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Consolidação das Demonstrações Contábeis EXTRA

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CIC050 - CONTABILIDADE IV
Prof.: Dr. Romualdo Douglas Colauto
Estágio de Pós-Graduação: Michelle Adriane S. de Oliveira 
Apoio técnico: Rafael de Lacerda Moreira
Adaptação: Marcos Valério Martins Soares
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A consolidação de balanços é adotada em muitos países, particularmente naqueles em que o mercado de ações é mais desenvolvido.
As entidades internacionais de Contabilidade reconhecem que as Demonstrações Contábeis Consolidadas fornecem maiores e melhores informações de natureza financeira e econômica a respeito do grupo empresarial do que as diversas demonstrações individuais. 
Somente por meio dessa técnica é que se pode realmente conhecer a posição financeira da empresa controladora e das demais empresas do grupo.
Peres Jr. e Oliveira (2009); Fipecafi (2009)
Introdução
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Histórico sobre a Consolidação das Demonstrações Contábeis - Estados Unidos
1886 – Primeira empresa a apresentar demonstrações consolidadas: American 	 Cotton Oil Trust;
1892 – National Lead Company;
1894 – General Eletric Company;
1902 – Três grandes grupos apresentam as Demonstrações Contábeis:
 U.S. Rubber Company;
 U.S. Stell Corporation;
 Eastman Kodak Company;
1904 – Inclusão nos exames da AAPA (American Association of Public Accountants), atualmente o AICPA.
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Histórico sobre a Consolidação das Demonstrações Contábeis - Brasil
1972 – Circular 179 do Banco Central do Brasil;
1974 – Primeiro Balanço Publicado: Petrobrás;
1975 – Grupo Forsa; Grupo Real;
1976 – Lei 6.404/76 – Obrigatório para todas as Cias. Abertas;
1993 – Resolução 758/1993 e NBC T8; 
1996 – Instrução CVM 247/96 estabelece novas exigências.
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A importância da consolidação no contexto atual
Empresas de um mesmo grupo formam um conjunto de atividades econômicas que muitas vezes são complementares umas das outras. Nesse contexto, as DC devem ser analisadas como um reflexo do resultado do grupo empresarial.
A qualidade da informação contábil em caso de investimentos permanentes em outras companhias é substancialmente melhorada, pois as DC são apresentadas como se fossem de uma única empresa com filiais ou divisões.
Fipecafi (2009)
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Aspectos conceituais e legais da Consolidação das Demonstrações Contábeis - DC
sdf
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Aspectos conceituais da consolidação
	Consolidar DC significa apresentar a posição patrimonial e financeira e os resultados das operações de um conjunto de sociedades, juridicamente independentes, mas sob um mesmo controle, como se o grupo constituísse uma única empresa.
Consolidar remete à idéia de agrupamento, união, junção. Isto é, compactar aquilo que está separado, fracionado, disperso, para que se consiga obter melhor visualização e noção do conjunto.
Fipecafi (2009)
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Aspectos conceituais da consolidação
IASB – Norma Internacional de Contabilidade - IAS 27
	Demonstrações contábeis consolidadas são demonstrações de um grupo de empresas, apresentadas como se fossem uma única empresa.
Resolução do CFC nº 758/1993 – NBC T 8
	São aquelas resultantes da integração das DC de uma ou mais Entidades, vinculadas por interesses comuns, onde uma delas tem o comando direto ou indireto das decisões políticas e administrativas do conjunto (controladora).
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 A consolidação não fere o Princípio da Entidade, uma vez que o objeto da consolidação é o controle sobre os ativos, passivos e as contas de resultado e não a posse.
 A essência deve se sobrepor à forma. O fato de juridicamente as empresas representarem entidades separadas não significa que não possam ter seus ativos, passivos e contas de resultado somados, formando uma entidade econômica.
Aspectos conceituais da consolidação
BASES TEÓRICAS DO PRINCÍPIO DA ENTIDADE
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BASES TEÓRICAS DO PRINCÍPIO DA ENTIDADE
As demonstrações consolidadas envolvem Entidades independentes, com patrimônio autônomo, não surgindo uma nova Entidade pela consolidação, mas uma unidade econômica.
 unidade econômica - o patrimônio sem personalidade jurídica própria, resultante da agregação de patrimônios autônomos.
Aspectos conceituais da consolidação
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BASES TEÓRICAS DO PRINCÍPIO DA ENTIDADE
 Autonomia Patrimonial (o patrimônio pertence à entidade) - o patrimônio da entidade jamais se confunde com aqueles de seus sócios ou proprietários
 Soma de Patrimônios (a entidade não pertence ao patrimônio) a soma de patrimônios de diferentes entidades não resulta em uma nova entidade
Aspectos conceituais da consolidação
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Razões para formação de grupos econômicos 
As empresas preferem operar como um grupo de empresas legalmente distintas, e não como uma única entidade legal, por várias razões:
Reduzir o risco da controladora
Atender mais eficazmente às exigências legais estaduais, inclusive tributárias.
Expandir ou diversificar, com um mínimo de investimento.
Vender uma operação não mais desejada, com um mínimo de custos administrativos e legais.
Stickney e Weil (2001, p.560)
Aspectos conceituais da consolidação
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Apresentar os resultados das operações e a posição patrimonial-financeira da sociedade controladora e das suas controladas como se o grupo fosse uma única empresa.
	Neves e Viceconti (2002)
Fornecer informações mais úteis do que o método da equivalência patrimonial. A consolidação dos ativos, passivos, receitas e despesas da controladora e das subsidiárias mostra um quadro mais realista das operações e da posição financeira da entidade econômica única.
Stickney e Weil (2001, p.561)
Objetivos da consolidação
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Mostrar aos leitores das demonstrações contábeis, principalmente acionistas e credores, os resultados das operações e posições financeiras da sociedade controladora e suas controladas, como se o grupo fosse uma única empresa com uma ou mais filiais ou divisões.
									Fipecafi (2009)
Apresentar aos diretores da holding os ativos e os passivos sob seu controle, assim como a receita e a despesa pelas quais são responsáveis.
	Iudícibus (2006)
Objetivos da consolidação
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Acionistas Majoritários - fiscalizar e proteger seus investimentos;
Acionistas Minoritários - observar se a política de negócios adotada pelo grupo não contraria seus interesses;
Gestores - instrumentos para tomada de decisões;
Credores, investidores e agências reguladoras - obtêm informações sobre a importância e a extensão das operações das empresas sob o mesmo controle;
Weygdant, Kieso e Kimmel (2005); Peres Jr. e Oliveira (2009)
Não há influência fiscal ou societária, pois os tributos sobre a renda são calculados individualmente e os dividendos sobre o lucro de cada empresa e não sobre o lucro consolidado
Finalidades da consolidação
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Exemplo simplificado da metodologia de consolidação
Grupo ABC
Demonstrações de A + B + C
Saldo entre empresas ABC
Demonstrações Consolidadas
-
=
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Gerenciamento de Resultados
A Consolidação evita o viés na informação em decorrência das possíveis manipulações dos resultados das empresas analisadas individualmente em função basicamente das operações realizadas entre as companhias de um mesmo grupo econômico, que possibilitam a transferência de resultado de uma entidade para outra.
Shimidt, Santos e Fernandes (2007)
Contribuição da consolidação
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Após anunciar um prejuízo de US$ 618 milhões no 3º trimestre de 2001, a ENRON desencadeou um processo que poderá ser considerado como o maior caso de falência já registrado nos Estados Unidos.
Milhares de investidores da ENRON viram suas ações sofrer uma desvalorização de US$ 83,00 para menos de US$ 1,00 em um ano.
O caso ENRON lembra o dos grandes bancos brasileiros que quebraram em meados dos anos 90 da noite para o dia. Naqueles episódios, auditorias haviam sido acusadas de terem "maquiado" demonstrações financeiras para esconder irregularidades cometidas pelos administradores e sócios.
Gerenciamento de Resultados – CASO ENRON
Contribuição da consolidação
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A ENRON,
assim como outras empresas, criou estruturas jurídicas denominadas “Sociedades de Propósito Específico" (SPE), escondendo trilhões de dólares de dívidas em itens que não constavam no Balanço.
Quando a ENRON admitiu ter ocultado bilhões de dólares de passivos em misteriosas entidades extra-oficiais, tentou se justificar afirmando tratar de prática comum entre as empresas. Isto infelizmente é verdade graças a falhas da SEC e Fasb.
Descobriu-se que uma empresa lucrativa antes da consolidação das “SPE”, após a consolidação passaria a mostrar um prejuízo de milhares de dólares e a falência da empresa.
Gerenciamento de Resultados – CASO ENRON
Contribuição da consolidação
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Comentários sobre as Sociedades de Propósito Específico (SPE)
As SPEs funcionam como uma espécie de consórcio, no qual duas empresas criam uma terceira, como o fim específico de desenvolver um projeto ou empreendimento, algumas vezes com prazo de existência determinado.
Muito comuns na área de construção civil e nas Parcerias Público Privadas (PPPs) permitem o compartilhamento de riscos e asseguram maior transparência ao negócio.
Segundo a Instrução CVM nº 408/2004, a partir de 2005 as demonstrações contábeis consolidadas das companhias abertas devem incluir as participações em Sociedades de Propósitos Específicos, quando estas possuírem relação de controle direto ou indireto.
Informativo Bernjoeft (2008)
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 De acordo com a Lei das Sociedades por Ações a consolidação é obrigatória para:
Companhias Abertas que tiverem mais de 30% do seu patrimônio líquido representado por investimentos em controladas;
 Grupos empresariais que se constituíram formalmente em grupos de sociedades, independentemente de serem ou não Companhias Abertas. Também se incluem nesse critério as Sociedades Limitada.
	
A Lei das SAs define que a CVM poderá expedir normas sobre as sociedades cujas demonstrações devam ser abrangidas pela consolidação
Obrigatoriedade de publicação
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 Determinação do percentual de 30% considera-se:
Valor da participação societária avaliada pelo MEP
Ágio ou deságio na aquisição de investimento
Provisão para as perdas permanentes.
O critério de relevância de 30% é arbitrário e não é empregado em outros países que exigem a consolidação para todas as companhias de capital aberto.
Shimidt, Santos e Fernandes (2007)
Obrigatoriedade de publicação
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De acordo com a CVM a consolidação é obrigatória para:
Todas as Companhias abertas que possuem investimentos em sociedades controladas;
Todas as sociedades controladas em conjunto;
Sociedades de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta.
Instrução CVM 247/96
Obrigatoriedade de publicação
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Cia aberta que possui investimentos em controladas
Hipótese mais comum de obrigatoriedade de consolidação;
Nessa obrigatoriedade destaca-se o conceito de controle, que é o parâmetro utilizado para determinar a necessidade de consolidação.
Shimidt, Santos e Fernandes (2007)
Obrigatoriedade de publicação
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Sociedades Controladas em Conjunto
Em relação às sociedades controladas em conjunto, que a CVM determinou que elas devem ser consolidadas proporcionalmente. Ou seja, introduziu no ordenamento jurídico brasileiro a consolidação proporcional.
Trata-se de uma inovação introduzida pela CVM, que estabelece a obrigatoriedade de consolidação proporcional para esse tipo de sociedade, na qual dois ou mais investidores possuem o controle de forma conjunta, denominada joint ventures.
Shimidt, Santos e Fernandes (2007)
Obrigatoriedade de publicação
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Sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta
Grupo de sociedades é a associação de esforços empresariais entre sociedades, para a realização de atividades comuns. 
Esse conceito aproxima-se muito daquele de joint venture, porém, nas joint ventures não existe um acionista controlador, o controle é exercido conjuntamente, enquanto no grupo de sociedades obrigatoriamente deve existir a figura da sociedade controladora, que deve ser brasileira.
Shimidt, Santos e Fernandes (2007)
Obrigatoriedade de publicação
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Sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta
A maneira mais natural de reunir empresas em um conglomerado consiste em controlá-las através de um holding.
É importante salientar que, na denominação do grupo de sociedades, deverá constar, obrigatoriamente, palavra identificadora de sua existência (grupo ou grupo de sociedades).
Shimidt, Santos e Fernandes (2007)
Obrigatoriedade de publicação
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Obrigatoriedade de Publicação
A CVM pode ainda:
 Determinar a inclusão de sociedade não controlada mas que seja financeiramente ou administrativamente dependentes da Companhia.
 Em casos especiais, autorizar a exclusão de uma ou mais sociedades controladas. 
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Exclusão de Controladas nas Demonstrações Consolidadas
Poderão ser excluídas das demonstrações contábeis consolidadas, sem prévia autorização da CVM, as entidades:
 Com efetivas e claras evidências de perda de continuidade (processo concordata, falência). 
Obs:. A troca de ramo de atividade da controlada não caracteriza descontinuidade 
Cuja venda por parte da investidora, em futuro próximo, tenha e efetiva e clara evidência de realização devidamente formalizada.
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Periodicidade de publicação das demonstrações consolidadas
A CVM obriga a consolidação das demonstrações contábeis, para efeito de publicação e divulgação aos usuários externos no fim de cada exercício social. 
Para fins gerenciais do grupo de empresas e utilização do usuário interno, recomenda-se que as demonstrações sejam consolidadas em períodos menores - mensalmente ou trimestralmente. 
Perez Jr e Oliveira (2009, p.71)
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Evidenciação da política de consolidação
O resumo das principais práticas contábeis que obrigatoriamente consta das notas explicativas às demonstrações contábeis, deve conter uma declaração da controladora sobre sua política de consolidação.
Caso a Controladora não inclua uma subsidiária importante, esse fato deve ser evidenciado nas Notas Explicativas.
Stickney e Weil (2001, p. 562)
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Exemplo – American Home Products Corporation
Resumo das Principais Práticas Contábeis: ... As demonstrações contábeis consolidadas incluem as contas da Companhia e de suas subsidiárias, com exceção das subsidiárias descritas na Nota 3, ...
Provisão para dano Econômico a Investimentos em certas Localidades Estrangeiras: A Companhia contabilizou uma provisão de $50.000.000, reconhecendo dano econômico a investimentos realizados na América do Sul, exceto no Brasil. (...) tendo em vista que os países em questão têm imposto restrições ao pagamento de dividendos, controle da saída de capitais, controle de preços e importações, que prejudicam severamente a capacidade da administração da Companhia controlar o desempenho econômico de tais subsidiárias. (...) os lucros por elas gerados são registrados pelo método de custo (...).
Stickney e Weil (2001, p. 562)
Evidenciação da política de consolidação
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Papéis de Trabalho para consolidação
A consolidação das demonstrações contábeis pode ser feita de diversas formas, tais como:
Usando-se papéis de trabalho;
Usando-se fichas de Razão por conta de forma extra-contábil.
Obs.: A forma mais prática e a mais comumente é utilizar papéis de trabalho.
FIPECAFI (2009)
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Modelo de Papéis de Trabalho
FIPECAFI (2009)
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Modelo de Papéis de Trabalho
FIPECAFI (2009)
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Modelo de Papéis de Trabalho
FIPECAFI (2009)
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Modelo de Papéis de Trabalho
FIPECAFI (2009)
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Exemplos de Consolidação
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Técnicas de Consolidação
A consolidação requer que se observe as seguintes etapas: 
1º - Mensurar os investimentos com base no MEP
2º - Somar os saldos das contas das entidades;
3º - Eliminar as participações de um Entidade na outra;
4º - Eliminar os saldos de quaisquer contas entre Entidades
5º - Eliminar as parcelas do Resultado do Exercício, dos Lucros Acumulados, do Custo do Estoque e do Ativo Permanente correspondentes a Lucros Não Realizados.
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Consolidação das DC em situações de Controle Integral
Deve-se empregar a consolidação integral quando a Investida pertence 100% à Controladora;
A técnica consiste em somar as contas das demonstrações contábeis das duas sociedades e eliminar os investimentos contra o Patrimônio Líquido da controladora.
FIPECAFI (2009)
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Consolidação das DC em situações de Controle Parcial
Em caso em que a investida pertence menos de 100% à controladora;
Surge a figura dos Acionistas Minoritários;
A participação dos Acionistas Minoritários da controlada deve ser incluída em agrupamento específico de contas do Balanço Patrimonial Consolidado, antes do PL.;
Na DRE Consolidada a Participação dos Minoritários é apresentada na penúltima linha, antes do lucro ou prejuízo líquido final consolidado.
FIPECAFI (2009)
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Exemplo 1 – Considerando a Eliminação de Investimentos
Em 02-01-X2, a Cia “A” adquire 100% das ações da Cia “B” por $ 600.
A empresa “A” detém 100% do capital de “B” e o investimento é avaliado pela Equivalência Patrimonial. A única eliminação a ser feita corresponde a baixa do investimentos de “A” contra o PL de “B”.
Após a eliminação, basta somar os saldos.
Neves e Viceconti (2002)
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Exemplo 1 – Considerando a Eliminação de Investimentos
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Exemplo 2 - Considerando a Eliminação de Investimentos
Em 02-01-X2 a Cia “A” adquire 70% da Cia “C” por $ 210. O PL de “C” equivale a $ 300. Os demais investidores são considerados acionistas minoritários. 
Nesse caso, a participação dos acionistas minoritários é excluída do PL e passa a figurar uma posição intermediária entre Passivo e o PL.
Neves e Viceconti (2002)
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Exemplo 2 (cont.) - Considerando a Eliminação de Investimentos
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Exemplo 3 – Considerando a Eliminação dos saldos intercompanhias
Supondo-se que a Investidora Cia “A” tenha vendido, ao preço de custo, $ 100 de mercadorias para a controlada “B”. 
A controlada “B” mantinha, na data do Balanço, todo o estoque avaliado em de $ 100.
A empresa “B” tem um deve Passivo de $ 100 para com a controladora “A” e esta, por sua vez, um saldo a receber de “B”
FIPECAFI (2009)
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Exemplo 3 – Considerando a Eliminação dos saldos intercompanhias
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Exemplo 3 – Considerando a Eliminação dos saldos intercompanhias
Deve-se ainda, eliminar as vendas realizadas intercompanhias na DRE Consolidada; 
A controladora “A”, ao efetuar a venda de $100 a “B”, registrou tal operação como sua receita de vendas e em contrapartida, como custo das mercadorias vendidas, porém na ótica da consolidação o resultado e o custo não foram realizados e devem ser eliminados.
FIPECAFI (2009)
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Exemplo 3 – Considerando a Eliminação dos saldos intercompanhias
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Exemplo 4 – Considerando os Lucros Não-Realizados no Estoque
No caso das vendas intercompanhias incluírem lucros deve-se verificar: 
se empresa que comprou as mercadorias já as vendeu para terceiros;
se empresa que comprou as mercadorias ainda as possui no seu estoques.
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Exemplo 4 – Considerando os Lucros Não-Realizados no Estoque
A controlada “B” vendeu à controladora “A”, por $ 140 mercadorias cujo custo para a controlada foi de $ 100;
A controlada “A” vendeu todas as mercadorias a terceiros por $160.
Nesse caso não haverá lucros nos estoques decorrente das operações intercompanhias e a eliminação ocorrerá apenas das vendas contra o custo das vendas.
SITUAÇÃO EM QUE A CONTROLADA VENDE TODO O ESTOQUES PARA TERCEIROS
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 O custo das vendas a ser eliminado é de $ 140 e não simplesmente os $ 100 do custo da venda para a controlada “B”. 
 Como as mercadorias foram revendidas para terceiros pela Cia “A”, o lucro de $ 40 existente na empresa “B” fazia parte do custo de vendas de “A”.
Exemplo 4 – Considerando os Lucros Não-Realizados no Estoque
SITUAÇÃO EM QUE A CONTROLADA
VENDE TODO O ESTOQUES PARA TERCEIROS
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A controlada “B” vendeu mercadorias à controladora “A” no valor de $ 140 cujo custo para a controlada foi de $ 100;
Supondo-se que “A” não tenha vendido nenhuma mercadoria desse lote para terceiros, deve-se eliminar os valores das transações na DRE e no Balanço Patrimonial. 
SITUAÇÃO EM QUE A EMPRESA QUE COMPROU MERCADORIAS AINDA AS POSSUI TOTALMENTE NOS ESTOQUES 
Exemplo 5 – Considerando os Lucros Não-Realizados no Estoque
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Exemplo 5 – Considerando os Lucros Não-Realizados no Estoque
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A controlada “B” vendeu mercadorias à controladora “A” no valor de $ 140 cujo custo para a controlada foi de $ 100;
A Controladora “A” vendeu 50% das mercadorias para terceiros ao preço de $ 80. Assim, deve-se eliminar os valores das transações na DRE e no Balanço Patrimonial de forma proporcional. 
A) Cálculo da margem de lucro de “B”
		Preço de venda pela B	 140
		Custo das mercadorias na B	 100
		Lucro Bruto de “B”			 40
		Margem de Lucro			28,57%
SITUAÇÃO EM QUE A EMPRESA QUE COMPROU AS MERCADORIAS POSSUI APENAS UMA PARTE DELAS NOS ESTOQUES 
Exemplo 5 – Considerando os Lucros Não-Realizados no Estoque
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B) Cálculo do lucro no estoque de “A”
		Estoques adquiridos de controladas		 140
	 (-) Vendidos a terceiros (50%)			 70
 	(=) Saldo em estoque em “A”			 70
 	(x) Margem de Lucros 28,57%
 (=) Lucro não Realizado no estoque 20
Exemplo 5 – Considerando os Lucros Não-Realizados no Estoque
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Valor da equivalência: 100% de $ 145 = $ 145
Exemplo 5 – Considerando os Lucros Não-Realizados no Estoque
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Exemplo 5 – Considerando os Lucros Não-Realizados no Estoque
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Consolidação da DMPL e DLPA
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Consolidação da Demonstração de Mutação do Patrimônio Líquido
Os saldos no início e no fim do exercício são extraídos dos balanços consolidados;
O lucro líquido consolidado é o apurado na Demonstração do Resultado do Exercício consolidada;
Os Dividendos distribuídos representam a soma dos dividendos distribuídos em cada empresa consolidada, menos os internos ao próprio conjunto, que são eliminados;
Os saldos no final do exercício são extraídos dos balanços consolidados;
Fipecafi (2009)
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Consolidação da Demonstração de Mutação do Patrimônio Líquido
A DMPL consolidada é igual a DMPL da controladora, pois esta utiliza a Equivalência Patrimonial.
O mesmo ocorre com a DLPA;
Por isso, a CVM na instrução 247/96 e a Lei 6404/76 desobrigou as companhias a publicarem a DMPL e DLPA consolidada, exigindo somente a publicação do Balanço Patrimonial e a DRE complementados por Notas Explicativas e outros quadros analíticos necessários ao esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados. 
 No entanto, recomenda-se a consolidação da DMPL e DLPA apenas para conferir se os valores estão fechando entre si (companhias). 
Fipecafi (2009)
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CONSOLIDAÇÃO NO CONTROLE COMPARTILHADO (JOINT VENTURE)
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Normas da CVM para consolidação com controle compartilhado
Uma joint venture é uma entidade controlada em conjunto, caraterizada pela existência de um acordo contratual entre acionistas que estabelece o controle conjunto sobre a atividade econômica dessa empresa. 
Até 1996 não havia no Brasil nenhum procedimento legal específico para a contabilização e evidenciação de investimentos em joint ventures.
A Instrução 247/96 e passou a exigir a demonstrações consolidadas para as Cias abertas que mantêm investimentos em joint ventures.
FIPECAFI (2009)
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Critérios de consolidação nas Joint Ventures
A consolidação será proporcional por refletir a substância e a realidade econômica do negócio combinado, permitindo com que a Venture demonstre a verdadeira proporção de seu controle sobre cada ativo, passivo, despesas e receitas.
Deve-se aplicar a porcentagem de participação da investidora para determinar os valores de cada item do patrimônio, não existindo a figura de participação minoritária.
FIPECAFI (2009)
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Exemplo 7 – Consolidação Proporcional
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Exemplo 7 – Consolidação Proporcional
 A Venture possui 60% do capital da Joint Venture, e vendeu para esta todo o seu estoque à vista por $ 200. Por outro lado, todo o estoque adquirido pela Joint Venture não foi vendido até o encerramento do exercício.
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Exemplo 7 – Consolidação Proporcional
 Após a transação os balanços apresentaram os seguintes valores:
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Eliminar investimentos
Eliminar da receita de vendas, do custo de venda e do resultado do período o percentual de participação da venture (60%).
Eliminar do valor do estoque da Joint Venture o lucro não realizado pelo venture.
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Limitações da Consolidação 
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Limitações das demonstrações consolidadas
As demonstrações financeiras consolidadas não substituem as demonstrações de cada unidade do grupo.
Os credores de uma unidade específica confiam na geração de recursos da própria unidade, para que receberem de volta o financiamento que lhe concederam. 
Uma corporação somente pode declarar dividendos com base em seu próprio lucro, e não do lucro consolidado do grupo a que pertence.
Quando uma controladora não possui todas as ações de uma subsidiária, somente baseando-se nas demonstrações contábeis da subsidiária, é que os minoritários podem tirar conclusões sobre restrições a pagamentos de dividendos, legais e financeiros.
Stickney e Weil (2001, p. 562)
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Limitações das demonstrações consolidadas
Dados agregados podem ocultar a condição financeira de uma empresa componente do grupo consolidado.
Quocientes financeiros podem não ser significativos, a exemplos dos índices de solvência que podem ser enganosos, porque os ativos de uma empresa não podem ser utilizados para pagar dívidas de outra, sem criar uma obrigação.
No caso de subsidiárias estrangeiras, as flutuações do câmbio podem provocar variações de um ano para o outro. 
Kam (1990)
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Referências	
FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuárias e Financeiras. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicáveis às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade Avançada. 11 ed. São Paulo: Frase Editora, 2002.
SHIMIDT, P.; SANTOS, J. L.; FERNANDES, L. A. Contabilidade Internacional Avançada. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L. M. Contabilidade Avançada. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
STIKNEY, C. P.; WEIL, R. L. Contabilidade Financeira: uma introdução aos conceitos, métodos e usos. São Paulo: Atlas, 2001.
WEYGANDT, J. J.; KIESO, D. E.; KIMMEL, P. D. Contabilidade Financeira. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
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ANEXOS
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