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Processo legislativo & procedimentos

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		CONCEITO: conjunto coordenado de disposições (atos) que disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção de um ato legislativo;
		CONTROLE FORMAL DE CONSTITUCIONALIDADE: fiscalização do cumprimento das disposições constitucionais atinentes a um devido processo legislativo;
P R O C E S S O L E G I S L A T I V O 
(arts. 59 a 69, CF)
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		PRINCÍPIO DA SIMETRIA OU DO PARALELISMO FEDERATIVO: a Constituição Federal estabelece um padrão normativo que, na medida do possível, deve ser objeto de reprodução simétrica nas Constituições Estaduais
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		ATOS NORMATIVOS PRIMÁRIOS: atos ou espécies normativas que encontram fundamento de validade diretamente na Constituição Federal, podendo inovar o ordenamento jurídico criando obrigações, de acordo com o conteúdo previamente estabelecido para cada ato (exs. art. 59 – espécies normativas e art. 3.º, ADCT – revisão constitucional).
		ATOS NORMATIVOS SECUNDÁRIOS: atos ou espécies normativas, com características de generalidade e abstração, de competência do Poder Executivo, sem a possibilidade de inovar o ordenamento jurídico, expedido para fiel execução da lei, à qual se vinculam e se subordinam, com a finalidade de uniformizar a aplicação da lei pela Administração Pública (exs. decretos e regulamentos – art. 84, IV, CF)
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		LEI ORDINÁRIA: ato normativo primário, complexo, com características de generalidade e abstração, aprovado pela maioria simples das Casas do Legislativo
		OBJETO (campo material): residual, se dá por exclusão, ou seja, as matérias do art. 48 quando não se exige lei complementar
PROCESSO LEGISLATIVO COMUM 
OU ORDINÁRIO
PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO
FASE 
INTRODUTÓRIA
FASE 
CONSTITUITIVA
FASE 
COMPLEMENTAR
DELIBERAÇÃO
PARLAMENAR
DELIBERAÇÃO
EXECUTIVA
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		INICIATIVA: capacidade atribuída pela Constituição a alguém ou algum órgão para apresentar um projeto de lei, o qual desencadeia o processo legislativo, não é propriamente uma fase do processo legislativo.
		ESPÉCIES DE INICIATIVA: quanto aos legitimados (art. 61)
FASE INTRODUTÓRIA
deputado 
senador
comissão do CN
comissão da CD
comissão do SF
Pres. Rep.
STF
Trib. Sup.
Proc. Ger. Rep.
Iniciativa popular
parlamentar
extra -
parlamentar
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DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR: discussão e votação do projeto de lei nas casas do Poder Legislativo, tanto nas comissões, como, se for o caso, no plenário.
 	
projeto de lei
FASE CONSTITUITIVA
Casa
Iniciadora
Comis. de Const. e Just.
Comissões Temáticas
Plenário
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CASA INICIADORA: Câmara dos Deputados, em regra (art. 64);
2)	COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA: Comissão permanente, que participa do processo legislativo, tendo por objetivo a análise de aspectos constitucionais, legais, jurídicos, regimentais ou de técnica legislativa dos projetos;
3)	COMISSÕES TEMÁTICAS: Comissões permanentes, responsáveis em analisar e deliberar sobre projetos de lei de suas respectivas áreas de atividade;
OBSERVAÇÕES:
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4) PLENÁRIO: Composto por todos os parlamentares da casa, a sua utilização na discussão e votação do projeto de lei, em regra, é dispensável, a sua competência é preservada em duas hipóteses (art. 58, § 2.º, I): 
 a) nos casos em que haja previsão regimental e
 b) seja qual for a matéria, se houver recurso de um 
 décimo dos membros da Casa;
5) QUORÚM DE INSTALAÇÃO: maioria absoluta – regra 					 do art. 47;
6) QUORÚM DE VOTAÇÃO: maioria simples – regra do 				 art. 47.
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Casa
Iniciadora
Comis. de Const. e Just.
Comissões Temáticas
Plenário
Casa
Revisora
Comis. de Const. e Just.
Comissões Temáticas
Plenário
projeto 
de lei
OBSERVAÇÕES:
1) o projeto de lei aprovado pela Casa Iniciadora é encaminhado à Casa Revisora;
2) CASA REVISORA: Senado Federal, em regra;
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emenda 
parlamentar
 A Casa Revisora pode deliberar: a) a aprovação do projeto; b) a rejeição do projeto ou c) a alteração do projeto, através de emenda parlamentar(art. 65 e § único – ler p/alunos); 
EMENDA PARLAMENTAR: proposição apresentada, com exclusividade pelos parlamentares ou comissões, como acessória de outra, denominada principal, que no caso é o projeto de lei;
Casa Casa Casa 
Iniciadora Revisora Iniciadora
projeto 
de lei
5) Encerrada a DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR, se o projeto de lei for aprovado, com ou sem a emenda parlamentar, segue para a DELIBERAÇÃO EXECUTIVA.
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		DELIBERAÇÃO EXECUTIVA: esta fase constitui a manifestação de concordância (sanção) ou não (veto) do Presidente da República;
		SANÇÃO: ato de aquiescência do Presidente da República que converte o projeto de lei em lei (art. 66, caput);
		ESPÉCIES DE SANÇÃO:
FASE CONSTITUTIVA
tácita (art. 66, § 3.º) parcial (art. 66, 
					§§ 1.º e 2.º) 
sanção expressa	
sanção integral	
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veto jurídico (por ser inconstitucional)
veto político (por ser contrário 
ao interesse público)
VETO: ato de discordância do Presidente da República e relação ao projeto de lei;
ESPÉCIES 
DE VETO 
OBSERVAÇÕES:
 O veto deve sempre ser motivado. Após o veto, o Presidente da República deve comunicar ao Presidente do Senado Federal os seus motivos, em 48 horas;
 O veto é superável, pois a matéria retorna às Casas Legislativas para, em sessão conjunta, deliberar sobre o veto;
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O Congresso Nacional deve apreciar o veto em 30 dias (art. 66, § 4.º), sob pena de ser colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final (art. 66, § 6.º);
Ao apreciar o veto, o Congresso Nacional pode mantê-lo ou rejeitá-lo;
REJEIÇÃO AO VETO: somente com os votos da maioria absoluta dos deputados e senadores, em escrutínio secreto (art. 66, § 4.º). A rejeição converte o projeto de lei em lei.
manutenção  projeto 
		 arquivado
 rejeição  converte projeto 
 de lei em lei
veto e seus 
motivos
Congresso Nacional
(sessão conjunta)
Pres. Rep.
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		PROMULGAÇÃO: é um ato jurídico de natureza constitutivo formal, que atesta a inovação da ordem jurídica, declarando a existência da lei;
		COMPETÊNCIA PARA PROMULGAR: Presidente da República, inicialmente. Se este não promulgar a lei, nos casos de sanção tácita e rejeição ao veto, cabe ao Presidente do Senado Federal e se este também não praticar o ato cabe ao Vice-Presidente do Senado Federal fazê-lo (art. 66, § 7.º);
FASE COMPLEMENTAR
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		PUBLICAÇÃO: é um fato, por meio do qual a lei é divulgada no Diário Oficial, buscando sua notoriedade e objetivando a obrigatoriedade da lei;
		COMPETÊNCIA PARA PUBLICAR: a pessoa que promulgou, publica. Publicação em documento oficial – D.O.U
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		LEI COMPLEMENTAR: ato normativo primário, complexo, com características de generalidade e abstração, aprovado pela maioria absoluta das Casas do Legislativo;
		OBJETO (campo material): conteúdo do art. 48, desde que seja expressamente exigida sua regulamentação por lei complementar, o que acontece em dispositivos esparsos da Constituição;
		PROCESSO LEGISLATIVO: padrão normativo estabelecido para o processo legislativo ordinário, exceto em relação ao quorum de votação, sendo necessário a maioria absoluta para sua aprovação, conforme art. 69.
PROCESSO LEGISLATIVO 
DA LEI COMPLEMENTAR
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		CONCEITO: processo legislativo utilizado para a elaboração de leis ordinárias ou complementares, em regime de urgência constitucional, a qual pode ser solicitada pelo Presidente da República ao apresentar um projeto de sua iniciativa;
		OBJETO: matérias atribuídas à lei ordinária (quorum de maioria simples ) e à lei complementar (quorum de maioria absoluta);
		PROCESSO LEGISLATIVO: padrão normativo já estabelecido para o processo legislativo.
PROCESSO LEGISLATIVO SUMÁRIO
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CASA
INICIADORA
CASA
REVISORA
CASA
INICIADORA
projeto
de lei
emenda parlamentar
45 dias
45 dias
10 dias
		Obs.: O não cumprimento dos prazos acarreta o trancamento da pauta ficando sobrestadas as demais deliberações legislativas da Casa, com exceção das que tenham prazo constitucionalmente determinado;
		Obs: Estes prazos não correm no período de recesso do Congresso Nacional (art. 64, § 4.º).
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		EMENDA À CONSTITUIÇÃO: ato normativo primário, complexo, com características de generalidade e abstração, elaborado pelo Poder Constituinte Derivado Reformador, com capacidade para elaborar normas constitucionais;
		OBJETO: alteração e complementação das normas da Constituição Federal, com vedações estabelecidas pelo Poder Constituinte Originário, as quais podem ser classificadas em expressas (formais, circunstanciais e materiais) e implícitas;
		PROCESSO LEGISLATIVO: mais difícil e solene se comparado ao processo legislativo ordinário; o que caracteriza uma Constituição rígida.
PROCESSO LEGISLATIVO
 EMENDA À CONSTITUIÇÃO
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		FASE INTRODUTÓRIA: podem apresentar uma proposta de emenda à Constituição, tão somente, conforme art. 60:
a)	 um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados;
b)	um terço, no mínimo, dos membros do Senado Federal;
c) 	o Presidente da República;
d)	mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
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		FASE CONSTITUTIVA: discussão e votação, em dois turnos, em cada Casa do Congresso Nacional, sendo aprovada apenas se obtiver um quorum qualificado de três quintos dos votos dos membros de cada Casa (art. 60, § 2.º); resume-se à deliberação parlamentar, NÃO há sanção;
		FASE COMPLEMENTAR: a promulgação e a publicação são realizadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (art. 60, § 3.º).
		OBS: matéria de proposta de emenda rejeitada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, § 5.º)
		OBS: a Constituição Federal foi alterada através das Emendas Constitucionais de Revisão, com fundamento no art. 3.º, ADCT, o qual exigia um processo mais simples, com quorum de votação de maioria absoluta e sessão unicameral.
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		LEI DELEGADA: ato normativo primário, com característica de generalidade e abstração, elaborado pelo Presidente da República, após solicitação ao Congresso Nacional (art. 68, caput);
PROCESSO LEGISLATIVO
 DA LEI DELEGADA
OBJETO: conteúdo de lei ordinária, EXCETO:
•		organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
•		nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
•		planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
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Pres. Rep. 
Cong Nacional
Pres. Rep. 
lei delegada
 Pres. Rep promulga e publica
projeto de lei delegada
Resolução com apreciação § 3.º
		Resolução que diz conteúdo e período (art. 68, § 2.º- sem apreciação
		iniciativa reservada e discricionária – ato exclusivo
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lei delegada
Cong. Nacional
decreto legislativo
		Art. 49, V (sustar efeitos da lei delegada) (efeito ex nunc – sem apreciação)
projeto de 
lei delegada
(art. 68, § 3.º) 
Cong. Nacional
		votação única vedada emenda – com apreciação
		Rejeita
		projeto arquivado
aprova
	Pres. Rep. (promulga e publica a lei delegada)
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		MEDIDA PROVISÓRIA: é ato normativo primário, com característica de generalidade e abstração, com força de lei, editado pelo Presidente da República, em casos de relevância e urgência, sujeito a conversão em lei pelas Casas do Congresso Nacional;
		JUSTIFICATIVA: possibilidade de edição de um ato normativo excepcional e célere para situações de relevância e urgência;
PROCESSO LEGISLATIVO DA
 MEDIDA PROVISÓRIA
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OBJETO: conteúdo reservado à lei, com as seguintes VEDAÇÕES:
a)	 nacionalidade, cidadania e direitos políticos;
b)	direito penal e processual civil ou processual penal;
c)	 Poder Judiciário e Ministério Público (organização e carreira);
d)	leis orçamentárias;
e)	 detenção ou seqüestro de bens de poupança popular ou outro ativo financeiro;
f)	 matérias reservadas à lei complementar;
g)	matéria de projeto de lei aprovado, sujeito à sanção.
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Pres. Rep.
Medida Provisória
Comissão mista – parecer pressupostos constitucionais
CAM DEP
PLENÁRIO
60 DIAS (ART. 62, §3º )
SEN FED
PLENÁRIO
(art. 62, §§ 9º e 5º)
(art. 62, § 8º)
prorrogável por mais uma única vez (art. 62, § 7.º)
prazo é suspenso no período de recesso (art. 62, § 4.º)
após 45 dias: regime de urgência constitucional (art. 62, § 6.º) 
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APROVAÇÃO
POSSÍVEIS RESULTADOS NAS CASAS 
DO CONGRESSO NACIONAL
Integral sem alteração 
conversão em lei
Pres. Sen. Fed. = promulga
Pres. Rep. = publica
com alterações 
projeto de lei de conversão
(art. 62, § 12)
(emendas parlamentares) 
REJEIÇÃO
tácita (pelo decurso do prazo)
possibilidade de uma única reedição (art. 62, § 7.º)
expressa
Impossibilidade de reedição (art. 62, § 10)
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1)	No caso de rejeição, o Congresso Nacional, em 60 dias, deve editar um decreto legislativo, disciplinando as relações jurídicas decorrentes da medida provisória rejeitada (art. 62, §§ 3.º e 11);
2)	As medidas provisórias estão sujeitas ao controle de constitucionalidade: a) em relação ao seu conteúdo, se contrário à Constituição ou b) se flagrante o seu desvio de finalidade, caracterizando um abuso do poder de legislar (fiscalização da “relevância e urgência”);
OBSERVAÇÕES:
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3)	Relação com a lei anterior: suspende a lei anterior que dispõe sobre a mesma matéria. Se aprovada, converte-se em lei revogando a anterior. Se rejeitada, a eficácia da lei anterior é restaurada;
4)	Art. 2.º, EC n.º 32/01: medidas provisórias editadas anteriormente à Emenda à Constituição (11/09/2001) vigoram até posterior medida provisória que as revogue ou deliberação definitiva do Congresso Nacional.
OBSERVAÇÕES:

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