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PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMILIAS

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PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMILIAS
Os princípios constitucionais são considerados lei das leis, eles tornam-se imprescindíveis para a aproximação da justiça, não dispondo exclusivamente de força supletiva, adquiriram eficácia imediata e aderiram ao sistema positivo. Tais princípios passaram a informar todo o sistema legal de modo a viabilizar o alcance da dignidade da pessoa humana em todas as relações jurídicas.
Assim com a validação dos princípios constitucionais com força de norma e validade universal tornou-se imprescindível na interpretação tangível ao Direito de Familia, a doutrina e a jurisprudência tem reconhecido inúmeros princípios implícitos, cabendo destacar que inexiste hierarquia entre explicito ou implícitos. Cada autor traz quantidade diferenciada, porem o certo é que existem princípios gerais que se aplicam a todos os ramos do Direito, assim como o principio da dignidade, igualdade, liberdade, proteção da criança e do adolescente. Há também os princípios especiais que são os proprios das relações familiares, despontando entre eles o da solidariedade e da afetividade.
Dando inicio ao rol dos princípios constitucionais da família, a “dignidade da pessoa humana” é o principio mais universal de todos é dele que se irradiam todos os demais: liberdade, autonomia privada, cidadania, igualdade, solidariedade, uma coleção de princípios éticos. Assim o Direito de Familia esta umbilicalmente ligado a tal principio de modo a colocar a pessoa humana no centro protetor de direito.
Seguindo a cadeia de princípios têm-se o da liberdade, em que o papel do Direito consiste em organizar e limitar as liberdades, justamente para garantir a liberdade individual. No âmbito familiar tal principio diz respeito a liberdade de escolher o seu par, seja do sexo que for; o tipo de entidade para constituir a família. Ainda sob o primado da liberdade é assegurado o direito de constituir uma relação conjugal, uma união estável hétero ou homosexual, bem como de dissolver o casamento e extinguir a união estável; há também a possibilidade de alteração do regime de bens (CC 1639 *2º).
Como pilar do Direito de Familia, segue-se o principio da igualdade e respeito a diferença. O tratamento isonômico a todos os cidadãos está ligado à ideia de justiça, sendo necessária a igualdade na própria lei. A supremacia do principio mencionado alcançou os vínculos de filiação, ao ser proibida qualquer discriminação com relação a filhos biológicos, adotivos ou fora do casamento. Também é livre a decisão do casal sobre o planejamento familiar (CC 1565*2º e CF 226*7º). Atendendo a ordem constitucional há igualdade nos direitos e deveres dos cônjuges; é permitido a qualquer dos nubentes acrescer o seu sobrenome do outro; quanto a guarda dos filhos a recomendação é que seja compartilhada.
Quanto a outro princípio, o da solidariedade familiar, têm-se o preceito que a pessoa só existe enquanto coexiste. No meio familiar aplica-se quanto ao dever dos pais de assistência aos filhos (CF 229); o dever de amparo as pessoas idosas (CF 230); também se dispõe que os integrantes da família são reciprocamente credores e devedores de alimentos.
Se tratando agora do pluralismo das entidades familiares, reflete esse principio a aceitação do vasto conceito de família, não sendo apenas o casamento. O que define família é o elo de afetividade que gera comprometimento mútuo entre determinados indivíduos, sendo aceita, p. ex., a união estável, homoafetiva e monoparental.
Atento ao direito da criança, adolescente, jovens e idosos eis que firmou-se como principio no Direito de Familia, devido a maior vulnerabilidade, fragilidade e dependência de tal grupo. Como fundamento, o ECA, rege-se pelos princípios do melhor interesse, paternidade responsável, e proteção integral, visando a conduzir o menor para que possa gozar de forma plena de seus direitos fundamentais. Está intimamente ligado a garantia da convivência familiar, esta não observando origem biológica de filiação, pois não é um dado e sim uma relação construída no afeto.
Por fim faz-se menção ao principio da afetividade, onde o Estado ganha o papel de assegurar o afeto por seus cidadãos, com isso a afetividade, que une e enlaça duas pessoas, adquiriu reconhecimento da união estável, buscando o bem comum. Com base nesse principio a família e o casamento adquiriram novo perfil, voltados a realizar os interesses afetivos e existenciais de seus integrantes, “a família transformou-se na medida que se acentuaram as relações de sentimento entre seus membros” afirma Michel Perrot. O afeto atualizou a norma jurídica e valores jurídicos, cabendo destaque no âmbito familiar. 
Portanto, o Direito de Familia compreende um vasto entendimento e aplicação quanto aos princípios constitucionais, alguns incorporados no próprio Direito de Familia ganham impulso em toda legislação. É de notável importância o conhecimento de tais princípios para a ciência do Direito embasados em valores éticos e morais que cercam a sociedade em que vivemos.

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