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NCPC - Do Processo

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DO PROCESSO
Conceito de processo: Processo é meio de que se vale o Estado para exercer sua função jurisdicional, isto é, para resolução das lides e, em conseqüência, das pretensões. Processo é o instrumento da jurisdição.
Como operação, o processo se desenvolve numa série de atos. Atos dos órgãos jurisdicionais, atos dos sujeitos da lide e até mesmo de terceiras pessoas desinteressadas. Essa série de atos obedece a uma certa ordem, tendo em vista o fim a que visam. Processo, assim, é a disciplina dos atos coordenados, tendentes ao fim que visam.
Definiu-se, pois, o processo como o complexo de atos coordenados, tendentes ao exercício da função jurisdicional. Ou, mais minuciosamente, “o complexo de atos coordenados, tendentes à atuação da vontade da lei às lides ocorrentes, por meio dos órgãos jurisdicionais”.
Conceito eminentemente finalístico ou teleológico. Na conceituação se aponta a finalidade do processo: atuação da vontade da lei às lides ocorrentes, por meio dos órgãos jurisdicionais. Por outras palavras, a finalidade do processo é a de obter a composição da lide, ou litígio. E compor a lide, ou litígio, é resolvê-la conforme o direito objetivo, fazendo atuar a vontade da lei; vale dizer, é resolver a lide conforme a norma jurídica reguladora da espécie.
OBJETO DO PROCESSO
A finalidade do processo é a composição da lide. Na lide se contém uma pretensão resistida, ou insatisfeita. É a pretensão que dá origem à lide, e, por isso mesmo, ao processo. Este se instaura porque o autor formula um pedido, deduzindo uma pretensão. E o seu pedido é o de que o juiz acolha a sua pretensão, sem embargo da resistência que lhe opuser o réu. Objeto do processo, pois, é a pretensão do autor. Conhecendo da ação, o juiz acolherá ou não a pretensão, de qualquer forma compondo a lide.
Assim pode-se dizer, com CARNELUTTI, que o processo é continente de que a lide é conteúdo. Em síntese, o processo é o continente, a lide seu conteúdo, a pretensão seu objeto.
TIPOS DE PROCESSO
Os tipos de processo correspondem às tutelas jurisdicionais a que visam. Sabe-se que as espécies de tutelas jurisdicionais são: tutela de conhecimento e tutela de execução. Conforme a tutela, tal será o processo. Daí três tipos de processo: processo de conhecimento e, processo de execução.
O processo de conhecimento se desenvolve entre dois termos: a petição inicial e a sentença. Entre esses dois termos se realizam numerosos atos das partes, consistentes em afirmações e deduções: afirmações de fatos, de normas jurídicas, pedidos de provas, produção de provas etc. Mas também se manifestam numerosos atos do juiz, consistentes em despachos relativos à direção e movimento do processo e em decisões. Mesclam-se a esses os atos de produção de prova, em que se entrelaçam atividades do juiz e das partes.
O processo de execução se funda num título executivo, que se contém na sentença exequenda, ou num crédito com eficácia de título executivo. Também se desenvolve entre dois termos: pedido de execução, que é o ato inicial, e aquele ato em que se esgotam as providências executórias solicitadas: entrega da coisa, de quantia certa ou a prática ou omissão de ato (obrigação de fazer ou não fazer). Tome-se, para exemplo, a execução por quantia certa. O exequente faz o pedido de execução e o réu é citado para pagar ou sujeitar-se à penhora. Pagando, esgota-se o processo de execução. Em caso contrário, procede-se à penhora de bens do réu, sua avaliação e venda dos mesmos em praça, a fim de que o autor receba o que lhe é devido.
Nas tutelas provisórias existe um pedido de uma providência preventiva ou cautelar e a providência pedida, consistente numa decisão ou num ato. É um procedimento rápido, porque visa a uma medida urgente. Nesse processo o conhecimento é superficial, porque a providência solicitada é de natureza provisória, para produzir efeitos enquanto não for proferida a sentença definitiva na causa principal.
NATUREZA JURÍDICA DO PROCESSO
Como a ação é a provocação da jurisdição e o processo é instrumento da jurisdição, é ainda a ação que suscita o processo e nele intervém até a satisfação do dever jurisdicional provocado. Assim, no processo se realizam atividades das partes e do juiz, coordenadas para um mesmo fim: a prestação jurisdicional.
Na segunda metade do século passado, da análise dos atos componentes do processo e da sua finalidade. BÜLOW (1868), em obra clássica (Teoria das Exceções e dos Pressupostos Processuais), focalizou, nos atos que se realizam no processo, desde o ato introdutivo, e nos que se sucedem, sejam atos das partes ou atos do juiz, direitos e deveres daquelas e deste às respectivas atividades, que se coordenam e se cooperam tendo em vista um fim, qual a atuação da vontade da lei pelo órgão jurisdicional. A esse complexo de direitos e deveres, das partes e do juiz, que se objetivam em atos, que se sucedem até a sentença, formando o processo, e que se vinculam pelo fim a que se destinam, Bülow deu o nome de relação jurídica processual. Assim, o processo será uma relação jurídica, ou, ao menos, nele se contém uma relação jurídica.
RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL
Processo é uma série ordenada de atos formalizados pela Lei e tendentes a sentença. Instaura-se com a inicial, pela qual o autor solicita do órgão jurisdicional a declaração da vontade da lei contra ou em relação a alguém (o réu). Há, assim, no seu aspecto mais simples, uma parte que afirma e uma parte que nega, e também um juiz que deverá decidir. Daquela afirmação e desta negação resulta um estado de pendência quanto à res in iudicio deducta – a litispendência – que perdurará até a sentença definitiva.
No processo, naquela série ordenada de atos, formando uma unidade, tendentes a um fim, que é a provisão jurisdicional, se contém uma relação jurídica, de natureza complexa, compreendendo direitos, deveres e ônus das partes, mais direitos, poderes e deveres do juiz, prescritos pela lei processual. Trata-se, pois, de uma relação jurídica processual, da qual participam o autor, o réu e o juiz.
O processo é uma série de atos que resultam de uma relação jurídica entre sujeitos processuais, juiz, autor e réu. Assim, o processo tem a natureza de uma relação jurídica, ou, por outras palavras, processo é uma relação entre sujeitos processuais juridicamente regulada.
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