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Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Me´todos Determin´ısticos II 1o Semestre de 2017 Gabarito dos EP12 Questa˜o 1: Para a func¸a˜o f(x) = x (x−1)2 fac¸a: a) Determine o domı´nio e as ass´ıntotas vertical e horizontais (se houver); b) Encontre os intervalos onde a func¸a˜o e´ crescente e decrescente; c) Encontre os valores de ma´ximo e mı´nimo local; d) Encontre os intervalos de concavidade e os pontos de inflexa˜o (se houver); e) use estas informac¸o˜es para fazer um esboc¸o do gra´fico de f(x). Soluc¸a˜o: O domı´nio de f(x) sa˜o todos os x ∈ R − {1}. Para encontrar as ass´ıntotas considere os seguintes limites: lim x→±∞ x (x− 1)2 = limx→±∞ x x2 ( 1 1− 2/x+ 1/x2 ) = 0 lim x→1+ x (x− 1)2 = +∞ lim x→1− x (x− 1)2 = +∞ b) Para encontrar os pontos onde a func¸a˜o e´ crescente e decrescente e´ preciso estudar o sinal da derivada e nas letras c) e d) precisamos da segunda derivada. Por isto derivamos duas vezes e obtemos f ′(x) = 1(x− 1)2 − x(2(x− 1)) (x− 1)4 = ( x− 1 x− 1 )( x− 1− 2x (x− 1)3 ) = − x+ 1 (x− 1)3 f ′′(x) = −(x− 1)3 + (x+ 1)3(x− 1)2 (x− 1)6 = 2(x+ 2) (x− 1)4 . Veja que o sinal de f depende tanto do sinal do numerador como do denominador. Vamos colocar o sinal de menos no numerador, isto e´, −(x+ 1) = −x− 1 e temos 1 Ale´m disso, f ′(x) = 0⇔ −1− x = 0⇔ x = −1 e f ′′(−1) = 1 8 > 0. Portanto, −1 e´ um ponto de mı´nimo local de f(x). Com respeito ao sinal da 2a derivada f ′′(x) = 2(x+2) (x−1)4 , basta ver que depende apenas do numerador, e temos se x < −2⇒ f ′′(x) < 0 e se x > −2⇒ f ′′(x) > 0. e) Vamos juntar todas estas informac¸o˜es para fazer o esboc¸o do gra´fico de f(x). Como x = 1 e´ o u´nico ponto que na˜o pertence ao domı´nio de f(x) e temos que x = 1 e´ uma ass´ıntota vertical e y = 0 e´ uma ass´ıntota horizontal. Ale´m disso, a func¸a˜o e´ decrescente entre (−∞,−1) ∪ (1,+∞) e crescente no restante dos pontos do domı´nio. A boca tem concavidade voltada para baixo se x ∈ (−2,+∞) e concavidade voltada para cima em (−∞,−2). Se calcularmos f(0) = 0 e f(−2) = −29 e f(2) = 2. Usando todos estes fatos podemos concluir que o gra´fico e´ pro´ximo ao seguinte Figure 1: Gra´fico de f(x) = x (x−1)2 Questa˜o 2: Usando o roteiro para fazer um esboc¸o do gra´fico das func¸o˜es seguintes: a) y = xx−9 b) y = x√ x2−1 Soluc¸a˜o: Seja g(x) = xx−9 Calculando o domı´nio x ∈ D(g) se x 6= 9 Ass´ıntotas Precisamos calcular os seguintes limites lim x→9− g(x), lim x→9+ g(x), lim x→−∞ g(x) e limx→∞ g(x). 2 Calculando obtemos lim x→9− g(x) = lim x→9− x x− 9 = −∞ lim x→9+ g(x) = lim x→9+ x x− 9 =∞ lim x→−∞ g(x) = limx→−∞ x x ( 1 1− 9x ) = 1 lim x→+∞ g(x) = limx→+∞ x x ( 1 1− 9x ) = 1 Calculando g′ e g′′ Calculando obtemos g′(x) = − 9 (x− 9)2 e g ′′(x) = 18 (x− 9)3 Estudando o sinal de g′ e g′′ Como o denominador de g′ e´ (x− 9)2 segue que g′(x) < 0 para todo x ∈ D(g), e, como o denominador de g′′ e´ (x− 9)3 o sinal da g′′ depende do sinal de seu denominador. E ele e´ menor x < 9 e maior que zero se x > 9. Fazendo o esboc¸o do gra´fico de g(x) Inicialmente marque as retas ass´ıntotas x = 9, y = 1. Para o intervalo (−∞, 9) temos que g′ < 0 e g′′ < 0, disso segue que a func¸a˜o e´ decrescente nesse intervalo e tem a boca voltada para baixo, ale´m de que quando x→ 9− g(x)→ −∞ e quando x→ −∞ g(x)→ 1. Ja´ para o intervalo (9,+∞) temos que g′ < 0 e g′′ > 0, disso segue que a func¸a˜o e´ decrescente nesse intervalo e tem a boca voltada para cima, ale´m de que quando x→ 9+ g(x)→ +∞ e quando x→∞ g(x) → 1. E estamos em condic¸o˜es de fazer o esboc¸o do gra´fico da g(x) que deve ser semelhante ao gra´fico (feito no computador) abaixo. Figure 2: Esboc¸o da func¸a˜o g(x) = xx+9 b) Seja h(x) = x√ x2−1 Calculando o domı´nio Para x ∈ D(h) precisamos poder calcular o quociente da raiz quadrada de x2 − 1, logo 1 < x ou x < −1. Portanto, domı´nio de h(x) e´ {x ∈ R : x /∈ [−1, 1]}. Ass´ıntotas Precisamos calcular os seguintes limites lim x→−1− h(x), lim x→−1+ h(x), lim x→−∞h(x) e limx→∞h(x). 3 Calculando obtemos lim x→−1− h(x) = lim x→−1− x√ x2 − 1 = +∞ lim x→1+ h(x) = lim x→1+ x√ x2 − 1 = −∞ lim x→−∞h(x) = limx→−∞ x√ x2 − 1 = −1 lim x→+∞h(x) = limx→+∞ x√ x2 − 1 = 1 Calculando h′ e h′′ Calculando obtemos h′(x) = 1×√x2 − 1− x 2x 2 √ x2−1 ( √ x2 − 1)2 = x2−1−x2√ x2−1 ( √ x2 − 1)2 = − 1 (x2 − 1)3/2 h′′(x) = 3x (x2 − 1)5/2 Estudando o sinal de h′ e h′′ Observe que h′(x) e´ sempre negativo para todo x ∈ D(h). E portanto, h(x) e´ decrescente para todo x ∈ D(h). Ja´ a h′′(x) < 0 se x < 0 e x ∈ D(h), e para o caso de x > 0 e x ∈ D(h), enta˜o h′′(x) > 0. Portanto, se x < −1 a concavidade e´ voltada para baixo e para x > 1 a concavidade da func¸a˜o e´ voltada para cima. F ¯ azendo o esboc¸o do gra´fico de h(x) Inicialmente Marcamos as retas ass´ıntotas x = −1, x = 1, y = −1 e y = 1. Vamos ver como fica o gra´fico no intervalo (−∞,−1). Como h′ < 0 e h′′ > 0 nesse intervalo vemos que ela e´ decrescente e com a boca voltada para cima. Quando x→ −∞, h(x)→ −1 e quando x→ −1−, h(x)→ −∞ e calculando h(−2) = − 2√ 3 . Enta˜o temos os dados necessa´rios para fazer essa parte do esboc¸o. Para o intervalo (1,+∞) vemos que h′ < 0 e h′′ < 0 nesse intervalo e vemos que ela e´ decrescente e com a boca voltada para baixo. Quando x → ∞, h(x) → 1 e quando x → 1+, h(x) → +∞ e calculando h(2) = 2√ 3 . Enta˜o temos os dados necessa´rios para fazer essa parte do esboc¸o. Figure 3: Esboc¸o da func¸a˜o h(x) = x√ x2−1 4 Questa˜o 3: Um empresa´rio estima que quando produz e vende x unidades de um produto, o lucro em reais e´ dado por L(x) = −0, 5x2+22x−98. Determine o lucro marginal para um n´ıvel de produc¸a˜o e venda de 12 unidades. Soluc¸a˜o: Ja´ sabemos que o lucro marginal e´ a derivada da func¸a˜o lucro, enta˜o L′(x) = −x+ 22⇒ L′(12) = −12 + 22 = 10. Portanto, o lucro ao n´ıvel de produc¸a˜o de 12 unidades e´ de 10R$/unidade Questa˜o 4: Um tanque de a´gua tem a forma de um cone circular reto invertido com base de 2 m e altura de 4 metros. Se a a´gua esta sendo bombeada dentro do tanque a uma taxa de 2m3/min, encontre a taxa que o n´ıvel da a´gua esta elevando quando a a´gua esta´ a 3 m de profundidade. Soluc¸a˜o: Figure 4: Reservato´rio em forma de cone in- vertido Seja V, r e h o volume da a´gua, o raio da su- perf´ıcie e a altura no instante t. Dado dVdt = V ′ = 2m3/min, precisamos achar h′(t) quando h = 3 m. A grandeza V e h esta˜o relacionadas por V = 1 3 pir2h Por semelhanc¸a de triaˆngulos chegamos que r h = 2 4 ⇒ r = h 2 E a expressa˜o torna-se V = 1 3 pi ( h 2 )2 h = pi 12 h3 Derivando em relac¸a˜o ao tempo obtemos V ′ = pi 12 3h2h′ = pi 4 h2h′ ⇒ h′ = 4 pih2 V ′ Substituindo h = 3 m V ′ = 2 obtemos h′ = 4 pi × 32 × 2 = 8 9pi ≈ 0.28m/min. Questa˜o 5: Uma escada com 10 metros de comprimento esta´ apoiada em uma parede vertical. Se da escada desliza, afastando-se da parede a uma taxa de 1m/s, qua˜o ra´pido o topo da escada esta´ escorregando para baixo na parede quando a base da escada esta´ a 6 metros da parede? Soluc¸a˜o: Inicialmente veja o esquema Sabemos que x′ = dxdt = 1m/s e queremos encontrar y ′ = dydt quando x = 6mts. Pelo teorema de Pita´goras temos que x2 + y2 = 100. 5 Figure 5: Esquema da escada na parede Diferenciando cada lado da igualdade em relac¸a˜o de t, isto e´, tanto x = x(t) como y = y(t), enta˜o usaremos a regra da cadeia para derivar corretamente 2x dx dt + 2y dy dt = 0⇔ dy dt = −x y dx dt . Ale´mdisso, usando a equac¸a˜o acima, se x = 6⇒ y = 8 logo, dy dt = −6 8 (1) = −3 4 m/s O fato de y′ ser negativo vem do fato que o comprimento de y esta decrescendo a uma taxa de 0, 75m/s. Questa˜o 6: Suponha que sejam investidos R$1000, 00 a uma taxa de juros anual de 8%. Calcule o saldo apo´s 5 anos, em cada um dos seguintes caso 1. Os juros sa˜o compostos anualmente; 2. Os juros sa˜o compostos trimestralmente; 3. Os juros sa˜o compostos continuamente. Soluc¸a˜o: Vamos usar a fo´rmula S(t) = P ( 1 + rk )kt para os treˆs casos, so´ que par juros simples vamos supor k = 1, t = 5, P = 1000 e r = 0, 08 e temos S(5) = 1000 ( 1 + 0, 08 1 )5 = R$1469, 33. Ja´ no caso que os juros sa˜o compostos trimestralmente k = 4 e temos S(5) = 1000 ( 1 + 0, 08 4 )20 = R$1485, 95. 6 Ja´ se os juros compostos continuamente a fo´rmula e´ S(t) = Cert S(5) = 1000e0,08×5 = R$1491, 82. Questa˜o 7: Um banco oferece juros a uma taxa anual de 6, 1% composto trimestralmente, e outro banco oferece juros anual 6%, compostos continuamente. Qual banco voceˆ escolheria? Soluc¸a˜o: Vamos calcular os juros do primeiro banco e´( 1 + 0, 061 4 )4 − 1 = 0, 0624 Ja´ para o segundo banco temos e0,06 − 1 = 0, 0618. primeiro banco oferece uma taxa efetiva de 6, 24% enquanto o segundo e´ de apenas 6, 18%. Questa˜o 8: Calcula-se que daqui a t anos a populac¸a˜o de certo munic´ıpio sera´ de P (t) = 20− 6t+1 milhares de pessoas. 1. Determine a taxa de aumento da populac¸a˜o daqui a um ano. 2. Determine a taxa de aumento da populac¸a˜o daqui a 9 anos. 3. o que acontecera´ com a taxa de aumento da populac¸a˜o a longo prazo? Soluc¸a˜o: Inicialmente precisamos obter a variac¸a˜o da populac¸a˜o com relac¸a˜o ao tempo, isto e´ dado pela derivada de P com relac¸a˜o a t que e´ P ′(t) = 6 (t+1)2 e calculando em t = 1 e t = 9 temos P ′(1) = 6 4 = 3 2 = 1, 5 e P ′(9) = 6 100 = 0, 06 Isto quer dizer que se a populac¸a˜o e´ dada por P (t) no primeiro ano ela estara´ aumentando a uma taxa de 1,5 por ano ja´ no 9a ano ela estara´ aumentando a uma taxa de apenas 0, 06 pessoas ao ano. E por fazer limt→∞ P ′(t) = 0, ou seja, no futuro a taxa de crescimento se aproxima de zero. 7
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