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Ementa e Acórdão 27/10/2015 SEGUNDA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 27.420 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI IMPTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO DISTRITO FEDERAL - SINDSEP/DF ADV.(A/S) :ULISSES BORGES DE RESENDE IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (PROCESSO Nº 00924020075) PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. IMPUGNAÇÃO DE DECISÃO DO TCU. LIMITES DO PODER REGULAMENTAR. DECRETO 343/1991 E PORTARIA FUNASA 138/2001. NÃO DEMONSTRADO O DIREITO LÍQUIDO E CERTO AFIRMADO NA INICIAL. ORDEM DENEGADA. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro DIAS TOFFOLI, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, em denegar a segurança, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Brasília, 27 de outubro de 2015. Ministro TEORI ZAVASCKI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722096. Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 27/10/2015 SEGUNDA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 27.420 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI IMPTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO DISTRITO FEDERAL - SINDSEP/DF ADV.(A/S) :ULISSES BORGES DE RESENDE IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (PROCESSO Nº 00924020075) PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de mandado de segurança coletivo preventivo, com pedido de liminar, impetrado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal, contra atos que estão na iminência de serem praticados pelo Diretor do Departamento de Administração da FUNASA em obediência ao determinado no Acórdão TCU 668/2008 (fl.3). Alega-se, em suma, que (a) os substituídos, servidores da FUNASA cedidos ao Governo do Distrito Federal para o auxílio no combate das doenças e endemias, recebem a indenização de campo, com amparo no art. 16 da Lei 8.216/1991 e na Portaria Funasa 138/2001; (b) o Acórdão TCU 668/2008 (Processo 009.240/2007-5) considerou irregular a continuidade do pagamento, sob o entendimento de que a indenização de campo seria direito restrito aos servidores cujas atividades eram desempenhadas em área rural (art. 4º, Decreto 5.992/2006), sendo ilegítima a Portaria 138/2001, por extrapolar os limites da lei, estendendo o recebimento à zona urbana; (c) o ato questionado, além de deixar de oportunizar a defesa em prol da manutenção do pagamento das parcelas (SV 3), conferiu interpretação equivocada à Lei 8.216/1991, que não vincula necessariamente a atividade de campo à atividade desempenhada no campo, pois é clara no sentido de que a indenização de campo é devida aos servidores que desenvolverem trabalhos de campo, tais como os de campanhas de combate e controle de endemias; demarcação e inspeção e manutenção de marcos decisórios; topografia, pesquisa, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722097. Supremo Tribunal Federal 27/10/2015 SEGUNDA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 27.420 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI IMPTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO DISTRITO FEDERAL - SINDSEP/DF ADV.(A/S) :ULISSES BORGES DE RESENDE IMPDO.(A/S) :PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (PROCESSO Nº 00924020075) PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): Trata-se de mandado de segurança coletivo preventivo, com pedido de liminar, impetrado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal, contra atos que estão na iminência de serem praticados pelo Diretor do Departamento de Administração da FUNASA em obediência ao determinado no Acórdão TCU 668/2008 (fl.3). Alega-se, em suma, que (a) os substituídos, servidores da FUNASA cedidos ao Governo do Distrito Federal para o auxílio no combate das doenças e endemias, recebem a indenização de campo, com amparo no art. 16 da Lei 8.216/1991 e na Portaria Funasa 138/2001; (b) o Acórdão TCU 668/2008 (Processo 009.240/2007-5) considerou irregular a continuidade do pagamento, sob o entendimento de que a indenização de campo seria direito restrito aos servidores cujas atividades eram desempenhadas em área rural (art. 4º, Decreto 5.992/2006), sendo ilegítima a Portaria 138/2001, por extrapolar os limites da lei, estendendo o recebimento à zona urbana; (c) o ato questionado, além de deixar de oportunizar a defesa em prol da manutenção do pagamento das parcelas (SV 3), conferiu interpretação equivocada à Lei 8.216/1991, que não vincula necessariamente a atividade de campo à atividade desempenhada no campo, pois é clara no sentido de que a indenização de campo é devida aos servidores que desenvolverem trabalhos de campo, tais como os de campanhas de combate e controle de endemias; demarcação e inspeção e manutenção de marcos decisórios; topografia, pesquisa, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722097. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório MS 27420 / DF saneamento básico, inspeção e fiscalização de fronteiras internacionais (fl. 8). Por entender presentes os requisitos, postula a concessão do pedido liminar. Ao final, requer a concessão da ordem para seja declarada a nulidade do Ato cometido, em todos os seus efeitos, bem como seja declarada a inconstitucionalidade do Acórdão do TCU 668/2008, determinando não seja aplicado aos substituídos pelo impetrante (...) (fl. 15). A autoridade impetrada prestou informações (fls. 130/172), pontuando, em especial, a ausência “de efetiva ameaça a direito” a justificar a impetração preventiva. Em informações, a União argumenta que: (a) o Sindicato não possui legitimidade ativa para impetrar a ação coletiva; e (b) não há comprovação de que, entre os substituídos, há indivíduos atingidos ou que podem ser atingidos pelo ato impugnado; essa verificação, no sentido de identificar os atingidos, demandaria análise de provas (fls. 175/183). O pedido de liminar foi indeferido (fls. 185/187). A Procuradoria-Geral da República opina pela denegação da segurança (fls. 197/204). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722097. Supremo Tribunal Federal MS 27420 / DF saneamento básico, inspeção e fiscalização de fronteiras internacionais (fl. 8). Porentender presentes os requisitos, postula a concessão do pedido liminar. Ao final, requer a concessão da ordem para seja declarada a nulidade do Ato cometido, em todos os seus efeitos, bem como seja declarada a inconstitucionalidade do Acórdão do TCU 668/2008, determinando não seja aplicado aos substituídos pelo impetrante (...) (fl. 15). A autoridade impetrada prestou informações (fls. 130/172), pontuando, em especial, a ausência “de efetiva ameaça a direito” a justificar a impetração preventiva. Em informações, a União argumenta que: (a) o Sindicato não possui legitimidade ativa para impetrar a ação coletiva; e (b) não há comprovação de que, entre os substituídos, há indivíduos atingidos ou que podem ser atingidos pelo ato impugnado; essa verificação, no sentido de identificar os atingidos, demandaria análise de provas (fls. 175/183). O pedido de liminar foi indeferido (fls. 185/187). A Procuradoria-Geral da República opina pela denegação da segurança (fls. 197/204). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722097. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI 27/10/2015 SEGUNDA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 27.420 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. Nos termos do art. 5º, LXX, da CF/88, o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por “organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados”. De acordo com os documentos, o impetrante está formalmente legitimado. 2. No que se refere ao justo receio ensejador do mandado de segurança, os documentos demonstram que, após a publicação do ato questionado (em 18/4/2008), foram expedidas comunicações no sentido de materializar o Acórdão 668/2008 (fls. 96 e 172) – situação que revela suficiente ameaça. Inclusive, de acordo com as informações apresentadas pelo TCU “a FUNASA noticiou a esta Corte de Contas a adoção de providências para a revogação da sua Portaria 138/2001” (fl. 134). No mais, sobre a natureza da ação coletiva (Súmula 630 do STF) já me manifestei quando atuava no Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO CIVIL COLETIVA. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. LEI Nº 9.494/97, ART. 1º-D. INAPLICABILIDADE. 1. A ação individual destinada à satisfação do direito reconhecido em sentença condenatória genérica, proferida em ação civil coletiva, não é uma ação de execução comum. É ação de elevada carga cognitiva, pois nela se promove, além da individualização e liquidação do valor devido, também juízo sobre a titularidade do exeqüente em relação ao direito material. 2. A regra do art. 1º-D da Lei nº 9.494/97 destina-se às execuções típicas do Código de Processo Civil, não se aplicando Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722098. Supremo Tribunal Federal 27/10/2015 SEGUNDA TURMA MANDADO DE SEGURANÇA 27.420 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO TEORI ZAVASCKI (RELATOR): 1. Nos termos do art. 5º, LXX, da CF/88, o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por “organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados”. De acordo com os documentos, o impetrante está formalmente legitimado. 2. No que se refere ao justo receio ensejador do mandado de segurança, os documentos demonstram que, após a publicação do ato questionado (em 18/4/2008), foram expedidas comunicações no sentido de materializar o Acórdão 668/2008 (fls. 96 e 172) – situação que revela suficiente ameaça. Inclusive, de acordo com as informações apresentadas pelo TCU “a FUNASA noticiou a esta Corte de Contas a adoção de providências para a revogação da sua Portaria 138/2001” (fl. 134). No mais, sobre a natureza da ação coletiva (Súmula 630 do STF) já me manifestei quando atuava no Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO CIVIL COLETIVA. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. LEI Nº 9.494/97, ART. 1º-D. INAPLICABILIDADE. 1. A ação individual destinada à satisfação do direito reconhecido em sentença condenatória genérica, proferida em ação civil coletiva, não é uma ação de execução comum. É ação de elevada carga cognitiva, pois nela se promove, além da individualização e liquidação do valor devido, também juízo sobre a titularidade do exeqüente em relação ao direito material. 2. A regra do art. 1º-D da Lei nº 9.494/97 destina-se às execuções típicas do Código de Processo Civil, não se aplicando Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722098. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI MS 27420 / DF à peculiar execução da sentença proferida em ação civil coletiva. ( AgRg no RESP 489348, Rel. Min. Teori Zavascki, 1ª Turma, j. 7/8/2003) 3. Feitas essas considerações de ordem preliminar a respeito da subsistência das condições necessárias ao conhecimento da ação, cumpre esclarecer que, em consulta ao andamento do Processo 009.240/2007-5 no sítio eletrônico do Tribunal de Contas da União na rede mundial de computadores, foi identificada nova abordagem do TCU sobre a matéria, quando apreciou o pedido de reexame, em 2009: 7. Nada obstante, destacou a unidade técnica que o recurso perdeu o objeto, já que foi instituída, pela Lei 11.784/2008, gratificação (GACEN) que substituiu, para todos os efeitos, as vantagens da indenização de campo, de que trata a Lei n.º 8.216/1991, sendo posteriormente tal gratificação, mediante a Lei n.º 11.907/2009, atribuída às categorias dos servidores recorrentes. Embora a superveniência da Lei 11.784/2008 tenha solucionado, no âmbito administrativo, a controvérsia sobre o alcance da indenização de campo (extensível à área rural), remanesce ainda o interesse com relação ao período compreendido entre a impetração e a publicação da referida lei. Dentro desse parâmetro de análise, não se tem demonstrado o direito líquido e certo afirmado na inicial. Isso porque, no caso, o ato questionado, sob o entendimento de que a Portaria FUNASA 138/2001 teria ultrapassado os limites da lei ao estender o pagamento da indenização de campo (atual GACEN) às atividades desempenhadas em área urbana, determinou à FUNASA que: 9.1.5 abstenha-se de realizar o pagamento da indenização instituída pelo art. 16 da lei 8.216/1991, com base nas diretrizes da Portaria FUNASA 138/2001, e informe a este Tribunal, no prazo de 30 dias, as providencias adotadas pela entidade no 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722098.Supremo Tribunal Federal MS 27420 / DF à peculiar execução da sentença proferida em ação civil coletiva. ( AgRg no RESP 489348, Rel. Min. Teori Zavascki, 1ª Turma, j. 7/8/2003) 3. Feitas essas considerações de ordem preliminar a respeito da subsistência das condições necessárias ao conhecimento da ação, cumpre esclarecer que, em consulta ao andamento do Processo 009.240/2007-5 no sítio eletrônico do Tribunal de Contas da União na rede mundial de computadores, foi identificada nova abordagem do TCU sobre a matéria, quando apreciou o pedido de reexame, em 2009: 7. Nada obstante, destacou a unidade técnica que o recurso perdeu o objeto, já que foi instituída, pela Lei 11.784/2008, gratificação (GACEN) que substituiu, para todos os efeitos, as vantagens da indenização de campo, de que trata a Lei n.º 8.216/1991, sendo posteriormente tal gratificação, mediante a Lei n.º 11.907/2009, atribuída às categorias dos servidores recorrentes. Embora a superveniência da Lei 11.784/2008 tenha solucionado, no âmbito administrativo, a controvérsia sobre o alcance da indenização de campo (extensível à área rural), remanesce ainda o interesse com relação ao período compreendido entre a impetração e a publicação da referida lei. Dentro desse parâmetro de análise, não se tem demonstrado o direito líquido e certo afirmado na inicial. Isso porque, no caso, o ato questionado, sob o entendimento de que a Portaria FUNASA 138/2001 teria ultrapassado os limites da lei ao estender o pagamento da indenização de campo (atual GACEN) às atividades desempenhadas em área urbana, determinou à FUNASA que: 9.1.5 abstenha-se de realizar o pagamento da indenização instituída pelo art. 16 da lei 8.216/1991, com base nas diretrizes da Portaria FUNASA 138/2001, e informe a este Tribunal, no prazo de 30 dias, as providencias adotadas pela entidade no 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722098. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Casa Realce Casa Realce Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI MS 27420 / DF sentido de regularização do pagamento da mencionada indenização fundamentada em normativo que atenda aos preceitos da legislação federal específica – Decreto 5.992, de 19/12/2006. (fl. 170v) Nessa linha de consideração, é certo que o conteúdo da lei delimita o âmbito de incidência do poder regulamentar. Nesse sentido: EMENTA CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. REGULAÇÃO, SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR. CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS. FUNÇÃO REGULAMENTAR DO PODER EXECUTIVO. CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÃO REGULAMENTADA. AUSÊNCIA DE DIREITO SUBJETIVO. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. 1. O exercício do poder regulamentar pelo Presidente da República (art. 84, IV, CF/88) e por Ministros de Estado - em auxílio à função diretiva da administração federal (art. 84, II, CF/88) - é legítimo quando restrito à expedição de normas complementares à ordem jurídico-formal vigente. 2. A pretensão não está amparada em qualquer fundamento constitucional, legal ou infralegal de que se possa extrair direito subjetivo líquido e certo do autor a ser protegido na via do mandamus. 3. Recurso ordinário a que se nega provimento. (RMS 27.666, Rel. Min Dias Toffoli, 1ª Turma, j. 10/4/2012, Dje de 4/5/2012) O art. 4º, do Decreto 343/1991 (reproduzido no art. 4º, do Decreto 5.992/2006), editado no exercício do poder regulamentar (art. 84, IV, CF), estabelecia: Art. 4º A indenização de que trata o art. 16 da Lei nº 8.216, de 13 de agosto de 1991, será devida aos servidores de toda e qualquer categoria funcional que se afastar da zona considerada urbana de seu município de sede para execução de 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722098. Supremo Tribunal Federal MS 27420 / DF sentido de regularização do pagamento da mencionada indenização fundamentada em normativo que atenda aos preceitos da legislação federal específica – Decreto 5.992, de 19/12/2006. (fl. 170v) Nessa linha de consideração, é certo que o conteúdo da lei delimita o âmbito de incidência do poder regulamentar. Nesse sentido: EMENTA CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. REGULAÇÃO, SUPERVISÃO E AVALIAÇÃO DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR. CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS. FUNÇÃO REGULAMENTAR DO PODER EXECUTIVO. CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÃO REGULAMENTADA. AUSÊNCIA DE DIREITO SUBJETIVO. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. 1. O exercício do poder regulamentar pelo Presidente da República (art. 84, IV, CF/88) e por Ministros de Estado - em auxílio à função diretiva da administração federal (art. 84, II, CF/88) - é legítimo quando restrito à expedição de normas complementares à ordem jurídico-formal vigente. 2. A pretensão não está amparada em qualquer fundamento constitucional, legal ou infralegal de que se possa extrair direito subjetivo líquido e certo do autor a ser protegido na via do mandamus. 3. Recurso ordinário a que se nega provimento. (RMS 27.666, Rel. Min Dias Toffoli, 1ª Turma, j. 10/4/2012, Dje de 4/5/2012) O art. 4º, do Decreto 343/1991 (reproduzido no art. 4º, do Decreto 5.992/2006), editado no exercício do poder regulamentar (art. 84, IV, CF), estabelecia: Art. 4º A indenização de que trata o art. 16 da Lei nº 8.216, de 13 de agosto de 1991, será devida aos servidores de toda e qualquer categoria funcional que se afastar da zona considerada urbana de seu município de sede para execução de 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722098. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI MS 27420 / DF atividades de campanhas de combate e controle de endemias, marcação, inspeção e manutenção de marcos divisórios, topografia, pesquisa, saneamento básico, inspeção e fiscalização de fronteiras internacionais Ora, a Portaria 138/2001, mesmo fazendo referência ao Decreto acima citado, ultrapassa o poder regulamentar, no seu art. 1º, ao determinar que a indenização em questão “é devida aos servidores da FUNASA, de toda e qualquer categoria funcional que se afastarem de sua sede de serviço, para execução, no mesmo município ou município diverso, seja em zona urbana, rural ou área indígena, de atividades de vigilância epidemiológica, de combate e controle de endemias (...)” (fl. 107). Igualmente, sem adentrar na discussão sobre a abertura de contraditório em processo de tomada de contas, não está demonstrada violação ao direito de defesa. A partir de consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Contas da União, também verificou-se que o próprio Tribunal dimensionou o reflexo da decisão na esfera jurídica dos servidores e concluiu por processar o pedido de reexame. Em suma, não se tem demonstrada a alegada ilegitimidade do ato coator atribuído ao Tribunal de Contas da União, nem a existência do direitolíquido e certo afirmado pela parte impetrante. 4. Ante o exposto, considerado o limite de análise compreendido entre a impetração e a publicação da Lei 11.784/2008, denego a segurança. É o voto. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722098. Supremo Tribunal Federal MS 27420 / DF atividades de campanhas de combate e controle de endemias, marcação, inspeção e manutenção de marcos divisórios, topografia, pesquisa, saneamento básico, inspeção e fiscalização de fronteiras internacionais Ora, a Portaria 138/2001, mesmo fazendo referência ao Decreto acima citado, ultrapassa o poder regulamentar, no seu art. 1º, ao determinar que a indenização em questão “é devida aos servidores da FUNASA, de toda e qualquer categoria funcional que se afastarem de sua sede de serviço, para execução, no mesmo município ou município diverso, seja em zona urbana, rural ou área indígena, de atividades de vigilância epidemiológica, de combate e controle de endemias (...)” (fl. 107). Igualmente, sem adentrar na discussão sobre a abertura de contraditório em processo de tomada de contas, não está demonstrada violação ao direito de defesa. A partir de consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Contas da União, também verificou-se que o próprio Tribunal dimensionou o reflexo da decisão na esfera jurídica dos servidores e concluiu por processar o pedido de reexame. Em suma, não se tem demonstrada a alegada ilegitimidade do ato coator atribuído ao Tribunal de Contas da União, nem a existência do direito líquido e certo afirmado pela parte impetrante. 4. Ante o exposto, considerado o limite de análise compreendido entre a impetração e a publicação da Lei 11.784/2008, denego a segurança. É o voto. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 9722098. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Casa Realce Casa Realce Casa Realce Extrato de Ata - 27/10/2015 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA MANDADO DE SEGURANÇA 27.420 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI IMPTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO DISTRITO FEDERAL - SINDSEP/DF ADV.(A/S) : ULISSES BORGES DE RESENDE IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (PROCESSO Nº 00924020075) PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por votação unânime, denegou a segurança, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 27.10.2015. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à sessão os Senhores Ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Teori Zavascki. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Ravena Siqueira Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 9720164 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA MANDADO DE SEGURANÇA 27.420 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. TEORI ZAVASCKI IMPTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO DISTRITO FEDERAL - SINDSEP/DF ADV.(A/S) : ULISSES BORGES DE RESENDE IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (PROCESSO Nº 00924020075) PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por votação unânime, denegou a segurança, nos termos do voto do Relator. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 2ª Turma, 27.10.2015. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à sessão os Senhores Ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Teori Zavascki. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Ravena Siqueira Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 9720164 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8 Ementa e Acórdão Relatório Voto - MIN. TEORI ZAVASCKI Extrato de Ata - 27/10/2015
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