Buscar

DIREITO CPP II 7º SEMESTRE 2017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 1 de 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARA MELHOR REDAÇÃO, ACONSELHO 
REESCREVER OS CASOS PARA ASSIMILAÇÃO E 
INTERPRETAÇÃO ADEQUANDO A RESPOSTA 
QUESTIONADA. 
 
RECURSOS EM ESPECIE 
EMENDATIO LIBELLI E MUTATIO LIBELLI 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 2 de 30 
 
PLANO DE AULA - 1 PRINCIPIOS DO PROCESSO PENAL 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em 
residências agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um 
suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e 
tortura físico-psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por 
admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado 
mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da 
pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um 
comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no 
inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu 
os meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que mais a agrediu, 
apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo 
cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados 
impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução 
criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a 
questão, fundamentadamente, com referência necessária aos 
princípios constitucionais pertinentes. 
RESPOSTA 
1ª - A questão é controvertida na doutrina pátria. Alguns bons 
processualistas defendem a aplicação do PRINCIPIO DA 
PROPORCIONALIDADE e PRINCIPIO DA RAZOABILIDADE do bem 
jurídico em confronto: a segurança pública e a paz social de um lado e do 
outro lado o ius libertatis da pessoa do infrator. Para os adeptos dessa 
corrente, aproveita-se a prova derivada de uma outra contaminada de 
ilicitude na origem. 
2ª - Uma segunda corrente defende a admissibilidade da prova 
subsequente, se independente daquela de origem ilícita. Seria a hipótese 
do caso concreto, em que a vítima do roubo fez reconhecimento pessoal 
dos meliantes na delegacia. 
3ª - Um terceiro posicionamento vem sendo adotado pelo Supremo 
Tribunal Federal (STF), inadmitindo, de forma absoluta, a prova ilícita quer 
originária quer por derivação. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (OAB FGV 2010.2) 
Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causandolhe sérias lesões no 
ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a 
prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que 
presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também 
presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que 
Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a 
faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram 
nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a 
condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa 
pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de 
prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim 
agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a 
afirmativa correta. 
a) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não 
se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
b) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz 
não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o 
réu. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 3 de 30 
c) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o 
juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
d) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a 
sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance 
para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada. 
 
PLANO DE AULA - 2 TESTEMUNHAS 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém 
por conta própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com 
intuito de lucro. No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de 
programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos sexuais 
mediante o pagamento de entrada no valor de R$ 100,00 no 
estabelecimento, e o valor de R$ 500,00 para a atendente. Maria, 
efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi imputada a conduta 
descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José 
Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que 
trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se: 
RESPOSTA A 
Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de 
cometer o crime do art. 342 do CP? 
NÃO. Com base no art. 207 do CPP: São proibidas de depor as pessoas 
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar 
segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o 
seu testemunho. 
Marcellus Polastri (2010) bem explica a diferença entre estes institutos: 
a) Função: é o exercício de atividade por força de lei, decisão judicial ou 
convenção, a exemplo do funcionário público, do tutor, dentre outros. 
b) Ministério: é a atividade decorrente de condição individual ligada à 
religião, a exemplo dos padres, irmãs de caridade, pastores, dentre 
outros. 
c) Ofício: é a atividade de prestar serviços manuais, a exemplo do 
eletricista, bombeiro, etc; 
d) Profissão: é qualquer atividade desenvolvida com fim lucrativo, como 
ocorre com os engenheiros, médicos e advogados. 
RESPOSTA B 
A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida? 
NÃO. A não observância ao aludido preceito legal, além de tornar a prova 
testemunhal ilegal, implica em sanções penais de violação do sigilo 
profissional previstas no Art. 154, do CP. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (Ministério Público BA/2010) 
À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que: 
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que 
tenham desaparecidos os vestígios do crime; 
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de 
Direito, fundado no exame das provas em conjunto; 
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a 
mantenham ou modifiquem; 
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, 
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste caso, 
porém, não deverão prestar compromisso legal; 
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 4 de 30 
 
PLANO DE AULA - 3 EMENDATIO LIBELLI E MUTATIO LIBELLI 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído 
o aparelho de telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 
23, pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso 
II do CP (furto qualificado pela destreza). No entanto, ao longo da 
instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo 
depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se 
que Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da 
vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim sendo, 
diante das provas colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou 
sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, 
a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da 
ausência de antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 
do CP. Pergunta-se: 
RESPOSTA A 
Agiu corretamente o magistrado? 
NÃO. Trata-se de Mutatio Libelli, uma vez que a denúncia trouxe de 
terminados fatos, os quais foram objetos de ataque da defesa. No final da 
instrução probatória se verifica a mudança da narrativa ao qual o defensor 
não teve oportunidade de se manifestar. Logo, considerando que o réu se 
defende dos fatos, seria necessária a formação de novo contraditório, 
conforme disposto no art. 384 do CPP”. 
RESPOSTA B 
Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso. 
O mutattio libelli exige a emenda da denúncia e a abertura de prazo de 5 
dias para manifestação da defesa/MP, para que, querendo, requeira 
novas provas e depoimentos pessoais. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (Magistratura/PR-2008) 
Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta: 
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual 
sem julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São 
exemplos desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de 
prisão preventiva; 
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias 
simples, pois as primeiras servem para solucionar questões controvertidas e que digam 
respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual. Enquanto 
que as decisões interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o 
meritum causae; 
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser 
considerada decisão interlocutória mista; 
d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão 
controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a 
relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus 
em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum 
causae. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele abordou a vítima e, 
após desferir-lhe um empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava. Nesse caso: 
(a) O juiz não poderá condenar o réu pelo roubo, por ser a pena desse crime mais grave 
que a do furto; 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 5 de 30 
(b) Como o fato foi classificado erroneamente, o juiz poderá condenar o réu por roubo, 
devendo, antes, proceder ao seu interrogatório; 
(c) O juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela 
praticado do roubo; 
(d) O juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da 
denúncia, dando ao Ministério Público e à Defesa oportunidade para se 
manifestarem e arrolarem testemunhas. 
 
PLANO DE AULA - 4 CITAÇÃO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do 
Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se 
evadirem do local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi 
alcançado pela polícia e preso em flagrante e encontrasse preso no 
Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram 
escapar. Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e 
Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. Ao receber a 
denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, 
determinou, diante da situação descrita, que fosse realizada a citação 
por edital, de acordo com o art. 363, §1º, CPP dos três acusados. Foi 
correta a decisão do magistrado? Justifique sua resposta. 
RESPOSTA 
NÃO. No caso Luizinho encontra-se preso este (possui local certo e 
determinado), conforme Art. 360 do CPP (CITAÇÃO PESSOAL); 
No caso de Huguinho se oculta para não ser encontrado este será 
(CITAÇÃO COM HORA CERTA), conforme Art. 362 do CCP. 
No caso de Zezinho por estar em local incerto e desconhecido, será por 
(CITAÇÃO POR EDITAL), conforme Art 363, §1º do CCP. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (OAB-RJ 32º Exame) 
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta: 
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado por hora 
certa, na forma estabelecida no Código de Processo Civil; 
b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta 
ou qualquer meio hábil de comunicação; 
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão 
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional; 
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente 
para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado; 
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, respeitando 
assim à hierarquia militar bem como a inviolabilidade do quartel. 
 
PLANO DE AULA - 5 ORDEM DAS TESTEMUNHAS 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 
do CP pois, em tese, teria constrangido Lucilha, mediante emprego de 
arma de fogo, a manter com ele relações sexuais. O Juiz designou 
Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente 
Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as 
testemunhas arroladas pelo MP ainda não tinham chegado ao Fórum. 
Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais testemunhas da acusação 
e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Pergunta-se: Você, Defensor 
Público, argüiria qual tese defensiva em favor do seu assistido 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 6 de 30 
Marcílio? 
RESPOSTA 
NULIDADE RELATIVA, por inversão da ordem das testemunhas, por 
contrariar o PRINCIPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, conforme 
noticiado no Informativo 485 do STJ, “após aprofundado estudo dos 
institutos de DPP aplicáveis à espécie, o STJ sedimentou entendimento 
no sentido de que a INOBSERVÂNCIA do modelo legal de inquirição 
das testemunhas constituiria nulidade relativa, sendo necessário para o 
reconhecimento do vício, arguição em momento oportuno e comprovação 
de efetivo prejuízo”. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (OAB-FGV) 
Em processosujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a 
absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de 
absolvição sumária, designa audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das 
testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, 
o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data 
para que sejam inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
a) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa pode ser 
feita até o encerramento da prova de acusação. 
b) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una causa 
nulidade absoluta. 
c) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente 
ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar demonstrado que a 
necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados na 
instrução. 
d) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da defesa 
não ter sido feita no momento correto, em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz 
deve indeferir diligências requeridas pela defesa. 
 
PLANO DE AULA - 6 CITAÇÃO LEI 9.099/95 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de 
esquerda (pista de ultrapassagem), sendo certo que a sua frente estava o 
carro de Felizberto, septuagenário, que dirigia a aproximadamente 50 
Km/h, o que impedia, na ocasião, Semprônio de fazer a ultrapassagem. 
Quando Felizberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio 
desceu de seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do 
carro do idoso. Uma viatura da PM que passava pelo local autuou 
Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado termo 
circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que ocorrera 
crime do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de transação 
penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da recusa, 
ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que Semprônio ocultou-se 
para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de 
justiça a proceder à citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. 
Pergunta-se: Agiu corretamente o Magistrado no caso em 
conformidade com o procedimento sumaríssimo? 
RESPOSTA 
NÃO. Nos termos do art. 66 da Lei 9.099/95, havendo ação penal na 
esfera dos JEC, AS CITAÇÕES SERÃO REALIZADAS DE FORMA 
PESSOAL, não se admitindo a citação por hora certa. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 7 de 30 
 
QUESTÃO OBJETIVA (OAB-SC 2007.1) 
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes assertivas: 
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja 
superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for igual ou 
inferior a 1 (um) ano. 
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, admite-se a suspensão 
condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais 
grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano. 
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no 
Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 
a 4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão do processo não lhes são aplicáveis. 
Quais estão corretas? 
a) I; 
b) I e II; 
c) III; 
d) I e III; 
e) II e III 
 
PLANO DE AULA - 7 PERICIA DE PROVAS 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está 
respondendo a processo criminal como incurso nas penas do art. 33 da lei 
11.343/06 pois, em tese, seria o responsável pela distribuição de cocaína 
em um conhecido bar em Copacabana. Realizada a AIJ, na forma do art. 
56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa 
pugnou pela nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o 
laudo definitivo de constatação da substância entorpecente também havia 
funcionado na elaboração do laudo prévio. Pergunta-se: Assiste razão a 
defesa de Juninho Boca? 
RESPOSTA 
NÃO. Conforme o Art.50, §2º da lei 11.343/06, pois o perito que 
subscrever o laudo prévio não ficará impedido de participar da elaboração 
do laudo definitivo. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (OAB-SP 116/23) 
Sobre os crimes da Lei de Drogas (Lei 11.343/06), assinale a opção INCORRETA: 
a) Aplica-se, subsidiariamente, as disposições do CPP e da LEP; 
b) Em caso de crime de porte de drogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em 
flagrante, devendo o autor do fato ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal; 
c) É vedada a transação penal para aquele que oferece droga, eventualmente e sem 
objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem; 
d) O inquérito policial, no caso de crime de tráfico de drogas, será concluído no prazo de 
30 dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando estiver solto; 
e) Todas as alternativas estão incorretas. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 (OAB-SP 131) 
Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 
11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35, caput da Lei nº 11.343/2006), em concurso 
material. Quando da realização da audiência de instrução e julgamento, o advogado de defesa 
pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de defesa, 
como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada pela Lei nº 
11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular indeferiu a inversão do 
interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 8 de 30 
a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse caso: 
a) O juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo com o Código 
de Processo Penal, é o último ato a ser realizado. 
b) O juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da 
especialidade, deve ser o primeiro ato da instrução nas ações penais instauradas 
para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas. 
c) O juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, devendo ser 
automaticamente reconhecida a nulidade em razão da adoção de procedimento 
incorreto. 
d) O juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento adotado, não há 
uma ordem a ser seguida em relação ao momento da realização do interrogatório do 
acusado. 
e) O juiz não agiu corretamente, pois indeferiu a inversão da ordem do interrogatório sem 
a manifestação do membro do Ministério do Público. 
 
PLANO DE AULA - 8 DESCLASSIFICAÇÃO DE CRIME 
CASO CONCRETO 1 (OAB – adaptada) 
QUESTÃO 
Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista 
extremamente qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua 
namorada, no banco do carona. Durante o trajeto, o casal começa a 
discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima 
velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena pede 
insistentementepara Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela 
velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, 
respondeu aos pedidos dizendo ser perito em direção e refutando 
qualquer possibilidade de perder o controle do carro. Todavia, o 
automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, 
acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas que estavam na 
calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que 
constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que 
relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi 
denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na 
modalidade de dolo eventual, três vezes em concurso formal. Realizada 
Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério 
Público pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. 
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, 
responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: 
RESPOSTA A 
Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu 
constituinte? 
Incompetência do juízo, pois Caio praticou homicídio culposo, já que 
agiu com culpa consciente, na medida em que, embora tenha presumido 
o resultado, acreditou que o fato não ocorreria em razão de sua perícia. 
RESPOSTA B 
Qual pedido deveria ser realizado? 
O pedido realizado seria o de DESCLASSIFICAÇÃO SERIA PARA 
HOMICÍDIO CULPOSO DE TRÂNSITO - Art. 302 DO (CTB) e, 
consequentemente, remessa dos autos para o juízo competente, 
conforme previsão do art. 419 do Código de Processo Penal. 
RESPOSTA C 
Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a 
quem a peça de interposição deveria ser dirigida? 
O recurso a ser interposto seria o RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
(RESE), previsto no art. 581, IV do Código de Processo Penal. A peça de 
interposição deveria ser endereçada ao juiz de direito da vara criminal 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 9 de 30 
vinculada ao tribunal do júri, prolator a decisão atacada. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (OAB 2010.2) 
Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri. 
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo das 
votações, a soberania dos veredictos e a competência exclusiva para julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida; 
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência 
material do fato criminoso e de indícios suficientes de autoria) é de decisão 
interlocutória mista não terminativa; 
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas fases: 
judicium causae e judicium accusacionis. O judicium accusacionis se inicia com a 
intimação das partes para indicação das provas que pretendem produzir e tem fim com 
o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri; 
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro espécies 
de decisão, a saber: pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e condenação. 
 
PLANO DE AULA - 9 TRIBUNAL DO JURI 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado. 
Após o julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o 
jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no 
mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo 
qual Antônio foi condenado. Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser 
apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso 
interposto? Justifique a sua resposta: 
RESPOSTA 
A defesa poderá arguir a NULIDADE DO JULGAMENTO, com base no 
verbete 206 da sumula do STF, porque um dos jurados que havia 
participado do primeiro julgamento, também participou do segundo, 
restando violado o artigo 449,I do CPP. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (Magistratura/RS/2009) 
Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, assinale a assertiva 
CORRETA: 
a) Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram o acusado por homicídio 
doloso qualificado. Ao proferir a sentença condenatória e fixar a pena, o magistrado não 
poderá reconhecer as agravantes que não foram objeto dos quesitos; 
b) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção religiosa, 
filosófica ou política; 
c) Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e às testemunhas, sem a 
intermediação do Juiz Presidente do Tribunal do Júri; 
d) Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio consumado e tráfico de 
entorpecentes, após terem os jurados afastado o dolo direto e o dolo eventual, na 
votação dos quesitos acerca do homicídio consumado, serão questionados sobre o 
delito conexo de tráfico de entorpecentes; 
e) Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos jurados é vedado, mesmo por 
intermédio do juiz-presidente, pedir ao promotor de justiça que indique a folha do 
processo onde se encontra o depoimento da testemunha a que está fazendo referência 
em seu pedido de condenação. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 10 de 30 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (art. 581/592, CPP). 
 
1. Conceito: É o recurso mediante o qual se procede ao reexame de uma decisão nas 
matérias especificadas em lei, possibilitando ao próprio juiz recorrido uma nova apreciação da 
questão, antes da remessa dos autos à segunda instância. 
 
2. Competência para o julgamento: O recurso deve ser endereçado ao Tribunal competente 
para apreciá-lo, mas a interposição far-se-á perante o juiz recorrido, para que este possa rever 
sua decisão (juízo de retratação). 
 
3. Prazos: O prazo será de cinco dias, a partir da intimação da decisão (art. 586, CPP). No 
caso do inciso XIV, será de vinte dias, a contar da publicação da lista geral de jurados (CPP, 
art. 586, caput e seu § único). 
 
4. Hipóteses de Cabimento: O recurso em sentido estrito cabe nas hipóteses previstas no art. 
581, do Código de Processo Penal. Assim, caberá recurso em sentido estrito da decisão, 
despacho ou sentença: 
 
I) que rejeitar a denúncia ou queixa. Cuida-se da hipótese de recurso contra decisão 
interlocutória mista terminativa ou, simplesmente, sentença terminativa. Na situação inversa, ou 
seja, de recebimento da denúncia ou queixa, é incabível esse recurso, podendo o acusado 
valer-se do habeas corpus. 
 
Exceções: Em se tratando de decisão que rejeita denúncia ou queixa que capitula infração de 
competência do Juizado Especial Criminal, será também cabível apelação para a Turma 
Recursal (art. 82, caput, da Lei nº 9.099/95). 
 
II) que concluir pela incompetência do juízo. Trata-se da decisão pela qual o julgador 
reconhece espontaneamente (ex officio) sua incompetência para julgar o feito, sem que tenha 
havido oposição de exceção pelas partes (procedimento incidental), pois, nesta última 
hipótese, o recurso terá fundamento no inciso III. 
 
Obs: Havendo desclassificação na fase da pronúncia (art. 419) em crimes de competência do 
júri, cabível a interposição do recurso com fulcro neste inciso. 
 
III) que julgar procedente exceção, salvo a de suspeição. O art. 95, do CPP, enumera as 
cinco exceçõesoponíveis, a saber: suspeição, incompetência do juízo, litispendência, 
ilegitimidade de parte e coisa julgada. 
 
IV) que pronunciar o réu. No primeiro caso, temos uma decisão interlocutória mista não 
terminativa, que encerra uma fase do procedimento, sem julgar o mérito, isto é, sem declarar o 
réu culpado. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 11 de 30 
V) que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir 
requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar 
a prisão em flagrante. A concessão da fiança, medida de contra-cautela, é regulada pelos 
arts. 322 e seguintes, do CPP.A decisão pela qual o juiz confirma a fiança arbitrada pela 
autoridade policial equivale à de arbitramento pelo magistrado, sendo cabível o recurso em 
sentido estrito. As partes podem insurgir-se contra a decisão ainda que para discutir somente o 
valor da fiança exigida, quando o reputem insuficiente ou exagerado. 
 
O recurso pode ser tirado, também, da decisão que conceder a liberdade provisória ou relaxar 
prisão em flagrante. 
 
Obs : a decisão que decreta a prisão preventiva, ou aquela que indefere pedido de 
relaxamento do flagrante, bem assim a decisão que não concede a liberdade provisória, são 
irrecorríveis, podendo ser objeto de impugnação por via de habeas corpus. 
 
VII) que julgar quebrada a fiança ou perdido se valor. Considera-se quebrada a fiança nas 
seguintes hipóteses dos arts. 327, 328, 341, 344 do CPP. Decretada a quebra da fiança ou o 
perdimento de seu valor, caberá recurso em sentido estrito. 
 
VIII) que decretar a prescrição ou julgar por outro modo, extinta a punibilidade. 
Reconhecida a existência de qualquer causa extintiva da punibilidade, é cabível o recurso em 
sentido estrito. Ver art. 397, IV, CPP 
 
Obs: As decisões proferidas em sede de execução, no entanto, são impugnáveis por via de 
agravo (art. 197, da LEP). 
 
IX) que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva 
da punibilidade. Passível de impugnação por via do recurso em sentido estrito a decisão que 
desacolhe requerimento de reconhecimento de causa extintiva da punibilidade. 
 
X) que conceder ou negar a ordem de habeas corpus. Proferida a sentença em habeas 
corpus pelo juiz de primeiro grau, poderá ser interposto recurso em sentido estrito. 
 
Obs: A decisão concessiva da ordem, além de impugnável pelo recurso voluntário, está sujeita 
ao duplo grau de jurisdição obrigatório (recurso de ofício), nos termos do disposto no art. 574, 
inciso I, do CPP. 
 
XI) que conceder, negar ou revogar a suspensão da pena (art. 77, CP) 
 
XIII) que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte. A decisão pela 
qual o juiz declara nulo o processo, no todo ou em parte, é enfrentada pelo recurso em sentido 
estrito (art. 564 e segs. CPP). 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 12 de 30 
XIV) que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir. Anualmente, é organizada a lista 
geral de jurados, que se publicará em novembro e poderá ser alterada de ofício ou por 
reclamação de qualquer do povo, até a publicação da lista definitiva, que ocorre no dia 10 de 
novembro de cada ano (art. 426, § 1º, CPP). A lista definitiva pode, então, ser impugnada por 
via de recurso em sentido estrito, no prazo de 20 dias, dirigido ao presidente do Tribunal de 
Justiça. 
 
Obs: Podem recorrer o Ministério Público e qualquer do povo que tenha interesse, em geral o 
jurado excluído ou incluído na lista (art. 426, CPP). 
 
XV) que denegar a apelação ou a julgar deserta. Cabível o recurso em sentido estrito da 
decisão que, por qualquer motivo, nega seguimento à apelação. Trata-se de decisão por meio 
da qual o magistrado realiza juízo de admissibilidade do recurso. 
 
Obs: Cuida-se de exceção à regra segundo a qual é cabível a carta testemunhável como meio 
de impugnar decisão que nega seguimento a recurso. Assim, se o juiz não recebe o recurso 
em sentido estrito interposto contra a decisão que negou seguimento à apelação, poderá a 
parte valer-se da carta testemunhável. 
 
XVI) que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial. 
Questões prejudiciais são as matérias que devem ser apreciadas pelo juiz antes de julgar a lide 
principal, relativas a um elemento constitutivo do crime e que subordinam, necessariamente, a 
decisão da causa. Em tais casos, há relação de dependência lógica entre a questão prejudicial 
e a questão principal (ou prejudicada). 
 
XVIII) que decidir o incidente de falsidade (art. 145, CPP). O dispositivo refere-se à decisão 
proferida no processo incidente instaurado a pedido de alguma das 
partes para constatar a autenticidade de documento que se suspeita falso. 
 
Obs: Os incisos XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII foram “derrogados” pela Lei de 
Execução Penal (Lei nº 7.210/84) 
 
5. Efeitos: O recurso em sentido estrito provoca, em regra, provoca o efeito devolutivo, isto é, 
a devolução do julgamento da matéria ao segundo grau de jurisdição, e o efeito regressivo 
(iterativo ou diferido), que consiste na possibilidade de o próprio juiz reapreciar a decisão 
recorrida (juízo de retratação). 
 
 Obs: A regra é a da não-produção do efeito suspensivo, sendo cabível apenas nas hipóteses 
elencadas no art. 584, CPP. 
 
Obs: O recurso da decisão de pronúncia suspenderá o julgamento pelo Tribunal do Júri(§ 2°, 
art. 584 do CPP) . Caso exista posterior interposição de recursos especial(STJ) e 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 13 de 30 
extraordinário(STF), atentar para o fato de que tais instrumentos não possuem efeito 
suspensivo automático, sendo necessária medida cautelar para este fim. 
 
3. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (art. 619/620, CPP) 
 
1. Conceito: é o recurso dirigido ao órgão prolator da decisão, quando nela houver 
ambigüidade, obscuridade, contradição ou omissão; cabível tanto da decisão de 1° grau 
(embarguinhos – art. 382, CPP), hipótese em que serão dirigidos ao juiz, como de decisões de 
órgãos colegiados (2° grau- art. 619, CPP), caso em que serão dirigidos ao relator do acórdão. 
 
2. Natureza jurídica: parte da doutrina afirma, acertadamente, que têm natureza recursal, já 
que nada mais são do que meio voluntário de pedir a reparação de um gravame decorrente de 
obscuridade, ambiguidade, omissão ou contradição do julgado; 
 
Por outro lado, argumenta-se que não possuem caráter infringente (não ensejam a modificação 
substancial da decisão), pois se destinam a esclarecimentos ou pequenas correções, daí não 
constituírem recurso, porém meio de integração da sentença ou acórdão. 
 
3. Hipóteses de cabimento: se a decisão for obscura (quando não clara, não compreensível), 
ambígua (se uma parte da sentença permitir duas ou mais interpretações, deforma a não se 
entender qual a intenção do magistrado), omissa (quando o julgador silencia sobre matéria 
que deveria apreciar) ou contraditória (se alguma das proposições nela insertas não se 
harmoniza com outra). 
Obs: No caso da Lei nº 9.099/95, os pressupostos são os seguintes: obscuridade, omissão, 
contradição e dúvida (ao invés de ambiguidade). 
 
4 . Legitimidade: o acusado, o MP ou querelante e o assistente de acusação. 
 
5. Prazo para oposição: 2 dias, contados da intimação, perante o próprio juiz prolator da 
sentença (art. 382), ou no caso dos Tribunais (art. 619); 05 dias (Juizado Especial Criminal - 
art. 83, § 1º, da Lei nº 9.099/95) (STF e STJ Regimentos Internos). 
 
6. Efeitos: opostos os embargos, os prazos restam interrompidos(art. 538 CPC aplicação 
analógica); 
 
4. EMBARGOS INFRINGENTES (matéria de mérito) E DE NULIDADE (matéria processual) 
- Art. 609, Parágrafo Único, do CPP 
 
1. Conceito: são recursos exclusivos da defesa e oponíveis contra a decisão (em apelação e 
RESE) não unânime de órgão de 2ª instância que causar algum gravame ao acusado 
(desfavorável ao réu). 
 
2. Prazo: 10 dias, da publicação . 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 14 de 30 
3. Hipóteses de Cabimento 
a) somente contra decisão de 2ª Instância; 
b) Decisão proferida em Apelação, Recurso em Sentido Estrito ou Agravo em Execução. Não 
cabe embargos em decisão que julga revisão criminal; 
c) Decisão não unânime; 
d)Desfavorável ao réu; 
e) Um voto vencido em favor do réu. 
 
4. Extensão dos Embargos: Os embargos não podem extrapolar os limites do voto vencido. 
Se o voto vencido é parcial, a pretensão deduzida nos embargos estará limitada aos termos do 
voto vencido. 
 
5. Características: é um recurso exclusivo do réu. Tanto o réu quanto o seu defensor podem 
interpô-lo; 
1. o recurso deve vir acompanhado das razões; 
2. permite a retratação; 
3. havendo empate, prevalece a decisão mais favorável ao réu; 
4. tem efeito suspensivo; 
 
7. CARTA TESTEMUNHÁVEL (art. 639, CPP) 
 
1. Conceito: é instrumento que visa promover o andamento de outro recurso que não foi 
recebido ou que foi paralisado. Ex. Recurso em sentido, agravo em execução. É um recurso 
subsidiário. Visa dar andamento a um outro recurso. 
 
2. Natureza jurídica: apesar do CPP haver tratado da carta testemunhável no título destinado 
aos recursos, prevalece o entendimento segundo o qual é mero remédio ou instrumento para 
conhecimento de outro recurso. 
 
3. Hipóteses de cabimento (art. 639, CPP): 
I - da decisão que não receber o recurso na fase do juízo de admissibilidade; 
II - da decisão que admitido o recurso, obstar à sua expedição e seguimento ao juízo ―ad 
quem‖. 
 
4. Aspectos Procedimentais: 
É um recurso dirigido ao escrivão ou diretor do cartório. Prazo - 48 horas (conta-se minuto a 
minuto). Na prática, conta-se 2 dias. Não tem efeito suspensivo (art. 646, CPP). O escrivão 
elabora um instrumento. Em seguida vem as razões e as contra-razões. Ato seguinte, os autos 
vão ao juiz, que pode retratar-se. Se não se retratar, o recurso sobe ao Tribunal. Se a carta 
estiver bem instruída, o Tribunal pode julgar a Carta Testemunhável e o Recurso que estava 
paralisado (art. 644, CPP). 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 15 de 30 
 
5. Exceções: das decisões que denegam seguimento aos seguintes recursos caberá: 
a) Denegação da apelação: cabe recurso em sentido estrito (art. 581, XV, CPP) 
b) ―do Rec. Especial e Extraordinário: cabe agravo de instrumento (art. 28, Lei n. 8038/90) 
 
6. Prazo: 48 horas. 
 
5. HABEAS CORPUS ( art. 5°, inc. LXVIII da CF/ art. 647 e segs. CPP). 
 
1. Conceito: É o instrumento que tem por finalidade evitar ou fazer cessar a violência ou a 
coação à liberdade de locomoção decorrente de ilegalidade ou abuso de poder (liberdade de ir 
e vir). 
 
2. Natureza jurídica: Trata-se de uma ação penal popular (embora esteja previsto como 
recurso no CPP) com assento constitucional, voltada à tutela da liberdade de locomoção, 
sempre que ocorrer qualquer dos casos elencados no art. 648, do CPP. 
 
3. Espécies: O HC apresenta-se em duas modalidades distintas: liberatório e preventivo. 
 
a) Liberatório, corretivo ou repressivo: é aquele que destina-se a afastar constrangimento 
ilegal à liberdade de locomoção já efetivado, ou seja, o paciente encontra-se segregado, preso, 
recolhido à prisão. 
 
b) Preventivo: destina-se a afastar uma ameaça à liberdade de locomoção, ou seja, o paciente 
encontra-se livre, porém, na iminência de ter a sua liberdade segregada. Nesta hipótese, no 
caso de concessão da ordem deve ser expedido salvo-conduto. 
 
4. Paciente: é a pessoa natural que está sofrendo ou na iminência de sofrer restrição a sua 
liberdade de locomoção em face da coação ilegal. Essa pessoa denomina-se paciente. 
 
Obs: em se tratando de crimes contra o meio ambiente (Lei nº 9605/98), caso em que a pessoa 
jurídica poderá figurar no polo passivo da ação penal, poderá ser impetrado HC para fins de 
trancamento da ação penal, sendo, portanto, correto o pedido . (HC 92921 BA – Min. Rel. 
Ricardo Lewandowski) 
 
5. Legitimidade ativa (Impetrante): Pode ser impetrado por qualquer pessoa, 
independentemente de habilitação legal ou representação de advogado. A parte que interpõe o 
pedido denomina-se impetrante. Não há necessidade de procuração. 
 
6. Legitimidade passiva (autoridade coatora): é aquela que determinou o ato caracterizador 
do abuso ou da ilegalidade. Ou seja, autoridade coatora é aquele de quem emanou a ordem 
(ex. juiz que decretou a prisão preventiva) 
 
7. Hipóteses de Cabimento: As hipóteses de cabimento do HC encontram-se enumeradas no 
art. 648, do CPP, senão vejamos: 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 16 de 30 
 
a) Quando não houver justa causa (inciso I): A hipótese trata da falta de justa causa para a 
prisão, para o inquérito e para o processo. Só há justa causa para a prisão no caso de flagrante 
delito ou de ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. 
 
b) Quando alguém estiver preso por mais tempo do que a lei determina (inciso II): a hipótese 
cuida do excesso nas prisões provisórias, e/ou referentes ao prazo para o encerramento da 
instrução criminal que, em regra, é de 105 dias no procedimento comum ordinário. 
 
Obs: Tratando-se de crime da competência do Júri, pronunciado o réu, fica superada a 
alegação de constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução (Súmula 21 do 
STJ). 
 
Obs: Finalmente, não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução 
provocado pela defesa (Súmula 64 do STJ). 
 
c) Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo (inciso III): só pode 
determinar a prisão, a autoridade judiciária dotada de competênciamaterial e territorial, salvo 
caso de prisão em flagrante. Ex. prisão alimentícia decretada por Juiz criminal, ou vice-versa. 
 
d) Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação (inciso IV): por exemplo, 
sentenciado que já cumpriu sua pena, mas continua preso. 
 
e) Quando não se admitir a fiança, nos casos em que a lei a prevê (inciso V): as hipóteses em 
que a lei prevê a fiança (arts. 323, 324 e 335, do CPP). 
 
f) Quando o processo for manifestamente nulo (inciso VI): a nulidade pode decorrer de 
qualquer causa, como falta de condição de procedibilidade (representação nos crimes de ação 
penal pública condicionada), ilegitimidade ad causam (ofendido propõe a ação penal pública 
ou vice-versa) ou processual (menor de 18 anos propõe ação penal privada), incompetência do 
juízo, ausência de citação ou de concessão de prazo para a defesa prévia, alegações finais 
etc. 
 
g) Quando já estiver extinta a punibilidade do agente (inciso VII): as causas extintivas da 
punibilidade estão enumeradas no art. 107, do CP. Se anterior à ação penal, a denúncia ou 
queixa não pode se recebida (CPP, art. 43, II). 
 
8. Inadmissibilidade: É inadmissível a impetração de HC nos seguintes casos: 
a) No caso de transgressão disciplinar militar (CF, art. 142, § 2º). 
b) Visando exame aprofundado e valoração de provas. 
Ex. requerer a absolvição de um crime após sentença penal condenatória; 
c) para discutir pena de multa 
d) durante o estado de sítio (CF, arts. 138, caput, e 139, I e II). 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 17 de 30 
 
9. Legitimidade Passiva e Competência: Trata-se do coator. Normalmente é uma autoridade. 
Mas também é cabível contra particular. Ex: quando um hospital prende o paciente por não 
pagar a dívida pela internação. 
a) habeas corpus contra autoridade policial - é julgado por juiz; 
b) habeas corpus contra particular - é julgado por juiz; 
c) habeas corpus contra Juiz - é julgado pelo Tribunal de Justiça; 
d) habeas corpus contra Promotor - é julgado pelo Tribunal de Justiça; 
e) habeas corpus contra ato isolado de Desembargador - é julgado pelo STJ; 
f) habeas corpus contra ato do Ministro do STJ – é julgado pelo Ministro do STF 
 
11. Efeitos: 
a) a concessão de HC liberatório implica seja o paciente posto em liberdade, salvo se outro 
motivo deva ser mantido na prisão (art. 600, § 1º); 
b) se a ordem de HC for concedida para evitar ameaça de violência ou coação ilegal, será 
expedida ordem de salvo-conduto (licença escrita para transitar livremente) em favor do 
paciente; 
c) se a ordem for concedida para anular o processo, este será renovado a partir do momento e 
que se verificou a eiva (CPP, art. 652); 
d) quando a ordem for concedida para trancar inquérito policial ou ação penal, esta impedirá 
seu curso normal; 
e) a decisão favorável do HC pode ser estendida (efeito extensivo) a outros interessados que 
se encontrem na situação idêntica à do paciente beneficiado (art. 580, do CPP, aplicável por 
analogia). 
 
12. Recursos 
a) cabe recurso em sentido estrito da decisão do juiz que conceder ou negar a ordem de 
habeas corpus (CPP, art. 581, X); 
b) cabe recurso oficial da concessão — reexame obrigatório (CPP, art. 574, I). 
 
8. REVISÃO CRIMINAL (art. 621, CPP) 
 
1. Conceito: é instrumento processual exclusivo da defesa que visa rescindir uma sentença 
penal condenatória transitada em julgado. 
 
2. Natureza jurídica: Trata-se de ação de impugnação, prevalecendo o entendimento segundo 
o qual tem ela a natureza de ação penal de conhecimento de caráter desconstitutivo; ela é 
ação contra sentença, pois desencadeia nova relação jurídica processual. Assim, seja ela 
ação penal constitutiva ou recurso especial-misto, o importante é a análise da questão de 
fundo, a razão e a sua verdadeira natureza, visando o asseguramento amplo do exercício de 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 18 de 30 
acesso à justiça, como um remédio heróico para sanar prejuízos e reaver injustiças, como o 
habeas corpus, sua finalidade é corrigir a prestação jurisdicional, erros, decisões ou prisões 
ilegais, sujeitando o Estado à responsabilidade objetiva. 
 
3. Finalidade: corrigir uma injustiça e restabelecer o status libertatis e o status dignitatis. 
 
4. Pressupostos: 
1. existência de sentença condenatória. A sentença absolutória imprópria também admite, 
pois fixa medida de segurança. Não importa a infração cometida e nem o procedimento. Não 
cabe revisão criminal contra sentença absolutória própria e nem contra decisão do juiz das 
execuções. Também não cabe contra decisão que concede perdão judicial e decisão de 
pronúncia. 
 
2. trânsito em julgado. Se ocorrer a prescrição da pretensão punitiva não é mais possível 
entrar com revisão criminal, porque não existe sentença condenatória. 
 
5. Prazo: não há prazo. 
 
6. Legitimidade: O próprio réu ou por procurador legalmente habilitado, bem como, no caso de 
falecimento do acusado, por cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. A vítima não 
participa do processo de revisão criminal. Na hipótese de falecer a pessoa cuja condenação 
tiver de ser revista (art. 631 CPP), para efeitos morais e pecuniários indenizatórios cabe aos 
herdeiros ou sucessores legais pleiteá-la. 
 
7. Pressupostos e oportunidade: deverá obedecer às condições de exercício das ações em 
geral (legitimidade, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido); pressupõe a existência 
de sentença condenatória ou absolutória imprópria transitada em julgado. 
 
8. Hipóteses de cabimento (art. 621, CPP): 
a) Sentença contrária ao texto da lei, refere-se a má interpretação da normas com aos 
princípios reitores, a nível constitucional como infra-constitucional (a sentença deve conter a 
exposições de fato e de direito – provas – e os dispositivos legais em que se fundamenta - ―ex 
vi‖ do art. 381, incs. III e IV CPP). 
 
b) Sentença contrária as evidências dos autos é aquela condenação feita em base a 
indícios, conjecturas, distorcida da verdade, divorciada dos elementos probatórios em afronta 
aos ditames do direito e dos fatos ―sub judice‖. Referimo-nos ao juízo monocrático – singular – 
como ao jurado popular (Tribunal do Júri – art. 593, inc. III CPP). 
 
c) A prova nova deve estar amparada por seu ineditismo, desconhecimento e insuficiência 
de dúvida em relação a sua prestabilidade e capacidade de modificar a coisa julgada, 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 19 de 30 
indicando especialmente que o condenado deveria ter sido absolvido ou a pena ter sido 
aplicada de maneira mais branda. 
 
d) Lei nova mais benigna (cominação menor de pena) permite a postulação do recurso de 
Revisão Criminal, isto é ―novatio legis in mellius‖, o que difere de ―abolitio criminis‖ onde 
automaticamente extingue e tranca a ação penal em todos osseus efeitos legais, prevalece no 
direito democrático o princípio da aplicação da lei penal mais benigna. 
I – quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência 
dos autos; 
II – quando a sentença condenatória fundar-se em depoimentos, exames ou documentos 
comprovadamente falsos; 
III – quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de 
circunstâncias que determine ou autorize diminuição da pena. 
 
9. Competência: 
1. STF e STJ - são competentes para julgar a revisão de suas próprias condenações; 
2. TRF - é competente para julgar a revisão de suas próprias condenações e das condenações 
dos juízes federais; 
3. TJ - é competente para julgar a revisão de suas próprias condenações e das condenações 
dos juízes de 1º grau, que são da sua competência recursal; 
 
10. Aspectos procedimentais: 
- Réu solto não precisa recolher-se à prisão (Súmula 393 do STF). 
- Cabe ao réu provar o trânsito em julgado da sentença. 
 - Ao autor da ação cabe provar o que alegou. 
- A revisão não tem efeito suspensivo. 
- O pedido pode ser indeferido liminarmente, seja pelo Presidente, seja pelo Relator. Desta 
decisão cabe Agravo Inominado (Art. 625 do CPP). O Tribunal querendo poderá converter o 
julgamento em diligências. 
 
11. Efeitos das decisões: se julgada procedente, a decisão poderá acarretar alteração da 
classificação da infração, a absolvição do réu, a modificação da pena (redução) ou a anulação 
do processo; se julgada improcedente, só poderá ser repetida se fundada em novos motivos. 
desclassificar a infração e impor pena menor; 
 
Obs: Se o réu for absolvido na revisão criminal, todos os seus direitos são restabelecidos 
automaticamente. 
 
12. Recursos Cabíveis: 
1. Embargos de Declaração; 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 20 de 30 
2.Recurso Extraordinário e Recurso Especial; 
3. jamais são cabíveis embargos divergentes ou de nulidade. 
 
13. Indenização Civil: Quando o réu é condenado por erro judiciário, ele tem direito a uma 
indenização civil. 
 Cabe ao réu entrar com uma ação autônoma de indenização ou pedir a indenização no próprio 
pedido de revisão (art. 630, CPP). Neste último caso, se o Tribunal reconhecer o direito a 
indenização, ele não fixa o quantum. Cabe ao réu, antes de executar a decisão, liquidá-la. 
A responsabilidade objetiva de pagar a indenização é do Estado. Se a condenação foi pela 
Justiça Federal, quem paga é a União. Já, se a condenação foi pela Justiça Estadual, quem 
paga a indenização é o Estado-Membro. 
 
14. Teoria da Afirmação: O autor da ação de revisão deve afirmar na inicial uma das 
hipóteses legais de cabimento da revisão, sob pena de carência de ação. 
 
15. Não cabe revisão criminal: para reexame de provas; para alterar o fundamento da 
condenação. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 21 de 30 
 
PLANO DE AULA - 10 PRAZO RECURSAL 
CASO CONCRETO 1 (Ministério Público PR / 2008) 
QUESTÃO 
Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) anos de 
reclusão por violação ao artigo 157, §2º, I e II do Código Penal. Da 
sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-feira), 
oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da decisão 
condenatória. O advogado de Tício, defensor devidamente constituído, 
fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). No 
dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O 
recurso é tempestivo ou não? Justifique a sua resposta abordando 
as controvérsias sobre o tema indagado. 
RESPOSTA 
O prazo para interposição dos recursos é prazo processual desconta o 
dia do inicio computando-se o dia do final. 
SIM É TEMPESTIVO. No caso concreto o prazo deverá ser computado a 
partir do dia 9 (sexta-feira), dia da ultima intimação o prazo deveria 
começar no dia 10, por ser sábado o seu inicio se dará no dia 12 
segunda-feira. O recurso de apelação deve ser interposto no prazo de 5 
dias conforme art. 593 CPP sendo assim a interposição no dia 16 
configura-se tempestiva. 
 
QUESTÃO OBJETIVA (TJ-PR Assessor 2004) 
Quantos aos recursos em geral, dispõe o Código de Processo Penal, dentre outras hipóteses, 
que: 
a) No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se 
fundado em motivo de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros; 
b) Excetuando-se dentre outros o da sentença que denegar habeas corpus, hipótese em 
que deverá ser interposto, de ofício, pelo juiz, os recursos serão voluntários; 
c) Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um 
recurso por outro e se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso 
interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso 
cabível; 
d) A qualquer tempo, o Ministério Público poderá desistir de recurso que haja interposto; 
e) Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por 05 a 60 dias, 
fará conclusos os autos ao juiz, até o quinto dia seguinte ao último do prazo. 
 
PLANO DE AULA - 11 INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RESE 
CASO CONCRETO 1 (OAB) 
QUESTÃO 
Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de 
fogo, acertando-o na região toráxica. José vem a falecer, entretanto, não 
em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia 
ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o 
que foi comprovado durante instrução processual. Ainda assim, Pedro foi 
pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código 
Penal. Na condição de Advogado de Pedro: 
RESPOSTA I 
Indique o recurso cabível; 
O recurso cabível é o RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RESE) art. 
581 IV CPP 
RESPOSTA II 
O prazo de interposição; 
O prazo é de 5 dias conforme art. 586 CPP 
RESPOSTA III 
A argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. 
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 22 de 30 
A desclassificação de crime consumado para tentado, já que a ação de 
Pedro não deu origem a morte de José. Trata-se de HIPÓTESE DE 
CONCAUSA absolutamente independente pré-existente, conforme art. 
13, do CP. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (Magistratura PR / 2010) 
Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I. Que pronunciar ou impronunciar o réu; 
II. Que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
III. Que absolver sumariamente o réu; 
IV. Da decisão que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o 
juízo ad quem. 
Dadas as assertivas acima, escolha a alternativa CORRETA: 
a) Apenas a assertiva I está correta; 
b) Apenas a assertiva II está correta; 
c) Apenas as assertivas I e IV estão corretas; 
d) Todas as assertivas estão corretas. 
 
PLANO DE AULA - 12 INTERPOSIÇÃODE RECURSO – RESE 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto 
no art. 121, § 2º, II do CP por, em tese, ter matado a vítima Leonidas 
Malta em uma briga na saída da boite TheNight. O processo tramitou 
regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ 
para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no 
dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu 
efetivamente no dia 9 de dezembro de 2016. Após a oitiva das 
testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como tese 
defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a 
garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de 
debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo 
certo que a defesa técnica sustentou a tese de legítima defesa e a 
ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora 
sustentado pela acusação. Em réplica, o ilustre membro do Parquet 
apontou para o acusado e sustentou para os jurados que se o acusado 
fosse inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que 
não disse nada porque não tem argumentos próprios para se defender e 
que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, 
pois, afinal, quem cala consente. A defesa reforçou seus argumentos de 
defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho de 
Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de 
reclusão em regime inicialmente fechado por homicídio qualificado por 
motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). Na condição de advogado de George, 
adote a medida cabível para impugnar a decisão utilizando todos os 
argumentos cabíveis, e indique o último dia do prazo. 
RESPOSTA 
RECURSO DE APELAÇÃO, com base no art. 593, III, alínea “c”: houver 
erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de 
segurança”. No prazo de 5 dias, inicio dia 12/12/2016 ate 17/12/2016. 
 
QUESTÃO 2 
Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime 
previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Regularmente processado, ao 
fim da instrução criminal o mesmo foi condenado com fulcro no art. 33 § 
4º da referida lei, a pena base de 05 anos, que foi reduzida em 2/3 em 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 23 de 30 
razão do § 4º, sendo a pena final de 01 anos e 08 meses de reclusão, em 
regime semiaberto. Somente o Ministério Público recorreu da decisão, 
buscando afastar a aplicação do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. O 
Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, proferiu a seguinte 
decisão: Nego provimento ao recurso e abrando o regime prisional 
para o aberto, com expedição do alvará de soltura , substituindo a 
pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, a ser fixada 
pelo juízo da execução. Diante essa situação hipotética, mencione: 
RESPOSTA A 
Qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público? 
RESE. Recurso mediante o qual se procede ao reexame de uma decisão 
nas matérias especificadas em lei, possibilitando ao próprio juiz recorrido 
uma nova apreciação da questão, antes da remessa dos autos à segunda 
instância. 
RESPOSTA B 
A decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua 
resposta. 
NÃO. Pela vedação no dispositivo legal do §4º do art. 33 da Lei: “nos 
delitos definidos no caput e no § 1
o
 deste artigo, as penas poderão ser 
reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas 
restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons 
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre 
organização criminosa”. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (Magistratura DF/2007) 
Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de Brasília, foi condenado, por incursão 
no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil), à pena privativa 
de liberdade mínima, vale dizer, de 12 (doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 
593, III, "d", do Código de Processo Penal, interpôs recurso de apelação para uma das 
Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, limitando-se a sustentar que a 
decisão dos jurados, no que concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária à prova dos 
autos. A posição prevalente é a de que, reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos 
jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, que não ampara o motivo fútil, a Turma 
Criminal: 
a) Deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a 
submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo 
julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri 
por homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo motivo, 
segunda apelação; 
b) Deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão 
de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que 
poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado 
por motivo fútil, se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação; 
c) Deve dar provimento ao recurso para anular a sentença condenatória do juiz presidente 
do Tribunal do Júri, determinando que ele profira nova, excluído o motivo fútil; 
d) Deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil, desde logo condenando Técio 
por incursão no artigo 121, caput, do Código Penal, homicídio, fixando a pena mínima 
privativa de liberdade de 6 (seis) anos de reclusão. 
 
PLANO DE AULA - 13 INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – EMBARGO DE DECLARAÇÃO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Herculino foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. 
Na sentença condenatória, o juiz demonstra clara contradição entre as 
razões de sua fundamentação com sua decisão, principalmente ao 
acolher os depoimentos favoráveis das testemunhas de defesa bem como 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 24 de 30 
ao considerar boa a tese de desclassificação apresentada em alegações 
finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova 
obtida por meio ilícito). Sabendo que a decisão foi prolatada em AIJ 
(audiência de instrução e julgamento) no dia 16 de junho, pergunta-se: 
RESPOSTA A 
Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento 
da contradição? 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, para afastar a contradição, previsão 
legal art. 382 CPP 
RESPOSTA B 
Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão 
anterior? 
Exclui o dia do começo, o prazo é de 2 dias, dia 19 de junho se dia útil o 
inicio da contagem. 
RESPOSTA C 
Levando em consideração que a decisão dos embargos se deu no dia 16 
de junho (quinta-feira), qual a data máxima para a interposição do recurso 
cabível contra a sentença condenatória? 
OS EFEITOS DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO SERÁ 
INTERRUPTIVO, aplicando por analogia o art. 538 do CPC, sendo assim, 
o prazo do recurso de apelação será utilizado por completo de 5 dias após 
a intimação da decisão que julgou os embargos de declaração (OS 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO JECRIM, O PRAZO É DE 5 DIAS, 
E OS EFEITOS SÃO SUSPENSIVOS) - razão pela qual é mais seguro 
interpor o RECURSO DE APELAÇAO NO PRAZO DE CINCO DIAS. 
 
QUESTÃO OBJETIVA1 (Juiz TO/Cespe) 
Com relação aos embargos infringentes, assinale a opção CORRETA: 
a) Tais embargos são cabíveis em relação a decisão não unânime proferida em habeas 
corpus; 
b) Esses embargos têm caráter pro et contra, isto é, podem ser interpostos pela defesa ou 
pela acusação, no prazo de 10 dias; 
c) A divergência nesses recursos pode ser apurada tanto em relação à conclusão do voto 
quanto em relação à sua fundamentação; 
d) O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado do primeiro 
julgamento do réu. 
 
PLANO DE AULA - 14 (REFORTIO IN PEJUS) 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do 
crime de estupro (artigo 213, caput, CP). Após o trânsito em julgado da 
sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza 
pedido de revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, 
sustentando vício processual insanável consistente na ausência da 
intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta 
preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de Justiça competente 
acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta 
hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após a 
anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro julgamento de 
Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de 
primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção 
penal mais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente 
imposta? Justifique a sua resposta: 
RESPOSTA 
A vedação constante no § único do art. 626 do CPP, diz respeito tanto a 
refortio in pejus como também a refortio in pejus indireta, de sorte que, 
se depois de declarada nula a sentença em sede de revisão criminal, por 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 25 de 30 
algum vicio insanável, e vedado que juiz prolate nova decisão com pena 
exasperada tendo em vista que seria incabível revisão criminal pro 
societate. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (CESPE) 
Assinale a opção correta em relação ao instituto da revisão criminal. 
a) O pleito de revisão criminal pode constituir mera reiteração de recurso de apelação 
anteriormente interposto pelo condenado; 
b) Não cabe revisão criminal para rever sentença proferida contra pessoa que, em 
momento posterior, se sabe não ter cometido o crime objeto da condenação. É parte 
ilegítima para ajuizá-la a pessoa que tem seu nome lançado como réu na sentença 
condenatória proferida com erro na identificação do agente do delito; 
c) Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a revisão 
criminal, é possível desconstituir decisão transitada em julgado por meio de 
habeas corpus, se verificada a existência de flagrante ilegalidade; 
d) O ajuizamento de revisão criminal obsta a execução da sentença condenatória 
transitada em julgado, tendo em vista que o pedido revisional possui efeito suspensivo. 
 
PLANO DE AULA - 15 REMEDIO CONSTITUCIONAL - HC 
CASO CONCRETO 1 (OAB – adaptada) 
QUESTÃO 
Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de 
fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições 
previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta 
descontadas, utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A 
partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida empresa, 
tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à 
instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168-A do 
Código Penal. Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram comprovados, 
também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele 
afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento das 
contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realizado 
após a instauração da investigação. Assim, o delegado encaminhou os 
autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelo crime 
previsto no artigo 168-A do Código Penal, tendo a inicial acusatória sido 
recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta 
à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado 
entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado 
audiência de instrução e julgamento. Com base nos fatos narrados no 
enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos 
jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
RESPOSTA A 
Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o 
absolvera sumariamente? 
Caberia (HC) habeas corpus, uma vez que não ha previsão de recurso 
contra a decisão que não absolverá sumariamente o acusado, sendo 
cabível ação mandamental, conforme estabelece o art. 647 e seguintes 
do CPP. 
RESPOSTA B 
A quem a impugnação deve ser endereçada? 
O Habeas Corpus deverá entrar no TRF da respectiva região em que o 
processo está tramitando. 
RESPOSTA C 
Qual fundamento deve ser utilizado? 
Extinção da punibilidade pelo pagamento do débito, quanto ao delito 
previsto no art. 168 A. CP, e, após, restando apenas acusação pertinente 
a sonegação de tributo de natureza estadual, incompetência absoluta, em 
 
 
CASOS CONCRETOS 
7º semestre - CPP 
1.2017 – TEORIA DAS PROVAS E TRIBUNAL DO JURI 
 
 
 
Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo - Conceição 
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 673 
Jabaquara (Metrô Conceição) - CEP: 04309-010 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2017 
 
Página 26 de 30 
razão da matéria. A sum. vinculante nº 24 do STF, estabelece que a 
discussão do pagamento do tributo na esfera administrativa impede 
a propositura da ação penal. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 (MP-PR) 
Sobre habeas corpus, analise as assertivas abaixo e responda 
I. O habeas corpus destina-se apenas a proteger a liberdade de locomoção, o direito de ir e 
vir, não se presta à tutela de outros direitos. 
II. Não cabe habeas corpus para trancamento de inquérito policial, pois não se trata de direito 
de locomoção. 
III. O habeas corpus requer prova pré-constituída, pois não admite dilação probatória. Assim, 
fundamentada na inocência do paciente a ordem de habeas corpus somente pode ser 
concedida quando a alegada inocência estiver comprovada de plano e cabalmente. 
IV. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, ainda que sem capacidade 
postulatória, ou pelo próprio Ministério Público. 
a) Todas estão corretas; 
b) Apenas I, II e IV estão corretas; 
c) Apenas I, III e IV estão corretas; 
d) Apenas II, III e IV estão corretas; 
e) Apenas I e II estão corretas. 
 
PLANO DE AULA - 16 EMENDATIO LIBELLI E MUTATIO LIBELLI 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 1 
Tício e Caio foram acusados de receberem vultosa quantia em dinheiro 
através de emissão de duplicatas sem causa debendi, causando prejuízo 
a terceiros, tendo o Ministério Público capitulado a infração no artigo 172 
do Código Penal (crime de duplicata simulada). Na sentença, o juiz 
concordou com a narrativa fática, condenando os acusados nas penas 
do artigo 171, caput do Código Penal (crime de estelionato). Com base 
nisto, responda: 
RESPOSTA A 
A hipótese retratada é de Emendatio ou Mutatio Libelli? Justifique a sua 
resposta; 
De acordo com a emendatio libelli, o juiz, quando da sentença, 
verificando que a tipificação não corresponde aos fatos narrados na 
petição inicial, poderá de ofício apontar sua correta definição jurídica. 
Na “emendatio” os fatos provados são exatamente os fatos narrados. 
Assim, dispõe o CPP sobre a matéria: Art. 383. O juiz, sem modificar

Outros materiais