, daí a colaboração entre as diversas Academias da Língua Espanhola no intuito de preservar esta unidade. “C ada um é filho das suas obras.” Don Quijote – Parte 1, Capítulo 47. Latim Vulgar Como disse o grande Menéndez Pidal, “a base do idioma é o latim popular, propagado na Espanha a partir do final do século III a. C. até se impor às línguas ibéricas”. Entre os séculos III e VI, a língua que evoluía na Espanha assimilou germanismos através do latim falado pelos povos bárbaros romanizados que invadiram a península. Com o domínio muçul- mano de oito séculos, a influência do árabe – idioma dos conquistadores berberes – foi decisiva na configuração das línguas ibéricas, entre as quais se incluem o castelhano/ espanhol e o português. Glosas Medievais O nome da língua procede da terra dos castelos, Castela. A esta época, pertencem as Glosas Silenses e as Emilianenses, do século X, anotações em romance dos textos latinos no Monastério de Yuso (San Millán de la Cogolla), centro medieval de cultura, mas a mais antiga referência ao idioma vem do Cartulário de Valpuesta, nos primeiros anos do século IX. O primeiro passo para converter o castelhano em língua oficial do reino de Castela e Leão foi dado por Afonso X. Foi ele quem mandou compor em romance, e não em latim, as grandes obras históricas, astronômicas e legais. O castelhano era a língua dos documentos notários e da Bíblia traduzida sob as ordens de Afonso X. Graças ao Caminho de Santiago, entraram, na língua, escassos galicismos que foram propagados pela ação dos trovadores da poesia cortesã e provençal. Árabe No sul, sob o domínio árabe, as comunidades hispânicas que conviviam com as comunidades judaica e árabe falavam moçárabe. Esta é a língua na qual foram escritos os primeiros poemas, as jarchas, que conservam uma forma estrófica de clara origem semítica, a moasajas. Em quase oito séculos de interação (711-1492), os povos falantes de Árabe deixaram, no castelhano, um abundante vocabulário de cerca de quatro mil termos. Com o tempo, foram caindo em desuso, mas há vestígios modernos, palavras de uso comum como tambor, adobe, alfombra, zanahoria, almohada, e a expressão ojalá, como no português “oxalá”, que significa “queira Deus” (literalmente: “queira Alá”). Cabe assinalar que penetrou, na gramática castelhana, a preposição árabe hatta (حتى), que se converteu na preposição espanhola hasta e na preposição portuguesa até. Primeira Gramática Moderna Europeia A publicação da primeira gramática castelhana, escrita por Elio Antonio de Nebrija em 1492, ano do descobrimento da América, estabelece o marco inicial da segunda etapa de conformação e con- solidação do idioma. O castelhano adquire grande quantidade de neologismos, pois o momento coin- cidiu com a expansão de Castela que, pela força política, conseguiu consolidar seu dialeto como língua dominante. O castelhano é a língua dos documentos legais, da política externa e a que chega à América pela mão da grande empreitada realizada pela Coroa de Castela. Nesta mesma época, os judeus sefarditas foram expulsos de Castela e Aragão, levando, consigo, a fala que daria lugar ao ladino, uma língua que, ouvida, parece castelhano. Gramática Castellana (1492) e do Diccionario Latino-Español (1494) de Antonio de Nebrija, Num primeiro momento, os realistas não mostraram interesse em difundir a língua castelhana na América e nas Filipinas, realizando-se a evangelização nas línguas nativas. Na França, Itália e Inglaterra são editadas gramáticas e dicionários para o ensino do castelhano/espanhol, que ganha o status de língua diplomática até a primeira metade do século XVIII. O léxico incorporou palavras originárias de tantas línguas quantos contatos políticos possuía o Império: italianismos, galicismos e americanismos. No ano 1713, fundou-se a Real Academia Espanhola. Como primeira tarefa, a Academia fixou as mudanças feitas pelos falantes do idioma, o que permitiu grande variedade de estilos literários: da liberdade das alterações sintáticas do barroco, no século XVII, às contribuições dos poetas da geração de 1927. No primeiro terço do século XX, apareceram novas modificações gramaticais que, ainda hoje, estão em processo de assentamento. Paralelamente, é contínua a criação de neologismos provenientes das inovações técnicas e dos avanços científicos. Sistema de Escrita O castelhano/ espanhol escreve-se mediante o alfabeto latino. Tem uma letra adicional, Ñ, embora, no passado, ch e ll fossem consideradas letras. As vogais podem levar um acento agudo para marcar a sílaba tônica quando esta não segue o padrão habitual, ou para distinguir palavras que, de outra forma, teriam a mesma grafia. O u pode levar trema (ü) para indicar que este se pronuncia nos grupos “güe”, “güi”. Na poesia, as vogais i e u podem levar trema para romper um ditongo e ajustar convenientemente a métrica de um verso determinado (por exemplo, ruído tem duas sílabas, mas ruído tem três). Assista ao vídeo esclarecedor sobre o novo alfabeto espanhol: www.youtube.com/watch?v=8F7Wm5ajpFA&spfreload=10 Nueva Gramática A normatização atual da língua espanhola encontra-se fundamentada na obra revisada e publicada pela RAE – Real Academia Espanhola e demais Academias de Língua Espanhola da América Latina, intitulada Nueva Gramática de la Lengua Española (2009). É tida como a primeira gramática que reflete todas as variedades do espanhol, por isso, é também a primeira gramática acadêmica desde 1931. É o resultado de onze anos de intenso trabalho das vinte e duas Academias da Língua Espanhola. A Nueva Gramática pretende ser um verdadeiro “mapa do espanhol”. Caracteriza-se por ser uma obra coletiva, pan- hispânica, descritiva, normativa, sintética e prática. A obra foi publicada em três volumes, que são suas três partes fundamentais: Morfologia, Sintaxe e Fonética e Fonologia. A descrição da obra pode ser consultada pelo seguinte endereço eletrônico: www.rae.es/obras-academicas/gramatica/nueva-gramatica/ nueva-gramatica-morfologia-y-sintaxis Também há uma consulta online que pode ser acessada em: aplica.rae.es/grweb/cgi-bin/buscar.cgi O vídeo da apresentação oficial da Nueva Gramática de la Lengua Española pode ser acessado pelo link: www.youtube.com/watch?v=OMClDelmdsw 2.2. Como aplicar o estudo da língua à leitura e audição de textos em espanhol: orientações básicas Para aprender espanhol, é fundamental ter disciplina e autonomia nos estudos. Listamos, a seguir, alguns materiais de estudo e dicas de endereços virtuais: Fonética, Entonación y Ortografía: objetiva-se practicar a pronúncia. Manual e 5 CD’s. Gramática del Español Lengua Extranjera: nova edição segundo as normas da Real Academia Espanhola e Associação das Academias da Língua Espanhola. Silabario Hispanoamericano: publicado em 1945 pelo pedagogo chileno Adrián Dufflocq Galdames. Endereços Virtuais: Real Academia Española: www.rae.es Don Quijote de la Mancha: http://www.ladeliteratura.com.uy/biblioteca/donquijoteI.pdf http://www.ladeliteratura.com.uy/biblioteca/donquijoteII.pdf Don Quijote en Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=tVpaO7xFs5ABiblioteca Virtual Miguel de Cervantes: http://www.cervantesvirtual.com/ Proyecto “Cuéntame una Ópera”: http://www.cuentameunaopera.com/home.php Nueva Gramática de la Lengua Española: http://www.rae.es/recursos/gramatica/nueva-gramatica E, caso queiram ler um intere- ssante artigo sobre os níveis do Marco Comum Europeu de Referência para as Línguas – MCE recomendamos este, “Conhecendo o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas: fundamentos, objetivos e aplicações” do Prof. Márcio Luiz Corrêa Vilaça (UNIGRANRIO): http://publicacoes.unigranrio.com.br/index.php/reihm/article/viewFile/501/492 Orientações básicas Como aplicar o estudo da língua à leitura e audição de textos em espanhol? Para quem está aprendendo a ler e ouvir com a prática, como é o caso do Espanhol Instrumental, seguem algumas orientações básicas que são utilizadas por mim. Orientações básicas para leitura: • Observe a ortografia das palavras: anote em um caderno aquelas que você não compreende e consulte o significado e o seu uso em um dicionário ou corpus linguístico (banco de textos). Esse exercício de fazer listas de vocabulário e de consultar textos autênticos lhe trará muitos benefícios; • Observe a entonação do texto (principalmente, observe a pontuação e a acentuação); • Observe os tempos verbais em língua espanhola (nem sempre os tempos verbais se equivalem na língua portuguesa); • Tente reproduzir mentalmente as ideias expressas no texto, a partir da sintaxe (como as palavras se organizam entre si para formar uma frase e como as frases se relacionam logicamente para formarem o discurso ou a voz textual); • Faça uso do seu conhecimento das conjunções (conectores, em espanhol), para entender a relação semântica entre as diferentes ideias; • Releia sempre o que você estiver lendo – nunca fique numa leitura; • Leia muito para copiar manualmente e entender o estilo de diferentes autores; • Procure sempre a simplicidade daquilo que estiver lendo, mesmo se for ler o Dom Quixote na edição da Real Academia Espanhola; • Tenha à mão sempre uma gramática atualizada, não para estudá-la sequencialmente, mas para consultá-la sempre que aparecer alguma dúvida durante a leitura. Orientações básicas para audição: • Preste sempre atenção ao que o seu professor diz em espanhol na sala de aula – não disperse sua atenção em outras atividades que não a aula, afinal, foi para isso que você se deslocou até a Universidade; • Não queira ouvir para aprender a falar, mas para compreender a mensagem. Priorize as gravações mais lentas e mais fáceis de serem compreendidas; • Se você quiser exercitar o seu ouvido em espanhol, leia ou grave em voz alta palavras, frases e até textos completos, como poesias ou parágrafos de obras recomendadas da literatura, principalmente; • Leia ou grave em voz alta, diferentes diálogos do dia-a-dia com outro colega e corrijam-se mutuamente; • Se quiser assistir a um filme em espanhol, recomendamos que assista aos legendados em português, e depois de alguns meses ou anos de estudo, assista aos legendados em espanhol; • Não tenha pressa em querer entender tudo o que você ouve em espanhol. A aquisição de uma língua estrangeira é necessariamente lenta, pois ela depende de vários fatores, principalmente da aptidão do estudante para os estudos com disciplina. E você, teria orientações suas para exercitar a língua espanhola na prática da leitura e da audição? Compartilhe-as conosco! Para finalizar a Unidade 2, copiamos do blog “Biblioteca los Mangos”, da cidade de Puerto Vallarta, no México, um interessante texto sobre a prática dos estudos. bibliotecalosmangos.blogspot.com.br/2012/12/6-consejos-para-leer-bien.html EL MAESTRO DE CULTURA ADVIERTE: LEER PERJUDICA GRAVEMENTE LA IGNORANCIA 1- Mantener la eficacia de lectura y adaptar la rapidez: Los lectores ineficaces leen todo a la misma velocidad, los lectores eficaces pueden leer de tres a cinco veces más deprisa o hacerlo más lentamente, según el texto, y comprenden mucho mejor las ideas principales. El punto central es practicar, practicar, practicar. Pero además, hay que fijarse objetivos, tanto de velocidad, como de comprensión. 2- Mejorar la concentración: • Evitar las distracciones internas, como tener hambre, sueño o cualquier otra necesidad física *guiño - guiño*. • Encontrar el momento adecuado. Leer se disfruta mucho más si se hace con disponibilidad de tiempo y no con prisa. • Descansar periódicamente 10 minutos cada 50 de lectura. 3- Establecer el ambiente adecuado: • Con una buena iluminación: Luz natural proveniente desde la espalda o luz artificial alógena o fluorescente sin oscilaciones. Que ambas den directamente en el libro sin que nos den en los ojos. • Elegir un lugar cómodo. Lo ideal es colocarse en un sillón de patas bajas, para que los pies se recarguen en el piso, con orejeras que sostengan nuestra cabeza y cuello y de un material que transpire. 4- Dedicarle el tiempo estipulado: Si calculamos que un lector promedio lee una página de 400 palabras aproximadamente en dos minutos, (200 palabras por minuto), leyendo media hora diaria, se puede leer un libro de 200 páginas en 15 días. Uno o dos libros al mes es una buena meta para disfrutar y aumentar el conocimiento. 5- Cuidar la vista: • La distancia correcta entre nuestros ojos y un libro debe ser de aproximadamente 45 centímetros. • Los ojos necesitan hacerlo entre 12 y 15 veces por minuto y cuando se lee esta cantidad se reduce y se puede producir sequedad, tensión, fatiga ocular y visión borrosa. • De vez en cuando ejercite los ojos enfocándolos en algún objeto que esté a mayor distancia que el libro. 6- Tener en cuenta las expectativas del libro: Cuando hemos elegido el libro tenemos ya hecho un criterio sobre éste antes de comenzar a leerlo. Esto puede determinar en gran parte nuestro disfrute del mismo, así como el provecho que le saquemos. Por eso es necesario entender que es lo que esperamos del libro, por ejemplo: • Distraernos, aprender o las dos cosas a la vez. • Recrear la época y el lugar donde se desarrolla. • Analizar el argumento, trama, ritmo y resolución del libro. Fuente original: Me gusta Leer México: www.megustaleer.mx/ 6 para leer bien: con se jos Unidade 3: As Habilidades de Compreensão Leitora e Auditiva 3.1. Com a habilidade de compreensão leitora: conceitos, características, estratégias cognitivas Na Unidade 3, vamos falar das duas habilidades mais importantes para quem quer aprender o Espanhol Instrumental, ou, para fins específicos: compreensão leitora e auditiva. Para aprendizagem da língua espanhola como língua estrangeira, a primeira e mais importante habilidade é a audição, como o comprovam várias pesquisas, como a publicada no artigo “La Comprensión Auditiva: definición, importancia, características, procesos, materiales y actividades”, das autoras Patricia Córdoba Cubillo, Rossina Coto Keith e Marlene Ramírez Salas, publicado na revista eletrônica Actualidades Invesgativas en Educación do Instituto de Pesquisa em Educação da Universidade da Costa Rica, em 2005, mas, para nós, a primeira será sempre a habilidade de compreensão leitora, e depois, ou complementando-a, a habilidade de compreensão auditiva. O principal objetivo da nossa disciplina é a leitura de textos autênticos em língua espanhola, aqueles mais representativos dos diversos contextos em que vocês, alunos, atuarão após concluírem o Curso em Humanidades. Por falar nesses contextos, vamos pensar em alguns? Em quais contextos vocês esperam atuar quando se graduarem? Ou seráque já atuam? Eis algumas possibilidades: • Pesquisa básica em universidades e centros e pesquisa; • Trabalho em órgãos governamentais e não governamentais voltados para uma ação junto às minorias sociais e a outras populações-alvo de políticas públicas; • Elaboração de projetos sociais e de desenvolvimento; • Trabalho com movimentos sociais organizados; • O profissional pode atuar ainda em arquivos, museus, patrimônios, comunidades em geral ou empresas que estejam dedicadas à preservação da memória e da história de seu povo; • Além disso, esse conhecimento do Curso em Humanidades pode servir de base para que o aluno possa prosseguir seus estudos com vistas à carreira acadêmica. Como coordenadora de projetos de ensino e extensão, desde 2014 venho orientando projetos com a participação exclusiva de alunos do BHU, nas áreas de língua espanhola, literaturas hispânicas e linguagens artísticas (música). Vejam: • “DISCO: um projeto de formação de discoteca em música clássica para apreciadores do Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais, Brasil”, aprovado nos Editais do PROCARTE em 2014.1, 2015.2 e 2016.1. • “Quiero Leer y Hablar en Español: oficinas literárias para os discentes dos Cursos em Humanidades e Letras – Português e Espanhol da FIH”, aprovado no Edital do PROAE em 2015.2. • “Oficinas de Espanhol no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS de Datas” aprovado no Edital do PIBEX em 2016.1. • “Curso de Extensão em Espanhol: língua, literaturas e culturas hispânicas”, registrado na PROEXC em 2016.1. • “Curso de Capacitação em Espanhol para os Funcionários do Museu do Diamante”, registrado na PROEXC em 2017.1. A partir de agora, iniciaremos a parte teórica desta Unidade com a habilidade de compreensão leitora, e, a seguir, com a habilidade de compreensão auditiva. Módulo 1. Sobre o Ato de Ler Neste módulo, abordaremos conteúdos cognitivos que desenvolvem a atividade da leitura, baseando-nos principalmente em dois autores: o educador norte-americano Mortimer J. Adler (1902-2001) e o padre francês Antonin-Dalmace Sertillanges (1863-1948), que publicaram duas obras muito importantes para compreendermos não só a leitura em forma geral, mas a leitura de toda literatura imaginativa: Como Ler Livros: o guia clássico para a leitura inteligente, que possui duas traduções no Brasil (Agir, 1954; É Realizações, 2010), e A Vida Intelectual: seu espírito, suas condições, seus métodos (2010), edição também traduzida no Brasil pela É Realizações. Além disso, nos interessa a palestra de apresentação da obra Como Ler Livros ministrada pelo grande educador paranaense José Monir Nasser (1957-2013) no Espaço Cultural É Realizações em 25 de junho de 2010, e que nos traz belas indicações sobre o que é ser culto, a sua crítica ao “hábito da leitura”, e nos sugere três perguntas básicas antes de planejarmos qualquer atividade séria de leitura: o que ler, em que sequência ler e como ler, além de outras ideias fundamentais para a educação da imaginação de qualquer cidadão alfabetizado. Os conteúdos, portanto, seguem abaixo: 1) A leitura: o que é ser culto; a crítica ao “hábito da leitura”; quatro espécies de leitura (fundamentais, ocasionais, de treinamento ou edificantes, relaxantes); três perguntas básicas (o que ler, em que sequência ler e como ler); 2) Começando a ler o não-lido: a noção do mapa da ignorância; listas de obras fundamentais; 3) A arte da leitura: o que é leitura ativa; os quatro níveis da leitura ativa (elementar, inspecional, analítica e sintópica); 4) A leitura de literatura imaginativa: regras da negação (como não ler); regras gerais e regras específicas por gênero literário (como ler); 5) Os materiais de apoio: o uso de dicionários, enciclopédias, resumos e comentários. A Leitura: o que é ser culto e a crítica ao “hábito da leitura” Como tarefa, assista à apresentação da obra Como Ler Livros: o guia clássico para a leitura inteligente (2010), realizada por José Monir Nasser, e responda às perguntas abaixo: h t t p : / / w w w . e r e a l i z a c o e s . c o m . b r / e s p a c o / j a n e l a V i d e o . p h p ? v i d e o = P a l e s t r a _ C o m o - l e r - l i v r o s & p o s i c a o = 2 1) Em determinado momento de sua palestra, o professor cita o orador romano Cícero (106 a. C.-43 a. C.) para definir a cultura, ou, o que é ser culto. Como ele desenvolve a sua definição a partir da ideia de Cícero? 2) Cite algumas obras de Cícero e comente a sua importância para a literatura universal. 3) Mais adiante no vídeo, ele destaca algumas personalidades da literatura (como Jorge Luis Borges e Umberto Eco) para nos explicar que não devemos criar um hábito de leitura, mas, ao contrário, levar em conta as nossas características pessoais de leitura. Defende, por isso, que não devemos criar “cemitérios de livros” ou ler por mera formalidade. Como é sua atividade de leitura no dia-a-dia? 4) Como sugestão, assista ao filme O Leitor (Drama, EUA-Alemanha, 2008). Na Alemanha pós-2ª Guerra Mundial o adolescente Michael Berg (David Kross) se envolve, por acaso, com Hanna Schmitz (Kate Winslet), uma mulher que tem o dobro de sua idade. Apesar das diferenças de classe, os dois se apaixonam e vivem uma bonita história de amor. Até que um dia Hanna desaparece misteriosamente. Oito anos se passam e Berg, então um interessado estudante de Direito, se surpreende ao reencontrar seu passado de adolescente quando acompanhava um polêmico julgamento por crimes de guerra cometidos pelos nazistas. Crítica do filme O Leitor (2008), por Isabela Boscov: http://www.youtube.com/watch?v=wrN0foX9DkY Quatro Espécies de Leitura (fundamentais, ocasionais, de treinamento ou edificantes, relaxantes) e Três Perguntas Básicas (o que ler, em que sequência ler e como ler) No capítulo VII de A Vida Intelectual: seu espírito, suas condições, seus métodos, o padre Sertillanges define quatro tipos ou espécies de leitura: fundamentais, ocasionais, de treinamento ou edificantes, relaxantes). Leia o capítulo e resuma cada uma com suas palavras, fazendo uma breve reflexão de sua prática de leitura de cada uma das espécies ou de algumas delas. Na palestra de José Monir Nasser, ele nos coloca, finalmente, três problemas básicos para todo bom leitor que gostaria de se tornar uma pessoa verdadeiramente culta: o que ler, em que sequencia ler e como ler. Você já pensou nessas perguntas alguma vez? Já tentou fazer ou fez um bom plano de leitura baseado em obras literárias? Conte-nos um pouco da sua experiência. Começando a Ler o Não-Lido: a noção do “mapa da ignorância” e listas de obras fundamentais Realizar o nosso “mapa da ignorância” é o mesmo que realizar uma primeira sondagem das obras funda- mentais de uma determinada área do conhecimento humano, ou, daquelas obras que você gostaria de ler, considerando suas características pessoais de leitura. No campo da literatura, podemos realizar vários “mapas”, filtrando as obras em um ou mais aspectos, como: autor, conteúdo, período, gênero, estilo etc. Escreva, abaixo, dez obras da literatura universal que você gostaria de ler e explique o critério que utilizou para selecioná-las. 1. _________________________________________________________________ 2. _________________________________________________________________ 3. _________________________________________________________________ 4. _________________________________________________________________ 5. _________________________________________________________________ 6. _________________________________________________________________ 7. _________________________________________________________________8. _________________________________________________________________ 9. _________________________________________________________________ 10. ________________________________________________________________ Critério: _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ Otto Maria Carpeaux (1900-1978) foi um grande ensaísta, crítico literário e jornalista austríaco naturalizado brasileiro. É extremamente recomendável para quem deseja conhecer mais sobre a história da literatura ocidental e a crítica literária. Sugerimos, fervorosamente, que nossos alunos leiam as seguintes obras: - História da Literatura Ocidental. 4 volumes. Editora: Leya Brasil - Ensaios Reunidos. 2 volumes. Editoras: UniverCidade e Topbooks - O Livro de Ouro da História da Música. Editora: Ediouro Sugestão de curso sobre a obra de Carpeaux com o Prof. Rodrigo Gurgel: http://www.cedetonline.com.br/index.php/ementas- cursos-de-l i teratura-e-l ingua-portuguesa/114- e m e n t a - h i s t o r i a - d a - l i t e r a t u r a - o c i d e n t a l - o - m a g n u m - o p u s - d e - o t t o - m a r i a - c a r p e a u x Lista de 100 Obras de Literatura Fundamentais por Otto Maria Carpeaux: 1. Orgulho e Preconceito, Jane Austen 2. A Prima Bette, Honoré de Balzac 3. O Pai Goriot, Honoré de Balzac 4. As Flores do Mal, Charles Baudelaire 5. Os Doze, Alexandr Blok 6. A Vida é Sonho, Pedro Calderón de la Barca 7. Rimas, Luís de Camões 8. Dom Quixote, Miguel de Cervantes 9. Novelas Exemplares, Miguel de Cervantes 10. Contos de Canterburry, Geoffrey Chaucer 11. Poesias, Samuel T. Colerigde 12. Uma Oportunidade, J. Conrad 13. Coração das Trevas, J. Conrad 14. Divina Comédia, D. Alighieri 15. Casa Soturna, Charles Dickens 16. Poesias, John Donne 17. Crime e Castigo, F. Dostoievsky 18. O Idiota, F. Dostoievsky 19. Os Irmãos Karamazov, F. Dostoievsky 20. Os Possessos, F. Dostoievsky 21. Oréstia, Ésquilo 22. Tom Jones, Henry Fielding 23. Madame Bovary, Gustave Flaubert 24. Fausto, J. W. Goethe 25. Poesias Completas, J. W. Goethe 26. Almas Mortas, Nikolai Gogol 27. O Inspector Geral, Nikolai Gogol 28. Oblomov, Ivan Gontcharov 29. Tess of the d’Urbevilles, Thomas Hardy 30. A Letra Escarlate, N. Hawthorne 31. Poesias, Friedrich Hoelderlin 32. Ilíada, Homero 33. Odisséia, Homero 34. Odes, Quinto Horário 35. Brand, Henrik Ibsen 36. O Pato Selvagem, Henrik Ibsen 37. Peer Gynt, Henrik Ibsen 38. Niels Shyne, Jens Peter Jacobsen 39. Os Embaixadores, Henry James 40. Ulisses, James Joyce 41. O Processo, Franz Kafka 42. Poesias, John Keats 43. Fábulas, Jean de La Fontaine 44. Cantos, G. Leopardi 45. Obrinhas Morais, G. Leopardi 46. Mandrágora, Niccolo Machiavelli 47. Os Noivos, Alessandro Manzoni 48. Poesias Líricas, John Milton 49. Misantropo, J. B. Moliere 50. Tartufo, J. B. Moliere 51. Ensaios, Michel de Montaigne 52. Pensamentos, Blaise Pascal 53. Fortunata e Jacinta, Benito Pérez Galdós 54. Poesias, Fernando Pessoa 55. O Banquete, Platão 56. Em Busca do Tempo Perdido, Marcel Proust 57. Eugênio Onegin, A. Puchkin 58. Andrômaca, Jean Racine 59. Atalia, Jean Racine 60. Britânico, Jean Racine 61. Fedra, Jean Racine 62. Elegias de Duino, R. M. Rilke 63. Novos Poemas, R. M. Rilke 64. As Iluminações, A. Rimbaud 65. A Celestina, Fernando de Rojas 66. Memórias, Duc de Saint Simon 67. Antônio e Cleópatra, W. Shakespeare 68. Como Quiserdes, W. S. 69. Conto de Inverno, W. S. 70. Hamlet, W. S. 71. Henrique IV, W. S. 72. Macbeth, W. S. 73. Medida por Medida, W. S. 74. O Mercador de Veneza, W. S. 75. Noite de Reis, W. S. 76. Otelo, W. S. 77. Rei Lear, W. S. 78. Romeu e Julieta, W. S. 79. Sonho de uma Noite de Verão, W. S. 80. A Tempestade, W. S. 81. Antígone, Sófocles 82. Rei Édipo, Sófocles 83. A Cartuxa de Parma, Stendhal 84. Senhorita Júlia, A. Strindberg 85. Para Damasco, A. Strindberg 86. Viagens de Gulliver, Jonathan Swift 87. Anais, Cornélio Tácito 88. Contos Semi-Coloridos, Tchekhov 89. Ana Karenina, L. Tolstoi 90. Guerra e Paz, L. Tolstoi 91. Morte de Ivan Illitch, L. Tolstoi 92. História da Guerra Peloponésia, Tucídides 93. Os Encantos, Paul Valéry 94. Os Malavoglia, G. Verga 95. O Grande Testamento, F. Villon 96. Geórgicas, P. Virgílio 97. Cândido, F. M. Arout de Voltaire 98. Poesias, W. B. Yeats 99. Germinal, E. Zola 100. Tudo de Machado de Assis. A Arte da Leitura: o que é leitura ativa e os quatro níveis da leitura ativa (elementar, inspecional, analítica e sintópica) As próximas três seções dedicar-se-ão exclusivamente a resenhar conteúdos de Como Ler Livros: o guia clássico para a leitura inteligente que mais nos interessarão para a leitura de obras literárias. Nesta seção, apresentaremos os conteúdos referentes à noção de leitura ativa e aos quatro níveis de leitura, que são cumulativos. Prefaciado pelo Prof. José Monir Nasser, o livro divide-se em quatro partes: Parte 1 – As Dimensões da Leitura (págs. 25-72) Parte 2 – O Terceiro Nível da Leitura: a leitura analítica (págs. 75-195) Parte 3 – Como Ler Diversos Assuntos (págs. 199-309) Parte 4 – Os Fins Últimos da Leitura (págs. 313-347) Além disso, possui dois apêndices e um bom índice remissivo: Apêndice A – Lista de Leituras Recomendadas Apêndice B – Exercícios e Testes dos Quatro Níveis de Leitura Parte 1 As Dimensões da Leitura A primeira parte engloba 5 capítulos que definem o conceito de leitura ativa, os níveis de leitura e se explicam os dois primeiros níveis (elementar e inspecional). Ao final, conclui-se com as quatro perguntas básicas da leitura ativa e a arte de tomar posse de um livro (sublinhar, traças linhas verticais nas margens etc., até como fazer anotações). No capítulo 1, os autores delimitam o público- alvo do livro: “o público-alvo não são pessoas que desejam apenas ler, mas as pessoas que desejam crescer intelectualmente enquanto leem” (p. 25). As diversas dicas práticas que orientam a leitura de livros podem ser aplicadas a qualquer mídia impressa (jornais, revistas, panfletos, artigos, ensaios e até mesmo informes publicitários). Conceito de leitura ativa: “No que consiste a leitura ativa? Tocaremos neste assunto várias vezes ao longo do livro. Por enquanto, basta dizer que, a partir de um mesmo texto, cada pessoa lerá melhor ou pior que a outra. Isso ocorre em função do grau de atividade que cada um aplicar à leitura e, ademais, ao desempenho particular em cada ato envolvido nessa leitura. As duas coisas estão relacionadas. A leitura é uma atividade complexa, assim como a escrita, e consiste em vários atos individuais. Por sua vez, todos esses atos devem ser diligentemente desempenhados a fim de ocorrer uma boa leitura. Quanto melhor uma pessoa conseguir desempenhá-los, tanto mais estará habilitada a ler” (p. 28). No capítulo 2, passa-se à apresentação dos quatro níveis de leitura: “As diferenças entre esses níveis devem ser plenamente entendidas antes que possamos aperfeiçoar nossas habilidades de leitura” (p. 37). Os níveis são cumulativos: “Há quatro níveis de leitura. Nós os chamamos de ‘níveis’ em vez de ‘tipos’ porque estes, estritamente falando, são distintos uns dos outros, enquanto os níveis supõem que os superiores englobem os inferiores, ou seja, os níveis são cumulativos. O primeiro nível não se perde no segundo, o segundo não se perde no terceiro, e o terceiro não se perde no quarto. O quarto e último nível engloba todosos demais – ele apenas os supera, mas não os anula” (p. 37). - A leitura elementar: os quatro estágios. - A leitura inspecional: os dois tipos. - A leitura analítica: ela formula muitas perguntas. - A leitura sintópica: ela implica a leitura de muitos livros. No capítulo 3, temos a explicação dos quatro estágios da leitura elementar: - Primeiro estágio: maternal e pré-escola. - Segundo estágio: primeiro e segundo anos. - Terceiro estágio: quarto ano. - Quarto estágio: fim do Ensino Fundamental. O bom Ensino Médio: “deve, no mínimo, produzir alunos que sejam competentes em leitura analítica” (p. 48). No capítulo 4, temos a explicação dos dois tipos da leitura inspecional, mas, antes, retoma- se a ideia dos níveis como sendo cumulativos: “você não conseguirá ler no nível inspecional até que tenha dominado perfeitamente as técnicas da leitura elementar” (p. 51). Os dois tipos de leitura inspecional: 1) Pré-leitura ou sondagem sistemática. Na pré-leitura, devem ser observados: folha de rosto e prefácio, sumário, índice remissivo, contracapa e sobrecapa. Capítulos que lhe pareçam centrais ao argumento do autor. É a arte de folhear o livro. 2) Leitura superficial. Nesta leitura, deve-se ler o livro sem parar, isto é, sem se deter nos trechos mais espinhosos e sem refletir nos pontos que ainda permanecem incompreensíveis para você. Ter a visão do todo. Exemplo: ler uma peça de Shakespeare continuamente, de uma vez só. A regra vale ainda mais para obras expositivas. No capítulo 5, instrui-se o leitor a como elaborar um plano de leitura. Quatro perguntas básicas: 1) O livro fala sobre o quê? 2) O que exatamente está sendo dito, e como? 3) O livro é verdadeiro, em todo ou em parte? 4) E daí? Também, a arte de tomar posse de um livro: - Usar o lápis; - Sublinhar; - Traçar linhas verticais nas margens; - Fazer asteriscos ou outras marcas nas margens; - Inserir números nas margens; - Inserir números de outras páginas nas margens. E os três tipos de anotação: 1) Anotações estruturais (respostas à leitura inspecional). 2) Anotações conceituais (respostas à leitura analítica). 3) Anotações dialéticas (respostas à leitura sintópica). É somente com a prática que se chega à perfeição. Aprender a fazer passo a passo: você deve tornar-se um especialista em cada um dos passos. A multiplicidade de regras indica a complexidade do hábito a ser formado. Conclusão do capítulo: “Esperamos tê-lo encorajado com estas palavras. É difícil aprender a ler com eficácia. Não apenas a leitura – especialmente a leitura analítica – é algo extremamente complexo – muito mais complexo do que esquiar –, mas é também uma atividade muito mais mental. O patinador principiante tem de pensar nos passos físicos a serem dados para executar a tarefa como um todo de maneira automática. É relativamente mais fácil pensar em atos físicos e deles se conscientizar. É muito mais difícil pensar em atos mentais, exatamente o que o leitor analítico principiante terá de fazer; de certa maneira, ele tem de pensar em seus próprios pensamentos. A maioria das pessoas não está acostumada a fazer isso. Contudo é algo que pode ser aprendido e executado com perfeição” (p. 72). Observação: os capítulos 6 a 11, que formam a Parte 2 – O Terceiro Nível da Leitura: a leitura analítica (páginas 75-195), não serão resenhados, por se aplicarem especificamente à leitura de textos expositivos e não de textos imaginativos, o nosso objeto de estudo do grupo de estudos. Somente o capítulo 12 será resenhado, por se tratar dos materiais de apoio de toda leitura. O capítulo estará resenhado na terceira seção deste módulo. A Parte 4 – Os Fins Últimos da Leitura (páginas 313-347), que se dedica ao quarto nível de leitura, a sintópica, também não nos interessa no grupo de estudos e, portanto, não será resenhado. A Leitura de Literatura Imaginativa: regras da negação (como não ler), regras gerais e regras específicas por gênero literário (como ler) Os capítulos 14 e 15 da obra tratam especificamente da leitura de textos imaginativos. No 14, expõem-se algumas regras (positivas e negativas) que diferenciam a leitura dos textos imaginativos da dos textos expositivos. No 15, regras específicas por gênero literário (Sugestões para a leitura de narrativas, peças e poemas). No início do capítulo 14, os autores querem enfatizar um “paradoxo muito estranho”, o qual deveríamos levar em conta antes de entender as regras da leitura de textos imaginativos: “O problema de saber como ler literatura imaginativa é intrinsecamente muito mais difícil do que o de saber como ler livros expositivos. Ainda assim, parece que, de fato, essa habilidade é muito mais difundida do que a arte de ler ciências e filosofia, política, economia e história. Como é possível que seja assim? Talvez, é claro, as pessoas se enganem a respeito de sua capacidade de ler romances de modo inteligente. Com base em nossa experiência como educadores, sabemos como as pessoas perdem a língua na hora de apontar aquilo de que gostaram num romance. Para elas, é perfeitamente claro que gostaram do livro, mas não conseguem descrever a satisfação que sentiram nem dizer o que é que havia ali que lhes causou prazer. Isso pode indicar que as pessoas podem ser boas leitoras de ficção sem que sejam boas críticas. Suspeitamos de que isso seja, na melhor das hipóteses, uma meia verdade. Uma leitura crítica de qualquer coisa depende do quanto alguém consegue apreendê-la. Aqueles que não conseguem dizer por que gostaram de um romance provavelmente não ultrapassaram suas mais óbvias superfícies. Porém, o paradoxo vai além disso. Fundamentalmente, a literatura imaginativa mais deleita do que ensina. É muito mais fácil deleitar-se do que aprender, mas é muito difícil saber de onde veio o deleite. A beleza é mais difícil de analisar do que a verdade” (p. 211-212). Como não ler literatura imaginativa 1) Não tente resistir ao efeito que uma obra de literatura imaginativa tem sobre você. 2) Não procure termos, proposições ou argumentos na literatura imaginativa. 3) Não critique a ficção usando os critérios de verdade e coerência que são devidamente aplicados à comunicação do conhecimento. Regras gerais para a leitura de literatura imaginativa 1) Regras Estruturais; 2) Regras Interpretativas; 3) Crítica. Regras Estruturais 1) É preciso classificar uma obra de literatura imaginativa de acordo com sua espécie. 2) É preciso apreender a unidade da obra inteira. 3) Não basta apenas reduzir o todo à sua unidade mais simples, é preciso também descobrir de que modo o todo é composto de todas as suas partes. Regras Interpretativas 1) Os elementos da ficção são seus episódios e acontecimentos, seus personagens e pensamentos, falas, sentimentos e ações deles. 2) Os elementos da ficção estão relacionados pela cena ou pano de fundo total contra o qual se destacam, em primeiro plano. 3) Você se familiarizou com os personagens. Você se reuniu a eles no mundo imaginário em que vivem, deu seu consentimento às leis de sua sociedade, respirou seu ar, provou sua comida, viajou por suas estradas. Agora você tem de segui-los em suas aventuras. O enredo. Crítica “Não critique uma obra imaginativa enquanto não tiver apreciado por completo a experiência que o autor quer que você tenha” (p. 220). Capítulo 15: sugestões para a leitura de narrativas, peças e poemas. Recorda-se, no início do capítulo, das quatro perguntas que o leitor ativo e exigente deve fazer a qualquer livro: “O livro, como um todo, é sobre o quê?”; “O que está sendo dito em detalhe, e como?”; “O livro é verdadeiro, no todo ou em parte?”; “E daí?”. E, passaa aplicar essas quatro regras aos gêneros literários: Como ler narrativas A primeira orientação. Os elementos da narrativa. O que é importante. Uma nota sobre os épicos A importância de lê-los. Como ler peças teatrais A peça como uma narrativa, e a peça como representação. Conselhos vários. Uma nota sobre a tragédia As grandes tragédias. A dificuldade da tragédia grega. Dois conselhos que podem ajudar na leitura das tragédias. Como ler poesia lírica A definição de poesia. A poesia lírica. A primeira regra de leitura: ler o poema sem parar, ache você que entendeu o poema ou não. Segunda regra: leia o poema inteiro de novo – mas leia em voz alta. Após essas leituras, você poderá começar a lhe fazer perguntas: palavras-chave, conflito etc. Leitura de poemas de Shakespeare. “Praticamente qualquer pessoa conseguirá ler um poema se estiver disposta a trabalhá-lo. Qualquer coisa que você aprenda a respeito da vida e da época do autor é válida e pode ajudar. Mas um vasto conhecimento do contexto de um poema não é garantia de que o poema mesmo será compreendido. Para ser entendido, ele tem de ser lido – muitas vezes. A leitura de qualquer grande poema dura a vida inteira – não, é claro, no sentido de que ela vá durar a vida inteira, mas que, no curso de uma vida, ele merece muitas visitas” (pág. 241). Os Materiais de Apoio: o uso de dicionários, enciclopédias, resumos e comentários A leitura intrínseca e a leitura extrínseca: “Qualquer material de apoio que não faça parte do livro chamaremos de ‘extrínseco’. ‘Leitura intrínseca’ significa, portanto, o livro que estamos lendo; por consequência, ‘leitura extrínseca’ significa qualquer livro que seja lido com vistas a outro livro” (p. 177). “Portanto, o bom-senso nos diz que nenhum livro deve, nem pode, ser lido de maneira totalmente isolada” (p. 177). Mas, não se deve ler com um dicionário à mão, nem buscar o significado de um livro mediante significados e resumos. Fazer tudo que puder antes de buscar ajuda. Quatro categorias: (1) as experiências relevantes; (2) outros livros; (3) comentários e resumos; (4) obras de referência. O papel da experiência relevante Outros livros como apoios extrínsecos à leitura Como usar comentários e resumos Como usar obras de referência Como usar o dicionário Como usar uma enciclopédia Hay que aclarar, que el National Reading Panel, fue creado en 1997 por el gobierno estadounidense en colaboración con el Instituto Nacional de Salud Infantil y Desarrollo Humano con el fin de analizar y valorar los diferentes métodos de enseñanza de la lectura al alumnado estadounidense. Así, la comprensión lectora es el proceso por el que construimos el significado a través del esfuerzo de un lector que en un contexto sociocultural determinado y particular se pone en contacto con un determinado texto. A este proceso en el que se desarrolla la comprensión lectora se denomina transacción. Veamos los pasos para trabajar la comprensión lectora en nuestras aulas. En primer lugar, debemos seleccionar el texto que se va a utilizar. Tiene que ser un texto que enseñe un valor. Debe de tener un mensaje, porque cuando realmente se entiende lo leído, lo que hacemos es reconstruir el mensaje que el autor o autora quiere darnos. Además, un alto porcentaje de los vocablos utilizados debe ser de uso frecuente por parte del alumnado y sólo un pequeño número deben ser vocablos desconocidos. Más adelante veremos cómo trabajar ese pequeño número de vocablos desconocidos que irán apareciendo en nuestro texto. El segundo paso es preparar preguntas de tipo literal, interpretativo y valorativo adaptadas al curso en particular. Las preguntas literales se refieren a la recuperación de la información explícitamente planteada en el texto. Se pueden dividir en reconocimiento o recuerdo. Las preguntas deben ser relevantes para el valor o mensaje que queramos trabajar. Así, si el texto trata de lo positivo que es compartir, y esto se dice explícitamente, es decir, literalmente en el texto, un ejemplo de este tipo de pregunta literal puede ser: “¿Qué es lo que hace bien el protagonista?” La respuesta debe que estar escrita literalmente en el texto: “compartir”. Las preguntas inferenciales requieren que el estudiante use las informaciones explícitamente planteadas en el texto, pero ahora a estas deben añadir su intuición y su experiencia personal como base para realizar conjeturas o hipótesis. Las respuestas demandan pensamientos e imaginación que van más allá de la página impresa. No vienen, por tanto, indicadas claramente en el Para entrarmos em matéria, abordaremos conteúdos cognitivos que desenvolvem a atividade da leitura. Mas também podemos entender a habilidade de compreensão leitora lendo o que a área de linguística aborda sobre o assunto, como neste vídeo: h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = P - q H R b I f z T g Assista ao vídeo acompanhando o texto transcrito abaixo: En primer lugar debemos decir que el constructo llamado lectura consta de un componente de fluidez, en el que se valora la precisión, ritmo, expresividad, y otro de comprensión, que se articula en tres niveles, como son el literal, el interpretativo y un último nivel al que llamamos crítico. Un buen lector debe dominar ambos. No obstante, por razones de tiempo, en este video sólo nos ocuparemos del primer elemento, la comprensión lectora. Primero debemos conceptualizar el término comprensión lectora: Durkin, en 1993, la definió como la esencia de la lectura. Esencial, según el National Reading Panel, no sólo para el aprendizaje académico, sino para el aprendizaje de toda nuestra vida. mismo texto como si ocurría con las literales, sino que se leen entrelíneas. Hay que decir que estas preguntas inferenciales ayudan mucho más que las anteriores a mejorar la comprensión lectora y deben ser las más abundantes en niveles educativos como secundaria. Preguntas críticas o valorativas son las que requieren que el lector emita un juicio valorativo, comparando las ideas presentadas en la selección con criterios externos dados por el profesor, o dependientes de su propio sistema de valores. Deben emitir un juicio de valor, por ejemplo, “¿Qué opinas del compartir tú, es positivo?”. El tercer paso que debemos dar para trabajar la comprensión lectora es, antes de presentar el texto a nuestros alumnos, seleccionar las estrategias que vamos a poner en marcha en esa sesión de lectura. Es un trabajo previo a la presentación del texto. Según el National Reading Panel, las estrategias de comprensión son procedimientos específicos que llenan a los estudiantes y los hace conscientes de cómo están comprendiendo ese texto que están leyendo. Es muy importante que el profesor cualquiera que sea su área, entienda y comprenda las nueve estrategias que vamos a explicar ahora. La primera estrategia es la lectura anticipada, que se puede dividir en predicción o información previa. La predicción sirve para motivar hacia la lectura y enseñar al alumnado a realizar predicciones basándose en el título del texto o en las ilustraciones del mismo. Por ejemplo, si el texto se titula “Las alas sirven para volar”, el profesor intentará que los alumnos realicen hipótesis sobre el contenido del libro, del texto según ese título. ¿Qué serán las alas? ¿Será una metáfora, hablaremos de alas de verdad? Ya sabemos que sirven para volar. ¿Qué nos va a intentar enseñar este texto? El segundo tipo de lectura anticipada era la información previa. El educador anticipa información sobre lo que va a tratar el texto. Por ejemplo, “El texto que vais a leer hoy trata de la injusticia que se produce en tal
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