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Antecedentes Intelectuais da Sociologia

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UNIRV – UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
BÁRBARA CARVALHO LIMA
LAIRE KARYELLE RODOVALHO SILVEIRA
RESENHA: EVOLUÇÃO SOCIOLÓGICA
RIO VERDE - GO
2017
BÁRBARA CARVALHO LIMA
LAIRE KARYELLE RODOVALHO SILVEIRA
RESENHA: EVOLUÇÃO SOCIOLÓGICA
Resenha de Socio
logia
, do curso de Odontologia da 
UniRV
 – Universidad
e de Rio Verde, 
sobre
 
o S
urgimento da Sociologia, Caos e Progresso e Auguste Comte.
Docente: Prof. Bruno
 
de Oliveira Ribeiro
RIO VERDE – GO
2017
SOCIOLOGIA: SURGIMENTO, MODERNIDADE E O “SOCIAL”
De acordo com o que foi visto em sala de aula, as transformações econômicas, políticas e sociais que ocorreram a partir do século XVI e as correntes de pensamento, como o iluminismo, que valorizava a liberdade e a igualdade; foram processos que influenciaram o surgimento da Sociologia, como um conhecimento científico na Europa, a qual vivenciou diversas crises e instabilidades.
Pode-se observar que com a chegada da industrialização houve modificações no âmbito político, jurídico e nos meios de produção. Devido à primeira revolução industrial e surgimento do proletariado, necessitou-se do aumento da participação política, a urbanização se intensificou e houve o aparecimento de muitas fábricas nos grandes centros industriais. E, a modernização da agricultura gerou a saída de diversas famílias do ambiente rural para as cidades, que estavam oferecendo diversas oportunidades e melhores ganhos.
Entretanto, é notável que com a elevada aglomeração nas cidades, juntamente com as péssimas condições sanitárias e a fome, provocaram a intensificação de doenças e epidemias, gerando o aumento dos índices de morte, principalmente da população pobre. Desta forma, somente com as revoluções industrial e agrícola ocorridas na Inglaterra, que proporcionou uma abundância de alimentos e um restabelecimento da higiene, além de uma redução da mortalidade e crescimento da população.
Percebe-se que na fase inicial da revolução industrial as condições de trabalho eram espantosas, sendo que os operários chegavam a trabalhar de 12 a 16 horas por dia, e somente nas fábricas da Inglaterra houve a redução da jornada de trabalho das crianças, para que comparecessem a escola à noite. Além disso, havia uma grande desigualdade de salários e a situação das fábricas era precária; por isso, os operários realizavam diversos movimentos e revoltas, na busca por melhores condições de trabalho; e neste período, surgiram as legislações fabris.
É importante ressaltar que houve mudanças na instituição familiar, como nas relações entre os membros da família, o aumento da presença da mulher na sociedade e o desenvolvimento das relações afetivas entre homem e mulher, pois eram baseadas no interesse e em fundamentos estamentais. Porém, com a chegada da modernidade, que se contrapõe ao tradicional, houve a transformação de certas atitudes, entre elas o casamento como escolha mútua e a relevância do amor romântico.
Desta forma, é visível a influência e importância da industrialização através das revoluções industriais, como também o surgimento de revoltas realizadas pelo proletariado na busca pelos seus direitos. Então, para compreender as razões e o avanço das relações sociais, é essencial a reflexão a partir da Sociologia.
ANTECEDENTES INTELECTUAIS DA SOCIOLOGIA
É interessante notar que a maior parte das áreas do conhecimento, hoje identificada como ciências, no século XVIII, eram agrupadas como arranjos filosóficos. A autonomia dada às disciplinas específicas gerou uma mudança próspera, relacionada às tradicionais indagações pela filosofia. As primeiras teorias sociais da idade moderna foi algo marcante, visto que, agora todas as doutrinas, obtiveram especificações.
Pode-se observar que inúmeros fatos contribuíram para que o conhecimento orgânico fosse enfraquecido, como as mudanças sociais e a ordem socioeconômica, assim, implantando conhecimentos baseados no individualismo. Algo que alavancou esses pensamentos foi a Reforma Protestante, a qual contestou a Igreja e seu Autoritarismo na vida dos fieis. A Reforma concedeu a responsabilidade a cada religioso realizar sua auto- avaliação perante Deus, tornando cada um mais próximo da divindade. Impôs também o pensamento de que suas ações refletem a sua eternidade. 
Além disso, é visto que houve inúmeras desaprovações nas universidades católicas, trocando o conhecimento teológico, pelo cientifico. A razão e a lei natural vão criando forças, pois fortalece o individualismo, e deterioram os costumes mantidos pela Igreja Católica, princípios de autoritarismo e submissão. A era moderna foi marcada pelo conhecimento empírico, pelas descobertas na ciência experimental e o sistema filosófico de Descartes: “Penso, logo existo”.
Desta forma, nos períodos de grandes revoluções (Industrial e Francesa), um impulso de investigar e compreender a sociedade de forma racional, levado a humanidade a um progresso, tornou-se o símbolo do movimento cultural, conhecido como século das Luzes. Nota-se que o Iluminismo foi um movimento de ideias, o qual de forma decisiva contribuiu na formação da sociologia, devido ao seu objetivo de encontrar respostas entre os legados tradicionais e a força moderna. 
Então, o termo liberdade teve um novo significado onde a maior autoridade, era a pessoa em si, na conquista de direito e autonomia diante das instituições. De acordo com a burguesia européia, os seres humanos educados com ordem, seriam bons e iguais; e ao contrário disto, a desordem era o resultado de ignorância. De forma discreta, a igualdade social, já era um pensamento entre os sociólogos; e o progresso era um pensamento inevitável, já que esse ganhava força perante a sociedade do século XIX.
É interessante retratar que houve um filósofo político o qual gerou grande impacto sobre as ciências sociais, Montesquieu; que ao fundar seus argumentos, abrindo mão de seu conhecimento histórico e empírico, inovou ao expor a assunção de um ponto de vista comparativo, relacionado ao estudo social e as instituições, baseando- se em análises feitas em sua trajetória, visando não apenas a cultural ocidental, mas também os persas, os turcos. 
Observa-se que a teoria mais relevante foi, “relações necessárias que derivam da natureza das coisas”, a qual explica sobre as leis cívicas atenderem as particularidades geográficas, climáticas e culturais de um povo. Entretanto, nem sempre as leis são obedecidas, por culpas das falhas e paixões humanas. Assim, o mundo humano não é bem governado, quanto o mundo cientifico.
De acordo com o filósofo Rousseau, o qual inicia seu estudo através do estado da natureza, onde não havia desigualdades, nem moral; este alonga o tradicional contratualismo, modificando o “pacto social”, assim manifestando-se as mais variadas desigualdades e arbitrariedades. Sua visão evolucionista faz criticas ao estado civil, o qual há uma submissão, que não havia no homem primitivo, que era livre, saudável e tinha paz. Ao esboçar as leis civis e surgir líderes políticos, o ser humano perde a liberdade e seus direitos a natureza, tornando- se um rebanho demonstrado como sociedade, dependendo sempre da servidão do próximo.
Percebe-se que mesmo o ser humano não vivendo em seu estado natural, há proveitos em viver em uma sociedade, pois assim, desenvolvem-se o amor entre pais e filhos, homens e mulheres, também se criam a possibilidade de novos pensamentos e ideias, viver em conjunto pode degradar a pessoas, porém, às enobrece.
Segundo Rousseau, a escravidão tanto de ricos quanto de pobres, teve início quando uma pessoa resolveu criar a propriedade privada, aquele que primeiro cercou “seu” território; assim, submetendo todos, a desigualdade, a miséria e ao autoritarismo. É notável que o grupo social abomina pessoas que não visam os mesmos interesses ou que atrapalham sua forma de viver; desta forma, Rousseau diz que todo homem civil, sonha em ser o rei do universo.
Desta maneira, o Iluminismo acreditavano talento da humanidade em lidar com a razão e assim prosperar; além de defender que a razão podia melhorar as condições humanas, levando alguns pensadores a despertar interesses ambiciosos, no sentido de divulgação do conhecimento, projetando e executando uma enciclopédia, para mostrar ''os esforços da mente humana''. 
Assim, conforme D'Alembert, as sensações humanas permitem que sobrevivam e entendam os objetos exteriores, os quais apresentam semelhanças ao humano; sendo assim, vantajosa a união entre eles. Logo, essa união obriga a criação de signos, para entendermos o outro. Essa era a sociedade dominante, era composta por mestres, empresários e artesãos, pois estes apresentavam sagacidade e paciência ao tratar-se de pessoas.
 Portanto, através das invenções desse século, prova-se a influência que este período teve, como a máquina a vapor, tear mecânico e o barco a vapor. Isso aumentou a produtividade, a qual possibilitou a abertura de comércio internacional. Além disso, as guerras tiveram elevada importância no desenvolvimento industrial e bélico, gerando grande criatividade e provando que o feudalismo estava fora de cogitação para a sociedade moderna. Hoje, percebe-se que o conforto tecnológico, foi causado por uma sociedade pensadora e que não se ateve  ao conformismo.
PRIMEIRAS SOCIOLOGIAS: ORDEM, CAOS, CONTRADIÇÕES, EVOLUÇÃO
Pode-se observar que o iluminismo e a Revolução Francesa influenciaram o pensamento social e as produções inglesa e francesa, principalmente em relação à predominância da sociedade sobre o indivíduo e as críticas referentes às adversidades encontradas no ambiente social moderno.
É interessante notar que os “profetas do passado”, como Edmund Burke, desejavam uma sociedade baseada em valores e fundamentada na ordem, ou seja, buscavam a tradição e rejeitavam a modernidade, pois esta não possuía virtudes morais e transformou o homem em um ser alienado.
Desta maneira, os pensadores conservadores acreditavam que a falta de moralidade e solidariedade e o caos presente na sociedade surgiram devido à decadência de certas instituições, como a Igreja, que forneciam coesão social. Portanto, a Sociologia recebe influência do moderno e considera o progresso um caminho inevitável. 
É relevante retratar sobre os fundamentos de Saint-Simon, o qual acreditava na presença de classes sociais que possuem interesses discordantes, no predomínio do industrialismo e o progresso, como fator primordial para a sociedade moderna e representa as hierarquias lineares. Além disso, ele criou a Fisiologia Social, uma ciência que demonstrava a influência da ação humana, as funções e fundamentos da sociedade e a estrutura social relacionada à produção e ao trabalho; sendo idéias que influenciaram diversos pensadores, como Durkheim.
Considera-se indispensável destacar sobre Auguste Comte, que é apresentado como o “pai da Sociologia”, o qual demonstrou o método positivo de entendimento das sociedades e que se preocupava com a desorganização social de sua época, achando que a solução seria criar a Sociologia. 
De acordo com Comte, a “filosofia positiva” é um conjunto de conhecimento que tem a intenção de organizar o meio social. Acreditava na previbisilidade, considera que o progresso provém da ordem e que todos são influenciados pela sociedade; além disso, achava que cada indivíduo é responsável em realizar o seu dever. Tanto Comte quanto Saint-Simon achavam necessário a criação de uma religião, o primeiro queria uma em que as pessoas substituíssem Deus e o outro uma sem teologia e Deus, ambos visando obter uma nova moral para a sociedade.
Pode-se notar que a teoria evolucionista também gerou influência sobre a Sociologia, pois relacionava e comparava a sociedade e os organismos. Spencer foi o sociólogo que espalhou o darwinismo social, o qual é uma teoria de evolução biológica que buscava compreender fatos por meio da seleção natural, por exemplo. Este acreditava na lei do progresso, onde o simples se transforma em complexo, como ocorreu com a evolução da sociedade.
É interessante saber que Karl Marx tentou entender o homem em seus interesses materiais e a sua influência no âmbito social. A Sociologia começou a se estabelecer como disciplina acadêmica através dos pensamentos de Weber e Durkheim, o qual achava necessário fortalecer e obter coesão na sociedade, sendo influenciado pelas idéias de Comte e pelo positivismo, como a de formar uma religião baseada em fundamentos morais; enquanto, Weber, criticava o capitalismo e seus processos.
Desta forma, pode-se perceber que através das obras destes sociólogos e pensadores, a Sociologia foi se transformando em uma área de conhecimento com objetivos próprios, passando a investigar e entender diversos assuntos e questões de cada época, sendo influenciada pela vida social.
 AUGUSTE COMTE
Sabe-se que o termo Sociologia foi criado pelo francês Auguste Comte, com a finalidade de descrever os assuntos sociais por ele estabelecidos. Esses pensamentos já existiam em sua época, porém era usado outro termo “física social”, pelos seus rivais intelectuais.
Percebe-se que a reflexão de Comte, relacionava-se à acontecimentos inquietantes da sua época, como a industrialização, a qual alterava a vida dos franceses; juntamente com a Revolução Francesa, que gerou grandes mudanças na sociedade. Sua busca era idealizar uma ciência social, comparando-a com a ciência natural, que possibilita o conhecimento do mundo físico.
 De acordo com Comte, mesmo as ciências possuindo seus temas específicos, elas compartilhavam um raciocínio comum e um método científico, convergidos em delatar leis universais. Além disso, Comte acreditava que na ciência positiva, a qual foi uma visão sociológica dele, deveria se aplicar os mesmos métodos de outras ciências, como física e química. Compreende-se que o positivismo diz respeito ao que deveria ser a preocupação das outras ciências, ou seja, observar mais o que é conhecido, gerando experiência.
Desta forma, através de cautelosas observações sensoriais, entende-se a lei dos fenômenos observados. Compreendendo isso, os cientistas prevêem os fatos; e o positivismo segundo a sociologia, permite que a base seja através das visões empíricas, extraídas das experiências e da comparação.
É importante ressaltar que para Comte, os esforços de uma pessoa para compreender o mundo tiveram que passar por alguns estágios, como teológico, metafísico e positivo. Observa-se que na fase teológica, a sociedade expressava a vontade de Deus; já durante a época da Renascença, a metafísica é retratada em termos naturais e no estágio positivo, a sociologia é considerada a ciência mais complexa.
Além disso, ao decorrer do tempo, Comte criou estratégias para reestruturar a comunidade francesa e a sociedade em geral, sempre fundamentado em suas visões sociológicas. Propunha a “religião da humanidade” baseada no fundamento científico, e tinha conhecimento da sociedade em que viera, a qual estava envolvida pelas desigualdades geradas pela industrialização. A maneira de resolver essa situação era criar uma harmonia moral que regularizaria a sociedade.
Portanto, mesmo que as ideias de reforma da sociedade não tenham sido concretizadas, é notável a importância de Comte em contribuir na transformação da sociologia em disciplina acadêmica, sendo esta essencial para o conhecimento humano, de seu comportamento, as relações e a vida no ambiente social.
 REFERÊNCIAS
Foi utilizado o material disponibilizado no SEI e as anotações do caderno.

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