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Equilíbrio Ácido Base

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Faculdades Metropolitanas Unidas 
Fisiologia – Profª Raquel Cardoso 
Turma 032203ª13 
 
 
 
 
 
 EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO 
 
 
 
 
 
 
Bruna Carolina Gonçalves da Silva 
Debora Wolf Reis 
Luana Larissa Maciel Ramos 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2016 
2 
 
Sumário 
1. Introdução ........................................................................................................................... 3 
2. Transporte de Oxigênio ...................................................................................................... 4 
3. Transporte de Dióxido de Carbono ................................................................................... 4 
4. Processo da Hematose ...................................................................................................... 5 
5. Equilíbrio Ácido - Base....................................................................................................... 5 
6. Acidoses ............................................................................................................................. 8 
6.1 Acidose Respiratória ........................................................................................................ 8 
6.2 Acidose Metabólica .......................................................................................................... 9 
7. Alcaloses........................................................................................................................... 10 
7.1 Alcalose Respiratória ..................................................................................................... 11 
7.2 Alcalose Metabólica ....................................................................................................... 11 
8. Bibliografia ........................................................................................................................ 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. Introdução 
 
O processo do equilíbrio hídrico e eletrolítico envolve os sistemas circulatório e 
respiratório, além das respostas renais e comportamentais. Ajustes feitos pelos 
pulmões e pelo sistema circulatório estão principalmente sob controle neural, 
podendo ser executados de forma bastante rápida. A compensação homeostática 
pelos rins ocorre de forma mais lenta porque os rins estão principalmente sob 
controle endócrino e neuroendócrino. Uma pequena mudança na pressão 
sanguínea, que resulta do aumento ou do decréscimo no volume de sangue, e 
rapidamente corrigida pelo centro de controle cardiovascular do encéfalo. 
Devido à sobreposição das suas funções, uma mudança produzida por um sistema 
(seja renal ou circulatório) provavelmente tem consequências que afetam o outro. 
Vias endócrinas iniciadas pelos rins têm efeitos diretos no sistema circulatório, e 
hormônios liberados pelas células do miocárdio atuam nos rins. Vias simpáticas 
provenientes do centro de controle cardiovascular afetam não somente o débito 
cardíaco e a vasoconstrição, mas também a filtração glomerular e a liberação de 
hormônios pelos rins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. Transporte de Oxigênio 
 
O oxigênio é transportado no pasma (<2%) ou ligado à hemoglobina (>98%) a 𝑝𝑂2 
no plasma determina quanto oxigênio se liga à hemoglobina (Hb) , a ligação 
oxigênio-hemoglobina é influenciada por pH, temperatura e 2,3-difosfoglicerato (2,3-
DPG). 
 
Durante o processo de transporte do oxigênio após ser captado nos alvéolos, o fator 
que determina sua afinidade pela hemoglobina é a pressão de oxigênio, ou 𝑝𝑂2 – 
quanto maior a 𝑝𝑂2, maior a afinidade do 𝑂2 pela Hb. Essa afinidade determinará a 
quantidade de 𝑂2 liberada para as células posteriormente 
 
Hb + 𝑂2 ↔ Hb𝑂2 
 
3. Transporte de Dióxido de Carbono 
 
 
Com relação ao 𝐶𝑂2 , este é pouco transportado pela Hb. O sangue venoso 
transporta 7% do seu dióxido de carbono dissolvidos no plasma, 23% como 
carbaminoemoglobina e 70% como íon bicarbonato no plasma. Quando a Hb está 
conduzindo o 𝐶𝑂2 , esta se encontra na circulação venosa e é denominada de 
desoxi-hemoglobina. 
 
𝐶𝑂2 + 𝐻2O 
𝐴𝑛𝑖𝑑𝑟𝑎𝑠𝑒
𝐶𝑎𝑟𝑏ô𝑛𝑖𝑐𝑎 
↔ 𝐻2𝐶𝑂3
𝐴𝑛𝑖𝑑𝑟𝑎𝑠𝑒
𝐶𝑎𝑟𝑏ô𝑛𝑖𝑐𝑎 
↔ 𝐻+ + 𝐻𝐶𝑂3
− 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
4. Processo da Hematose 
A difusão de gases para dentro e para fora do plasma deve-se à diferença de 
pressão gerada pelo gradiente entre o ar alveolar e o sangue arterial. Assim, o 
oxigênio, com elevada pressão no interior dos alvéolos, movimenta-se para os 
capilares, onde sua pressão é mais baixa. O dióxido de carbono desloca-se em 
sentido contrário, uma vez que a pressão é maior nos capilares do que nos alvéolos. 
 
A difusão de 𝑂2 e 𝐶𝑂2 é influenciada pelos gradientes de pressão parcial, pela área 
de superfície, pela espessura da membrana e pela distância de difusão. 
A quantidade de um gás que é dissolvido em um líquido é proporcional à pressão 
parcial do gás e à solubilidade do gás no líquido. O dióxido de carbono é 20 vezes 
mais solúvel em soluções aquosas que o oxigênio. 
 
A 𝑃𝑂2 alveolar e arterial é de aproximadamente 100mmHg. A 𝑃𝐶𝑂2 arterial e alveolar 
é de cerca de 40mmHg. A 𝑃𝑂2 venosa normal é de 40mmHg e a 𝑃𝐶𝑂2 venosa 
normal é de 46mmHg. 
A composição do ar inspirado e a eficácia da ventilação alveolar afetam a 𝑃𝑂2 
alveolar. 
Mudanças na área de superfície alveolar, na espessura da membrana e na distância 
intersticial entre os alvéolos e os capilares pulmonares afetam a eficácia das trocas 
gasosas e a 𝑃𝑂2 arterial. 
 
 
5. Equilíbrio Ácido - Base 
O equilíbrio ácido-base é uma das funções essenciais do corpo. O pH de uma 
solução é uma medida da sua concentração de 𝐻+. 
 
A concentração de 𝐻+ no corpo é estritamente regulada. Proteínas intracelulares, 
como enzimas e canais de membrana, são particularmente sensíveis ao pH porque 
a função destas proteínas depende da sua forma tridimensional. 
 
Um tampão é uma molécula de modera mas não evita mudanças no pH, se 
combinando com 𝐻+ ou liberando 𝐻+. Na ausência de tampões, a adição de ácido a 
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uma solução causa mudança pronunciada no pH. Na presença de um tampão, a 
mudança de pH é moderada ou pode ser até imperceptível. 
 
A maior fonte de ácido é a produção diária de 𝐶𝑂2 durante a respiração anaeróbia, o 
dióxido de carbono de combina com a água para formar o ácido carbônio, o qual se 
dissocia em 𝐻+ e 𝐻𝐶𝑂3
− catabolizado pela enzima anidrase carbônica. 
 
A anidrase carbônica nas hemácias converte 𝐶𝑂2 em ácido carbônico, no qual se 
dissocia em 𝐻+e 𝐻𝐶𝑂3
− . O 𝐻+ então liga-se à hemoglobina, e o 𝐻𝐶𝑂3
− entra no 
plasma usando a troca por cloreto ou desvio de cloreto. 
 
𝐶𝑂2 + 𝐻2O 
𝐴𝑛𝑖𝑑𝑟𝑎𝑠𝑒
𝐶𝑎𝑟𝑏ô𝑛𝑖𝑐𝑎 
↔ 𝐻2𝐶𝑂3
𝐴𝑛𝑖𝑑𝑟𝑎𝑠𝑒
𝐶𝑎𝑟𝑏ô𝑛𝑖𝑐𝑎 
↔ 𝐻+ + 𝐻𝐶𝑂3
− 
 
 
De acordo com a lei da ação das massas, o aumento ou diminuição de qualquer um 
dos componentes da solução causa um deslocamento da reação até um novo 
equilíbrio ser alcançado. 
 
A ventilação é afetada diretamente pelos níveis plasmáticos de 𝐻+ via 
quimiorreceptores carotídeos e aórticos. Um aumento de 𝐻+no plasma estimula os 
quimiorreceptores que por sua vez sinalizam aos centros bulbares de controle 
respiratório para estimular a ventilação. O aumento da ventilação alveolar permite 
que os pulmões excretem mais 𝐶𝑂2 e convertam 𝐻
+ em ácido carbônico. 
 
Os rins realizam aproximadamente 25% da compensação que os pulmões não 
podem dar conta.Eles alteram o pH de duas maneiras: (1) diretamente, por excretar 
ou reabsorver 𝐻+, e (2) indiretamente, pela mudança na taxa na qual o tampão 
𝐻𝐶𝑂3
− é reabsorvido ou excretado. 
 
 
 
 
7 
 
Na acidose, os rins secretam 𝐻+para o lúmem do túbulo usando transporte ativo 
direto e indireto. A amônia proveniente de aminoácidos e os íons fosfato (𝐻𝑃𝑂4
2−) 
atuam como tampões nos rins, capturando grande quantidade de 𝐻+como 𝑁𝐻4
+ e 
𝐻2𝑃𝑂4
− e permitindo que mais 𝐻+ seja excretado. 
 
 𝐻𝑃𝑂4
2− + 𝐻+ ↔ 𝐻2𝑃𝑂4
− 
 
Na alcalose, os rins invertem o processo geral para a acidose, excretando 𝐻𝐶𝑂3
− e 
reabsorvendo 𝐻+ na tentativa de levar o pH de volta a uma faixa normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ultrapassado o limite de ajuste do pH plasmático, a variação de pH ocorre como se 
não existisse mais um sistema tampão e, nestes casos, ocorrem patologias 
relacionadas aos distúrbios ácido-base. 
 
 
pH plasmático normal 7,35 -
7,45
Sistema renal
Urina com pH de 4,0 a 8,0 dependendo da 
necessidade de eliminação de ácidos ou bases
Pulmões
Mecanismo de respiração com frequência 
aumentada ou diminuída de acordo com a 
pressão parcial de 𝐶𝑂2
Componente Metabólico 
 Componente Respiratório 
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6. Acidoses 
A acidose é um distúrbio caracterizado pelo baixo valor do pH sanguíneo. Esse 
distúrbio é causado por acúmulo de ácidos devido ao funcionamento insuficiente dos 
pulmões, rins ou sistemas tampão. Pode ter causa respiratória ou metabólica. O 
diagnóstico de acidose geralmente requer determinação do pH sanguíneo e uma 
amostra de sangue arterial normalmente obtida da artéria radial do pulso. O sangue 
arterial é usado porque o sangue venoso contém concentrações elevadas de 
bicarbonato e geralmente não permite medir com precisão o estado do pH do corpo. 
Para saber mais sobre a causa da acidose, são medidas as concentrações de 
díoxido de carbono e de bicarbonato no sangue. 
 
6.1 Acidose Respiratória 
 
Um estado de acidose respiratória ocorre quando a hipoventilação alveolar resulta 
na retenção de 𝐶𝑂2 e elevação na 𝑝𝐶𝑂2 plasmática. Algumas situações nas quais 
isso ocorre são a depressão respiratória ocasionada por drogas (incluindo o álcool), 
aumento da resistência das vias áreas, como na asma, distúrbios na troca de gases 
ocasionados por fibrose ou pneumonia grave e fraqueza dos músculos na distrofia 
muscular. A causa mais comum de acidose respiratória é a doença pulmonar 
obstrutiva crônica (DPOC), como o efisema, no qual a troca gasosa inadequada é 
combinada com perda de área de troca alveolar. 
Independente da causa da acidose respiratória os níveis de 𝐶𝑂2 no plasma 
aumentam e levam à elevação do 𝐻+e do 𝐻𝐶𝑂3
−. 
↑ 𝑪𝑶𝟐 + 𝐻2O↔ 𝐻2𝐶𝑂3 ↔↑ 𝐻
+ + ↑ 𝐻𝐶𝑂3
− 
A característica da acidose respiratória é a diminuição do pH e a elevação dos níveis 
de bicarbonato. Qualquer compensação para a acidose respiratória deve ocorrer por 
mecanismos renais que excretem 𝐻+e reabsorvam 𝐻𝐶𝑂3
−. A excreção de 𝐻+ eleva o 
pH do plasma. A reabsorção de 𝐻𝐶𝑂3
− fornece mais tampão que se combina com 𝐻+ 
baixando a concentração de 𝐻+, e consequentemente, aumentando o pH. 
O tratamento da acidose respiratória tem por objetivo corrigir a causa precipitante e 
restaurar a ventilação alveolar. 
9 
 
Medicamentos que abrem as vias aéreas (broncodilatadores, como albutamol) 
podem ajudar as pessoas que têm doenças pulmonares, tais como asma e 
enfisema. As pessoas que têm funcionamento pulmonar ou respiração gravemente 
comprometido por qualquer motivo que seja, podem necessitar de ventilação 
mecânica ou respiração artificial. 
A acidose também pode ser tratada diretamente. Se a acidose for leve, a 
administração de fluidos intravenosos pode a única medida necessária. Quando a 
acidose é grave, pode-se administrar bicarbonato por via intravenosa. Contudo, o 
bicarbonato proporciona apenas alívio temporário e pode se tornar nocivo — por 
exemplo, ao sobrecarregar o corpo com sódio e água. Não é recomendado utilizar 
bicarbonato baseando-se apenas no valor de pH da gasometria. 
Para reduzir o risco de acidose respiratória deve-se tomar sedativos apenas de 
acordo com a prescrição médica e nunca misturar esses medicamentos com álcool, 
evitar o tabagismo, uma vez que o cigarro prejudica os pulmões e podem tornar a 
respiração menos eficiente e manutenção de peso corporal saudável, uma vez que a 
obesidade pode dificultar a hematose. 
 
6.2 Acidose Metabólica 
 
A acidose metabólica é um distúrbio no balanço de massa que ocorre quando a 
dieta e a produção metabólica de 𝐻+ excedem a excreção de 𝐻+. Este distúrbio tem 
como origem primária a diminuição dos níveis de bicarbonato plasmático e aumento 
da concentração de ácidos no organismo, como a ingestão de ácido acetilsalicílico, 
acidose láctica, diabética, queda acentuada de bicarbonato em casos de diarreia. 
Casos de doença renal podem levar ao quadro de acidose metabólica devido à 
retenção de hidrogênio juntamente com ânions como o sulfato e fosfato. Também 
doses excessivas de medicamentos ácidos, ou envenenamento por metanol ou 
etilenoglicol podem diminuir o pH plasmático e levar ao quadro de acidose. Se a 
concentração de 𝐻𝐶𝑂3
− está elevada ou diminuída é um critério importante para 
distinguir a acidose metabólica da acidose respiratória. A menos que o indivíduo 
tenha também uma doença pulmonar, a compensação respiratória no caso da 
acidose metabólica acontece quase instantaneamente. 𝐶𝑂2 e 𝐻
+ elevados 
10 
 
estimulam a ventilação. Como resultado, a 𝑝𝐶𝑂2 diminui para o normal ou níveis 
abaixo do normal devido à hiperventilação. Um sinal comum de acidose metabólica 
é a hiperventilação evidência da compensação respiratória. 
↑ 𝐶𝑂2 + 𝐻2O↔ 𝐻2𝐶𝑂3 ↔↑ 𝑯
+ + ↓ 𝐻𝐶𝑂3
− 
 
A compensação renal da acidose respiratória também acontece na acidose 
metabólica, ou seja secreção de 𝐻+e reabsorção 𝐻𝐶𝑂3
−. A compensação renal leva 
vários dias para alcançar a eficácia plena, por isso normalmente não é vista em 
distúrbios de início recente. 
O tratamento geralmente é dado à doença que originou o distúrbio, são exemplos o 
choque cardiogênico, hipovolêmico ou séptico, neoplasias e doenças hepáticas. Em 
casos de acidemia leve e moderada, não há necessidade da administração de 
bases, porém em casos de acidemia grave, pode-se administrar bicarbonato de 
sódio. Em casos de acidose metabólica, o controle dos níveis plasmáticos de 
potássio se faz necessário, pois caso ocorra hipercalemia, pode-se desencadear 
parada cardíaca e morte. 
Medidas preventivas à acidose metabólica são: manter a hidratação e o diabetes 
sob controle. Ao controlar os níveis de açúcar evita-se cetoacidose. E evitar o 
consumo de bebidas alcóolicas. O alcoolismo crônico pode aumentar o acúmulo de 
ácido lático. 
 
7. Alcaloses 
A alcalose é um distúrbio metabólico caracterizado pelo elevado valor do pH 
plasmático. É causado por funcionamento excessivo dos pulmões, rins ou sistemas 
tampão, que levam a diminuição na quantidade de 𝐻+ . Para a determinação de 
alcalose e exclusão de doenças que causam sintomas semelhantes, verifica-se o 
equilíbrio do pH, o nível do dióxido de carbono e de oxigênio. 
 
 
 
 
 
11 
 
7.1 Alcalose Respiratória 
Este distúrbio não é de ocorrência comum, porém, pode ser desencadeado quando 
um processo de respiração for estimulado ou quando os mecanismos de controle da 
respiração não estiverem respondendo adequadamente 𝑝𝐶𝑂2 está diminuída. 
↓ 𝑪𝑶𝟐 + 𝐻2O↔ 𝐻2𝐶𝑂3 ↔↓ 𝐻
++↓ 𝐻𝐶𝑂3− 
 
Os processos agudos possuem como origem uma ativação do centro respiratório 
levando a uma hiperventilação e podem ser causados por: intoxicação por 
salicilatos, septicemias, febre, dor, alterações emocionais (crises de hiperventilação) 
e encefalites. 
Na alcalose respiratória, normalmente, o único tratamento necessário é diminuir a 
taxa de respiração, inibindo ou removendo a causa da hiperventilação. Quando a 
alcalose respiratória é provocada por ansiedade, um esforço consciente para 
diminuir a respiração pode fazer com que a condição desapareça, respirar em um 
saco de papel pode ajudar a aumentar a concentração de dióxido de carbono visto 
que a pessoa inspira novamente o dióxido de carbono anteriormente expirado. Se a 
dor estiver fazendo com que o paciente respire rapidamente, o alívio da dor 
geralmente é suficiente. 
 
7.2 Alcalose Metabólica 
 A alcalose metabólica é mais rara que a acidose e pode ser desencadeada por 
perda de íons de hidrogênio do suco gástrico durante vômitos seguidos (esteatose 
pilórica, bulimia, drenagem gástrica por sonda), ou ainda por ingestão excessiva de 
antiácidos como bicarbonato de sódio e perdas excessivas de potássio em casos de 
terapias com diuréticos. 
O aumento do pH e a diminuição na 𝑝𝐶𝑂2 deprimem a ventilação. Menos 𝐶𝑂2é 
exalado, elevando a 𝑝𝐶𝑂2 e criando mais 𝐻
+ e 𝐻𝐶𝑂3
− . Esta compensação 
respiratória ajuda a corrigir o pH, mas eleva os níveis de 𝐻𝐶𝑂3
− ainda mais. Contudo, 
a compensação é limitada porque a hipoventilação causa hipóxia. Uma vez que a 
𝑝𝐶𝑂2arterial diminui para menos de 60mmHg, a hipoventilação cessa. 
A resposta renal para a alcalose metabólica é a mesma que para a alcalose 
respiratória : 𝐻𝐶𝑂3
− é excretado e 𝐻+é reabsorvido. 
 
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↓ 𝐶𝑂2 + 𝐻2O↔ 𝐻2𝐶𝑂3 ↔↓ 𝑯
++↑ 𝐻𝐶𝑂3
− 
 
Quando o fator é perda gástrica, deve-se corrigir a hipovolemia. Pode-se também 
usar inibidores da bomba de prótons e suspender os diuréticos.. Para reduzir o risco 
de alcalose deve-se manter uma dieta saudável com alimentos ricos em nutrientes e 
em potássio e mante-se sempre hidratado. 
 
 
Tabela 1. Perfil acidobásico do sangue arterial resultante de distúrbios metabólicos e respiratórios. 
Distúrbios pH pCO2 HCO3
−plasmatico 
(mEq/L) 
Valores 
Normais 
7,35-7,45 35-45 22-26 
Acidose 
Respiratória 
↓ ↑ ↑ 
Alcalose 
Respiratória 
↑ ↓ ↓ 
Acidose 
Metabólica 
↓ normal ↓ 
Alcalose 
Metabólica 
↑ normal ↑ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8. Bibliografia 
Controle do pH – Alcalose. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/leo/site_ph/alcalose.htm> Acesso em 
20 maio 2017 
 
Controle do pH – Acidose. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/leo/site_ph/acidose.htm> Acesso em 
20 maio 2017 
 
Galante, Fernanda. Fundamentos de Bioquímica: para universitários, técnicos e mais profissionais da 
área da saúde/ organizado por Fernanda Galante, Marcus Vinicius Ferreira de Araújo. – 2.ed – São 
Paulo: Rideel, 2014 
 
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2006 
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Porto Alegre: Artmed, 2010 
 
 
 
	1. Introdução
	2. Transporte de Oxigênio
	3. Transporte de Dióxido de Carbono
	4. Processo da Hematose
	5. Equilíbrio Ácido - Base
	6. Acidoses
	6.1 Acidose Respiratória
	6.2 Acidose Metabólica
	7. Alcaloses
	7.1 Alcalose Respiratória
	7.2 Alcalose Metabólica
	8. Bibliografia

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