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Direito Penal 1

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1 
 
 
NOVA CHANCE 
ROTEIRO DE ESTUDOS 
Disciplina: Direito Penal I 
Objetivos: Ao final de seus estudos de recuperação, você deverá ser capaz 
de: 
 → Identificar os conceitos de Direito Penal e suas missões. 
→ Identificar as Fontes de Direito Penal. 
→ Identificar os princípios norteadores de Direito Penal. 
→ Diferenciar normas incriminadoras e não incriminadoras. 
→ Identificar as situações nas quais haja conflito aparente de normas e 
princípios norteadores. 
→ Diferenciar os institutos de Interpretação Analógica e Analogia consoante 
os princípios norteadores de Direito Penal. 
→ Identificar as normas penais do mandato em branco. 
→Identificar e solucionar os conflitos de leis penais no tempo com base nos 
princípios da irretroatividade da lei penal e retroatividade da lei penal mais 
benéfica. 
→ Compreender a necessidade de criação de normas penais excepcionais e 
temporárias e sua aplicabilidade. 
→ Compreender a estrutura da teoria do delito e seus elementos 
constitutivos. 
→ Reconhecer e diferenciar as condutas comissivas e omissivas. 
 
Orientações gerais: 
Olá. É importante que, ao estudar para o nosso projeto Nova Chance, você 
seja organizado e dedicado no seu processo de autoestudo, bem como é 
imprescindível que tenha iniciativa e autonomia necessárias na aprendizagem 
2 
 
fora da sala de aula presencial, a partir da disponibilização de conteúdo on-
line. Neste projeto, identificaremos os principais tópicos da disciplina Direito 
Penal I e que, portanto, necessitam de toda sua atenção ao estudá-los. 
Desta forma, você seguirá o plano de estudo elaborado especialmente para a 
sua melhor compreensão sobre a nossa disciplina. Leia com atenção e Bons 
estudos! 
Sugestão de cronograma (Plano de Estudo): 
Sugerimos que dedique o tempo correspondente aos encontros das aulas para 
a revisão dos principais tópicos que serão citados nos planos de estudos de 
cada aula. 
! ATENÇÃO. A cada videoaula aula siga o seguinte ROTEIRO DE ESTUDOS: 
1. Assista à videoaula correspondente (duração de 20 min.) 
2.Durante a aula anote os temas selecionados pelo professor (estão todos 
descritos nos planos de aula 1 a 6) 
3. Após assistir à videoaula, leia os artigos de lei indicados pelo professor 
durante a aula. 
4. Após assistir à videoaula, leia os temas anotados durante a videoaula e os 
revise a partir da gravação, das suas anotações em sala de aula e do livro 
proprietário de sua disciplina. 
5. Faça um resumo, com as suas palavras, dos temas selecionados. 
6. Resolva às questões apresentadas no roteiro de cada aula. 
Bons estudos e ótima prova! 
PLANO DE ESTUDO AULA 1. O DIREITO PENAL 
Seguem, abaixo, os principais temas da aula 1. 
1. Conceitos de Direito Penal. 
a) Distinção entre o Direito Penal e os demais ramos do Direito. 
b) Distinção entre ilícitos penais e extrapenais (ex. ilícitos administrativos, 
trabalhistas etc). 
c) Conceitos formal e material de Direito Penal. 
3 
 
d) Consequências da prática de ilícitos penais: distinção entre pena e medida 
de segurança. 
2. Missões ou Funções no Estado Democrático de Direito. Análise do bem 
Jurídico. 
a) Garantia. 
→ garantismo penal: garantia do respeito aos princípios norteadores do 
Direito Penal como forma de controle do dever-poder de punir e a obrigação 
de respeitar o Direito Constitucional. 
b) Seleção e proteção de bens jurídicos mais relevantes para a sociedade 
→ proteção subsidiária e fragmentária – ultima ratio 
3. Características do Direito Penal. 
a) Prevenção - Geral (volta-se à coletividade) 
 - Especial (volta-se ao indivíduo que praticou a conduta típica e 
ilícita e culpável, através da individualização da pena). 
b) Retribuição. 
→ Leia o art.59, do Código Penal. 
c) Ressocialização ou Reeducação 
→ Leia os art. 44, do Código Penal e 74 e 76 da lei n.9099/1995. 
d) Subsidiariedade. 
4. Fontes do Direito Penal. 
a) Fonte Material- União 
→ Leia o art.22, I, da CRFB/1988. 
b) Fontes Formais – Direta somente a lei em sentido estrito (lei federal); 
 - Indiretas (Princípios gerais de direito; analogia em favor 
da parte, doutrina e jurisprudência) 
Indicações: 
Solucione as questões abaixo, disponíveis em: https://www.qconcursos.com 
4 
 
1) Assinale a alternativa que corretamente indica uma das missões do direito 
penal. (Q634536) 
 a) Aplicar a pena com o escopo único de retribuir ao criminoso o mal causado, 
pois a pena é intrinsecamente justa. 
 b) Aplacar o clamor popular através de instrumentos simbólicos de punição. 
 c) Manter a ordem política através da seletividade nas incriminações. 
 d )Estimar a vingança privada nas hipóteses previstas em lei, como, por 
exemplo, na legítima defesa. 
 e) Servir como instrumento de garantias para o criminoso. 
2) Com relação às fontes do Direito Penal, é correto dizer que as fontes formais 
são classificadas em: (Q239359) 
 a) materiais e de cognição. 
 b) imediata e substancial 
 c) mediata e de produção. 
 d) mediata e imediata 
 e) exclusivamente de cognição. 
 
PLANO DE ESTUDO AULA 2. PRINCÍPIOS NORTEADORES, GARANTIDORES E 
LIMITADORES DO DIREITO PENAL 
Seguem, abaixo, os principais temas da aula 2. 
1) Conceito e distinção de regras e princípios. 
! ATENÇÃO. As normas jurídicas compreendem regras e princípios 
2) Funções num Estado Democrático de Direito. 
→ Promoção e efetivação de um sistema penal constitucional pautado no 
respeito à dignidade da pessoa humana e consectários princípios. 
3) Princípios constitucionais e infraconstitucionais. 
a) Princípio da dignidade humana 
→ Leia o art. 1°, III, da CRFB/1988. 
5 
 
b) Princípio da humanidade das penas. 
→ Leia o art. 5°, incisos XLVII, XLVIII, XLIX e L da CRFB/1988. 
c) Princípio da personalidade da pena. 
→ Leia o art. 5°, inciso XLV, da CRFB/1988. 
d) Princípio da Legalidade. 
→ Leia os art. 1°, do Código Penal e art. 5°, inciso XXXIX, da CRFB/1988. 
e) Princípio da Irretroatividade da Lei Penal. 
→ Leia o art. 5°, inciso XL, da CRFB/1988. 
f) Princípio da Anterioridade. 
→ Leia o art. 5°, inciso XXXIX, da CRFB/1988. 
! ATENÇÃO. Os princípios da irretroatividade da lei penal e da anterioridade 
não se confundem. O primeiro se relaciona ao conflito de leis penais no tempo 
e o segundo, à obrigatoriedade da existência de lei anterior à prática da 
conduta pelo agente para a caracterização do delito. 
g) Princípio da Intervenção Mínima. 
h) Princípio da Fragmentariedade. 
i) Princípio da Lesividade. 
→ Decorre deste o princípio da alteridade, segundo o qual o Direito Penal não 
pune a autolesão. 
j) Princípio da Culpabilidade. 
→ Leia o art. 5°, inciso LVII, da CRFB/1988. 
! ATENÇÃO. A culpabilidade também pode ser vista como pressuposto e limite 
para aplicação de pena, na medida em que se configura como juízo de 
reprovabilidade da conduta. 
→ Ainda, estudaremos a culpabilidade como elemento do conceito analítico 
de crime. 
k) Princípio da Proporcionalidade das Penas. 
→ Leia o art. 59, parte final do Código Penal. 
6 
 
! ATENÇÃO. Este princípio impede a atuação ineficaz do Estado ao exercer o 
poder-dever de punir, bem como veda o excesso deste exercício. 
EXEMPLO. Vejamos, por exemplo, a distinção entre as penas previstas para os 
delitos de furto e roubo, haja vista o último ser praticado com emprego de 
violência ou grave ameaça à pessoa ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido à impossibilidade de resistência (leia os art. 155 e 157, do Código 
Penal) 
l) Princípio da Individualização das Penas. 
→ Leia o art. 5°, incisos XLVI, da CRFB/1988. 
! ATENÇÃO.Aqui, falamos da transformação da pena abstrata (prevista em lei) 
na pena concreta a ser cumprida pelo condenado (pena individualizada pelo 
juiz na sentença penal condenatória) e que atende à missão de prevenção 
especial da pena. 
m) Princípio da Insignificância. 
! ATENÇÃO. Para a aplicação do princípio da insignificância, consoante 
entendimento do Supremo Tribunal Federal, é indispensável o preenchimento 
dos seguintes requisitos: (a) mínima ofensividade da conduta do agente; (b) 
nenhuma periculosidade social da ação; (c) reduzidíssimo grau de 
reprovabilidade do comportamento e (e) inexpressividade da lesão jurídica 
provocada. 
n) Princípio da Adequação Social. 
!EXEMPLO. Podemos citar como exemplo da incidência do princípio da 
adequação social a realização de tatuagens, pois caso contrário, a conduta do 
tatuador seria caracterizada como lesão corporal gravíssima (art.129,§2º, IV, 
do Código Penal, cuja pena é de reclusão, de dois a oito anos). 
Indicações: 
Solucione as questões abaixo, disponíveis em: https://www.qconcursos.com 
1) O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo: 
(Q800678) 
 a) no princípio da fragmentariedade e na teoria da imputação objetiva. 
 b) no princípio da subsidiariedade e na teoria da imputação objetiva. 
7 
 
 c) nos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. 
 d) no princípio da fragmentariedade e na proposta funcionalista sistêmica. 
 e) na teoria da imputação objetiva e na proposta funcionalista sistêmica. 
2) Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a opção 
correta.( Q647125) 
 a) O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal 
quer dizer que a pessoa cometerá o crime se sua conduta coincidir com 
qualquer verbo da descrição desse crime, ou seja, com qualquer fragmento de 
seu tipo penal. 
 b) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será 
punido sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena 
também deve ser prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir. 
 c) É possível que uma lei penal mais benigna alcance condutas anteriores à 
sua vigência, seja para possibilitar a aplicação de pena menos severa, seja para 
contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não mais ser crime. 
 d) O princípio da insignificância no direito penal dispõe que nenhuma vida 
humana será considerada insignificante, sendo que todas deverão ser 
protegidas. 
 e) O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal 
significa que a pessoa só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por 
esse crime o permitir. 
PLANO DE ESTUDO AULA 3. TEORIA DA NORMA PENAL 
Seguem, abaixo, os principais temas da aula 3. 
1) Teoria da Norma Penal. 
! ATENÇÃO. Não há que se confundir lei e norma. Podemos sintetizar que a lei 
representa a forma e a norma, o conteúdo alcançado através de sua 
interpretação. 
2)Classificação da Norma Penal. 
a) Incriminadoras. 
b) Não Incriminadoras (Normas permissivas e Normas Explicativas). 
8 
 
! ATENÇÃO. A lei penal pode conter uma norma de característica proibitiva, 
permissiva, explicativa ou complementar. 
!EXEMPLOS. → Normas Incriminadoras: crimes em espécie (art.121 em diante, 
do Código Penal). 
 → Normas permissivas (art.23 e 128, do Código Penal). 
 → Normas explicativas (art.327, do Código Penal). 
3) Características da lei penal. 
a) Descritiva. 
! ATENÇÃO. “ A Lei é descritiva, logo cabe à norma o comando proibitivo. 
b) Exclusiva e taxativa. 
c) Imperativa. 
d) Geral e Impessoal. 
4)Interpretação da Lei Penal. 
→ Finalidade: extrair da lei penal o conteúdo da norma. 
→ Espécies: 
a) Quanto ao sujeito que a elabora (por exemplo: autêntica, jurisprudencial ou 
doutrinária) 
b) Quanto aos meios empregados (por exemplo: gramatical, histórica, 
sistemática). 
c) Quanto ao resultado (por exemplo: declaratória, restritiva, extensiva). 
5)Interpretação e Integração da lei penal. 
! ATENÇÃO. Distinção entre analogia e interpretação analógica. 
→Na analogia não há norma regulando a hipótese, logo é uma forma de 
autointegração legislativa e, no Direito Penal, somente é permitida em favor 
da parte (por ex. art.181, I, do CP – aplica-se aos casos de união estável, por 
analogia). 
→ Por outro lado, na interpretação analógica há uma norma regulando a 
hipótese, ainda que de forma genérica. (por ex. art.121,§2º, III , do CP ao falar 
de “qualquer meio cruel, insidioso ou que cause perigo comum). 
9 
 
6)Norma Penal do Mandato em Branco . 
→ Conceito. Norma penal cujo preceito primário é incompleto e necessita de 
complementação por outra norma. 
→ Espécies quanto à fonte normativa da norma complementadora: 
a) homogênea. 
b) heterogênea. 
 
7)Conflito aparente de normas. 
→ Conceito. Quando em um mesmo contexto fático há pluralidade de normas 
a serem aplicadas. Por exemplo: acidente automobilístico, no qual o condutor 
do veículo causou lesões corporais culposas a terceiro. Teoricamente, 
aplicam-se os art.129,§6º, do Código Penal e art.303, do CTB -lei n.9503/97) 
! ATENÇÃO. Sempre deverá ser solucionado por força do princípio do non bis 
in idem, segundo o qual ninguém pode ser punido mais de uma vez pela 
mesma circunstância ou fato. 
→ Princípios que solucionam: 
a) Especialidade: (ex. art.129, §6º, do Código Penal e art.303, do CTB -lei 
n.9503/97) 
b) Subsidiariedade: pode ser tácita ou expressa (ex. art.132, do Código Penal) 
c) Consunção: divide-se em crime progressivo (relação de crime-meio e crime-
fim, como por ex. art.129 e art.121, ambos do Código Penal) e crime complexo 
(reunião de dois ou mais delitos formando um novo, como por ex. art.157,§3º, 
parte final -latrocínio, Código Penal) 
d) Alternatividade: caracteriza-se pela pluralidade de verbos descritos no tipo, 
sendo irrelevante a prática de um ou mais verbos para a caracterização do 
delito (ex. art.33, da lei de drogas – lei n.11343/2006) 
Indicações: 
Solucione as questões abaixo, disponíveis em: https://www.qconcursos.com 
1) Henrique, não aceitando o fim do relacionamento, decide matar Paola, sua 
ex-namorada. Para tanto, aguardou na rua a saída da vítima do trabalho e, 
após, desferiu-lhe diversas facadas na barriga, sendo estas lesões a causa 
10 
 
eficiente de sua morte. Foi identificado por câmeras de segurança, porém, e 
denunciado pela prática de homicídio consumado. Em relação ao crime de 
lesão corporal, é correto afirmar que Henrique não foi denunciado com base 
no princípio da: (Q556508) 
 a) especialidade; 
 b) subsidiariedade expressa; 
 c) alternatividade; 
 d) subsidiariedade tácita; 
 e) consunção. 
2) Determinada lei dispõe: “Subtrair objetos de arte. Pena: a ser fixada 
livremente pelo juiz de acordo com as circunstâncias do fato". Para um fato 
cometido após a sua vigência, é correto afirmar que a referida lei: (Q531852) 
 a) fere o princípio da legalidade. 
 b) fere o princípio da anterioridade. 
 c) fere os princípios da legalidade e da anterioridade. 
 d) não fere os princípios da legalidade e da anterioridade. 
 e) é uma norma penal em branco. 
 
PLANO DE ESTUDO AULA 4. VALIDADE E EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO 
E NO ESPAÇO. 
Seguem, abaixo, os principais temas da aula 4. 
1)A Lei Penal no Tempo. Vigência e Validade. Atividade e Extratividade da 
Lei Penal. 
 → vigência e validade da lei penal →a validade da lei penal. 
→ atividade da lei penal: capacidade que a lei penal tem para regular fatos 
ocorridos durante o seu período de vigência. 
→ extratividade da lei penal: capacidadeque a lei penal tem para regular fatos 
ocorridos durante o seu período de vigência, mesmo depois de ter sido 
revogada, OU de retroagir no tempo para regular fatos anteriores à sua 
vigência, desde que em benefício do agente, ou seja, divide-se em: 
11 
 
a) Ultratividade 
b)Retroatividade 
2)Conflito de leis Penais no Tempo. 
→ Sucessão de leis penais no tempo →Período - da prática da conduta delitiva 
até o término de execução (cumprimento) da respectiva sanção penal. 
→ natureza jurídica das leis penais. 
a) abolitio criminis: leia o art.2º, do Código Penal e art. 5°, inciso XL, da 
CRFB/1988 ↔ princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica. 
b) novatio legis in mellius: leia o art.2º, parágrafo único, CP ↔ princípio da 
retroatividade da lei penal mais benéfica. 
! ATENÇÃO. A análise acerca dos “benefícios” trazidos pela nova lei deve ser 
realizada mediante o caso concreto e não apenas a partir da leitura 
comparativa entre os dispositivos penais. 
c) novatio legis incriminadora: leia o art. 5°, inciso XL, da CRFB/1988 ↔ 
princípio da irretroatividade da lei penal (ex. art.36 e 37, da lei n.11343/2006) 
! ATENÇÃO. Sua adequação aos princípios da legalidade e anterioridade da lei 
penal previstos no art.5º, XXXIX, da CRFB/1988. 
d) novatio legis in pejus: leia o art. 5°, inciso XL, da CRFB/1988 ↔ princípio da 
irretroatividade da lei penal (ex. lei n.8072/1990) 
! ATENÇÃO. Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo. 
a) princípio da irretroatividade da lei penal severa → art. 5º, XL, da CRFB/1988. 
b) princípio da retroatividade da lei penal mais benigna → art. 5º, XL, da 
CRFB/1988. 
3) Leis excepcionais e leis temporárias → Leia o art.3º, do Código Penal. 
→ Espécies. 
a) temporárias. 
b) excepcionais. 
→Características 
a) autorrevogáveis. 
12 
 
b) ultrativas. 
3)Tempo do Crime. 
a) Teorias: atividade, resultado e mista. 
→ Leia o art.4º, do Código Penal ↔ teoria da atividade (ação ou omissão). 
! ATENÇÃO. Crime permanente → Exemplo: art.159, do Código Penal. 
→ Leia o Enunciado de Súmula n.711, do STF. 
4) A Lei Penal no Espaço ↔ Validade da Lei Penal 
→ Questões norteadoras. 
a) A sociedade globalizada e as “fronteiras” para a prática delitiva ; 
b) o que se compreende por território nacional? 
c)A legislação penal pátria será aplicada a todos os delitos praticados dentro 
do território nacional, ainda que praticados por estrangeiros? 
d) Caso um brasileiro pratique crime fora do território nacional – a nossa 
legislação terá validade? 
→ Lugar do Crime ↔ Teoria da ubiquidade → Leia o art.6º, do Código Penal. 
→ Conceito de território nacional e sua extensão. 
a) real. 
b) por extensão. 
→ Princípios delimitadores do conflito de leis penais no espaço. 
a) territorialidade: Leia os art.5º, §§1º e 2º, do Código Penal. 
b) extraterritorialidade: Leia o art.7º, do Código Penal. 
b.1. Incondicionada – art.7º I, CP - princípio da defesa - alíneas a, b e c; 
 - princípio da universalidade- alínea d; 
b.2. Condicionada – art.7º, II, §§2º e 3º, do Código Penal. 
- princípio da universalidade (art.7º, II, a); 
- princípio da personalidade (art.7º, ii, b); 
- princípio da bandeira (art.7º, ii, c); 
13 
 
- princípio da defesa (art.7º, §3º). 
Indicações: 
Solucione as questões abaixo, disponíveis em: https://www.qconcursos.com 
1) Em relação à aplicação da lei penal, marque a alternativa CORRETA.( 
Q797802) 
 a) Não há crime sem lei ou decreto anterior que o defina. Não há pena sem 
prévia cominação legal. 
 b) Ninguém pode ser punido por fato que lei ou decreto posterior deixa de 
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais e 
civis da sentença condenatória. 
 c) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos 
fatos anteriores, com exceção se houver sentença condenatória transitada em 
julgado. 
 d) A lei excepcional ou temporária, uma vez decorrido o período de sua 
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram não se aplica ao 
fato praticado durante a sua vigência. 
 e) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda 
que outro seja o momento do resultado. 
2) Um crime de extorsão mediante sequestro perdura há meses e, nesse 
período, nova lei penal entrou em vigor, prevendo causa de aumento de pena 
que se enquadra perfeitamente no caso em apreço. Nessa situação hipotética, 
(Q647303) 
 a) a lei penal mais grave não poderá ser aplicada: o ordenamento jurídico 
não admite a novatio legis in pejus. 
 b) a lei penal menos grave deverá ser aplicada, já que o crime teve início 
durante a sua vigência e a legislação, em relação ao tempo do crime, aplica a 
teoria da atividade. 
 c) a lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a atividade delitiva 
prolongou-se até a entrada em vigor da nova legislação, antes da cessação da 
permanência do crime. 
 d) a aplicação da pena deverá ocorrer na forma prevista pela nova lei, dada 
a incidência do princípio da ultratividade da lei penal. 
14 
 
 e) a aplicação da pena ocorrerá na forma prevista pela lei anterior, mais 
branda, em virtude da incidência do princípio da irretroatividade da lei penal. 
 
PLANO DE ESTUDO AULA 5. TEORIA DO DELITO. 
Seguem, abaixo, os principais temas da aula 5. 
1) Consolidação da Teoria do Delito. 
→ Conceitos de delito: formal, material e analítico. 
! ATENÇÃO. Para o conceito analítico, crime é fato típico, ilícito e culpável. 
Caso seja excluído um destes elementos não haverá crime. 
↔ Vejamos a síntese deste conceito. 
a) Fato típico: é composto por conduta, nexo causal, resultado e tipicidade. 
Leia os art.13 a 19, do Código Penal. 
b) Ilicitude ou Antijuridicidade: é analisada através da exclusão das causas 
justificantes, por exemplo, previstas no art.23, do Código Penal. 
c) Culpabilidade: é composta por imputabilidade, potencial consciência da 
ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. 
Leia os art.21 e 22, do Código Penal. 
2) Bem Jurídico Tutelado. 
a) Conceito de Bem jurídico-penal. 
b) Critérios de seleção: princípios da intervenção mínima, do interesse 
preponderante. 
3) A Infração Penal. 
→Distinção das infrações extrapenais - critérios: 
a) bem jurídico tutelado; 
b) natureza/gravidade da lesão ao bem jurídico; 
c) natureza/gravidade da sanção imposta 
→ Sistema Classificatórios: bipartido e tripartido. 
15 
 
! ATENÇÃO. O Código Penal adotou o sistema bipartido, segundo o qual a 
infração divide-se em crime (ou delito) e contravenção penal → leia o art.1º, 
da Lei de Introdução ao Código Penal (LICP). 
! ATENÇÃO. Infração Penal de Menor Potencial Ofensivo → leia o art.61, da lei 
n.9099/1995. 
4) Sujeitos da Infração Penal. 
a) Sujeito Ativo: aquele que realiza a conduta descrita no tipo penal 
b) Sujeito Passivo: 
b.1. Imediato: em regra, titular do bem jurídico lesionado ou exposto à lesão. 
! ATENÇÃO. Nos crimes contra a Administração Pública, como por exemplo o 
peculato (art.312, do CP), o Estado também é sujeito passivo imediato ou 
direto. 
b.2. Mediato: o Estado. 
! ATENÇÃO. A responsabilidade penal da pessoa jurídica – controvérsias: 
a) não há que se confundir sujeito da ação e sujeito da imputação penal; 
b) a pessoa jurídica não possui capacidade de culpabilidade e pena; 
c) a responsabilidade pessoal dos dirigentes não se confunde com a 
responsabilidade da pessoa jurídica 
Leia os art. 225,§3º e 173, §5º, ambos da CRFB/1988. 
Indicações: 
Solucione as questões abaixo, disponíveis em: https://www.qconcursos.com1) Segundo o Direito Penal brasileiro, analise os itens abaixo e assinale a 
alternativa CORRETA: (Q489660) 
a) São elementos que integram o fato típico: a conduta humana, o resultado, 
o nexo causal e a ilicitude. 
 b) São excludentes legais de ilicitude: o estado de necessidade, a legítima 
defesa, o estrito cumprimento de dever legal, o exercício regular de direito e 
o consentimento do ofendido. 
16 
 
 c) Integram o crime tentado: o início da execução e a não consumação por 
circunstâncias alheias à vontade do agente, a qual pode ser dar a título de dolo 
ou de culpa. 
 d) Sobre a lei penal no tempo, o Código Penal Brasileiro adotou a Teoria da 
Ubiquidade. 
 e) O crime é consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua 
definição legal. 
2) Na estrutura analítica do crime, o juízo da culpabilidade presta-se para 
avaliar a 
 a) prática da conduta. 
 b) contrariedade da conduta ao direito. 
 c) reprovabilidade da conduta. 
 d) existência do injusto penal. 
 e) ilicitude da conduta. 
 
PLANO DE ESTUDO AULA 6. DO FATO TÍPICO. DA CONDUTA TEORIAS DA 
AÇÃO. 
Seguem, abaixo, os principais temas da aula 6. 
1) Do Fato Típico. 
a) Conceitos. 
b) Elementos na concepção finalista de ação: 
b.1. Conduta. 
b.2. Nexo Causal. 
b.3. Resultado. 
 b.4. Tipicidade 
 2) Teorias da Ação. 
a) Teoria Causal. 
b) Teoria Final → adotada pelo Código Penal a partir da reforma de 1984. 
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 → Delimitação: Conduta e Vontade. 
 → A vontade consciente do fim compreende: a proposição do 
fim e a seleção dos meios de ação para realizar o fim. 
 → Se o agente pratica a conduta com finalidade ilícita, será 
caracterizado o dolo; por outro lado, se sua finalidade é lícita, todavia através 
da quebra do dever objetivo de cuidado (imprudência, negligência ou 
imperícia), gera um resultado naturalístico ilícito e objetivamente previsível, 
sua conduta será culposa (Leia o art.18, do Código Penal). 
! ATENÇÃO. Só o ser humano pratica conduta, pois é dotado de vontade. 
c) Teoria Social da Ação. 
3) Conduta 
a) Conceito. 
b) Condutas comissivas e omissivas. 
! ATENÇÃO. A conduta comissiva se dá por meio de ação (comportamento 
positivo, movimentação corpórea); por outro lado, a conduta omissiva se dá 
por meio de um comportamento negativo (abstenção de movimento). 
b.1. Omissão própria: é regida pelos princípios da legalidade e da 
solidariedade, logo exigem a existência de tipos penais específicos, como por 
exemplo, o art.135, do Código Penal. 
b.2. Omissão imprópria- possui como características: 
- crime de resultado; 
- a figura do agente garantidor ; 
- não exige a figura típica específica, devendo o agente garantidor ser 
responsabilizado pelo resultado que deveria evitar. 
- possui como requisitos: conhecimento da ação típica; o dever e a 
possibilidade, no caso concreto, de agir para evitar o resultado lesivo. 
 ! ATENÇÃO. Leia o art.13§2º, do Código Penal. 
4) Ausência de Conduta. 
a) caso fortuito e força maior; 
b) ato reflexo; 
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c) estado de inconsciência 
Indicações: 
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1) O sonambulismo exclui o seguinte elemento do crime: (Q786161) 
 a) Fato típico. 
 b) Punibilidade. 
 c) Culpabilidade. 
 d) Antijuridicidade. 
2) A respeito da omissão própria e da omissão imprópria (também 
denominada crime comissivo por omissão), é correto afirmar que: (Q649446) 
 a) um dos critérios apontados pela doutrina para diferenciar a omissão 
própria da omissão imprópria é o tipológico, segundo o qual, havendo norma 
expressa criminalizando a omissão, estar-se-ia diante de uma omissão 
imprópria. 
 b) nos termos do Código Penal, possui posição de garantidor e, portanto, o 
dever de impedir o resultado, apenas quem, por lei, tem a obrigação de 
cuidado, proteção ou vigilância. 
 c) a ingerência, denominação dada à posição de garantidor decorrente de um 
comportamento anterior que gera risco de resultado, não está positivada no 
ordenamento brasileiro, tratando-se de uma construção dogmática. 
 d) o crime praticado por omissão, segundo o Código Penal, é apenado de 
forma atenuada ao crime praticado por ação. 
 e) segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância 
penal se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade 
de evitá-lo.

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