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apostila de pratica constitucional parte 2 (1)

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Professor Tiago Torres Página 1 
 
CAPÍTULO 3 – REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
RELEMBRANDO A MATÉRIA 
 Os remédios constitucionais são meios constitucionais que tem por objetivo garantir 
aos sujeitos de direito o respeito aos seus direitos fundamentais previstos na Constituição 
Federal de 1988. Para cada um dos direitos inerentes ao indivíduo existe um remédio 
constitucional disponível que poderá ser utilizado. 
 Para a o examinando que fará a segunda fase da prova da OAB, especialmente de 
Direito Constitucional é indispensável conhecer cada um dos remédios constitucionais a serem 
utilizados quando um direito fundamental for transgredido, seja por ilegalidade, seja por 
abuso de poder das autoridades coatoras. 
 O examinando, então, para escolher o remédio constitucional adequado deverá 
observar o direito fundamental transgredido, que pode ser: a liberdade (Remédio 
Constitucional – Habeas Corpus), a retificação ou acesso aos próprios dados (Remédio 
Constitucional – Habeas Data), um direito líquido e certo (Remédio Constitucional – Mandado 
de Segurança), a falta de uma norma regulamentadora inviabilizadora de um direito (Mandado 
de Injunção) ou quando, na qualidade de cidadão, perceber a existência de ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (Remédio Constitucional – Ação Popular). 
 Todas essas ações estão previstas ao final do artigo quinto da Constituição Federal, 
todavia, elas possuem leis próprias que regulamentam o seu procedimento e, devem ser 
observadas pelo examinando na construção da sua peça processual. 
 Observe a previsão legal de cada um dos remédios constitucionais no quadro abaixo: 
REMÉDIO CONSTITUCIONAL PREVISÃO NA CRFB/88 PREVISÃO LEGAL 
HABEAS CORPUS Artigo 5, LXVIII Artigos 647 a 667, CPP 
HABEAS DATA Artigo 5, LXXII Lei 9.507/99 
MANDADO DE SEGURANÇA Artigo 5, LXIX Lei 12016/09 
MANDADO DE SEGURANÇA 
COLETIVO 
Artigo 5, LXX Artigo 21, Lei 12016/09 
MANDADO DE INJUNÇÃO Artigo 5, LXXI Lei 13.300/16 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
COLETIVO 
Artigo 5, LXXI Lei 13.300/16 
AÇÃO POPULAR Artigo 5, LXXIII Lei 4717/65 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA Artigo 129, III Lei 7347/85 
 
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Professor Tiago Torres Página 2 
 
 Esses fundamentos constitucionais e legais deverão constar nos preâmbulos das peças 
processuais, sem prejuízo de outros, como por exemplo, o artigo 319 do CPC. Lembrando que, 
por ser petição inicial, as ações constitucionais seguem o roteiro estabelecido no artigo 319 do 
Código de Processo Civil. 
 Quando se fala em legitimidade ativa dos remédios constitucionais qualquer um que 
seja sujeito do direito fundamental transgredido poderá propor o remédio cabível. A 
legitimidade ativa do Mandado de Segurança Coletivo e do Mandado de Injunção Coletivo 
seguem o imperativo do artigo 21 da Lei 12016/09 combinado com o artigo 5, inciso LXX da 
CRFB/88 e Artigo 12 da Lei 13.300/16, respectivamente. 
 O Mandado de Segurança Coletivo pode ser confundido com a Ação Civil Pública, pois 
a legitimidade ativa pode ser comum em ambos os casos quando o cliente for Associação 
constituída há pelo menos um ano. Todavia, quando o examinado se deparar com essa dúvida, 
deverá observar os demais requisitos trazidos no enunciado, tais como a existência de prova 
pré-constituída que é exigida apenas nas ações de Mandado de Segurança. Portanto, se a 
questão falar em provas que ainda serão produzidas, não seria o caso de Mandado de 
Segurança. Isto é importante! 
 Já, o Mandado de Injunção Coletivo pode ser confundido com uma Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão, caso em que, por exemplo, se advoga para uma Entidade 
de Classe de Âmbito Nacional. Deve se, portanto, observar dois detalhes. O primeiro detalhe 
diz respeito ao descabimento de tutela de urgência em Mandado de Injunção. Assim, 
decorem: - Em Mandado de Injunção não cabe tutela provisória! O segundo detalhe reside na 
discussão da omissão inconstitucional. Se a discussão se der na omissão inconstitucional da lei 
em tese, estaremos diante de uma ADiPO. Se a pretensão é o exercício do direito no caso 
concreto, então, estaremos diante de um Mandado de Injunção Coletivo. 
 A legitimidade passiva nos remédios constitucionais deverá ser sempre uma 
autoridade coatora que esteja inviabilizando ou transgredindo um direito, seja por uma 
ilegalidade, seja pelo abuso da autoridade. 
 Na ação de Habeas Data deve se observar alguns detalhes. Perceba que o Habeas Data 
é um remédio constitucional destinado a garantir o acesso a dados próprios, anotação ou a 
retificação desses dados em registros públicos. Assim, o Habeas Data deve ser utilizado 
apenas para ter acesso, retificar ou complementar as informações da própria pessoa, não 
sendo cabível para obtenção de informações de terceiros. A negativa de informações de 
caráter público, não pessoais, enseja o Mandado de Segurança. 
 Outro requisito importante do Habeas Data reside no fato da necessidade de se 
demonstrar na ação ter havido recusa ao acesso às informações pretendidas sob pena de se 
constatar a carência da ação pela falta do interesse de agir. Ao contrário do Habeas Corpus, o 
Habeas Data necessita de representação por advogado. 
 E, por fim, a Ação Popular é o instrumento à disposição do cidadão para anular ato 
lesivo ao patrimônio histórico, cultural, ao meio ambiente ou o desrespeito aos princípios da 
Administração Pública. É preciso, portanto, que o Impetrante seja eleitor ativo, sendo 
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obrigatória a cópia de seu título de eleitor. Na ação popular, podem figurar-se várias pessoas 
no polo passivo. A legitimidade passiva é ampla. 
 A Ação Civil Pública é mais voltada para a atuação do Ministério Público, todavia, 
existe uma única hipótese de se figurar como advogado em peça a ser cobrada pela OAB: - 
Quando o seu cliente for uma Associação constituída há pelo menos um ano que tenha por 
objetivo a proteção de interesses difusos e coletivos. Imaginemos, por exemplo, a 
possibilidade de uma Associação constituída há mais de um ano, de moradores da Cidade de 
Mariana procurar seus serviços para ingressar com a referida ação em face da Empresa 
Samarco, pelos danos ocorridos em face do rompimento da sua barragem de rejeitos. Vimos 
que o sujeito passivo aqui pode ser um particular, assim como também pode ser algum ente 
da Administração Pública. Veja, que o objeto da ACP se parece com o objeto da Ação Popular, 
mas diferenciá-las não será problema para o examinando, pois há uma diferença gritante na 
legitimidade ativa de ACP para a Ação Popular. Enquanto na ACP, na prova da OAB o 
examinado advogará para uma Associação, na Ação Popular, o examinando advogará para um 
eleitor, com direitos políticos ativos em dia e isto, o enunciado da questão deixará bem claro. 
 
 
Agora é hora de voltarmos a redigir as peças. 
Lembro a vocês que nossa metodologia consiste em: 
 
Primeiro – Iremos apresentar um enunciado de prova ou criado pelo autor; 
Segundo – Iremos desenvolver o raciocínio, respondendo aos quesitos essenciais; 
Terceiro – Logo, deixaremos o modelo da peça processual. 
Quarto– Agora é sua vez! Darei um enunciado, só que agora, você é quem irá 
construir a peça! 
 
Bom trabalho! 
 
 
 
 
 
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Redigindo a Peça 5: 
ENUNCIADO: OAB FGV 2010.2 – PROVA UNIFICADA II 
Mévio de Tal, com quarenta e dois anos de idade, pretende candidatar-se a cargo vago, 
mediante concurso público, organizado pelo Estado X, tendo, inclusive, se matriculado em 
escola preparatória. Com a publicação do edital, é surpreendido com a limitação, para 
inscrição, dos candidatos com idade de, no máximo, vinte e cinco anos. Inconformado, 
apresenta requerimento ao responsável pelo concurso, que aduz o interesse público, tendo 
em vista que, quando mais jovem, maior tempo permanecerá no serviço público o aprovado 
no certame, o que permiti rá um menor déficit nas prestações previdenciárias, um dos 
problemas centrais do orçamento do Estado na contemporaneidade. O responsável pelo 
concurso é o Governador do Estado X. Não há previsão legal para o estabelecimento de 
idade mínima, sendo norma constante do edital do concurso. Não há necessidade de 
produção de provas e o prazo entre a publicação do edital e da impetração da ação foi 
menor que 120 (cento e vinte) dias. Na qualidade de advogado contratado por Mévio, redigir 
a peça cabível ao tema, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ati a e passiva; 
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da 
peça inaugural; e) necessidade de tutela de urgência. 
QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
Mévio de Tal 
Contra quem você 
advoga? 
Governador do Estado X 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
Segurança para deferir a inscrição do candidato no concurso público. 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR 
(Artigo 5, LXIX, CRFB/88 + Lei 12.016/09 + Art.282, CPC) 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
Sim. Pois se o Impetrante não puder se inscrever no concurso público, estará 
excluído do certame (Art. 7, III, da Lei 12016/09) 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X 
(Simetria ao Chefe do Poder Executivo Federal) 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
Isonomia (Art. 5, caput, CRFB/88) + Proibição de adoção de critérios de idade 
(Artigo 7, XXX, CRFB/88) Princípio da Legalidade (Artigo 37, “caput”, I, CRFB/88) 
+ Falta do requisito de Idade (Art. 37, I, II e III, CRFB/88) 
A peça exige alguma 
formalidade? 
Liminar + Notificação Pessoal da Autoridade Coatora + Dar ciência ao 
representante judicial da pessoa jurídica a qual pertence a Autoridade Coatora 
+ Intimação do MP + Recebimento das provas pré-constituidas +Concessão da 
Segurança + Valor da Causa 
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MODELO DA PEÇA: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO X 
(espaço de cinco linhas) 
 
 
 MÉVIO DE TAL, nacionalidade, estado civil, profissão, RG n..., CPF n...., residente e 
domiciliado à ..., bairro..., cidade..., estado..., com endereço eletrônico..., vem respeitosamente, por 
meio de seu advogado que esta subscreve, inscrito na OAB sob o número..., com endereço para 
comunicações judiciais na..., com endereço eletrônico... (procuração anexa nos termos do artigo 287 
do Código de Processo Civil), perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5, LXIX da 
Constituição Federal de 1988, artigoS 1 e seguintes da Lei 12.016/09 e artigo 319 do Código de 
Processo Civil, propor 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR, em face da autoridade coatora 
NOME..., Estado Civil..., Governador do Estado X, com endereço..., endereço eletrônico..., inscrito no 
CPF sob o n. ..., e RG sob o n. ...., pela violação ao direito líquido e certo, a ser demonstrado a 
seguir: 
I – DOS FATOS 
 O impetrante, ao candidatar-se para cargo público constante do edital do concurso público de 
seu interesse organizado pelo Estado X, de responsabilidade do Governador, ora impetrado, fora 
surpreendido com a limitação de idade imposta pelo certame, que limitou em 25 anos a condição para 
participação no mesmo. Após requerer informações, o impetrado justificou-se com base no interesse 
público, alegando que quanto mais jovem for o aprovado, mais tempo permanecerá no serviço público 
e menor será o gasto com as prestações previdenciárias. O cargo pretendido não possui limitação 
legal de idade. 
II– DO FORO COMPETENTE 
 O artigo 102, I, d da Constituição Federal aduz que compete ao Supremo Tribunal Federal 
processar e julgar o Mandado de Segurança contra ato do Presidente da República. Neste sentido, 
pelo princípio da simetria constitucional, cabe aos Tribunais de Justiça a competência para julgar os 
chefes do poder executivo em âmbito estadual, quando estes forem autoridades coatoras, violadora 
do direito líquido e certo. 
 No caso em tela, temos direito líquido e certo violado pelo Governador do Estado X e, 
portanto, a competência pertinente ao presente Mandado de Segurança pertence ao Tribunal do 
Estado X. 
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III – DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE 
 Conforme preleciona o artigo 5, LXIX da Constituição Federal, o Mandado de Segurança será 
concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Neste mesmo sentido é o artigo 1 da Lei 
12.1016 de 2009. 
 No caso, o direito líquido e certo violado não pode ser amparado nem por Habeas Corpus e, 
tampouco por Habeas Data, de modo que o Mandado de Segurança, garantia constitucional com 
caráter residual é plenamente cabível. 
 Ainda, cumpre dizer que o artigo 23 da Lei 12.016/09, estabelece o prazo de 120 dias para 
requerer a segurança do direito líquido e certo violado. De tal modo, tempestiva é a presente 
demanda, pois a violação ocorreu há menos de 120 dias. 
 
IV – DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA 
 O impetrante foi lesado em seu direito líquido e certo de participar do concurso público para 
provimento de cargos no qual não há limitação legal de idade, e portanto, figura-se com perfeição ao 
polo ativo da presente ação. 
 No que tange ao polo passivo, temos como autoridade coatora o impetrado, Governador do 
Estado X, responsável pelo certame, que com o excesso de poder, violou direito líquido e certo do 
Impetrante ao determinar limite de idade para o cargo do concurso público n.... É, portanto, o 
legitimado passivo da Ação em obediência ao artigo 5, LXIX da Constituição Federal e artigo 1 da Lei 
12.016 /09. 
V – DA VIOLAÇÃO AO DIREITO LÍQUIDO E CERTO 
 O artigo 7, XXX, da Constituição Federal estabelece proibição de diferença de salário, de 
exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 
 Assim, ao estabelecer critérios diferenciados de idade (25 anos para participar do concurso 
público n. ...), o Impetrado excedeu aos limites de seu poder, lesando direito líquido e certo do 
Impetrante, impedindo-lhede participar do certame por ter 42 anos de idade, ferindo frontalmente o 
artigo 7, XXX, da Constituição Federal. 
 Ofensa também se constata ao artigo 37, incisos I e II da Constituição Federal de 1988. O 
primeiro inciso prevê que os cargos e empregos públicos são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei. Já o inciso II do mesmo dispositivo, prevê que a 
investidura em cargo público depende de aprovação em concurso público, de acordo com a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei. 
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 Ora, o Impetrante preenche todos os requisitos para o cargo pretendido no concurso público 
promovido pelo Estado X. Além disto, para o referido cargo pretendido não existe qualquer limitação 
de idade, o que torna possível a participação do impetrante no certame. 
 Cumpre ainda dizer, que a violação causada pelo Impetrado fere o princípio da Isonomia, 
inserido no artigo 5, caput da Constituição Federal, e portanto, não deve prevalecer tal limitação no 
certame. 
 Também, vale dizer que as justificativas do Impetrado não coadunam com a Razoabilidade e, 
tampouco, com a Legalidade, consagrados princípios constitucionais. De modo que a segurança 
pretendida dever ser concedida. 
VI – DA PROVA PRÉ-CONSTITUIDA 
 A prova pré-constituída é requisito da ação de Mandado de Segurança. O ato coator pode ser 
provado de plano através das cópias do edital, do requerimento administrativo feito pelo Impetrante, 
bem como da motivação da Administração Pública. 
VII – DA MEDIDA LIMINAR 
 No tocante ao Mandado de Segurança a medida liminar pode ser concedida nos termos do 
artigo 7, III da Lei 12.016 /09, onde o juiz suspenderá o ato que deu motivo ao pedido de segurança, 
quando houver fundamento relevante. 
 Ora, a limitação ilegal da idade prejudica o Impetrado de participar do concurso público. A 
não concessão da medida liminar fará prosseguir o concurso público sem a participação do mesmo. 
Além disto, esperar o julgamento final da presente ação poderá trazer dano irreversível ao 
Impetrante, pois como todo concurso público, há prazos para inscrição, datas previstas para provas, 
etc. 
 É urgente que seja concedida a liminar pretendida. 
VIII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Diante do exposto, requer deste Egrégio Tribunal, que se digne pela: 
a) Concessão da medida liminar para suspender o ato lesivo que deu motivo ao pedido, 
assegurando ao Impetrante o direito de participar do concurso público, sem discriminação de 
sua idade, até o julgamento final, nos termos do artigo 7,III, da Lei 12.016 /09. 
b) Notificação da autoridade coatora, o Governador do Estado X para prestar as informações no 
prazo de 10 dias, nos termos do artigo 7, I, da Lei 12.016 /09. 
c) Ciência ao Órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, na pessoa do 
Procurador do Estado X, enviando-lhe as cópias da Inicial, para querendo, apresente defesa, 
nos termos do artigo 7, I da Lei 12.016 /09. 
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d) Recebimento das provas pré-constituidas, cópia do Edital de Publicação do Concurso Público 
e do Requerimento Administrativo e resposta da Administração Pública. 
e) A intimação do Ministério Público, para apresentar o seu parecer, no prazo de 10 dias, nos 
termos do artigo 12 da Lei 12.016/09. 
f) Concessão Definitiva da Segurança, tornando efetiva a Medida Liminar, declarando a 
ilegalidade do requisito de idade mínima no concurso público n. ... , promovido pelo Estado X, 
anulando o ato lesivo da autoridade coatora. 
 
 
Valor da Causa R$ 1000,00 (mil reais) 
 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
 
 
Local e data... 
 
 
Advogado.... OAB.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGORA É A SUA VEZ! 
ENUNCIADO: 
José, em união estável, após passar mal em casa foi ao hospital da sua cidade buscar 
atendimento médico no hospital público estadual localizado em Belo Horizonte. Ao ser 
atendido, foi informado pela equipe médica que sua condição era grave e necessitava de 
internação, porém, apesar de haver vagas disponíveis no mesmo hospital o Secretário de 
Saúde do Estado de Minas Gerais emanou ofício ordenando que o hospital não poderia 
internar nenhum paciente. José então fora liberado para voltar para casa no mesmo estado 
de saúde em que se encontrava, recebendo do hospital um relatório de sua condição que 
constava a necessidade de sua internação com a orientação para que José procurasse um 
hospital particular. 
Elabore e peça cabível. 
QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
 
Contra quem você 
advoga? 
 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
 
A peça exige alguma 
formalidade? 
 
 
 
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Redigindo a Peça 6: 
ENUNCIADO: OAB FGV 2010.1 – 
O secretário de administração do estado-membro Y, com a finalidade de incentivar o 
aprimoramento profissional de certa categoria de servidores públicos, criou, por meio de lei 
específica, tabela de referências salariais com incremento de 10% entre uma e outra, 
estando a mudança de referência baseada em critérios de antiguidade e merecimento. O 
pagamento do mencionado percentual seria feito em seis parcelas mensais e sucessivas. Os 
servidores que adquiriram todas as condições para o posicionamento na referência salarial 
subsequente já haviam recebido o pagamento de três parcelas quando sobreveio a edição de 
medida provisória revogando a sistemática estabelecida na lei. Assim, no mês seguinte à 
edição dessa medida, o valor correspondente à quarta parcela foi excluído da folha de 
pagamento. Em decorrência dessa exclusão, os servidores requereram à Secretaria Estadual 
de Planejamento e Gestão a respectiva inserção na folha de pagamento, sob pena de 
submeter a questão ao Poder Judiciário. . 
 
Em resposta, o secretário indeferiu o pedido, fundado nos seguintes argumentos: 
 
a) em razão da revogação da lei, promovida pela medida provisória, os servidores não mais 
teriam direito ao recebimento do percentual ; 
 
b) seria possível a alteração do regime remuneratório, em face da ausência de direito 
adquirido a regime jurídico, conforme já reconhecido pelo Supremo Tribuna Federal; 
 
c) os servidores teriam, na hipótese, mera expectativa de direito, e não, direito adquirido; 
 
d) não cabe ao Poder Judiciário atuar em área própria do Poder Executivo e conceder o 
reajuste pleiteado, sob pena de ofensa ao princípio constitucional da separação dos poderes. 
 
Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) pelo 
sindicato dos servidores, redija a medida judicial cabível para impugnação do ato da 
autoridade que determinou a exclusão do pagamentodos servidores dos percentuais 
previstos em lei, destacando os argumentos necessários à adequada defesa dos interesses 
de seus clientes. 
 
 
 
 
 
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QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
Sindicato dos Servidores Públicos 
Contra quem você 
advoga? 
Autoridade Coatora – Secretário Estadual de Planejamento, vinculado ao 
Estado Y (art. 6 da Lei 12.016/09) 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
Segurança obtenção do incremento salarial adquirido. 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR 
(Artigo 5, LXIX, LXX, b, CRFB/88 + Art. 21 e 22 da Lei 12.016/09 + Art.319, CPC) 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
Sim. Pois o incremento salarial possui natureza alimentar (Art. 7 e 22 parágrafo 
2, III, da Lei 12016/09) 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y (ART. 105, I, b, CF88) 
Simetria com os Ministros de Estado como autoridade coatora 
 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
Direito Adquirido (Art. 5, XXXVI, CRFB/88) + Vencimentos Irredutíveis (Artigo 
37, XV, CRFB/88) Princípio da Legalidade (Artigo 37, “caput”, I, CRFB/88) + 
Princípio da Dignidade Humana e Razoabilidade. 
A peça exige alguma 
formalidade? 
Liminar + Notificação Pessoal da Autoridade Coatora + Dar ciência ao 
representante judicial da pessoa jurídica a qual pertence a Autoridade Coatora 
+ Intimação do MP + Recebimento das provas pré-constituidas + Concessão da 
Segurança + Valor da Causa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MODELO DA PEÇA: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO Y 
(espaço de cinco linhas) 
 
 SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO Y, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ 
sob o n. ..., com sede no endereço..., com endereço eletrônico..., por meio de seu advogado que a 
esta subscreve, com endereço..., endereço eletrônico... nos termos da procuração, conforme artigo 
287 do Código de Processo Civil, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no 
artigo 5, LXX, I, b da Constituição Federal, artigo 21 da Lei 12.016/09 e artigo 319 do Código de 
Processo Civil, impetrar 
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR em face da autoridade 
coatora NOME..., estado civil, SECRETÁRIO ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DO ESTADO 
Y, vinculado ao Estado Y, inscrito no CPF sob o n. ..., e RG sob o n. ..., com endereço..., endereço 
eletrônico..., pela violação de direito líquido e certo, conforme se provará a seguir. 
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR, em face da autoridade coatora 
NOME..., Estado Civil..., Governador do Estado X, com endereço..., endereço eletrônico..., inscrito no 
CPF sob o n. ..., e RG sob o n. ...., pela violação ao direito líquido e certo, a ser demonstrado a 
seguir: 
I – DOS FATOS 
 Os Servidores Públicos do Estado Y receberam incremento salarial de 10%, por lei específica, 
que seriam pagos em seis parcelas. Todavia, após receberem a 3ª parcela do incremento, o Estado Y 
editou Medida Provisória revogando tal direito, e então os pagamentos foram interrompidos. A 
Autoridade coatora fora questionada e indeferiu os pedidos sob alegações de que não se tratava de 
direito adquirido e que os servidores teriam apenas expectativa de direito, 
II– DO FORO COMPETENTE 
 O artigo 105, I, b da Constituição Federal aduz que compete ao Superior Tribunal de Justiça 
processar e julgar o Mandado de Segurança contra ato do Ministro de Estado. Neste sentido, pelo 
princípio da simetria constitucional, cabe aos Tribunais de Justiça Estaduais a competência para 
julgar os Secretários de Estado, quando estes forem autoridades coatoras, violadora do direito 
líquido e certo. 
 No caso em tela, temos direito líquido e certo violado pelo Secretário de Estado do Estado Y, 
portanto, a competência pertinente ao presente Mandado de Segurança pertence ao Tribunal do 
Estado Y. 
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III – DO CABIMENTO 
 Conforme preleciona o artigo 5, LXIX da Constituição Federal, o Mandado de Segurança será 
concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Neste mesmo sentido é o artigo 1 da Lei 
12.1016 de 2009. 
 No caso, o direito líquido e certo violado não pode ser amparado nem por Habeas Corpus e, 
tampouco por Habeas Data, de modo que o Mandado de Segurança, garantia constitucional com 
caráter residual é plenamente cabível. 
IV – DA LEGITIMIDADE E DA TEMPESTIVIDADE 
 O artigo 5, LXX, I, b da Constituição Federal ainda prevê a hipótese do Mandado de 
Segurança Coletivo, caso em que o direito líquido e certo violado for de uma coletividade. Nestes 
mesmos termos é o artigo 21 da Lei 12.016/09, que diz que o Mandado de Segurança pode ser 
impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus 
interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização 
sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos 
um ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou 
associados na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades. Dispensada, 
para tanto, autorização especial. 
 No presente caso, o impetrante que é Sindicato dos Servidores Públicos encontra-se na 
categoria de organização sindical, e portanto, pode figurar no polo ativo desta demanda. Cumpre dizer 
que o Impetrante, nesta demanda encontra-se na posição de substituto processual de seus associados 
que tiveram seu direito líquido e certo violado pelo Impetrado. 
 No que tange ao polo passivo, temos como autoridade coatora o impetrado, Secretário do 
Estado Y, responsável pela Gestão e Planejamento que com o excesso de poder, violou direito líquido 
e certo do Impetrante ao negar aos associados da Impetrante o direito adquirido. É, portanto, o 
legitimado passivo da Ação em obediência ao artigo 5, LXX, I, b da Constituição Federal e artigo 21 da 
Lei 12.016 /09. 
Ainda, o artigo 23 da Lei 12.016/09, estabelece o prazo de 120 dias para requerer a 
segurança do direito líquido e certo violado. De tal modo, tempestiva é a presente demanda, pois a 
violação ocorreu há menos de 120 dias. 
V – DA VIOLAÇÃO AO DIREITO LÍQUIDO E CERTO 
 O artigo 5, XXXVI, da Constituição Federal estabelece que a lei não prejudicará o direito 
líquido e certo. Os associados da Impetrante conquistaram, em pleno respeito à legalidade o 
incremento salarial de 10% a serem pagos em seis parcelas e, logo na terceira parcela, houve a 
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paralisação do pagamento pelo ato coator, ensejando na afronta ao direitojá incorporado ao 
patrimônio dos associados da Impetrante. 
 Ainda, o artigo 37, XV, da Constituição Federal prevê que o subsídio e vencimentos dos 
ocupantes de cargos públicos são irredutíveis. Neste caso, como o incremento que se deu por 
antiguidade e merecimento já se incorporou ao patrimônio dos associados da Impetrante, não poderia 
a Administração Pública simplesmente cancelar ou revogar um direito que já fora entregue. 
 É notável que o ato coator também fere os princípios da Dignidade Humana e Razoabilidade, 
pois os associados já contavam com o incremento de natureza salarial e num gesto de “dar e “tomar” 
a Administração Pública, através do ato coator, feriu em cheio o direito líquido e certo dos 
Associados da Impetrante. 
VI – DA PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA 
 Saliente-se que toda a prova do direito líquido e certo violado já está previamente 
constituída e acompanha a inicial, não sendo necessária dilação probatória. 
VII – DO PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR 
 No tocante ao Mandado de Segurança Coletivo a medida liminar pode ser concedida nos 
termos do artigo 22 e artigo 7, III da Lei 12.016 /09, onde o juiz suspenderá o ato que deu motivo 
ao pedido de segurança, quando houver fundamento relevante. 
 Ora, existe plausibilidade jurídica no direito dos associados pois conquistaram por lei 
específica o incremento salarial, tendo inclusive recebido três parcelas do mesmo. Ainda, cumpre 
dizer que os associados da Impetrante contam com o incremento e fizeram planos, já que se 
incorporou ao patrimônio deles. Simplesmente deixar de pagá-los o que já se havia garantido 
certamente causará danos aos associados. É, então, urgente que seja concedida a liminar pretendida. 
VIII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Diante do exposto, requer deste Egrégio Tribunal, que se digne pela: 
a) Concessão da medida liminar para suspender o ato lesivo que deu motivo ao pedido, 
assegurando aos associados da Impetrante o direito líquido e certo de receberem as três 
últimas parcelas do incremento salarial de 10%, nos termos do artigo 7,III, da Lei 12.016 
/09. 
b) Realização da Audiência com o representante judicial do Estado Y, para que no prazo de 72 
horas se pronuncie afim de que seja concedida a medida liminar nos termos do artigo 22, 
parágrafo 2 da Lei 12.016/09. 
c) Notificação da autoridade coatora, o Secretário Estadual de Planejamento e Gestão do 
Estado Y para prestar as informações no prazo de 10 dias, nos termos do artigo 7, I, da Lei 
12.016 /09. 
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d) Ciência ao Órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, na pessoa do 
Procurador do Estado Y, enviando-lhe as cópias da Inicial, para querendo, apresente defesa, 
nos termos do artigo 7, I da Lei 12.016 /09. 
e) A intimação do Ministério Público, para apresentar o seu parecer, no prazo de 10 dias, nos 
termos do artigo 12 da Lei 12.016/09. 
f) Recebimento das provas pré-constituidas, cópia do Edital de Publicação do Concurso Público 
e do Requerimento Administrativo e resposta da Administração Pública. 
g) Concessão Definitiva da Segurança, tornando efetiva a Medida Liminar, declarando a 
ilegalidade do requisito de idade mínima no concurso público n. ... , promovido pelo Estado X, 
anulando o ato lesivo da autoridade coatora. 
 
 
Valor da Causa R$ 1000,00 (mil reais) 
 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
 
 
Local e data... 
 
 
Advogado.... OAB.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGORA É A SUA VEZ! 
ENUNCIADO: 
Quatro Deputados Federais do Partido Político ABC, após intensas discussões sobre o Projeto 
de Lei 123 que apresentava séria inconstitucionalidade e tinha conteúdo contrário à 
finalidade de seu partido que dizia: “As mineradoras podem explorar os recursos minerais, 
cabendo ao Pode Público a obrigação de recuperar o meio ambiente degradado por elas.” Ao 
perceber que tal Projeto de Lei seria aprovado na Câmara dos Deputados bem como no 
Senado Federal, o Partido Político ABC lhe procura na qualidade de advogado para ingressar 
com a ação judicial cabível. Na qualidade de advogado, elabore a peça. 
QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
 
Contra quem você 
advoga? 
 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
 
A peça exige alguma 
formalidade? 
 
 
 
 
 
 
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Redigindo a Peça 7: 
PROVA – CESPE – CONSTITUCIONAL 2007.1 
Maria adquiriu um veículo popular por meio de contrato de arrendamento mercantil (leasing), 
em 60 prestações de R$ 800,00. A partir da 24ª prestação, Maria começou a ter dificuldades 
financeiras e resolveu vender o veículo a Pedro, o qual se comprometeu a pagar as prestações 
vincendas e vencidas. Tal fato não foi comunicado ao agente financeiro, já que havia o risco de 
o valor da prestação ser majorado. Pedro deixou de pagar mais de cinco prestações, o que 
suscitaria rescisão contratual. O agente financeiro houve por bem propor ação de busca e 
apreensão do veículo, tentativa essa que restou frustrada em face de Maria não possuir o 
veículo em seu poder, já que o alienara a Pedro. O agente financeiro pediu a transformação, 
nos mesmos autos, da ação de busca e apreensão em ação de depósito e requereu a prisão de 
Maria, por ser depositária infiel do referido veículo. O juiz competente determinou a prisão 
civil de Maria até que ela devolvesse o referido veículo ou pagasse as prestações em atraso. 
Maria não tem mais o veículo em seu poder e perdeu o seu emprego em virtude da prisão civil. 
Dois dias depois da efetivação da prisão, o advogado contratado interpôs, inicialmente, 
recurso de agravo de instrumento contra aquela decisão judicial, o qual não foi conhecido pelo 
tribunal, diante da ausência de documento imprescindível ao seu processamento. Ingressou 
com ação de rito ordinário contra Pedro, com pedido de tutela antecipada, visando receber as 
prestações em atraso, ação essa que foi extinta sem julgamento de mérito. Ingressou, ainda, 
com ação de rito ordinário contra o arrendador discutindo algumas cláusulas do contrato de 
arrendamento, ação essa que continua em curso, sem sentença. Maria continua presa. Por ter 
perdido a confiança nesse advogado, ao qual pagou os honorários devidos e do qual recebeu o 
devido substabelecimento, sem reservas de poderes, Maria resolveu contratar os serviços de 
outro advogado. Diante da situação hipotética apresentada, na condição de atual advogado de 
Maria, redija um texto que contenha a peça judicial mais apropriada ao caso, a ser 
apresentada ao órgão judicial competente, com os argumentos que reputar pertinentes.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
Maria (paciente), todaviao advogado poderá figurar como Impetrante 
Contra quem você 
advoga? 
Juiz da Vara Cível que determinou a prisão de Maria 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
Garantia do Direito de Liberdade de Maria – Habeas Corpus com Pedido Liminar 
(art. 5, LXVIII, CF e arts. 647 e seguintes do Código de Processo Penal + Decreto-
Lei 678 de 1992 + Súmula Vinculante n. 25) 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
Sim! Medida Liminar, pois ela está presa! 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
Tribunal de Justiça do Estado – Princípio da Simetria 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
Art. 5, LXVIII, CF + Art. 5, Caput, CF + Art. 5, XV, CF + Art. 647 e 648, CPP 
A peça exige alguma 
formalidade? 
 Concessão da Medida Liminar + Julgamento de Mérito + Intimação da 
Autoridade coatora, art. 656, CPP + art. 660 CPP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MODELO DA PEÇA: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO ... 
(espaço de cinco linhas) 
 
 
ADVOGADO, com inscrição na OAB de número..., com endereço para comunicações judiciais 
na ....., bairro...,cidade..., estado..., endereço eletrônico..., (procuração anexa), nos termos do artigo 
287 do CPC, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar, com fulcro no artigo 5, 
LXVIII, da Constituição Federal e artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal, 
HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR, em favor da Paciente Maria ...., estado 
civil, nacionalidade, profissão, residente e domiciliado na ....., bairro..., cidade...., estado..., inscrito 
no cadastro de pessoas físicas (CPF) sob o número... e Registro de Identidade Geral (RG) sob o 
número...., contra ato da autoridade coatora NOME, Estado Civil...., Juiz de Direito da ... Vara Cível 
competente que determinou a sua prisão civil, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
I – DOS FATOS 
 A Paciente adquiriu veículo por meio de contrato de arrendamento mercantil, 
comprometendo-se a pagá-lo em 60 parcelas. Na 24ª prestação, devido a sua dificuldade financeira 
vendeu o veículo a terceiro, Pedro, que, apesar de ter se comprometido a pagar as parcelas 
restantes, não o fez. Como não houve transferência formal da dívida a Instituição Financeira 
ingressou com ação de busca e apreensão do veículo, o qual restou frustrada pois o veículo não se 
encontrava com Maria, ora Paciente. Desta forma, a Instituição Financeira pediu ao judiciário a 
transformação da busca e apreensão em ação de depósito, requerendo no mesmo a prisão da 
paciente, o qual restou deferido. O juiz da ... Vara Cível competente determinou, então, a prisão 
inconstitucional da Paciente, que se encontra presa. 
II– DO FORO COMPETENTE 
 A competência da presente ação de Habeas Corpus é determinada pela legitimidade ativa, que 
em respeito ao princípio da simetria, caberá ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado..., pois figura-
se no polo passivo Excelentíssimo Sr. Juiz da ... Vara Cível... da Comarca de.... 
III – DO CABIMENTO 
 Conforme preleciona o artigo 5, LXVIII da Constituição Federal, o Habeas Corpus será 
concedido sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violação na sua liberdade de 
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locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Neste mesmo sentido é o artigo 647 do Código de 
Processo Penal. 
 No presente caso temos que a paciente, atualmente presa, encontra-se com o seu direito de 
locomoção violado por decisão inconstitucional da autoridade coatora. Portanto, cabível a presente 
ação de Habeas Corpus. 
IV – DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA 
 O impetrante, ora Advogado, está legitimado a figurar no polo ativo da presente ação. Nestes 
termos diz o artigo 654, do Código de Processo Penal que diz: “O Habeas Corpus poderá ser 
impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.” 
Neste sentido, ainda que advogado da paciente, o impetrante pode perfeitamente impetrar o presente 
Habeas Corpus. Poderia ainda assim, impetrá-lo, ainda que nem fosse advogado constituído, pois 
assim a lei prevê. 
 No tocante a legitimidade passiva, vê-se, pois, notório o excesso de poder praticado pelo 
Exmo. Juiz da ... Vara Cível de ..., visto que não há no ordenamento jurídico vigente hipótese que 
justifique a prisão da paciente. Portanto, é autoridade coatora. 
V – DA VIOLAÇÃO AO DIREITO DE LOCOMOÇÃO 
 A prisão da paciente decorre do fato de a paciente ter sido considerada, em processo cível, 
depositária infiel do veículo objeto de contrato de arrendamento na qual figura-se como devedora. 
Ocorre que a prisão cível pelo depositário infiel foi abolida de nosso ordenamento jurídico pelo 
Decreto Lei 678 de 1992 - Pacto de São José da Costa Rica, que em seu artigo 7, 7 diz: “Ninguém 
deve ser detido por dívida. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciaria competente 
expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.” 
 De tal modo, embora a redação do artigo 5, LXVII da Constituição expressamente prevê tal 
hipótese, o Decreto Lei 678 de 1992, norma dotada de supralegalidade alterou seu sentido, deixando 
de existir no ordenamento jurídico brasileiro a hipótese da prisão do depositário infiel. 
 Ainda, a Súmula Vinculante n. 25 do Supremo Tribunal Federal tornou ainda mais claro tal 
entendimento, tornando ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de 
depósito. Portanto, é inconstitucional a prisão da paciente. 
 Cumpre ainda dizer que Maria, paciente, presa sofre em sua dignidade humana, princípio 
fundamental consagrado no artigo 1, III da Constituição Federal. 
VI – DA MEDIDA LIMINAR 
 A paciente encontra-se presa e tutelada pelo estado por decisão judicial proferida pela 
autoridade coatora. Sua prisão é ilegal e inconstitucional e sua condição de presa já inclusive a fez 
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perder o emprego. De tal modo, é urgente que seja concedida a liminar à paciente no sentido de 
evitar que tal erro do judiciário cause mais sofrimento e dano. 
 
VII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Diante do exposto, requer deste Egrégio Tribunal, que se digne pela: 
a) Concessão da medida liminar para que seja expedido, de ofício o alvará de soltura da 
Paciente Maria que se encontra presa por ato ilegal da autoridade coatora, nos termos do 
artigo 654 do Código de Processo Penal, parágrafo 2; 
b) Intimação da autoridade coatora, o Excelentíssimo Juiz da... Vara Cível da Comarca de ... 
para prestar as informações por escrito; 
c) Vistas ao Ministério Público, para apresentar o seu parecer; 
d) Concessão definitiva da ordem de Habeas Corpus, tornando definitiva a concessão da Medida 
Liminar. 
 
Valor da Causa R$ 1000,00 (mil reais) 
 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
 
 
Local e data... 
 
 
Advogado.... OAB.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Professor Tiago Torres Página 22AGORA É A SUA VEZ! 
ENUNCIADO: 
José dos Santos, brasileiro, União Estável, sempre teve uma conduta honesta e de muito 
trabalho. Ele era funcionário de uma construtora que estava sendo investigada por suposto 
pagamento de propina à Diretores de Empresa Pública. Ocorre que José era funcionário do 
baixo escalão da empresa, executando apenas serviços relacionados à manutenção elétrica 
da empresa e nada mais. 
Ao assistir o jornal televisivo, José ficou sabendo que no decorrer da ação em curso que 
investigava o suposto crime de corrupção da empresa em que trabalhava, o juiz competente 
determinou a sua prisão, ordenando que fosse cumprida no dia seguinte. Sabe-se que o Juiz 
fundamentou a prisão de José dos Santos em falsa delação premiada. 
Desesperado, José dos Santos amanhece na porta do seu escritório, esperando você chegar 
para lhe contar esta história e contratar com urgência os seus serviços! Diante do exposto, 
elabore a peça cabível. 
QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
 
Contra quem você 
advoga? 
 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
 
A peça exige alguma 
formalidade? 
 
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Professor Tiago Torres Página 23 
 
 
Redigindo a Peça 8: 
PROVA – CESPE – CONSTITUCIONAL 2007.1 
Maria adquiriu um veículo popular por meio de contrato de arrendamento mercantil (leasing), 
em 60 prestações de R$ 800,00. A partir da 24ª prestação, Maria começou a ter dificuldades 
financeiras e resolveu vender o veículo a Pedro, o qual se comprometeu a pagar as prestações 
vincendas e vencidas. Tal fato não foi comunicado ao agente financeiro, já que havia o risco de 
o valor da prestação ser majorado. Pedro deixou de pagar mais de cinco prestações, o que 
suscitaria rescisão contratual. O agente financeiro houve por bem propor ação de busca e 
apreensão do veículo, tentativa essa que restou frustrada em face de Maria não possuir o 
veículo em seu poder, já que o alienara a Pedro. O agente financeiro pediu a transformação, 
nos mesmos autos, da ação de busca e apreensão em ação de depósito e requereu a prisão de 
Maria, por ser depositária infiel do referido veículo. O juiz competente determinou a prisão 
civil de Maria até que ela devolvesse o referido veículo ou pagasse as prestações em atraso. 
Maria não tem mais o veículo em seu poder e perdeu o seu emprego em virtude da prisão civil. 
Dois dias depois da efetivação da prisão, o advogado contratado interpôs, inicialmente, 
recurso de agravo de instrumento contra aquela decisão judicial, o qual não foi conhecido pelo 
tribunal, diante da ausência de documento imprescindível ao seu processamento. Ingressou 
com ação de rito ordinário contra Pedro, com pedido de tutela antecipada, visando receber as 
prestações em atraso, ação essa que foi extinta sem julgamento de mérito. Ingressou, ainda, 
com ação de rito ordinário contra o arrendador discutindo algumas cláusulas do contrato de 
arrendamento, ação essa que continua em curso, sem sentença. Maria continua presa. Por ter 
perdido a confiança nesse advogado, ao qual pagou os honorários devidos e do qual recebeu o 
devido substabelecimento, sem reservas de poderes, Maria resolveu contratar os serviços de 
outro advogado. Diante da situação hipotética apresentada, na condição de atual advogado de 
Maria, redija um texto que contenha a peça judicial mais apropriada ao caso, a ser 
apresentada ao órgão judicial competente, com os argumentos que reputar pertinentes.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
Maria (paciente), todavia o advogado poderá figurar como Impetrante 
Contra quem você 
advoga? 
Juiz da Vara Cível que determinou a prisão de Maria 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
Garantia do Direito de Liberdade de Maria – Habeas Corpus com Pedido Liminar 
(art. 5, LXVIII, CF e arts. 647 e seguintes do Código de Processo Penal + Decreto-
Lei 678 de 1992 + Súmula Vinculante n. 25) 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
Sim! Medida Liminar, pois ela está presa! 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
Tribunal de Justiça do Estado – Princípio da Simetria 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
Art. 5, LXVIII, CF + Art. 5, Caput, CF + Art. 5, XV, CF + Art. 647 e 648, CPP 
A peça exige alguma 
formalidade? 
 Concessão da Medida Liminar + Julgamento de Mérito + Intimação da 
Autoridade coatora, art. 656, CPP + art. 660 CPP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MODELO DA PEÇA: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO ... 
(espaço de cinco linhas) 
 
 
ADVOGADO, com inscrição na OAB de número..., com endereço para comunicações judiciais 
na ....., bairro...,cidade..., estado..., endereço eletrônico..., (procuração anexa), nos termos do artigo 
287 do CPC, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar, com fulcro no artigo 5, 
LXVIII, da Constituição Federal e artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal, 
HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR, em favor da Paciente Maria ...., estado 
civil, nacionalidade, profissão, residente e domiciliado na ....., bairro..., cidade...., estado..., inscrito 
no cadastro de pessoas físicas (CPF) sob o número... e Registro de Identidade Geral (RG) sob o 
número...., contra ato da autoridade coatora NOME, Estado Civil...., Juiz de Direito da ... Vara Cível 
competente que determinou a sua prisão civil, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
I – DOS FATOS 
 A Paciente adquiriu veículo por meio de contrato de arrendamento mercantil, 
comprometendo-se a pagá-lo em 60 parcelas. Na 24ª prestação, devido a sua dificuldade financeira 
vendeu o veículo a terceiro, Pedro, que, apesar de ter se comprometido a pagar as parcelas 
restantes, não o fez. Como não houve transferência formal da dívida a Instituição Financeira 
ingressou com ação de busca e apreensão do veículo, o qual restou frustrada pois o veículo não se 
encontrava com Maria, ora Paciente. Desta forma, a Instituição Financeira pediu ao judiciário a 
transformação da busca e apreensão em ação de depósito, requerendo no mesmo a prisão da 
paciente, o qual restou deferido. O juiz da ... Vara Cível competente determinou, então, a prisão 
inconstitucional da Paciente, que se encontra presa. 
II– DO FORO COMPETENTE 
 A competência da presente ação de Habeas Corpus é determinada pela legitimidade ativa, que 
em respeito ao princípio da simetria, caberá ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado..., pois figura-
se no polo passivo Excelentíssimo Sr. Juiz da ... Vara Cível... da Comarca de.... 
III – DO CABIMENTO 
 Conforme preleciona o artigo 5, LXVIII da Constituição Federal, o Habeas Corpus será 
concedido sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violação na sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.Neste mesmo sentido é o artigo 647 do Código de 
Processo Penal. 
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 No presente caso temos que a paciente, atualmente presa, encontra-se com o seu direito de 
locomoção violado por decisão inconstitucional da autoridade coatora. Portanto, cabível a presente 
ação de Habeas Corpus. 
IV – DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA 
 O impetrante, ora Advogado, está legitimado a figurar no polo ativo da presente ação. Nestes 
termos diz o artigo 654, do Código de Processo Penal que diz: “O Habeas Corpus poderá ser 
impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.” 
Neste sentido, ainda que advogado da paciente, o impetrante pode perfeitamente impetrar o presente 
Habeas Corpus. Poderia ainda assim, impetrá-lo, ainda que nem fosse advogado constituído, pois 
assim a lei prevê. 
 No tocante a legitimidade passiva, vê-se, pois, notório o excesso de poder praticado pelo 
Exmo. Juiz da ... Vara Cível de ..., visto que não há no ordenamento jurídico vigente hipótese que 
justifique a prisão da paciente. Portanto, é autoridade coatora. 
V – DA VIOLAÇÃO AO DIREITO DE LOCOMOÇÃO 
 A prisão da paciente decorre do fato de a paciente ter sido considerada, em processo cível, 
depositária infiel do veículo objeto de contrato de arrendamento na qual figura-se como devedora. 
Ocorre que a prisão cível pelo depositário infiel foi abolida de nosso ordenamento jurídico pelo 
Decreto Lei 678 de 1992 - Pacto de São José da Costa Rica, que em seu artigo 7, 7 diz: “Ninguém 
deve ser detido por dívida. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciaria competente 
expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.” 
 De tal modo, embora a redação do artigo 5, LXVII da Constituição expressamente prevê tal 
hipótese, o Decreto Lei 678 de 1992, norma dotada de supralegalidade alterou seu sentido, deixando 
de existir no ordenamento jurídico brasileiro a hipótese da prisão do depositário infiel. 
 Ainda, a Súmula Vinculante n. 25 do Supremo Tribunal Federal tornou ainda mais claro tal 
entendimento, tornando ilícita a prisão civil do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de 
depósito. Portanto, é inconstitucional a prisão da paciente. 
 Cumpre ainda dizer que Maria, paciente, presa sofre em sua dignidade humana, princípio 
fundamental consagrado no artigo 1, III da Constituição Federal. 
VI – DA MEDIDA LIMINAR 
 A paciente encontra-se presa e tutelada pelo estado por decisão judicial proferida pela 
autoridade coatora. Sua prisão é ilegal e inconstitucional e sua condição de presa já inclusive a fez 
perder o emprego. De tal modo, é urgente que seja concedida a liminar à paciente no sentido de 
evitar que tal erro do judiciário cause mais sofrimento e dano. 
 
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VII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Diante do exposto, requer deste Egrégio Tribunal, que se digne pela: 
a) Concessão da medida liminar para que seja expedido, de ofício o alvará de soltura da 
Paciente Maria que se encontra presa por ato ilegal da autoridade coatora, nos termos do 
artigo 654 do Código de Processo Penal, parágrafo 2; 
b) Intimação da autoridade coatora, o Excelentíssimo Juiz da... Vara Cível da Comarca de ... 
para prestar as informações por escrito; 
c) Vistas ao Ministério Público, para apresentar o seu parecer; 
d) Concessão definitiva da ordem de Habeas Corpus, tornando definitiva a concessão da Medida 
Liminar. 
 
Valor da Causa R$ 1000,00 (mil reais) 
 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
 
 
Local e data... 
 
 
Advogado.... OAB.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGORA É A SUA VEZ! 
ENUNCIADO: 
José dos Santos, brasileiro, União Estável, sempre teve uma conduta honesta e de muito 
trabalho. Ele era funcionário de uma construtora que estava sendo investigada por suposto 
pagamento de propina a Diretores de uma Empresa Pública. Ocorre que José era funcionário 
do baixo escalão da empresa, executando apenas serviços relacionados à manutenção 
elétrica da empresa e nada mais. 
Ao assistir o jornal televisivo, José ficou sabendo que no decorrer da ação em curso que 
investigava o suposto crime de corrupção da empresa em que trabalhava, o juiz competente 
determinou a sua prisão, ordenando que a mesma fosse cumprida no dia seguinte. Sabe-se 
que o Juiz fundamentou a prisão de José dos Santos em falsa delação premiada. 
Desesperado, José dos Santos amanhece na porta do seu escritório, esperando você chegar 
para lhe contar esta história e contratar com urgência os seus serviços! Diante do exposto, 
elabore a peça cabível. 
QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
 
Contra quem você 
advoga? 
 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
 
A peça exige alguma 
formalidade? 
 
 
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Redigindo a Peça 9: 
Ricardo, servidor público federal, trabalha como perito químico em órgão público federal há 
mais de 12 anos. Desde que tomou posse de seu cargo, obteve algumas promoções por 
antiguidade e merecimento, mas ainda assim, entende que sua remuneração é defasada e 
inferior ao mesmo cargo se comparado com a iniciativa privada. 
Insatisfeito, Ricardo deseja fazer greve com o intuito de melhorar sua remuneração, mas foi 
informado por Tício, seu cunhado que é advogado, que não poderia exercer tal direito 
constitucional por inexistir regulamentação, já que é servidor público federal. 
Ricardo, então, vai ao seu escritório e lhe contrata como advogado afim de que possa exercer 
o seu direito constitucionalmente garantido. 
Em face dessa hipótese, elabore a peça judicial cabível afim de tornar efetivo o direito 
pretendido por Ricardo, na condição de seu advogado. 
QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
Ricardo, Servidor Público Federal. 
Contra quem você 
advoga? 
Congresso Nacional e Presidente da República – Art. 61, parágrafo 1º, II, c, da 
CF. 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
Exercício do Direito de Greve – Art. 37, VII, CF + art. 1º, III, CF/88 + Art. 9º da CF 
 Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
Não existe medida liminar em MI conforme entendimento do STF. 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
Supremo Tribunal Federal – Art. 102, I, q da CFRB/88. 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
Art. 5, LXXI, CF + art. 2, Lei 13.300/16. 
A peça exige alguma 
formalidade? 
 Procedência do Pedido para Declarar a Mora Normativa + Aplicação da Lei 
7783/89 para tornar o seu direito concreto até que a lei regulamentadora seja 
produzida + Intimação das autoridades omissas, Vista ao PGR + Concessão da 
Injunção, declarando a omissão do Poder Legislativo+ Valor da Causa. 
 
 
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MODELO DA PEÇA: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
(espaço de cinco linhas) 
 RICARDO..., estado civil..., servidor público federal, inscrito no CPF sob o n. ..., e RG sob o n. 
..., com endereço..., endereço eletrônico..., por meio de seu advogado que a esta subscreve, com 
endereço..., endereço eletrônico..., conforme procuração anexa, nos termos do artigo 287 do Código 
de Processo Civil, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, LXXI da 
Constituição Federal, artigo 2 e seguintes da Lei 13.300/16 e artigo 319 do Código de Processo Civil, 
impetrar 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
em face do Congresso Nacional, pessoa jurídica, inscrita no CNPJ sob o n..., com endereço..., 
endereço eletrônico..., e, NOME..., estado civil, Presidente da República, inscrita no CPF sob o n. ..., 
e RG sob o n. ..., com endereço ...., endereço eletrônico..., pela não edição de norma regulamentadora 
inviabilizadora de direito constitucional, conforme demonstrado a seguir. 
I – DOS FATOS 
 O impetrante, servidor público federal há 12 anos, apesar de promoções recebidas, entende 
que sua remuneração é insuficiente e defasada em relação a mesma função na iniciativa privada. 
Pretende exercer direito de greve, todavia, não o pode pois não há lei regulamentadora para tanto, 
razão pela qual busca seu direito via a presente ação. 
II– DO FORO COMPETENTE E DA LEGITIMIDADE 
 A competência para julgamento e processamento da presente ação se dá pelo legitimado 
passivo em consonância com o artigo 102, I, q, da Constituição Federal que diz: “cabe ao Supremo 
Tribunal Federal processar e julgar o Mandado de Injunção quando a norma regulamentadora for 
atribuição do Presidente da República e do Congresso Nacional”. 
 É o caso. Há uma omissão legislativa de competência de lei complementar nos termos do 
artigo 61, parágrafo 1º, II, c, da Constituição Federal de 1988. De tal modo, cabe ao Presidente da 
República privativamente a iniciativa da lei regulamentadora quando esta se tratar de servidores 
públicos da União e ao Congresso Nacional o seu devido processo legislativo. Portanto, além de definir 
a competência do órgão julgador, os impetrados amoldam-se como legitimados passivos. 
 No tocante à legitimidade ativa, o impetrante é pessoa natural que se encontra impedido de 
exercer seu direito em face da mora legislativa. Deste modo, o artigo 3 da Lei 13.300 de 2016 
considera como legitimado ativo para impetrar o Mandado de Injunção as pessoas naturais ou 
jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no 
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artigo 2 e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma 
regulamentadora, no caso em tela, o Congresso Nacional e o Presidente da República. 
III – DO CABIMENTO 
 Conforme preleciona o artigo 5º, LXXI da Constituição Federal, conceder-se-á Mandado de 
Injunção sempre que a falta de norma regulamentadora inviabilize o exercício de um direito, liberdade 
ou prerrogativa constitucionais inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
 Nesse mesmo sentido, o artigo 2º, da Lei 13.300 de 2016, preleciona que conceder-se à 
mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania. 
 No presente Mandado de Injunção, temos que o Impetrante está impedido de exercer o seu 
direito de greve por não haver a devida regulamentação para o servidor público federal. Neste caso, 
cabível é ação impetrada. 
 
IV – DA FALTA DA NORMA REGULAMENTADORA 
 O impetrante é servidor público federal e pretende exercer o seu direito constitucional à 
greve para reivindicar aumento da remuneração. A Constituição Federal assegura o exercício do 
direito de greve em seu artigo 9º. Todavia, para que o servidor público federal possa exercer tal 
direito, é necessário a edição de lei regulamentadora, o que até hoje não ocorreu. 
 Ainda, o artigo 37, VII, da Constituição Federal estabelece que o direito de greve será 
exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. O Impetrante, no entanto, está 
impedido de exercer seu constitucional direito de greve, pois não houve a referida regulamentação. 
 Há, todavia, a regulamentação do direito de greve na lei 7783/89, mas tal regulamentação 
não alcança os servidores públicos, permanecendo assim o Impetrante na impossibilidade do exercício 
do direito constitucional perseguido. 
 Cumpre dizer que a Constituição Federal em seu artigo 1º, III, trás o consagrado princípio 
fundamental da Dignidade da Pessoa Humana. Nota-se, pois, que o Impetrante encontra-se violado em 
sua dignidade humana, pois diferentemente de outras categorias, não pode exercer o seu direito 
constitucional de greve. É necessário, então, que se concretize e viabilize o direito do Impetrante. 
 
V – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Diante do exposto, requer deste Egrégio Tribunal, que se digne pela: 
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a) Concessão do efeito concreto para garantir o exercício do direito de greve ao Impetrante, 
aplicando-se a lei 7783/89, enquanto não houver a regulamentação; 
 
b) Notificação das autoridades coatoras omissas, o Presidente do Congresso Nacional e o 
Presidente da República para prestarem informações no prazo legal, em 10 dias, nos termos 
do artigo 7º, I, da Lei 12.016/09 e do artigo 14 da Lei 13.300 de 2016; 
c) Intimação do Ministério Público, para apresentar o seu parecer, nos termos do artigo 12 da 
Lei 12016/09 em obediência ao artigo 14 da Lei 13.300 de 2016; 
d) Procedência do pedido de mérito com a declaração da mora legislativa que inviabilizou o 
direito do impetrante. 
 
Valor da Causa R$ 1000,00 (mil reais) 
 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
 
 
Local e data... 
 
 
Advogado.... OAB.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AGORA É A SUA VEZ! 
ENUNCIADO: 
Joana Augusta laborou, durante vinte e seis anos, como enfermeira do quadro do hospital 
universitário ligado a determinada universidade federal, mantendo, no desempenho de suas 
tarefas, em grande parte de sua carga horária de trabalho, contato com agentes nocivos 
causadores de moléstias humanas bem como com materiais e objetos contaminados. Em 
conversa com um colega, Joana obteve a informação de que, em razão das atividades que ela 
desempenhava, poderia requerer aposentadoria especial, com base no § 4.º do art. 40 da 
Constituição Federal de 1988.A enfermeira, então, requereu administrativamente sua 
aposentadoria especial, invocando como fundamento de seu direito o referido 
dispositivo constitucional. 
No dia 30 de novembro de 2008, Joana recebeu notificação de que seu pedido havia sido 
indeferido, tendo a administração pública justificado o indeferimento com base na ausência delei que regulamente a contagem diferenciada do tempo de serviço dos servidores públicos 
para fins de aposentadoria especial, ou seja, sem uma lei que estabeleça os critérios para a 
contagem do tempo de serviço em atividades que possam ser prejudiciais à saúde dos 
servidores públicos, a aposentadoria especial não poderia ser concedida. Nessa linha de 
entendimento, Joana deveria continuar em atividade até que completasse o tempo necessário 
para a aposentadoria por tempo de serviço. Inconformada, Joana procurou escritório de 
advocacia, objetivando ingressar com ação para obter sua aposentadoria especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
 
Contra quem você 
advoga? 
 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
 
Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
 
A peça exige alguma 
formalidade? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Redigindo a Peça 10: 
José, cidadão estrangeiro, que residira durante trinta anos no Brasil e passara os últimos trinta 
anos de sua vida no exterior, sem visitar o Brasil, decidiu retornar a este país. Após fixar 
residência no Brasil, tomou a iniciativa de rever os conhecidos. Em uma conversa com um de 
seus mais diletos amigos, este lhe informou que ouvira um rumor de que constaria dos 
assentamentos do Ministério X que José havia se envolvido em atividade terrorista realizada 
no território brasileiro, trinta e cinco anos atrás. José decidiu averiguar a informação e 
apresentou uma petição ao Ministério X, requerendo cópia de todos os documentos de posse 
do referido ministério em que constasse o seu nome. Dentro do prazo legal, José obteve várias 
cópias de documentos. A cópia do processo entregue a José apresentava-o inicialmente como 
suspeito de participar de reuniões do grupo subversivo em questão. Porém, ao conferir a cópia 
que lhe foi entregue, José percebeu que, além de faltarem folhas no processo, este continha 
folhas não numeradas. Suspeitando de que as folhas faltantes no processo pudessem esconder 
outro documento em que constasse seu nome, José formulou novo pedido ao Ministério X. 
Dessa vez, novamente dentro do prazo legal, José recebeu comunicado de uma decisão que 
indeferia seu pedido, assinada pelo próprio ministro da Pasta X, em que este afirmava 
categoricamente que o peticionário já recebera cópias de todos os documentos pertinentes. 
Incrédulo e inconformado com a decisão, José procurou os serviços de um advogado para 
tomar a providência judicial cabível. 
Na qualidade de advogado(a) de José, redija a peça jurídica mais adequada ao caso relatado na 
situação hipotética, atentando aos seguintes aspectos: 
- competência do órgão julgador; 
- legitimidade ativa e passiva; 
- argumentos a favor do acesso a todos os documentos em que conste o nome de José, no 
Ministério X; 
- requisitos formais da peça judicial proposta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESITOS ESSENCIAIS 
Para quem você 
advoga? 
JOSÉ 
Contra quem você 
advoga? 
Ministro do Ministério “X” 
O que pretende o seu 
cliente? (Objeto da 
Ação e fundamento) 
Obter informação de natureza pessoal (documentos relativos do Impetrante), 
após negativa do Ministro da Pasta X 
 Existe urgência no 
direito pretendido 
pelo seu cliente? 
Não existe urgência. 
Qual órgão 
jurisdicional irá 
julgar a ação? 
(Competência) – 
Indicar o vocativo. 
Superior Tribunal de Justiça – Art. 105, I, b, da CFRB/88 + art. 20, I, b, Lei 9507 
de 97 
Quais os 
fundamentos serão 
utilizados? 
Art. 5, LXXII, a, CF + + Lei 9507/97 + art. 319, CPC. 
A peça exige alguma 
formalidade? 
Notificação da autoridade coatora, Ciência ao Órgão que a Autoridade coatora 
está vinculada + Requerimento da Juntada de documentos + Procedência do 
Pedido + Intervenção do MP para apresentar Parecer, Petição em duas vias com 
documentos comprobatórios do requerimento administrativo + Valor da Causa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MODELO DA PEÇA: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
(espaço de cinco linhas) 
 
 JOSÉ..., estrangeiro, estado civil..., profissão..., inscrito no CPF sob o n. ..., e RG sob o n. 
..., com endereço..., endereço eletrônico..., por meio de seu advogado que a esta subscreve, com 
endereço..., endereço eletrônico..., conforme procuração anexa, nos termos do artigo 287 do Código 
de Processo Civil, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, LXXI, b, 
da Constituição Federal, artigos 7º e seguintes da Lei 9.507/97 e artigo 319 do Código de Processo 
Civil, impetrar 
HABEAS DATA 
em face da autoridade coatora vinculada ao Ministério da Pasta X, NOME..., estado civil, 
MINISTRO DE ESTADO DA PASTA X, inscrito no CPF sob o n...., RG sob o n...., com endereço..., 
endereço eletrônico..., pela negativa ao direito líquido e certo de informação da pessoa do 
impetrante, conforme será demonstrado a seguir. 
I – DOS FATOS 
 O impetrante, cidadão estrangeiro, residiu durante 30 anos no Brasil e passou os últimos 
30 anos no exterior. Após voltar a fixar residência no Brasil, em conversa com amigo, foi informado 
que constariam documentos no Ministério X de que o Impetrante participara de atividades terroristas 
em território brasileiro há 35 anos. 
 O impetrante, então, peticionou ao Ministério X, requerendo informações e cópia de 
documentos relativos ao seu nome. O impetrante obteve vários documentos, dentro do prazo legal, 
que atestavam a sua participação em reuniões de grupos subversivos em questão, porém, percebeu 
que faltavam folhas nos documentos fornecidos e que não estavam numerados. 
 O impetrante, novamente requereu dentro do prazo os documentos faltantes pelo que foi 
negado pelo Impetrado, o Ministro da Pasta X, razão pela qual, vem a este tribunal. 
II– DO FORO COMPETENTE E DA LEGITIMIDADE 
 A competência da presente ação se dá pelo legitimado passivo em consonância com o artigo 
105, I, b, da Constituição Federal que diz que cabe ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar 
o Habeas Data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do Impetrante. 
Neste sentido, é também o artigo 20, I, b da Lei 9507/97. 
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 No caso, temos como autoridade coatora que negou o direito de informação ao Impetrante o 
Ministro de Estado da Pasta X. Deste modo, cabe ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar 
a presente ação. 
 O Impetrante,

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