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REGIME DE BENS

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REGIME DE BENS 
 O regime de bens é o instituto que dete rmina a comunicação ou não do 
patrimônio do ca sal apó s a realização do casa mento. Tem por finalidade 
regular o patrimô nio anterior e posterior ao casamento, bem como à 
administração dos bens. 
 O regime de bens é conseqüência jurídica do casamento que se viabiliza com o 
pacto antenupcial que só tem validade se feito através de escritura pública. 
Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto ao 
regime de bens entre os cônjuges o regime da comunhão parcial de bens 
também chamado de regime legal. 
 Com o novo Código Civil foram disciplinados quatro tipos de regime d e bens, 
quais sejam: comunhão universal de bens, comunhão parcial de bens, 
separação de bens e participação final nos aquestos. 
1) Do regime da comunhão universal de bens. 
Conforme dispõe o artigo 1.6 67 do novo Código Civil, o regime de comunhão 
universal é aquele qu e importa na comunicação de todos os bens prese ntes e 
futuros dos cônjuges, e xcluindo, os bens doados ou herdados com cláusula de 
incomunicabilidade, as dívidas anteriores ao casamento, as doações 
antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com cláusula de 
incomunicabilidade, os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de 
profissão, os p roventos do trabalho pessoal de cada cônjuge e as pen sões ou 
rendas semelhantes. 
No Cód igo Civil de 1916 o regime de comunhão universal era o regime legal, 
ou seja, não h avendo convenção, ou sendo ela nula o u eficaz, vigorava, quanto 
ao regime de b ens entre os cô njuges o regime da comunhão universal de bens. 
Isso foi alterado com o advento da Lei do Divórcio. 
A administração do patrimônio comum compete a qualquer u m dos cônjuges. 
Se forem con traídas dívidas no exercício da administração, essas serão 
saldadas através do patrimônio comum e particular do cônjuge administrador e 
com o patrimônio do outro na 
proporção do proveito que houver auferido. Já se forem contraídas dívidas na 
administração dos bens particulare s e em benefícios destes, não haverá 
vinculação dos bens comuns. 
No regime de comun hão universal de bens a an uência de ambos os cônjuges é 
necessária para todos o s atos que, a título gratuito, impliquem cessão do uso e 
gozo dos bens comuns. 
Trata-se d e regime de b ens que se nota a comunhão não só quanto ao 
patrimônio, mas também com relação aos interesses do casal. 
2) Do regime da comunhão parcial de bens
No regime da comunhão parcial comunicam -se os bens tão somente adquiridos 
na constância do casamento (artigo 1.658 do Cód igo Civil). Conforme vimos 
acima, trata-se do regime legal de bens. 
No caso de bens m óveis h á a presunção de que f oram a dquiridos na 
constância do casamento se n ão houver prova em contrário Entram na 
comunhão os bens adquiridos n a constância do casamento por título oneroso, 
ainda que só em nome de um dos cônjuges, os bens ad quiridos p or doação ou 
herança em favor de ambos os cônjuges, as benfeitorias em bens particulares 
de cada cônjuge, os frutos dos bens comuns ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento. 
Vale m encionar ainda, que no caso de bens móveis há a presunção de que 
foram ad quiridos na con stância do casamento se não houver prova em contrário. 
Excluem-se da comunhão o s bens que cada côn juge possuir ao casar e os que 
lhe sobrevierem n a co nstância do casamento, por doação o u sucessão, 
obrigações anteriores ao casamento, obrigações provenientes de ato s ilícitos, 
salvo se reversão em proveito do casal e, assim como no regime da comunhão 
universal de bens, os be ns de uso pessoal, os livros e instrum ento s de 
profissão, os proventos do trabalho pessoal d e cada cônjuge e as pe nsões ou 
rendas semelhantes. 
Também no regime da comunhão parcial de bens a administração do patrimônio comum compete a qualquer um dos cônjuges. 
 
3) Do regime da separação de bens. 
No regime da separação de bens não há comunicação de bens, estes permanecem sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges que poderá livremente alienar ou gravar de ônus real os bens. 
Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial. 
Vale ainda mencionar que o artigo 1.641 do novo Código Civil dispõe algumas situações onde a adoção do regime de separação de bens é obrigatória, ou seja, não há possibilidade de escolha dos nubentes. Por exemplo, no caso de casamento onde um dos cônjuges é maior de 70 anos. Trata-se do chamado regime de separação obrigatória de bens. 
 
4) Do regime da participação final nos aquestos 
 
Pelo novo regime de participaçã o f inal nos aquestos previsto no s artigos 1.672 
e seguintes d o novo Cód igo Civil, os cônjuges vivem sob verdadeira separação 
de bens, vale dizer cada cônjuge tem livre administração de seus próprios 
bens, en quanto durar a sociedade conjugal. A eficácia d esse regime d e bens 
quanto à efetiva participa ção f inal nos aquestos só surge com o fato jurídico da 
dissolução da sociedade conjugal. Antes disso o casal vive sob o regime da 
separação de bens. Na constância do casamento tudo o que os cônjuges 
adquirirem integrará a massa do p atrimônio de cada um . No momento da 
 dissolução da sociedade conjugal serão apurado s os bens a dquiridos, 
onerosamente, naconstância do casamento e d ivididos pela metade para cada 
um dos cônjuges. 
 
Trata-se de um regime híbrido, no qual se ap licam regras da separação de 
bens e da comunhão pa rcial. Sua utilidade maior, como ocorre em outros 
países que é adotado, é, a princípio, para aqueles cô njuges que atuam em 
profissões diversas em economia desenvolvida e já possuem certo patrimônio 
ao casar-se, bem como potencialidade profissional de fazê-lo posteriormente. 
No caso de d ívidas adquiridas posteriormente ao ca samento por um dos 
cônjuges, o outro não responderá, salvo prova de terem revertido parcial ou 
totalmente em benefício do outro. 
Vale ainda mencionar que a vanta gem de se adotar o regime de bens ora e m 
comento é que não há discussão pa trimonial durante o casamento, uma vez 
que há autonomia patrimonial dos cônjuges. 
Independentemente do regime d e bens optado , tanto o ma rido como a esposa 
pode livremente praticar to dos os atos de disposição e de administração ao 
desempenho de sua p rofissão, comprar, a inda que a crédito, as co isas 
necessárias à economia doméstica e obter, por empréstimo, a s quan tias que a 
aquisição de tais coisas exigirem. 
 
Por fim, menciona-se que com o novo Código Civil é possível a alteração do 
regime d e bens, m ediante autorização judicial através de p edido motivado por 
ambos os cônjuges.

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