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Metalurgia Extrativa do Alumínio Metalurgia Extrativa do Alumínio 1 GRUPO 5 Carolina Santos Daniel A. De Moraes Marcellus V. Malouf Patric F. C. Tavares Rafael F. Marques Raphael Y. de Almeida Raul H. M. Oliveira 1 Metalurgia Extrativa do Alumínio O Alumínio De origem do latim alúmen, o alumínio é um metal leve, macio e resistente. É o elemento metal mais abundante na crosta terrestre, porem dificilmente será encontrado em sua forma pura. Possui um aspecto cinza prateado e fosco, devido à fina camada de óxidos que se forma rapidamente quando exposto ao ar. Sua densidade é aproximadamente um terço do aço ou cobre. É o segundo metal mais maleável, o sexto mais dúctil, apto para a mecanização e fundição, além de ter uma excelente resistência à corrosão e durabilidade devido à camada protetora de óxido. Os mais diferentes processo de fabricação podem ser utilizados para produzir peças de alumínio. 2 Metalurgia Extrativa do Alumínio O Alumínio 3 Fig. 2 Pedaço de alumínio , 2,6 gramas , 1 x 2 cm Fig. 1 Textura do alumínio Algumas vantagens do Alumínio: Leveza; Condutibilidade térmica e elétrica; Impermeabilidade (embalagens); Alta relação resistência/peso; Durabilidade; Moldabilidade; Resistência a Corrosão; Infinitamente reciclável. Sua grande desvantagem é o alto custo no processo produtivo, devido a utilização de grande quantidade de energia elétrica em seus processos. Metalurgia Extrativa do Alumínio História 4 Tanto na Grécia como na Roma antigas se empregava a pedra-ume (do latim alúmen), um sal duplo de alumínio e potássio, como mordente em tinturaria e utilizado também em medicamentos, uso ainda em vigor. Em 1807, Humphrey Davy foi o mentor da descoberta e propôs o nome aluminum para este metal. É dado a Friedrich Wöhler o reconhecimento do isolamento do alumínio, fato que ocorreu em 1827. Quando foi descoberto verificou-se que a sua separação das rochas que o continham era extremamente difícil. Como consequência, durante algum tempo, foi considerado um metal precioso, mais valioso que o ouro. Para se ter uma ideia, quando o Imperador Napoleão III recebia seus convidados, ele utilizava uma colher de alumínio e os convidados de ouro, mas a de alumínio era a mais valiosa. Em 1859, primeira obtenção do alumínio por via química, realizada por Henry Saint–Claire Deville Metalurgia Extrativa do Alumínio História 5 Posteriormente, com a invenção do processo Hall-Héroult em 1886, simplificou-se e barateou-se a extração do alumínio a partir do mineral. Este processo, juntamente com o processo Bayer, descoberto na mesma época, permitiram estender o uso do alumínio para uma multiplicidade de aplicações até então economicamente inviáveis. Com o avanço dos processos de obtenção, os preços baixaram continuamente até colapsar em 1889. Suas aplicações industriais são relativamente recentes, sendo produzido em escala industrial a partir do final do século XIX. Atualmente, um dos fatores que estimulam o seu uso é a estabilidade do seu preço, provocada principalmente pela sua reciclagem. A recuperação do metal a partir da reciclagem é uma pratica conhecida desde o inicio do século XX. Entretanto, foi a partir da década de 1960 que o processo se generalizou, mais por razões ambientais do que econômicas. Metalurgia Extrativa do Alumínio Bauxita 6 A bauxita é uma rocha de cor vermelha formada principalmente por óxido de alumínio (Al2O3) e outros compostos em menores quantidades, como sílica, dióxido de titânio, óxidos de ferro e silicato de alumínio. Esse mineral foi descoberto pelo geólogo e mineralogista francês Pierre Berthier, em 1821. A formação da bauxita resulta da decomposição de rochas alcalinas, provocada pela infiltração da água das chuvas nas rochas ao longo de milhões de anos. A coloração avermelhada desse minério é determinada pela presença de óxidos de ferro. A Bauxita é extraída em diversos lugares do mundo, como por exemplo na Austrália, Jamaica, Brasil, Guiné, Índia, Rússia, Grécia, entre outros. Metalurgia Extrativa do Alumínio Bauxita 7 A maior parte da extração mundial de bauxita (aproximadamente 85%) é usada como matéria-prima para a fabricação de alumínio. A Bauxita é extraída de grandes reservas e transportada com o uso de caminhões até as refinarias de Alumina. Na refinaria passa por um método conhecido como processo Bayer para se produzir Alumina(slide 8). Subsequentemente, a maioria da alumina produzida neste processo de refinamento é empregada como a matéria-prima para a produção de alumínio metálico pela redução eletrolítica da alumina em um banho de criolita natural ou sintética fundida, método conhecido como processo Hall-Héroult (slide 10). Fig. 3 Rocha de bauxita Metalurgia Extrativa do Alumínio Processo Bayer 8 A rota comercial mais importante para a purificação da bauxita é o processo Bayer, que é utilizado para a manufatura de hidróxido e de óxido de alumínio. A Figura 1 mostra um esquema simplificado desse processo. Fig. 4: Diagrama simplificado do processo Bayer para produção de hidróxido de alumínio e alumina a partir da bauxita Metalurgia Extrativa do Alumínio Processo Bayer 9 O Processo Bayer baseia-se na separação da lama da bauxita para a obtenção da alumina. Primeiramente o material é triturado e moído. O material segue para um tanque de digestão onde é acrescentado soda caustica a 170ºC para que seja dissolvido. Após isso o produto é levado a um outro tanque onde ele é filtrado e separado entre liquido e solido. A parte solida se assemelha a uma lama vermelha e retirada do processo e a parte liquida, mais leve e de cor branca segue para a próxima etapa. O liquido resultante é submetido a diversos processos de temperatura e é adicionado Hidrato de Alumínio para que haja cristalização de suas moléculas. Após atingir a cristalização necessária o produto passa pela filtração processo pelo qual os grãos são separados. Os maiores seguem para o processo de calcinação e os menores para serem realimentados a fim de obter o tamanho necessário. Na calcinação o produto é submetido a temperatura de até 1000ºC para evaporar a água gerando assim alumina sem umidade alguma. O produto final se assemelha a uma areia branca. Metalurgia Extrativa do Alumínio Processo Hall Héroult 10 Antigamente o processo de obtenção do alumínio pela alumina era muito caro e ineficiente. Em 1886, Charles Hall e Paul Héroult , desenvolveram um método de se conseguir alumínio através da alumina de maneira mais fácil. Eles descobriram que a criolita misturada com a alumina reduzia o ponto de fusão da alumina de 2000ºC para 1000ºC, tornando o processo vantajoso e mais fácil. Fig. 5 Processo Hall Hérout Metalurgia Extrativa do Alumínio Processo Hall Héroult 11 O processo de Hall Hérout funciona da seguinte maneira: Tem-se um recipiente de aço que funciona como o catodo da reação. Joga-se a mistura (‘’criolita + alumina’’ liquido) dentro do recipiente. Coloca-se os eletrodos na mistura e gera uma descarga elétrica. Quando a descarga elétrica acontece, visto que, a mistura tem os íons livres, os eletrodos atuando como o anodo (polo positivo) atraem os íons de Oxigênio, deixando o alumínio na parte de baixo do recipiente devido a diferença de densidade. Assim, alumínio continua em seu estado liquido, pois, o seu ponto de fusão e menor que a mistura em si, sendo 660ºC, portando, o escoamento acontece para outros recipientes onde serão solidificados. Esse alumínio que é gerado, é conhecido como ‘’alumínio Primário’’, e serve de base para outras ligas. 12 Ligas de Alumínio Metalurgia Extrativa do Alumínio Tabela 1 Ligas de Alumínio. As Ligas de Alumínio tem como principal objetivo melhorar certas propriedades mecânicas do alumínio. Diversos elementos podem ser adicionados ao Alumínio dependendo da aplicação, a tabela abaixo traz alguns exemplos. 12 Metalurgia Extrativa do Alumínio Aplicações do Alumínio 13 Fig. 6 Bicicleta Fig. 7 Rolo de papel Alumínio Fig. 8 Panelas Fig. 9 Latas de Alumínio Fig. 10 Janela Metalurgia Extrativa do Alumínio Aplicações do Alumínio 14 Fig. 11 ALON - oxinitrato policristalino de alumínio Fig. 12 Bloco de motor Fig. 13 Espuma de alumínio Fig. 14 Celular Metalurgia Extrativa do Alumínio Reciclagem do Alumínio 15 Em média o ciclo de retorno de uma lata de alumínio é de apenas 60 a 90 dias. Podemos ainda citar que além dos benefícios econômicos e sociais, o processo de reciclagem utiliza apenas 5% da energia e libera 5% das emissões de gás efeito estufa frente a produção de uma nova lata. Para melhor entendimento do exemplo acima, a reciclagem de uma lata de alumínio economiza energia suficiente para manter uma TV ligada por 3 horas. Fig. 15 Ciclo da reciclagem Metalurgia Extrativa do Alumínio Alumínio no Brasil 16 O Brasil é um dos grandes players da indústria do alumínio, sendo um dos maiores produtores de bauxita e alumina. O país tem aumentado a venda para outros países desses insumos básicos do setor, enquanto observa a gradual redução das exportações de metal primário e produtos transformados, em razão da maior demanda interna pelo metal. Em 2006 o setor consumiu 23,9 GWh para a produção de 1,6 milhões de toneladas de alumínio primário e 2,01 GWh para produzir 6,7 milhões de toneladas de alumina. Isso representa 6% de toda energia elétrica gerada no país. O Brasil possui a maior refinaria de Alumina do mundo. A Hydro Alunorte que está localizada no estado do Pará no polo industrial de Barcarena. Ela representa cerca 7% da produção mundial. Metalurgia Extrativa do Alumínio Reciclagem no Brasil 17 Em 2014, o país reciclou 540 mil toneladas de alumínio. Desse total, 289,5 mil toneladas referem-se à sucata de latas de alumínio para bebidas, o que corresponde a 98,4% do total de embalagens consumidas em 2014, índice que mantém o Brasil na liderança mundial desde 2001. A reciclagem geral de alumínio no Brasil é de 35% enquanto a média mundial é de 29,9%. A empresa Latasa é a líder brasileira de reciclagem, processando cerca de 200 mil toneladas de alumínio por ano. A cotação média do alumínio reciclado é de R$ 3,00/kg. Metalurgia Extrativa do Alumínio Conclusões 18 Certamente podemos afirmar que o alumínio é o metal do futuro, presente em quase tudo e podendo se adaptar as mais variadas necessidades, não é possível imaginar o mundo de hoje sem ele. Por ser um elemento de grande abundância no planeta é possível produzir latas o suficiente para suprir grandes necessidades, isso sem deixar de lado a possibilidade de produzir itens que garantam nossa segurança em voos, tanto quanto produzindo “vidros” a prova de balas. Importante para a economia do Brasil e também para a natureza, devido a sua infinita possibilidade de reciclagem. Com certeza podemos esperar novas descobertas desse poderoso metal. Metalurgia Extrativa do Alumínio Referências 19 Artigo: Preparação de compostos de Alumínio a partir de Bauxita: Considerações sobre alguns aspectos envolvidos em um experimento didático. http://www.youtube.com - Discovery Channel – Como tudo funciona – Alumínio http://www.abal.org.br http://www.mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/producao-aluminio-por-eletrolise.htm
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