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PROPRIEDADES GERAIS DOS VÍRUS Propriedades gerais de vírus A descoberta dos vírus ocorreu nos Hieroglifos de Memphis, com a poliomielite. O faraó Ramsés V apresentava marcas indicativas de varíola. A palavra vírus significa veneno. Pasteur acreditava que todos os causadores de doenças eram os vírus. Em 1892, Iwanoski trabalhava com o mosaico do tabaco, onde mostrou que existiam partículas menores do que as bacterianas que causavam doença. O tamanho do virus é de 18 a 300nM então a observação deve ser feita por microscopia eletrônica (chega até 1Nm) para entender a morfologia. Atualmente, mais de 4000 vírus são reconhecidos e eles são classificados em 71 famílias, sendo 21 infecciosas. O QUE SÃO OS VIRUS? São sistemas moleculares auto-replicativos não vivos (pois são metabolicamente inertes e acelulares (dependem de uma célula) sem capacidade de se auto sustentar). São parasitas intracelulares mas não obrigatórios pois o pior momento é quando ele esta fora das células. Por exemplo, um vírus da hepatite B numa mesa não está viável porque não está no ambiente adequado. Parasitam célula animais, vegetais ou microrganismos (bacteriófago). Quando se pensa no ser humano, a partícula viral pode determinar lesões benignas ou severas. Pode ser utilizado como ferramenta. Possuem diferentes formas: Intracelular: Replicação viral; transcrição e tradução. Extracelular: pode ser chamada de partícula submicroscopica ou virion (particula viral) = fora da célula. Dentro da célula = vírus. Incorporado ao genoma = pró vírus. Os componentes dos virions = partícula viral são: Capa proteica chamada de capsídeo ou capside formada geralmente por unica estrutura proteica (que é ruim devido pouca proteína imunogênica, que além disso, tem muita mutação, tendo problemas na resposta convencional e na imunização ativa); Material genético (DNA ou RNA), pode ter enzimas, mas ela não esta vinculada a metabolismo, auxiliando, apenas, no processo de implantação, adaptação, multiplicação e disseminação, e membrana glicolipoproteica que é o envelope ou envoltório (é éter sensível) Envelopados x vírus naked (nus). Cápsula dá um auxílio para o microrganismo para que ele engane o sistema de fagocitose. Ter ou não ter envelope = não tem relação , não determina que essa partícula viral será mais ou menos virulenta. NÃO QUER DIZER QUE UM VÍRUS SEM ENVELOPE NÃO TENHA VIRULÊNCIA. As espículas são importantes para recepção e reconhecimento. Mais comum = poliédrica. Suas lisozimas “ derrete ” membrana da bactéria e insere o material genético. CAPSIDEO – Os protomerossao unidades estruturais da partícula viral que formam o pentágono. A organização de unidades morfologicas estruturais que são o pentágono, são chamados de capsômero. A junção dos capsômeros forma o capsídeo. ENVELOPE – pode ou nao existir e fica na parte mais externa do virus. Pode ser classificado como duas maneiras: Nakedvirus não apresentam envelope e Envelopedvirus apresentam envelope. Ter ou nao envelope nao significa que ele é mais “bravo”. Naked é o poliovirus e o adenovirus. Enveloped é o influenza e o herpes. O vírus tem envelope e não cápsula. O acido nucleico mais o capsídeo, temos o nucleocapsideo. O envelope se liga ao nucleocapsideo através das proteinas de matriz que o ancoram. A diversidade viral é dada pelo capsideo. Ele realiza proteção, determina rigidez e a simetria observada na microscopia eletronica. Elas podem ter as classificações: poliedricas (adenovirus), helicoidais (ebola, influenza, raiva) e complexas (bacteriofagos). As vezes, existem espiculas que são a porção mais externa presente na particula viral e permitem que o virus se ligue à celula. A espicula é formada de glicoproteina. Na estrutura helicoidal, o nucleo se associa ao capsideo. Na simetria complexa, é misto, onde no poliedrico está a parte de DNA e a bainha é o que se altera morfologicamente para a liberação de enzimas que destruirão a parede da bacteria. *tanto virusnakes como enveloped pode ter espicula* GENOMA VIRAL O genoma humano tem cerca de 25 mil genes, o bacteriano tem 4 mil genes e o virus da variola tem 200 genes, contra 10 do HIV. Quando se tem ds (doublestranded) temos dupla fita = dsDna. Quando se tem ss (single stranded), temos fita simples = ssDna. Quando se fala de RNA, podemos ter um ssRNA + (5’ pra 3’/pode entrar direto na celula) e um ssRNA – (3’ pra 5’/necessária enzima que o transforme em 5’-3’ (positivo) pra ele chegar no ribossomo e se retransformar em 3’-5’ negativo). Existem ssRNA + chamados de retrovirus que se transformam em DNA complementar, apresentando a transcriptase reversa. ENZIMAS: Não realizam processos metabólicos fora da célula; Enzimas têm importância no processo infeccioso; ex: bacteriófago = lisozima Retovírus – transcriptase reversa, integrase, protease... ENZIMAS E MEMBRANA GLICOPROTÉICA = FACULTATIVAS! As enzimas não realizam processos metabólicos fora da celula, tem importancia no processo infeccioso (bacteriofago). Membrana Glicoprotéica (envelope ou envoltório). Tanto o capsideo quanto o envoltório lipoproteico contem proteínas ligantes para “coisas da sua célula”, por isso vírus diferentes atingem células diferentes, devido aos receptores virais. É justamente a necessidade da associação correta as proteínas celulares que torna os vírus tão específicos. Ex: vírus da gripe (células do trato respiratório), vírus da raiva (células nervosas dos mamíferos) e HIV (receptor cd4+ e receptores de quimiocinas). NÃO EXISTE CÁPSULA NO VÍRUS CÁPSULA É SÓ NA BACTÉRIA. As partículas virais podem ser transmitidas por aerossol (ar), relações sexuais, via hematogênica, água contaminada, vetor biológico e via vertical. Partículas virais diferentes têm receptores diferentes. Ao entrar em contato com o hospedeiro a primeira coisa que a partícula viral faz é ver a suscetibilidade da cél, achar um receptor acessível. Existem drogas que fazem com que determinadas céls passem a não ser mais suscetíveis. A partícula será adsorvida pela cél, a partir daí ele é desnudado. Além da suscetibilidade da cél, temos a permissividade, relacionada com a composição intracelular, para a partícula viral se desenvolver. Tem céls que estão suscetíveis, mas não estão permissivas. Passos para a infecção viral: Fixação (adsorção) –para isso, precisamos de receptores primários (alta afinidade, obrigatórios) e acessórios (co-receptores). Penetração – injeção do genoma (nus, penetração do bacteriófago em seu hospedeiro), fusão do envelope viral (envelopados, fusão com a membrana citoplasmática do hospedeiro), endocitose (nus e envelopados, gruda no receptor e faz com que a sua cél mobilize o citoesqueleto e absorva a partícula por emissão de pseudópodes), translocação (nus, raro e pouco esclarecido). Desnudamento e transporte – local de liberação do ácido nucleico: citoplasma (RNA), núcleo (DNA) e citoplasma/núcleo. Expressão do ácido nucleico – no ácido nucleico há RNAm precoce, que transcreverá proteínas não estruturais, enzimas responsáveis por funções secundárias durante a replicação, o que fará com que aumente a transcrição de ácido nucleico, aumente a produção de RNAm precoce. Este ácido nucleico também produzirá RNAm tardio que fará com que esse ácido nucleico vire virions. A partícula viral se replica em uma vesícula no citoplasma. Maturação ou montagem – processo espontâneo Liberação – partículas virais diferentes são liberadas de formas diferentes. Pode ocorrer por lise, brotamento, exocitose Efeito dos vírus nas células: - ciclo abortivo (infecção não-produtiva) - efeito citopático e lise celular (infecção produtiva). Qualquer alteração morfológica provocada pela infecção viral, visível ao MO, consequências: morte celular - persistência (infecção pouco produtiva) ex: HIV, HBV e HPV - latência viral (infecção intermitente produtiva) ex: herpes vírus, HTL-V. diferente da persistência(latência clínica) - transformação celular (infecção produtiva ou não) ex: HBV, HPV e HTL-V Dano celular induzido: - a replicação viral pode causar a degeneração ou a ruptura da célula - a ação direta do vírus rompe a célula hospedeira - a presença do vírus aciona uma resposta imunológica que a destrói a célula INFECÇÃO VIRAL NA CÉLULA HOSPEDEIRA 6 passos Suscetibilidade = relacionada ao receptor. Permissividade = relacionada com a composição intracelular. PRIMEIRO PASSO: fixação (adsorção). Partículas virais colidem com células alvo. Tem que ter receptor de alta afinidade (primários) = “chave-fechadura”. Precisa também de co-receptores (acessórios)= necessários também. HIV = rouba a MP na célula no hospedeiro. Espículas saem do vírus. Gruda no CD4. Gp120 = é chave fechadura para os co-receptores. Gp41 dá força pro HIV entrar na célula “enfia o Hiv na célula”. SEGUNDO PASSO: penetração Injeção do genoma nus Fusão do envelope viral envelopados Endocitose nus e envelopados Translocação nus (raro e pouco esclarecido) Ex: bacteriófago. TERCEIRO PASSO: desnudamento e transporte Local de liberação do ácido nucléico: Citoplasma = RNA Núcleo = DNA Citoplasma/Núcleo = RNAss+/RT (Retroviridae) QUARTO PASSO: Expressão do ácido nucléico QUINTO PASSO: maturação ou montagem Processo espontâneo. SEXTO PASSO: lise. Lise Brotamento HERPESVIRIDAE = sai por exocitose = roupa a membrana do núcleo. EFEITOS DOS VÍRUS NAS CÉLULAS Ciclo Abortivo (infecção não-produtiva) Efeito Citopático e Lise Celular (infecção produtiva)ex: poliovírus Persistência (infecção pouco produtiva)ex:HIV,HBV e HPV Latência Viral(infecção intermitentementeprodutiva)ex:Herpes Vírus( labial e zoster),HTLV. Transformação Celular(infecção produtiva ou não)ex:HBV,HPV e HTLV
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