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Analise critica dos Artigos - Humanização na enfermagem / enfermagem em oncologia / Enfermagem e sexualidade: revisão integrativa de artigos publicados na Revista Latino-Americana de Enfermagem e na Revista Brasileira de Enfermagem

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Enfermagem e sexualidade: revisão integrativa de artigos publicados na 
Revista Latino-Americana de Enfermagem e na Revista Brasileira de Enfermagem - 
Lucia Helena Rodrigues Costa e Edméia Coelho de Almeida Coelho, 2011. 
 
Este artigo aborda o conceito de sexualidade como estudo na área da 
enfermagem, tema de revisão integrativa de artigos publicados na Revista Latino- 
Americana de Enfermagem (RLAE) e na Revista Brasileira de Enfermagem (RBEn) no 
período de 1998 à 2007, onde aborda vários pontos de vista relacionados a sexualidade 
com o objetivo de identificar o estado da arte das publicações sobre sexualidade. 
Redigido em varias etapas de pesquisas que deram suporte a temática, o artigo 
esta divido em partes complementares: a primeira, Introdução, como propriamente dito, 
enfatizando a importância do respectivo tema e sua pesquisa; a segunda parte mostra a 
trajetória metodológica, onde houve inúmeros levantamentos bibliográficos e a forma 
do mesmo; a terceira parte mostra os resultados obtidos de tais pesquisas; a quarta parte 
são as discussões geradas de tais resultados e pesquisas anteriormente colhidas, ou seja, 
a avaliação critica e exposição minuciosa dos artigos obtidos que se referiam 
diretamente ao tema proposto, sendo subdivido em diversos grupos temáticos; e por 
ultimo, as considerações finais. 
Inicialmente são apresentados diversos fatores da importância de tal pesquisa, 
sendo relacionado ao campo psicológico e psicanalítico quando citados alguns 
estudiosos como base inicial para o tema sexualidade. Buscando sempre enfatizar as 
diferenças de gêneros e diversidade sexual, o artigo revela logo de inicio, o seu 
“objetivo secundário”, que seria apresentar mudanças e ampliar o escopo, incluindo 
gênero e direitos sexuais, desvinculando-se aos aspectos biológicos. Para tal, em 
seguida, a trajetória para o levantamento bibliográfico realizado na Biblioteca da Escola 
de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia e por meio da internet, através da 
consulta dos números das revistas disponíveis online que apresentam resultados que 
reforçam o desmazelo, ao longo do período, dado ao tema, que demonstra ser de suma 
importância para área da enfermagem. 
Apesar do pouco material encontrado para o estudo, foi produzido algumas 
discussões com grupos temáticos relacionados à sexualidade. O primeiro grupo temático 
citado foi “Sexualidade, educação, adolescência e práticas de enfermagem”, que tenta 
incluir o assunto de educação em saúde sexual e/ou educação sexual para adolescentes 
em escolas, aproximando os enfermeiros com os pais e educadores com novos métodos 
de abordagem do assunto, rompendo limites de instituições de saúde e enfatizando a 
importância da formação específica em sexualidade nos cursos de Enfermagem. Outro 
grupo temático discutido foi “Sexualidade e IST/AIDS”, onde demonstra a 
vulnerabilidade de gênero, trazendo a tona a desigualdades de poder entre homens e 
mulheres. No grupo temático de “Sexualidade e doenças crônicas degenerativas e/ou 
cirúrgicas” é observado pelas autoras o conceito de sexualidade, que para elas, neste 
grupo, é reduzida ao ato sexual transformando-se muito idealista sem se preocupar com 
as diversidades socioculturais. Fugindo um pouco do campo da saúde, o grupo temático 
de “Sexualidade e formação e/ou perfil socioprofissional” mostra um forte 
posicionamento das autoras pela luta de gêneros, em especial feminino, por direitos 
iguais que na área da enfermagem também pode ser encontrado essa desigualdade. Por 
fim, o ultimo grupo temático, “Sexualidade e saúde da mulher”, que serve como suporte 
para o grupo temático anterior, uma vez que a sexualidade permeia todo o seu 
desenrolar, articulada às nuanças dos movimentos internacionais de mulheres e 
feministas e das políticas de saúde nacionais. 
Nas considerações finais é possível perceber as opiniões próprias das autoras 
sobre os artigos, onde as autoras destacam alguns pontos como “inclusão de gênero, 
relações de poder e direitos sexuais”, “planejamento familiar, direitos sexuais e 
reprodutivos”, “ausência de estudos sobre sexualidade na formação de enfermeiras(o)s”, 
defendendo sua tese de promover o assunto “sexualidade” em âmbitos que carecem 
dessa atenção, como demonstra o trecho sobre a importância, principalmente no ramo 
da enfermagem: “Os resultados desta pesquisa mostraram que a sexualidade e as 
relações de gênero possuem transversalidade que atravessa as maneiras de cuidar nas 
suas diferentes formas e lugares.” 
Dada à premissa, são evidentes os pontos defendidos pelas autoras, com 
argumentos coerentes que facilita o entendimento do seu raciocínio, no entanto, há de se 
observar que no decorrer das pesquisas, tal como dos pontos abordados, o foco principal 
do artigo é deixado de lado e é tomado pela defesa de gêneros, principalmente 
feminista, cedendo aos aspectos biológicos como defesa e talvez influenciados pelas 
pesquisas. Apesar da defesa por “valores, sentimentos, cultura e gênero” no primeiro 
grupo temático, o artigo problematiza o gênero sexual. O artigo analisado quase não se 
referem à sexualidade no contexto da homossexualidade, que é apenas citado no inicio e 
não mais abordado no decorrer, tal como a enfermagem relacionada ao tema, que é 
somente evidenciada nos primeiros grupos temáticos, quanto à proposta de 
implementação de novos métodos de abordagem do assunto de sexualidade e doenças 
relacionadas. 
Há de se concordar, quando o artigo menciona a importância do tema 
“sexualidade” no ramo da enfermagem, por suas práticas de cuidar remeter-se ao 
contato com os corpos, com a intimidade e com o erótico, não podendo ser ignorado o 
estudo sobre as discussões acerca dos direitos sexuais e direitos reprodutivos como 
direitos humanos inalienáveis de homens e mulheres, que infelizmente passa 
despercebido, deixando os profissionais menos habilitados a agir em determinadas 
situações, tal como o desconforto do próprio paciente. A importância nesse tema 
vincula-se também as diversidades culturais, que seria necessária a quebra do modelo 
tradicional de atendimento, quando voltado à sexualidade, respeitando suas crenças e 
escolhas e não levando em conta somente os aspectos biológicos. 
Em uma de suas abordagens a cerca das diversidades sexual, em especial a 
ênfase no gênero feminino e sua descriminalização, elas fazem a seguinte citação: “(...) 
há obscurecimento das outras estruturas que complementam a noção de imagem 
corporal, como se as mesmas se estruturassem em dimensões diferentes, ou seja, o 
ensino omite os aspectos libidinal, emocional e sociológico da conduta humana”, para a 
liberdade sexual entre os gêneros, defendendo que a omissão pode gerar problemas de 
aceitação da sexualidade, mesma defesa pode ser encontrada no livro “Admirável 
mundo novo” de Aldous Huxley, que descreve semelhante liberdade e nos faz temer a 
mesma, apesar do livro levar o conceito ao extremo, é importante nos ater aos limites de 
tal proposta, para que a liberdade não se torne nossa prisão renomeada. 
É possível afirmar que este artigo fez um apanhado, introduzindo o leitor na 
relação da Enfermagem e sexualidade, destinada principalmente a um público que busca 
se aprofundar no campo da sexualidade voltada a saúde, expandindo novos métodos de 
abordagem do tema, tal como mitigar possíveis problemas gerados pela não aceitação 
das diversidades relacionadas também à cultura, com uma linguagem bastante clara e 
simples, facilitando a compreensão do assunto exposto. 
Lucia Helena Rodrigues Costa, Enfermeira, Doutoranda na Universidade 
Federal da Bahia - Salvador/BA. Professora na Universidade Estadual de Montes 
Claros/MG. E Edméia Coelho de Almeida Coelho, Enfermeira,Doutora em 
Enfermagem, Professora Associada I na Universidade Federal da Bahia - Salvador/BA. 
Gleiciany da Silva de Freitas, acadêmica do 1º período do curso de Graduação 
em Enfermagem da Faculdade para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia 
(FADESA). 
Casate JC, Corrêa AK. Humanização do atendimento em saúde: conhecimento 
veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Rev Latino-am Enfermagem, 2005 
janeiro-fevereiro. 
 
Este artigo aborda sobre a produção de humanização na área da saúde, visando 
compreender quais concepções sobre tal, vem se configurando através de analise de 42 
artigos que abrangem o final da década de 50 até 2005, nos periódicos Revista 
Brasileira de Enfermagem, Revista Paulista de Hospitais e Texto e Contexto, onde é 
questionado o modelo de atendimento dos enfermeiros, tal como a humanização ou 
desumanização observadas para com seus pacientes e suas possíveis justificativas. 
Composto por varias etapas de pesquisas que deram suporte a temática, o 
artigo esta subdivido: a primeira parte, Introdução, como propriamente dito, enfatizando 
a importância do respectivo tema e sua pesquisa dando uma previa dos assuntos tidos 
como pressuposto; a segunda parte mostra o caminhar metodológico, que se iniciou no 
estudo bibliográfico que sobreveio de leituras exploratória e seletiva do material de 
pesquisa, bem como em sua revisão integrativa; a terceira parte aborda a aproximação a 
algumas ideias sobre a humanização do atendimento em saúde/ enfermagem, decorrente 
da analise anterior; a quarta parte adentra na humanização: da perspectiva caritativa à 
valorização do sujeito/cidadão, onde são exibidos diversos conceitos de humanização e 
criticados pelas autoras; e por ultimo, as considerações finais. 
Inicialmente nos é mostrada a importância do atendimento humanista na área 
da saúde de um ponto de vista do usuário, bem como do trabalhador, calcando-se de 
princípios e revisão das praticas cotidianas e seu respectivo objetivo. Dada à premissa, 
são traçado os critérios usados para a revisão da literatura, através dos seus estudos 
bibliográficos visando a “presença de número expressivo de publicações relativas à 
temática em questão.”, com delimitações que acarretou na escolha das revistas e 
textos/contextos já citados anteriormente. 
Em decorrência das pesquisas, foi selecionada a aproximação a algumas ideias 
sobre a humanização do atendimento em saúde/ enfermagem, salientando a função dos 
autores dos artigos, em sua maioria enfermeiros, porém também abrangendo outras 
áreas, que é de grande valia para analise, principalmente se tratando do cotidiano. 
Inicia-se com o conceito de “desumanização” em sua boa parte, principalmente na 
relação de atendimento dos pacientes, abordando a falta de ética e justificando algumas 
ações com as condições de trabalho dos profissionais da saúde, adentra também no meio 
tecnológico, pautando-o como um dos motivos pelo qual o profissional torna-se pouco 
humano, advindo de soluções para mitigar tal motivação sem eliminação da 
modernização, ou seja, unindo o útil ao agradável, para, posteriormente, conceituar a 
humanização em si, adentrando no conseguinte tópico que aborda a humanização: da 
perspectiva caritativa à valorização do sujeito/cidadão. 
Buscando desviar-se de conceitos utópicos, tais como tratar o conceito de 
humanização em suas épocas, já que a pesquisa abrange um período extenso, o tópico 
de humanização: da perspectiva caritativa à valorização do sujeito/cidadão penetra na 
temática propriamente dita, já que neste traça uma linha do tempo que ajuda a entender 
sua evolução, tendo como grande destaque a década de 80, por suas grandes 
movimentações na área da saúde por conta da reforma sanitária, tendo como critério a 
piedade dos trabalhadores, diferente da década posterior que é distinta da lógica da 
caridade. Exprimindo cada década e revelando seus conceitos de humanização, este 
tópico buscando abranger diversas dimensões, tais como politicas, administrativas e 
subjetivas, para o bem-estar de usuário e trabalhador da área da saúde. 
Conceituar o termo “humanização” mostra-se de extrema complexidade, visto 
que pode ser influenciado pela diversidade cultural. A vivencia pode modificar o ponto 
de vista sobre a humanização, tornando-se assim um conceito diversificado para cada 
época ou população, deixando isso evidente quando analisado por décadas, revelando 
suas alterações, que nos leva a pensar que talvez não chegue a ter, de fato, um conceito 
que o defina por completo. Partindo de um principio comportamental, que a 
humanização se qualifica, essa perspectiva pode ser observada em uma analise feita por 
Roque Laraira no livro “Cultura um conceito Antropológico”, que busca compreender o 
conceito de cultura, tal como do comportamento humano, que em um momento 
especifico tem a seguinte afirmativa: “O homem é o resultado do meio cultural em que 
foi socializado (...)”, apesar de esta premissa estar vinculada diretamente com o conceito 
de cultura, a de se concordar que o comportamento humanista advém da mesma, 
deixando assim em aberto seu conceito, que por sua vez, varia de acordo com sua 
geração, ou seja, com o meio pelo qual tal população esta sendo socializada. Visto que, 
“(...) Todo e qualquer modelo de atenção à saúde que se organize terá insucesso se não 
valorizar aspectos sociais, culturais e comportamentais que são importantes para a 
correta compressão dos seus problemas como um todo.” (Edição especial de Claudia 
Helena Mantelle Silva Mello “A valorização dos aspectos culturais da população como 
estratégia para melhorar a adesão da comunidade às ações de promoção de saúde e 
prevenção de doenças”), dito isso, a humanização pode ser considerada como mutável, 
visto que sua perspectiva deve levar em conta aspectos sociais, culturais e 
comportamentais. 
Adentramos em um aspecto abordado no artigo sobre condições de trabalho, 
que tomaram como grandes influenciadores nas ações de desumanização, “No que diz 
respeito às condições de trabalho, os textos mostram que baixos salários, dificuldade na 
conciliação da vida familiar e profissional, jornada dupla ou tripla, ocasionando 
sobrecarga de atividades e cansaço, o contato constante com pessoas sob tensão geram 
ambiente de trabalho desfavorável (...)”, prosseguimos com o texto de Claudia H. 
Mello, apesar de ser direcionada ao SUS (Sistema Único de Saúde), a tensão moral 
estabelecida nele pode se aplicar aos contextos selecionados no artigo, que enfatiza o 
desrespeito com os usuários de saúde, do mesmo modo que a insatisfações por parte dos 
trabalhadores da área da saúde, pelos mesmos motivos citados no artigo, porém no texto 
de Claudia H. Mello mostra uma visão de Oliveira que acredita que os serviços de saúde 
tendem a ser “equipecêntricos”, um tipo particular de etnocentrismo, em que “os 
serviços de saúde passa a julgar seus usuários a partir da visão de seus membros”, do 
mesmo modo que no artigo menciona a “(...) possibilidade de dar condições para que o 
usuário seja participante. “Partilhar das decisões é um caminho para implementar o 
princípio ético da autonomia dos indivíduos e da coletividade(...)” deixando claro que 
essa relação social entre paciente e os serviços de saúde passam a ser uma relação de 
conflito, havendo a necessidade de se lutar por reconhecimento, tensão essa pouco 
mencionada nos artigos e que talvez seja um percursor para a desumanização que 
impera até hoje na área da saúde. 
Por fim, a humanização também adentra no código de ética na saúde, apesar de 
superficial e obrigatório, pode se dizer que tem uma grande influencia para as relações 
sociais da área da saúde, código este não mencionado no artigo,apesar de sua grande 
importância no comportamento do trabalhador da saúde. 
O artigo obteve êxito no objetivo de analisar o que é humanização veiculada 
nos textos, assim como de mostrar a necessidade de investir no trabalhador, valorizando 
a dimensão subjetiva, do mesmo modo na reflexão e o senso crítico que nos auxiliem no 
questionamento de nossas ações, no sentido de desenvolver a solidariedade e o 
compromisso, destinado aos profissionais da saúde, que necessitam deste quesito para 
seu perfil profissional, com uma escrita dinâmica e concisa, facilitando a compreensão e 
reflexão da temática. 
Juliana Cristina Casate, Aluna do 7º semestre do Curso de Graduação em 
Enfermagem. E Adriana Katia Corrêa, Enfermeira, Orientador, Professor Doutor na 
escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, Centro 
Colaborador da OMS para o desenvolvimento da pesquisa em enfermagem. 
Gleiciany da Silva de Freitas, acadêmica do 1º período do curso de Graduação 
em Enfermagem da Faculdade para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia 
(FADESA). 
 
A pesquisa na área da enfermagem oncológica: um estudo das publicações em 
periódicos nacionais - Marléa Chagas Moreira, Teresa Caldas Camargo, Vilma de 
Carvalho, Carolina Farias de Figueirêdo, Luciana Dias da Rosa, Mônica de Fátima 
Bolzan, 2006. 
 
Este artigo mostra o lado prático e teórico dos enfermeiros, bem como seus 
desafios e deveres na área da oncologia, nos mantendo informados sobre a quem 
recorrer, em suas respectivas funções, tal como também para informar aos acadêmicos 
que se interessam em se especializar no mesmo ramo. 
Constituídos de artigos publicados no período de 1994 à 2004, este artigo é 
desenvolvido em seguimentos, iniciando-se pela introdução que explicita que este artigo 
faz parte de um projeto integrado de pesquisa “A produção de conhecimento na 
enfermagem em oncologia: bases para modelos gerenciais e assistenciais”, onde 
“procurou-se buscar respostas consistentes com o saber da enfermagem na área de 
oncologia, um saber mais voltado para a internalidade epistemológica da profissão e 
dirigido à prática pedagógica e assistencial”, focando-se na produção de conhecimento, 
principalmente nas implementações dos cursos de pós-graduação “stricto sensu”, o 
artigo adentra nos aspectos epistemológicos para compenetrar na área oncológica. 
Posteriormente são apresentadas as bases teórico-metodológicas, traçando 
todos os percursos percorridos para a seleção de revistas, utilizando critérios precisos 
sem sair da temática central, foi realizado uma investigação de natureza quantitativa, 
com indicativos qualitativos, a partir de análise documental. Foram utilizadas como 
fontes de dados artigos publicados no período de 1994 à 2004 em três períodos: a 
Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn), a Revista Brasileira de Enfermagem (Rev. 
Latina – Am e Enferm.) e Revista Brasileira de cancerologia (RBC). 
Através dos dados colhidos de tais revistas, foram apresentados os resultados 
em duas categorias. Na categoria das “questões epistemológicas relacionadas às 
temáticas estudadas”, verificou-se que houve regularidade de publicação no período 
estudado, com aumento da produção a partir de 2002. Algumas tiveram seu foco 
voltado a busca pela construção de conhecimento sistematizado, apresentando pesquisas 
de artigos e revistas, reflexões e relatos de experiências. A base de cuidar dos clientes e 
familiares foi tido como prioridade em outras pesquisas, voltando-se a aspectos 
relacionados à assistência e à organização do processo de cuidar. O destaque dos 
estudos está relacionado à oncologia cirúrgica, oncologia clinica, prevenção e controle 
de câncer, cuidados em pediatria e cuidados paliativos; nas “questões epistemológicas 
relacionadas ao enquadramento teórico-metodológico”, revelou que as enfermeiras 
optam pela utilização de teorias consagradas e sancionadas como base explicativas dos 
fenômenos estudados, já no método, os trabalhos, em sua maioria, apresentam-se como 
estudos descritivos de situações – problemas e estudos exploratórios. 
Tal estudo evidenciou a dificuldade nas pesquisas de oncologia na área da 
enfermagem e abordagem do assunto nesse ramo da saúde, e que a pesquisa qualitativa 
tende-se a desenvolver-se ao longo dos períodos. Dado a isso, amplia a área de 
conhecimento do enfermeiro na área da oncologia sobre a arte de cuidar dos clientes 
com câncer e com esforços de definir/ampliar critérios e padrões assistenciais. 
Marléa Chagas Moreira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunto na 
Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(EEAN/UFRJ), Líder do Grupo de Pesquisa em Gerência e Processo de Cuidar na 
Enfermagem em Oncologia; Teresa Caldas Camargo, Doutora em Enfermagem. 
Enfermeira de Educação Continuada no Instituto Nacional do Câncer – HCIII, Líder 
Grupo de Pesquisa em Gerência e Processo de Cuidar na Enfermagem em Oncologia; 
Vilma de Carvalho, Docente Livre, Professora Emérito da UFRJ, Líder do Grupo Linha 
de Pesquisa e Estudos Epistemológicos para a Enfermagem, Pesquisadora do Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Carolina Farias de 
Figueirêdo, Luciana Dias da Rosa, e Mônica de Fátima Bolzan, Residentes em 
Enfermagem, Membros do Grupo de Pesquisa em Gerência e Processo de Cuidar na 
Enfermagem em Oncologia. 
Gleiciany da Silva de Freitas, acadêmica do 1º período do curso de Graduação 
em Enfermagem da Faculdade para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia 
(FADESA).

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