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3)part2a.EBGL

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EBGL (parte 2)
CLC – ORLANDO ROCHA
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4. REGRAS E REGULAMENTOS
REGULAMENTOS/ CÓDIGOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
As atividades do comércio são de interesse internacional e a IMO é o fórum marítimo internacional para discussão em matéria de comércio. A IMO delineia Convenções que afetam diretamente os navios e as atividades de comércio tais como: SOLAS, MARPOL e STCW.
Os países que são partes das Convenções acima têm as provisões destas Convenções incorporadas as suas leis e regulamentos nacionais.
O Sistema de Gerenciamento de Segurança relativo ao ISM Code tem seu cumprimento obrigatório para todos os navios transportados de gases liquefeitos de 500 AB ou acima.
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CÓDIGOS DOS NAVIOS DE GÁS
Com a finalidade de prover um padrão internacional para transporte seguro de gases liquefeitos e certas outras substâncias a granel, a IMO desenvolveu os Códigos dos Transportadores de Gás.
Estes Códigos compreendem o:
1) IGC Code
2) GC Code
3) Code for Existing Ships Carrying Liquefied Gases in Bulk.
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O ano de construção do navio-tanque é que determina qual é o Código que o navio deve cumprir.
IGC Code e suas emendas: navios construídos a partir de 01/07/1986.
GC Code e suas emendas: navios construídos entre 31/10/1976 e 01/07/1986.
Código para Navios Existentes: navios construídos antes de 31/10/1976. 
Os Códigos recomendam os critérios adequados de projeto, os padrões de construção e as medidas de segurança para os navios que transportam gases liquefeitos e “outras substâncias a granel”.
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Estas “OUTRAS SUBSTÂNCIAS A GRANEL” são cargas líquidas não definidas como gases liquefeitos porém que são transportadas como carga a granel em navios-tanque de gás. Estas cargas estão relacionadas no Capítulo 19 dos Códigos.
 
As autoridades do Estado do porto podem verificar o cumprimento com as Convenções e os Códigos da IMO.
Os navios construídos para transportar gases liquefeitos e produtos químicos devem cumprir com as exigências tanto do Código dos Transportadores de Gás quanto dos Códigos dos Produtos Químicos a granel.
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CERTIFICAÇÃO E VISTORIA
São diversos os certificados exigidos para os navios de gás:
a) Certificado de Segurança de Construção para Navio de Carga – exigências estruturais;
b) Certificado de Segurança Rádio para Navio de Carga – exigências de equipamentos;
c) Certificado de Conformidade para o Transporte de Gases Liquefeitos a Granel – exigências estruturais, de equipamentos, de acessórios, de arranjos e de materiais;
d) Certificado de Conformidade para o Transporte de Produtos Químicos Perigosos a Granel – exigências no caso do navio também transportar produtos químicos perigosos, e em adição ao Certificado mencionado em (c).
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e) As exigências de construção e equipamentos relativos ao Anexo 1 da Marpol é certificada por meio do Certificado IOPP com seu suplemento A.
Os navios de gás liquefeito que transportam produtos derivados de óleo devem ter um Certificado IOPP com o suplemento B; se; além disso eles transportarem NLS a granel, devem ter um Certificado Internacional de Prevenção de Poluição para o Transporte de NLS, a menos que tenha um Certificado de Conformidade para o Transporte de Produtos Químicos Perigosos a Granel. 
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O Estado da bandeira é responsável pelas vistorias e emissões dos Certificados podendo apontar outras agências ou sociedades classificadoras para efetuar as vistorias e emitir os certificados em seu nome.
É responsabilidade do Comandante manter os certificados dentro das validades e solicitar as vistorias do Estado da bandeira, antes que o período de validade expire.
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5. PROJETO DO NAVIO E CONTENÇÃO DE CARGA
Projeto de um navio de Gás
Gases a serem
transportados
Localização dos
Tanques 
Capacidade de
 Sobrevivência
Estrutura Geral para o Projeto do Navio de Gás 
Tipo de Navio
Tamanho Comercial do Navio
Sistema de Contenção
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EXIGÊNCIAS DE CONSTRUÇÃO E EQUIPAMENTOS
Os Códigos de Gás da IMO estabelecem um padrão internacional para projeto, construção e equipamentos dos navios de gás, a fim de minimizar os riscos ao navio, aos tripulantes e ao meio ambiente.
O capítulo 19 destes Códigos nos dá um sumário de exigências mínimas para os navios que transportam gases liquefeitos e certas outras substâncias a granel. Os produtos relacionados no Capítulo 19 que estão marcados com asterisco são também cobertos pelos Códigos dos Navios de Produtos Químicos.
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No Capítulo 19 dos Códigos dos navios de gás temos:
 1) todos os produtos cobertos pelos Códigos;
2) os números das Nações Unidas como informação;
3) exigências mínimas de tipo de navio;
4) cargas que exigem tanque independente tipo C;
5) cargas que exigem controle ambiental dentro dos tanques;
6) exigências de detecção de vapor;
7) tipos de medições exigidos;
8) número da tabela do MFAG; e
8) exigências especiais e adicionais àquelas dos Códigos.
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RELAÇÃO DE ALGUMAS CARGAS DO CÓDIGO IGC
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SUMÁRIO DAS EXIGÊNCIAS MÍNIMAS
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ARRANJOS DOS NAVIOS
A ÁREA DE CARGA do navio de gás deve ser segregada das outras partes do navio e o sistema de manuseio de carga deve ser completamente separado dos espaços de acomodações, espaços de máquinas e outros espaços seguros de gás.
São ESPAÇOS COM PERIGO DE GÁS:
1) aqueles que não tem arranjos ou não são equipados de maneira aprovada para assegurar que suas atmosferas sejam mantidas todo tempo em condições seguras de gás;
2) espaços fechados fora da área de carga, através dos quais passam tubulações contendo produtos gasosos ou líquidos ou onde tais tubulações terminam, a menos que sejam instalados arranjos aprovados para prevenir qualquer vazamento de produto dentro da atmosfera daqueles espaços;
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3) sistemas de contenção de carga;
4) espaços do porão;
5) um espaço separado do porão por uma antepara de aço estanque a gás que delimita onde a carga é transportada num sistema de contenção que requer barreira secundária; e
6) casa de bombas de carga e sala dos compressores de carga.
 São ZONAS COM PERIGO DE GÁS:
a) uma zona ou um espaço semi-fechado sobre o convés exposto, dentro de 3 metros de qualquer aberturas do tanque de carga, saída de vapor ou gás, flanges ou válvulas nas redes de carga, aberturas de ventilação e de entradas para casa de bombas de carga e para sala dos compressores de carga; 
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b) o convés aberto acima das áreas de carga e 3 metros a vante e a ré das áreas de carga sobre o convés aberto até a altura de 2,4 metros acima do convés exposto;
c) zonas dentro de 2,4 metros da superfície externa de um sistema de contenção de carga quando esta superfície for exposta ao tempo;
d) espaços fechados ou semi-fechados nos quais estão localizadas tubulações contendo produtos. 
Um espaço que contém equipamento de detecção de gases do tipo aprovado ou um espaço no qual a evaporação da carga é utilizada como combustível e o qual tenha sido aprovado pela Administração não é considerado como um espaço com perigo de gás.
e) um compartimento para os mangotes de carga;
f) espaços fechados ou semi-fechados que têm abertura direta para qualquer espaço ou zona com perigo de gás. 
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ESPAÇOS E ZONAS COM PERIGO DE GÁS
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Espaços com perigo de gás (Tanques tipo C)
TANQUES DE CARGA & ESPAÇOS DOS PORÕES
SALA DOS COMPRESSORES DE CARGA
3M EM VOLTA DE: 
SAÍDA DOS VENTS DE CARGA, VÁLVULAS DAS TUBULAÇÕES DE CARGA OU TORRES DOS VENTS DOS ESPAÇOS COM PERIGO DE GÁS.
ÁREA DO CONVÉS EXPOSTO + 3M A VANTE E A RÉ
 DA ÁREA DE CARGA
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Espaços com perigo de gás (Tanques que não são Tipo C)
TANQUES DE CARGA & ESPAÇOS DOS PORÕES
SALA DOS COMPRESSORES DE CARGA
ESPAÇOS ADJACENTES AOS PORÕES
3M EM VOLTA DE: 
SAÍDA DOS VENTS DE CARGA, VÁLVULAS DAS TUBULAÇÕES DE CARGA OU TORRES DOS VENTS DOS ESPAÇOS COM PERIGO DE GÁS
ÁREA DO CONVÉS EXPOSTO
+ 3M A VANTE E A RÉ
 DA ÁREA DE CARGA
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Espaço com Perigo de Gás: Interpretação
1. Extensões mais a vante e mais a ré
2.4 M
3 M
2.4 M
2. Espaço com perigo de gás : PAIOL DE TINTAS
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ESPAÇO SEGURO DE GÁS é um espaço que não aqueles classificados como espaço com perigos de gás.
As tomadas de ar para acomodações, espaços de serviço e de maquinaria bem como estações de controle, devem estar localizadas a uma distância mínima das saídas das ventilações dos espaços com perigo de gás (15 metros).
Os acessos as acomodações ou praça de máquinas devem estar a uma distância mínima de 3 metros da parte frontal da superestrutura de ré.
As vigias e janelas faceando a área de carga e na lateral da casaria dentro da distância de 3 metros, devem ser do tipo fixa (sem abertura). Há exceção com relação as janelas e portas do passadiço que podem ser localizadas dentro desta distância de 3 metros desde que sejam projetadas para assegurar um rápido fechamento e que sejam eficientes na estanqueidade de gases e vapores. 
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Todas as tomadas de ar e aberturas para os espaços das acomodações, de serviço e estações de controle devem ser equipados com dispositivos de fechamento.
Os acessos de uma zona com perigo de gás sobre o convés exposto para um espaço seguro de gás tem que ser feito através de um airlock.
Um AIRLOCK deve ter os seguintes arranjos:
1) ventilação tipo pressão positiva
2) portas de aço com fechamento automático e sem qualquer dispositivo que possa mantê-las abertas. Estas portas devem ser estanques a gás e distanciadas entre si de, pelo menos, 1,5 metros e de, no máximo, 2,5 metros.
3) um sistema de alarme visual e sonoro para dar um aviso em ambos os lados do airlock para indicar se mais de uma porta foi aberta; e 
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4) Nos navios que transportam produtos inflamáveis, os equipamentos elétricos que não são certificados como do tipo seguro nos espaços protegidos por airlocks, devem ser desalimentados eletricamente no caso de perda da sobre pressão no espaço.
 
O espaço do airlock deve ser ventilado mecanicamente com uma sobre pressão em relação a zona com perigo de gás no convés exposto e ser monitorado para vapor de carga.
Sujeito as exigências da Convenção sobre Linhas de Carga (Load Lines), as soleiras das portas do airlock não devem ter menos do que 30 cm de altura. 
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AIRLOCK
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Todas as Salas dos Compressores de Carga, Casa de Bombas e Centro de Controle considerados como sendo espaços com perigo da gás, devem ser equipados com um sistema de ventilação do tipo pressão negativa (extração).
Os motores elétricos que acionam ventiladores devem ser instalados fora dos dutos de ventilação. 
Os ventiladores devem ter construção anti-centelhas e sobressalentes devem ser dotados para cada tipo de ventilador existente.
 ATENÇÃO: SEGREGAÇÃO, SEPARAÇÃO E AIRLOCKS SÃO FUNDAMENTAIS PARA A SEGURANÇA DO NAVIO TRANSPORTADOR DE GASES LIQUEFEITOS
 
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SISTEMAS DE CONTENÇÃO DE CARGA
São 5 os tipos de tanques que fazem parte do sistema de contenção da carga, a saber:
1) integrais;
2) membranas;
3) semi-membranas;
4) independentes;
5) com isolamento interno
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TANQUES INTEGRAIS: fazem parte da estrutura do navio e estão sujeitos às mesmas influências e esforços que atuam sobre o casco. 
Suportam pressões de até 0,25bar, podendo, em casos de estrutura reforçada, chegar a valores mais altos, porém abaixo de 0,7bar e o ponto de ebulição atmosférico da carga não pode ser menor do que –10ºC.
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TANQUES DE MEMBRANA: não são auto-sustentados como os tanques independentes, porém, são sustentados pela estrutura do navio através do isolamento térmico. 
A pressão manométrica de projeto do espaço de vapor não deverá exceder a 0,25bar exceto, se o escantilhão do casco for aumentado, quando então esta pressão poderá ser aumentada abaixo de 0,7bar.
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TANQUE DE MEMBRANA
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TANQUES DE SEMIMEMBRANA: não são auto-sustentados na condição de carregado. 
São formados por camadas de chapas muito finas (membranas), das quais partes se apóiam na estrutura do casco através do isolamento. 
São projetados, também, para suportar as expansões e contrações térmicas. 
A pressão de projeto não deve ser superior a 0,25bar. São utilizados em navios transportadores de GNL e atualmente em navios transportadores de GLP totalmente refrigerados.
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TANQUES INDEPENDENTES: totalmente auto-sustentados, não formam parte do casco do navio e nem contribuem para sua resistência. São construídos em três diferentes tipos de tanques, chamados de Tipo “A”; Tipo “B” e Tipo “C” e podem ter as formas prismáticas, esféricas ou cilíndricas.
As principais características dos tanques independentes prismáticos dos tipos “A” e Tipo “B”, são:
Possuem superfície plana;
A pressão no espaço de vapor menor que 0,7bar;
Transportam cargas normalmente refrigeradas ou próximas à pressão atmosférica por volta de 0,25bar; e
Possui barreira secundária para cargas abaixo de –10ºC.
Os tanques independentes do tipo “C” são vasos de pressão fabricados em aço carbono com pressão de projeto com cerca de 17,5 bars.
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Tanques Independentes Tipo C (Navio de GLP)
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TANQUES COM ISOLAMENTO INTERNO (também chamados de tanques integrais): utilizam material de isolamento térmico fixado na parte interna do tanque, cuja carga fica em contato com o isolamento. 
Estes tanques são suportados pela estrutura do chapeamento interior adjacente. 
Permitem transporte de cargas totalmente refrigeradas em temperaturas abaixo de – 10o C e a pressão máxima de projeto não deve exceder a 0,25bar.
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TIPOS DE NAVIOS E 
CAPACIDADES DE SOBREVIVÊNCIA
Os Códigos de Gás da IMO divide os navios-tanques de gás em 4 tipos de navios que refletem os graus de riscos apresentados pela cargas transportadas, a saber:
a) TIPO 1G;
b) TIPO 2G;
c) TIPO 2PG; e
d) TIPO 3G
O navio TIPO 1G é um navio-tanque projetado para transportar produtos que representam os maiores riscos totais e os tipos de navios 2G, 2PG e 3G são planejados para transportar produtos de riscos progressivamente menores.
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O navio TIPO 1G é requerido para cargas extremamente perigosas tais como, o CLORO e ÓXIDO DE ETILENO.
Cargas mais comuns tais como, o GNL, ETILENO e GLP, podem ser transportadas nos navios TIPOS 2G ou 2PG.
Nos navios tipo 3G são permitidos transportar somente NITROGÊNIO LÍQUIDO E GASES REFRIGERANTES.
O motivo para a IMO agrupar os navios por tipos, foi a capacidade dos navios sobreviverem a uma avaria causada por colisão e encalhe juntamente com localização dos tanques de carga em relação à lateral e ao fundo do navio. 
A extensão máxima assumida de avaria causada por encalhe ou colisão está especificada nos Códigos de Gás.
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Independente do tipo de navio, nenhum tanque de carga deve ser localizado a menos do que 760 mm do chapeamento do casco e tampouco a menos de B/15 ou 2 metros, o que for menor, do chapeamento do fundo.
Em navios do tipo 1G, os tanques de carga devem ser localizados a, pelo menos, B/5 ou 11,5 metros, o que for menor, da lateral do navio, medido em ângulo reto da linha de centro e no nível da linha de carga de verão.
A seguir mostramos desenhos das localizações dos tanques nestes tipos de navios: 
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NAVIO TIPO 1G
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NAVIO TIPOS 2G, 2PG E 3G
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ISOLAMENTO DO TANQUE DE CARGA
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6. SISTEMA DE MANUSEIO DE CARGA
TANQUES, TUBULAÇÕES E VÁLVULAS
Qualquer sistema de tubulações que podem conter carga ou vapores de carga devem:
1) ser segregado de outros sistemas de tubulações, exceto quando forem necessárias interligações com operações relativa as cargas tais como, purgação, desgaseificação ou inertização;
2) exceto no caso de uso da carga como combustível, não deve
passar através das acomodações, espaços de serviços ou através de espaços de máquinas que não sejam as casas de bombas de carga ou sala dos compressores de carga;
3) ser conectado ao sistema de contenção de carga diretamente pelo convés exposto; e
4) ser localizado na área de carga e acima do convés exposto, exceto se houver arranjos para operações pela proa e popa e através de sistemas de alíjamento de carga em situação de emergência. 
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Os navios de gás são providos de tomadas de líquido e vapor de carga ligadas aos tanques de carga. 
A rede de enchimento de líquido é direcionada ao fundo de cada tanque de carga e a de vapor de carga ao topo de cada tanque de carga.
Em navio do tipo total ou semi-refrigerado a rede de vapor é também ligada à sala dos compressores de carga para reliquefação da carga evaporada (boil-off), retornando com condensado para cada tanque de carga.
Nos navios de GNL, o boil-off pode ser usado como alimentação direta para as caldeiras ou propulsão do navio através de um compressor e de um aquecedor ou ainda ser reliquefeito e retornado como condensado para os tanques de carga. 
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Nenhuma tubulação de carga deve ficar abaixo do nível do convés e por isso todas redes conectadas aos tanques de carga devem ser direcionadas através dos domos dos tanques de carga que projetam-se acima do convés.
As válvulas de alívio de vapor são instaladas nos domos dos tanques de carga e fazem este alivio para a torre de ventilação. 
No projeto e instalação dos sistema de tubulações de carga devem ser providos arranjos para ajustar os efeitos de expansão e contração dessas tubulações.
São usadas peças removíveis nas tubulações para interconectar seções de linhas por razões operacionais especiais tais como: o uso da planta de gás inerte ou para assegurar a segregação de cargas incompatíveis. 
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A IMO tem exigências específicas com relação às válvulas de bloqueio nos navios de gás.
Quando os tanques de carga tem MARVS maior do que 0,7 barg (tanque de carga Tipo C), todas as principais conexões de líquido e vapor, com exceção das conexões das válvulas de alívio e dos dispositivos de medição de nível de líquido, devem ser equipadas com arranjos duplos de válvulas compreendendo uma válvula operada manualmente e uma válvula de fechamento remotamente operada e em série com a manual.
Para tanques de carga com um MARVS menor do que 0,7 barg (tanques de carga Tipos B e C), com exceção das conexões das válvulas de alívio e dos dispositivos de medição de nível de líquido, os Códigos permitem válvulas de abertura/fechamento nas conexões de líquido e vapor desde que possam ser atuadas remota e manualmente.
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As válvulas de fechamento de emergência operadas remotamente são providas nas crossovers de líquido e vapor de todos os navios de gás.
As bombas de carga e compressores devem ser arranjados para parar automaticamente se as válvulas de emergência forem fechadas pelo sistema de para de emergência.
Os tipos de válvulas mais comumente usados nos navios de gás são:
a) esfera;
b) globo;
c) gaveta; e
d) borboleta. 
A figura a seguir mostra o arranjo das tubulações e de válvulas no domo de um tanque de carga.
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REDES E VÁLVULAS DO TANQUE DE CARGA
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EM CIMA: DOMO DO TANQUE COM REDES E INSTRUMENTAÇÃO 
EMBAIXO: DOMO DO TANQUE COM A BOMBA DE CARGA
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DOMO DO TANQUE DE CARGA
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MANIFOLDE DE CARGA DO NAVIO DE GÁS
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VÁLVULAS DE ESFERA, BORBOLETA E GAVETA
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VÁLVULAS DE AMOSTRAGENS
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MANGOTES DE CARGA
Há dois tipos de mangotes de carga, a saber:
a) construção composta; e
b) construção de aço inoxidável.
Mangotes de líquido e vapor usados para transferência de carga devem ser compatíveis com as cargas e adequados a temperatura das cargas.
Mangotes sujeitos à pressão do tanque ou a pressão de descarga das bombas de carga ou compressores de vapor, devem ser projetados para uma pressão de ruptura de, pelo menos, 5 vezes a pressão máxima que o mangote será submetido durante a transferência de carga. 
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Cada novo tipo de mangote de carga completo deve ter um protótipo testado a uma pressão de, pelo menos, 5 vezes a sua pressão máxima de trabalho especificada.
 
A temperatura do mangote durante o teste do protótipo deve ser em condições extremas. Os mangotes usados nos testes não podem ser usados para serviços com a carga.
Por isso, antes de ser colocado em serviço, cada novo mangote produzido deve ser testado hidrostaticamente em temperatura ambiente a uma pressão de, pelo menos, 1,5 vezes sua pressão máxima especificada de trabalho e não mais do que 2/5 da sua pressão de ruptura.
O mangote deve ser marcado com sua pressão máxima de trabalho e, se for usado em outra temperatura que não a ambiente, a sua temperatura máxima, mínima ou ambas.
A pressão de trabalho máxima especificada não deve ser menor do que 10 barg. TODO MANGOTE DEVE SER FORNECIDO COM CERTIFICADO DO FABRICANTE.
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MANGOTES DE CARGA NOS BERÇOS
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MODELO DE CERTIFICADO DO MANGOTE DE CARGA
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SISTEMA DE VENT DOS TANQUES DE CARGA
Todos os tanques de carga devem ter um sistema de alívio de pressão adequado ao0 sistema de conteção de carga e a carga que está sendo transportada.
Espaços dos porões e entre barreiras e também as tubulações de carga que podem estar sujeitas a pressões superiores as suas capacidades de projeto, devem também ser providas com sistema de alívio de pressão adequado.
Cada tanque de carga com volume acima de 20 m3 deve ser equipado com, pelo menos 2 válvulas de alívio de pressão de capacidade aproximadamente iguais. Para os tanques com volume não excedendo a 20 m3, pode ser instalada apenas 1 válvula de alívio de pressão.
As válvulas de alívio devem ser conectadas à parte mais alta do tanques de carga acima do nível de convés.
 
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VÁLVULA DE ALÍVIO DE PRESSÃO COM PILOTOS E
ELEMENTOS FUSÍVEIS PARA ALÍVIO ADICIONAL
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BOMBAS E SISTEMA DE DESCARGA
As principais bombas usadas nos navios de gás liquefeitos são as do tipo centrífuga. Estas bombas podem ser d e profundidade ou submersíveis.
Alguns navios podem ter edutor para transferir carga entre tanques.
Principais benefícios da bomba de carga centrífuga:
1) construção simples;
2) não há válvulas na bomba;
3) tamanho relativamente pequeno operando em alta velocidade;
4) bombeamento contínuo sem pulsação;
5) nenhum avaria na bomba se houver fechamento da válvula de bloqueio. 
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BOMBA DE CARGA DE PROFUNDIDADE
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BOMBA DE RECALQUE 
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EDUTOR
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TROCADORES DE CALOR
Os propósitos dos trocadores de calor no sistema de manuseio de carga são:
1) aquecer a carga líquida;
2) vaporizar a carga líquida ou o N2;
3) secagem do ar e do gás inerte;
4) resfriar o óleo lubrificante e sistema de glicol; e
5) condensar ou fazer o resfriamento entre estágios na planta de reliquefação.
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Quando descarregando cargas refrigeradas para tanques de terra que armazenam cargas pressurizadas é necessário, frequentemente, aquecer a cargq num aquecedor devido os materiais dos tanques e tubulações de terra não serem adequados as baixas temperaturas. 
Nos aquecedores os meio de aquecimento mais usado é a água do mar. 
Alguns navios são equipados com vaporizadores para manter a pressão no tanque de carga durante a descarga pela vaporização da carga líquida.
Nos vaporizadores de carga os meio de aquecimento mais usados são a água do mar e o vapor d`água. 
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AQUECEDORES DE CARGA NO CONVÉS
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SISTEMAS DE RELIQUEFAÇÃO/CONTROLE DE BOIL-OFF
Com exceção dos navios totalmente pressurizados, meios devem ser providos para controlar a pressão nos tanques de carga durante o carregamento e a viagem em trânsito. Assim é necessário a planta de reliquefação para executar as seguintes funções essenciais:
a) resfriar os tanques de carga e tubulações associadas
antes dos carregamento;
b) reliquefazer o vapor gerado pela vaporização da carga, deslocamento do líquido e evaporação quando não existe linha de retorno de vapor para o terminal; e
 
manter ou reduzir a temperatura e pressão da carga dentro dos limites de projeto do sistema de carga durante a viagem.
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Existem 2 tipos de planta de reliquefação:
1) Ciclos diretos nos quais o vapor evaporado ou deslocado é comprimido , condensado e retornado ao tanque. 
Estes tipos podem ser de:
a) estágio simples;
b) dois estágios; ou 
c) cascata. 
2) Ciclos indiretos nos quais é empregado um sistema de refrigeração externo para condensar o vapor de carga sem ser comprimida. 
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CICLO DE REFRIGERAÇÃO DIRETO COM ESTÁGIO SIMPLES
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CICLO DE REFRIGERAÇÃO DIRETO COM DOIS ESTÁGIOS
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CICLO DE REFRIGERAÇÃO EM CASCATA
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CONDENSADORES DO SISTEMA DE RELIQUEFAÇÃO
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SALA DOS COMPRESSORES DE CARGA
(CONTROLADORES)
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SALA DOS COMPRESSORES
(VÁLVULAS DE CONTROLE)
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COMPRESSORES DE CARGA
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COMPRESSOR DE FREON
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SISTEMA DE GÁS INERTE
O gás inerte é usado nos tanques de carga, e espaços vazios para deslocar o ar de modo a prevenir incêndio e explosão. O gás inerte é comumente produzido nos navios de gás por gerador de gás inerte que queima óleo.
A composição do gás inerte produzido tem a seguinte composição, aproximada:
Oxigênio > 0,5 %;
Nitrogênio > 84 %;
Dióxido de carbono > 15 %;
Monóxido de carbono e outros gases > 0,5 %.
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GERADOR DE GÁS INERTE
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INSTRUMENTAÇÃO E SISTEMAS AUXILIARES
A instrumentação é um aspecto muito importante do equipamento do navio de gás e é necessário para medir o nível de carga, pressão e temperatura bem como fazer a detecção de gases. Ela deve ser cuidadosamente selecionada e meticulosamente mantida.
 Equipamentos certificados como seguros devem ser equipados nos espaços e zonas com perigo de gás conforme abaixo:
a) equipamento elétrico e fiação intrinsecamente seguros podem ser usados;
b) motores de bombas submersíveis e seus cabos elétricos podem ser usados nos sistemas de contenção de carga;
c) acessórios de iluminação devem ser à prova de explosão ou em invólucros pressurizados; 
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DOMOS DOS TANQUES DE CARGA
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INDICADORES DE NÍVEIS DE LÍQUIDO
Os Códigos de gás da IMO exige que cada tanque de carga seja equipado com, pelo menos, um medidor de nível de líquido. A clssificação da IMO para os sistemas de medição são:
a) sistema indireto (pesagem ou medidor de fluxo);
b) dispositivos fechados que não penetram o tanque de carga (ultra sônico);
c) dispositivos fechados que penetram o tanque de carga ( boia, tubos indicadores tipo bolha) e
d) dispositivos restritos que penetram o tanque porém liberam volumes muito pequenos de líquido ou vapor durante seu uso (tubo deslizante).
Os mais comuns são os citados em (c) e (d).
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INDICADOR DE NÍVEL TIPO RADAR
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BOIA DE MEDIÇÃO DE NÍVEL DE CARGA
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INDICADORES DE PRESSÃO E TEMPERATURA
O espaço de vapor no tanque de carga deve ser provido com um medidor de pressão que deve incorporar um indicador na posição de controle. Adicionalmente deve haver um alarme de pressão alta no passadiço e este alarme deve ser ativado antes que seja atingido o ajuste de pressão.
 
Cada rede de descarga da bomba de carga e cada rede de líquido e vapor no manifolde de carga deve ter, pelo menos, um indicador de pressão.
Os espaços de porões e entre barreiras sem conexão com a atmosfera devem ter medidores de pressão. 
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Cada tanque de carga deve ter, pelo menos, dois dispositivos para indicar as temperaturas das cargas, uma colocada no fundo e outra próximo ao topo do tanque.
Quando a carga for transportada num sistema de contenção de carga com barreira secundária e em temperatura abaixo de -55oC, dispositivos indicativo de temperatura deve ser providos dentro do isolamento ou estrutura do casco adjacente aos sitemas de contenção.
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CONTROLE DE TRANSBORDAMENTO
Não considerando as exceções previstas nos Códigos de Gás (tanque com volume menor do que 200 m3 ou podendo suportar pressão máxima possível durante o carregamento que seja abaixo da pressão de ajuste da válvula de alívio do tanque de carga, o tanque de carga deve ser:
a) equipado com um alarme de nível de líquido alto operando independente dos indicadores de outros níveis de líquido, com um sinal e sonoro e visual.
Outro sensor operando independente do alarme de nível alto deve atuar automaticamente a válvula de fechamento de forma a evitar pressão excessiva na rede de carga e que o tanque fique torne-se completamente cheio. 
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NÍVEL ALTO DO TANQUE DE CARGA
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DETECÇÃO DE GÁS
De acordo com os Códigos dos navios de gás , devem ser providos equipamentos de detecção de gases para as cargas transportadas.
Alarmes visuais e sonoros devem ser localizados no passadiço, na posição de controle se exigido pelos Códigos e no local em que estiver o detector de gás.
Cada navio deve ter, pelo menos, 2 conjuntos de equipamento portátil de detecção de gás adequados ao produtos transportados.
Também devem ser providos instrumentos adequados para medir o teor de O2 numa atmosfera inertizada. 
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PARADAS DE EMERGÊNCIA
Em qualquer incidente a bordo ou em terra associado a transferência de carga é desejável que sejam tomadas providências imediatas para fechamento do fluxo de carga, parando as bombas e fechando as válvulas.
Todos os navios de gás têm sistemas para um rápido fechamento de emergência das operações de carga. 
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BOTOEIRAS PARA PARADA DE EMERGÊNCIA
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PREVENÇÃO E EXTINÇÃO DE INCÊNDIO
A área de carga é protegida por um sistema de borrifo (spray) de água incluindo a parte frontal da superestrutura de ré e todos as casarias, manifoldes de carga e domo dos tanques de carga. Esta proteção deve ser usada em caso de incêndio.
Os terminais também têm cortina de proteção para a mesma situação de incêndio.
Também há um sistema fixo de pó químico que dá proteção a esta área de carga e caso o navio esteja classificado para transportar gases químicos, deve ter também um sistema fixo com espuma.
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A ÁREA DE CARGA DO NAVIO DE GÁS É 
PROTEGIDA POR UM SISTEMA DE DILÚVIO
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SISTEMAS FIXO DE PÓ QUÍMICO E DE
 BORRIFO COM ÁGUA NA SUPERESTRUTURA
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SISTEMA FIXO DE CO2
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EQUIPAMENTO DE BOMBEIRO
Para atender as situações onde possam ocorrer incêndio, os navios de gás liquefeito devem cumprir com as exigências do Código IGC que estipula a quantidade de equipamento de bombeiro dotados a bordo:
 a) navios com capacidade de carga total até 5.000 m3 deverá ter, no mínimo, 4 roupas de bombeiro; e
b) navios com capacidade de carga total acima de 5.000 m3 deverá ter, no mínimo, 5 roupas de bombeiro.
Qualquer aparelho de respiração autônomo do equipamento de bombeiro deve armazenar ar com capacidade de pelo menos 1.200 litros. 
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EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA
Os Códigos de Gás exigem que os navios de gás tenham, não menos do que, 2 conjuntos completos em adição ao equipamento de bombeiro. Estes equipamentos de segurança permitem que as pessoas possam adentrar e trabalhar num espaço que contenha gás e devem constar de:
1) aparelho de respiração autônoma armazenando ar com capacidade de, pelo menos, 1.200 litros de ar livre ( não é permitido usar oxigênio;
2) roupa de proteção, botas, luvas e óculos estanques;
3) cabo de resgate com madre de aço; e
4) lâmpada à prova de explosão.
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EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO PESSOAL
Equipamento adequado de proteção incluindo a dos olhos devem ser providos a fim de proteger os tripulantes engajados nas operações de carga e descarga além daquelas feitas durante a viagem, levando em conta os tipos de produtos transportados.
Todos os componentes
deste equipamento devem ser guardados no paiol de roupas contaminadas depois de terem sido usados e sofrerem limpeza para retiradas dos resíduos de cargas.
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EQUIPAMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS
Os Códigos de Gás exigem que os navios transportadores de gases liquefeitos sejam dotados de:
a) uma maca adequada para içar uma pessoa ferida que esteja num espaço abaixo do convés, mantida em local prontamente acessível; e
b) um equipamento médico de primeiros socorros, incluindo equipamento de ressucitação com oxigênio e antídotos, se houver, para aqueles produtos transportados no navio.
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PROTEÇÃO PESSOAL PARA PRODUTOS INDIVIDUAIS
Os produtos transportados pelo navio que tiverem o parágrafo 14.4 relacionado na coluna “i” da tabela do Capítulo 19 dos Códigos de Gás, devem ter:
a) proteção respiratória e para os olhos para cada pessoa a bordo, que sejam adequados para propósitos de escape (fuga) em situações de emergência sujeito ao seguinte:
1) não é aceita proteção respiratória tipo filtro;
2) o aparelho de respiração autônomo deve ter a duração em serviço de, pelo menos, 15 minutos;
3) esta proteção não deve ser usada para propósitos de combate a incêndio ou manuseio de carga e deve ser marcada com um aviso a respeito; e
4) dois (2) conjuntos adicionais da proteção acima devem ficar localizados permanentemente no passadiço. 
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Equipamento de Escape em Emergência
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LIMITE DE ENCHIMENTO DOS TANQUES DE CARGA
Nenhum tanque de carga deve ter um limite de enchimento (LE) maior do que 98%. O limite máximo que um tanque de carga pode ser carregado é determinado pela seguinte fórmula: LE = 0,98 x R / C , onde:
1) LE = limite de enchimento expresso em percentual, que significa o volume de líquido máximo permissível para o qual o tanque pode ser carregado;
2) 0,98 = significa o máximo volume de líquido que deve ser transportado no tanque, exceto se for permitido pela Administração um valor maior;
3) R = a densidade relativa da carga na temperatura de referência; e
4) C = a densidade relativa da carga na temperatura e pressão de carregamento.
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Para fins destes cálculos a temperatura de referência (R) significa: 
1) a temperatura correspondente à pressão de vapor da carga no ajuste das válvulas de alívio de pressão quando não forem previstos controles de temperatura/pressão de vapor da carga; ou
2) a temperatura da carga após o término da operação de carregamento, durante o transporte ou na descarga, o que for maior, quando estiver previsto um controle de temperatura/pressão do vapor de carga.
Se esta temperatura de referência resultar em total enchimento do tanque de carga, antes que a carga alcance a temperatura correspondente à pressão de vapor da carga no ajuste das válvulas de alívio de pressão, deve ser instalado um sistema de alívio de pressão adicional 
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DIAGRAMA DO LIMITE MAX. DE ENCHIMENTO
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ALGUMAS DEFINIÇÕES USADAS NOS NAVIOS DE GÁS
Adiabático - Sem transferência de calor.
Administração - O governo do país em que o navio está registrado (Administração da Bandeira).
Equipamento Aprovado - Equipamento de um projeto que foi testado e aprovado por uma autoridade credenciada tal como uma Administração ou Sociedade Classificadora.
Área de Carga - Parte do navio que contém o sistema de armazenamento da carga, compartimento dos compressores da carga e planta de reliquefação.
Asfixia - Quando uma pessoa está sem um adequado fornecimento de oxigênio seguida da perda de consciência.
Asfixiante - Um gás ou vapor que não tem propriedades tóxicas, mas quando presente em determinadas concentrações, exclui o oxigênio e causa a asfixia.
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Auto-Reação - A tendência de um produto químico em reagir consigo mesmo, resultando, usualmente, numa polimerização ou decomposição.
Barreira Secundária - O elemento exterior do sistema de armazenamento da carga, resistente a líquido, projetado para proporcionar o armazenamento temporário de qualquer vazamento previsível de carga líquida através da barreira primária e para evitar a diminuição da temperatura da estrutura do navio para um nível inseguro
Boil Off - Vapor produzido sobre a superfície de uma carga líquida devido à evaporação causada pela entrada de calor.
 
Carga Inibida - Uma carga que contém um inibidor.
Cavitação - Escoamento irregular causado por bolhas de vapor no interior de um líquido, formadas por baixa pressão de vapor na entrada do impelidor da bomba de carga.
Certificado de “Gas Free” - Significa que um tanque, compartimento ou espaço foi testado usando-se um instrumento aprovado e que foi comprovado estar o mesmo, no momento do teste, suficientemente livre de gás tóxico, explosivo ou inerte. Este certificado será emitido por uma pessoa autorizada, como por exemplo, um químico, que servirá para a realização de um objetivo específico, como trabalho a quente (hot work). 
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Códigos da IMO - Os Códigos da IMO para o Projeto, Construção e Equipamento de Navios que transportam Gases Liquefeitos a Granel.
Código IGC - Título resumido do Código Internacional para a Construção e Equipamento de Navios que transportam Gases Liquefeitos a Granel.
Densidade Absoluta do Vapor - A massa de uma unidade de volume de gás, sob condições definidas de temperatura e pressão.
Densidade Relativa do Líquido - A massa de um líquido, a uma determinada temperatura, comparada com a massa de igual volume de água pura a mesma temperatura ou a uma temperatura diferente. O termo Gravidade Específica está desuso. 
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Densidade Relativa do Vapor - O peso do vapor comparado com o peso de igual volume de ar, ambos nas condições padrão de temperatura e pressão. Assim, a densidade do vapor 2,9 significa que o vapor é 2,9 vezes mais pesado do que igual volume de ar, nas mesmas condições físicas.
Detector de Absorção Química (p.ex. Tubos Draeger) - Usado para a detecção e determinação da concentração de gases ou vapores, baseados no princípio da reação entre o gás e um agente químico; o gás altera a cor do agente.
Desgaseificação - A introdução de ar fresco dentro de um tanque, compartimento ou espaço para remover gases tóxicos, inflamáveis ou inertes para um nível tal que satisfaça as exigências de um objetivo específico (p.ex. entrada no tanque, trabalho quente).
Eletricidade Estática - A eletrificação de diferentes materiais através do contato físico e separação.
Espaço ou Zona Perigosa de Gás - É a zona ou espaço no convés principal que pode apresentar retenção de vapores inflamáveis devido à carga.
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Espaço ou Zona Segura de Gás - Um espaço ou zona não definida como sendo um espaço ou zona perigosa de gás.
Espaço vazio - o espaço incluso na área de carga externa do sistema de armazenamento de carga, não sendo um porão de carga, tanque de lastro, tanque de óleo combustível, casa de bombas ou compartimento de compressores de carga, ou qualquer espaço em uso normal do navio.
Equipamento à Prova de Explosão - Algo que irá suportar, sem danos, qualquer explosão de um determinado gás inflamável em seu interior, sob as condições praticas da operação e no âmbito da classificação do equipamento, e irá evitar que a transmissão da chama acenda o gás inflamável que poderá estar presente na atmosfera circundante.
Fratura por Fragilidade (Fratura Frágil) - Fratura de um material causada pela falta de ductilidade na estrutura cristalina e resultante de baixa temperatura.
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Gás Liquefeito - Um líquido que tem uma pressão de vapor absoluta que excede a 2,8 bars a 37,8o C (100o C) e algumas outras substâncias especificadas nos Códigos da IMO.
Gás Inerte - Um gás ou vapor que não sustenta uma combustão e não reage com a carga.
Gás de Calibração (Span Gas) - Uma amostra de vapor de composição e concentração conhecidas, usada para calibrar um equipamento de detecção de gás do navio.
Hidratos - Compostos formados a certas temperaturas e pressões
pela interação entre água e hidrocarbonetos.
Inertização - A introdução de um gás inerte num espaço, visando reduzir e manter o teor de oxigênio a um nível em que a combustão não se sustente.
Inflamável - Capaz de ser aceso e queimado no ar. O termo “gás inflamável” é usado para significar uma mistura de ar vapor dentro de uma faixa inflamável. 
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Faixa inflamável (explosiva) - isto é, a faixa entre as concentrações mínimas e máximas de vapor no ar que formam misturas inflamáveis (explosivas). Abreviadas usualmente de LFL (Limite Inferior de Inflamabilidade) e UFL (Limite Superior de Inflamabilidade). Estes são sinônimos de “Limite Inferior de Explosividade” (LEL) e “Limite Superior de Explosividade” (UEL).
Indicador de Gás Combustível - Para a detecção de uma mistura combustível gás/ar.
Inibidor - Uma substância usada para evitar ou retardar a deterioração da carga ou uma reação química potencialmente perigosa.
Flange com Isolamento elétrico - Um meio isolante colocado entre flanges metálicos, parafusos e espaçadores, para evitar a condução elétrica entre as tubulações, seções de tubulações, mangotes e braços de carregamento ou equipamentos/aparelhagens.
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Intrinsecamente Seguro - Fiação, instrumentos e equipamentos intrinsecamente seguros são aqueles incapazes de liberar suficiente energia elétrica ou térmica, sob condições normais ou anormais, para causar a ignição de uma determinada mistura atmosférica perigosa em sua concentração de maior facilidade de ignição.
Ligação (Elétrica) - A união de partes metálicas, eletricamente condutoras, para assegurar a condução de eletricidade.
Limite de Enchimento (ou Razão) - O volume do tanque, expresso em percentagem do volume total, que pode ser carregado com segurança, tendo em conta a possível expansão (e mudança na densidade) do líquido.
Livre de Gás (Gas Free) - Livre de gás significa que um tanque, compartimento ou espaço foi testado, para um objetivo específico, fazendo-se uso de um apropriado detector de gás, sendo constatado que o mesmo acha-se suficientemente livre de gases tóxicos, explosivos ou inertes, no momento do teste. 
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LNG - Gás Natural Liquefeito (GNL); o principal constituinte do GNL é o metano.
LPG - Gases Liquefeitos do Petróleo (GLP) - eles são principalmente propano e butano, embarcados separadamente ou em misturas. Eles podem ser gases obtidos como subprodutos da refinaria ou podem ser produzidos juntamente com o petróleo ou gás natural.
MARVS - O Ajuste Máximo Permissível para a Válvula de Alívio (Segurança) de um tanque de carga.
Oficial Responsável - O Comandante ou qualquer outro oficial a quem o Comandante delegar responsabilidade para qualquer operação ou tarefa.
Operações de Carga - Qualquer operação a bordo de um navio de gás que envolve o manuseio de carga líquida ou vapor, incluindo transferência da carga, reliquefação, venting (ventilação), etc.
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Permissão para Trabalho a Quente - Documento emitido por uma pessoa autorizada permitindo um determinado trabalho, durante um tempo especificado, a ser feito numa área definida utilizando ferramentas e equipamentos que podem causar ignição de gases inflamáveis.
 
Peróxido - Um composto formado pela combinação química da carga líquida ou vapor com o oxigênio atmosférico ou oxigênio de outra fonte. Estes compostos podem, em alguns casos, devido à sua alta reatividade ou instabilidade, constituir um perigo potencial.
Polimerização – É a união química de duas ou mais moléculas de um mesmo composto para formar molécula maior de um novo composto chamado de polímero. Por este mecanismo a reação pode fazer com que o líquido torne-se mais viscoso e mesmo formar uma substância sólida. Estas reações químicas geralmente são exotérmicas. 
A polimerização pode ocorrer espontaneamente sem influência externa ou pode ocorrer se o composto for aquecido ou se for adicionado um catalisador ou impureza. Em certas circunstâncias, a polimerização pode ser perigosa.
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Ponto de Ebulição - A temperatura na qual a pressão de vapor de um líquido, acima de sua superfície, iguala-se à da atmosfera. Esta temperatura varia com a pressão.
Pressão - Força por unidade de área.
Pressão de Vapor - A pressão exercida pelo vapor acima do líquido a uma dada temperatura.
Purga - A introdução de nitrogênio, gás inerte ou vapor da carga para substituir a atmosfera de um tanque. 
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Ponto de Fulgor - A menor temperatura em que um líquido libera vapor suficiente para formar uma mistura inflamável com ar próximo à superfície do líquido. Este valor é determinado por teste em laboratório.
Porão de Carga - O espaço compreendido pela estrutura do navio, transversal e longitudinalmente, onde se situa o tanque de carga (veja Sistema de Armazenamento da Carga).
Reliquefação - Conversão do vapor de boil-off da carga ao estado líquido, por refrigeração.
Representante Responsável pelo Terminal - O supervisor de terra encarregado de todos os operadores e operações no terminal relacionadas com o manuseio dos produtos ou seu delegado responsável.
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Sistema Restrito de Medição de Nível de Tanque - Um sistema que emprega um mecanismo no interior do tanque e que, quando em uso, permite que se libere para a atmosfera uma pequena quantidade de vapor da carga ou líquido. Quando não em uso, o mecanismo está completamente fechado. (Ex. SLIP TUBE).
Sistema Fechado de Medição de Nível de Tanque - Um sistema através do qual o conteúdo de um tanque pode ser medido por intermédio de um mecanismo no interior do tanque, mas que é parte de um sistema fechado como, por exemplo, sistema de bóias, radar, etc.
Tanque de Carga Independente - Este tipo de tanque possui apoios independentes do casco. Eles não fazem parte da estrutura do navio e não são fatores importantes para a resistência do casco.
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Tipo A - Tanques que são projetados usando, basicamente, “Padrões Reconhecidos” de procedimentos de análise estrutural clássica de navios.
Tipo B - Tanques que são projetados usando testes de modelos, ferramentas analíticas refinadas e análise de métodos para a definição dos níveis de tensão, vida sob condições de fadiga e características de propagação da rachadura.
Tipo C - Referidos como vasos de pressão, são tanques que atendem aos critérios de vasos de pressão.
Temperatura Crítica - A temperatura acima da qual um gás não pode ser liquefeito apenas pela pressão. 
Tela Corta Chamas - Um dispositivo portátil ou montado que incorpora um ou mais fios entrelaçados (tela), resistentes à corrosão, usados para evitar que fagulhas entrem por um buraco aberto no convés ou evitar, por um CURTO PERÍODO DE TEMPO, a passagem de chama, permitindo, contudo a passagem de gás. Encontramos também designado com este nome um dispositivo usado nas linhas de ventilação e suspiro de gás a fim de reter a passagem da chama para o interior dos espaços fechados.
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Trabalho a Quente - Trabalho a quente é qualquer trabalho que envolve solda ou queima e qualquer outro trabalho que inclua perfuração, polimento, trabalho elétrico e o uso de equipamento elétrico não intrinsecamente seguro que poderá produzir uma fagulha incendiária.
Temperatura de Auto-Ignição - A menor elevação de temperatura exigida por um sólido, líquido ou gás para ocasionar combustão auto-sustentada, sem a iniciação por fagulha ou chama.
Valor Limite de Tolerância (TLV) - Os TLV’s referem-se à concentração máxima de gases ou vapores no ar, nos quais se acredita que a maioria das pessoas a bordo possam estar constantemente expostas, dia após dia, sem efeitos colaterais, considerando-se uma exposição de 8 horas por dia ou seja, 40 horas semanais.
Devido a ampla variação na susceptibilidade individual, a eventual exposição de um indivíduo ao TLV ou mesmo abaixo dele, não deverá evitar desconforto ou agravamento de uma condição pré-existente.
Venting - A liberação de vapor da carga ou gás inerte dos tanques de carga e
sistemas associados.
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