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TCC FINAL LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ROSA, Lisane Maia da�
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SILVEIRA, Ivonir Maribel da�
RESUMO
Este trabalho visa analisar a importância da ludicidade no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças na Educação Infantil. Tem como objetivo compreender o significado do universo lúdico, conhecer qual a importância e o significado do brincar, onde a criança desenvolve sua comunicação consigo mesma e com o mundo, estabelecendo relações sociais, aceitando sua existência, construindo conhecimentos, personalidade e benefícios que o brincar proporciona no ensino e na aprendizagem infantil. Aborda também, considerações sobre a importância da ludicidade, dos jogos, das brincadeiras e dos brinquedos e como estes influenciam a criança na sua criatividade, no seu desenvolvimento cognitivo, físico, cultural e na socialização delas. Para este artigo, a fundamentação teórica busca a contribuição de diversos autores que tratam do assunto pesquisado, proporcionando através deste estudo uma leitura mais consciente e clara, sobre a Ludicidade na Educação Infantil e em especial na vida da criança, deixando este trabalho bem fundamentado e mais enriquecido.
Palavras-chave: Ludicidade. Desenvolvimento. Educação Infantil.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho teve como objetivo analisar a importância da ludicidade para o desenvolvimento das crianças, tendo em vista à ludicidade como um dos melhores caminhos para desenvolver a aprendizagem e a construção do conhecimento através das brincadeiras, dos jogos e brinquedos, tornando-o mais criativo e equilibrado.
Nos procedimentos metodológicos onde envolvem as brincadeiras tende a contribuir com facilidade para o processo de ensino e aprendizagem das crianças �
em sua formação social e individual, com atitudes de interação, cooperação, socialização, respeito, liderança e de personalidade.
Através do brinquedo, a criança constrói o seu universo, seu mundo imaginário, possibilitando o desenvolvimento. O brincar não é somente um instrumento didático para o aprendizado, mas cria várias áreas no desenvolvimento infantil como: a motricidade, a criatividade, a sociabilidade, o raciocínio e a inteligência.
Nesse sentido, o objetivo central deste estudo foi analisar a importância da ludicidade na Educação Infantil, levando-se em conta o ponto de vista dos autores pesquisados, este período é essencial e fundamental para a criança em seu desenvolvimento e aprendizagem.
2 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE 
A ludicidade se torna importante para o desenvolvimento dos alunos da Educação Infantil, ajudando no melhoramento e no prazer em aprender, promovendo ajuda tanto na educação quanto no contexto social dos alunos.
O brincar faz parte do mundo da criança. É nesse momento que ela se organiza, experimenta, constrói normas para si e para o grupo. Desse modo, o brincar é uma das formas de linguagem que a criança usa para interagir consigo mesma e com os outros.
A utilização do brincar como instrumento pedagógico vem sendo objeto de muitas pesquisas e estudos.
Assim, a brincadeira já não deve mais ser utilizada apenas para recrear as crianças, mas como atividade em si mesma, que faça parte do planejamento de aula. 
Conforme, Duprat (2014, p. 35) “Assim o jogo pode ser usado como recurso pedagógico que favorece a criança a tomar parte na construção do conhecimento, num processo contínuo”. Aqui a autora entendeu que o jogo pode ser útil, favorecendo no crescimento e na capacidade do desenvolvimento contínuo da criança.
Pois, de acordo com Vygotsky (1998) é no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva. Porque ela transfere para o mesmo para sua imaginação e, além disso cria seu imaginário do mundo de faz de conta.
O referencial curricular nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 58) destaca a importância de se valorizar atividades lúdicas na educação infantil, visto que “as crianças podem incorporar em suas brincadeiras conhecimentos que foram construindo”. Ainda, observou-se no R.C.N.E.I a valorização do brinquedo, entendidos como: 
Componentes ativos do processo educacional que refletem a concepção de educação assumida pela instituição. Constituem-se em poderosos auxiliares da aprendizagem. Sua presença desponta como um dos indicadores importantes para a definição de práticas educativas de qualidade em instituição de educação infantil. (BRASIL, 1998, p. 67.V.1)
Sendo de fundamental importância para o desenvolvimento infantil, para que a criança tenha a oportunidade de transformar e produzir novos significados.
Conforme RAU (2011, p. 25): 
Nesse sentido, a ludicidade como elemento da educação, também é passível de demonstrar a evolução humana com base em suas interações sociais, culturais e motoras pois o homem sempre teve em seu repertório as linguagens do brincar. 
Assim, os benefícios que a ludicidade traz tanto para os alunos, como aos envolvidos em sua educação, são muito importantes, pois transmitem conhecimentos a todos.
Para Vygotsky citado por Rau (2011, p. 58): 
Uma situação imaginária é criada pela criança. O brincar da criança é a imaginação em ação. O jogo é o nível mais alto do desenvolvimento na educação pré-escolar e é por meio dele que a criança move-se cedo, além do comportamento habitual na sua idade.
Definindo o jogo como uma das maiores contribuições para o desenvolvimento educacional de uma criança da Educação Infantil.
Nesse sentido, as brincadeiras são de grande importância para o desenvolvimento da motricidade, do raciocínio por meio do faz de conta, utilizado pelas crianças quando estão brincando.
Para Velasco (1996), as brincadeiras abordam o desenvolvimento, bem como a socialização e a aprendizagem. É nesse momento que a criança tem prazer em realiza-las, pois permite a ela todo o desenvolvimento sem esforço. Independente da época e da cultura, as crianças sempre brincaram e brincam, ou seja, elas vão brincar e aprender da forma que mais gostam.
Segundo Velasco (1996, p. 78):
Brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa de estimular, e até mesmo de desenvolver as capacidades inatas, podendo vir a ser um adulto inseguro, medroso e agressivo. Já quando brinca à vontade tem maiores possiblidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso.
Percebe-se que nos estudos de Vygotsky (1991) este autor, considera o ato da brincadeira de suma importância para o desenvolvimento e da construção cognitiva da criança. Sendo assim, as crianças se relacionam de várias maneiras, com valores, perspectivas e significados que estimulam seu aprendizado, pois é nas brincadeiras que elas mudam o que vivem e sentem. Portanto, sabe-se que a brincadeira faz parte e sentido na vida das crianças. Assim, o professor deve utilizar as brincadeiras como ferramentas em suas aulas para facilitar o aprendizado dos seus alunos. E é de suma importância que o educador oferte aos seus alunos as brincadeiras lúdicas, pois, elas auxiliam no aprendizado das crianças, favorecendo o desenvolvimento, a criatividade e o aprendizado através do que é proposto pelas brincadeiras, sendo o diferencial nesse processo de ensino-aprendizagem.
Brincar alimenta a criatividade e a interação infantil. Brincar é a atividade que permite o desenvolvimento da criança desde os primeiros anos de vida, permitindo mostrar todo o potencial que tem.
Para Vygotsky (1998), o educador poderá fazer uso de jogos, brincadeiras, histórias e outros para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto, aprendendo a tomar decisões.
Por isso, a peça fundamental nesse processo é o educador, sendo o elemento essencial, para que ocorra uma educação de qualidadee que todos saem favorecidos nesse meio, principalmente a criança que é o maior bem da nossa comunidade escolar.
O professor deve sempre procurar definir bem o que se quer quando propõe uma atividade, para que a criança se interesse por aquilo a que está sendo apresentado a ela.
De acordo com o Referencial Curricular da Educação Infantil:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (BRASIL, 1998, P. 23, v.01)
	
O desenvolvimento da criança e seu aprendizado ocorrem quando participa ativamente, seja discutindo as regras do jogo, ou, propondo soluções para resolvê-lo. É de extrema importância que o professor também participe, propondo desafios na busca de uma solução e que tenha uma participação coletiva, o papel do professor neste caso será de incentivador da atividade. A intervenção do professor é necessária no processo de ensino-aprendizagem, além da interação social ser indispensável para o desenvolvimento do conhecimento da criança.
Além disso, acreditamos que é brincando que a criança começa a se relacionar com as pessoas, descobrindo o mundo, desenvolvendo-se com o que ela aprendeu, a criança desenvolve com mais criatividade, sensibilidade e saúde, estimulando a sociabilidade.
A criança aprende muito mais quando está brincando. É através das brincadeiras, de seus movimentos, da sua interação com o espaço e os objetos que a criança irá desenvolver suas potencialidades, descobrindo suas habilidades.
Através dos jogos, atividades lúdicas e das brincadeiras, que as crianças desenvolvem seus conceitos básicos presentes no seu cotidiano.
A ludicidade é essencial na vida de todas as crianças, é através dela que ela aprende a se relacionar melhor com os outros, desenvolvendo sua identidade e autonomia no meio social.
De acordo com Oliveira (2000), o brincar não significa apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a sua vida. Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
Enquanto a criança joga ou brinca, ela compreende e reinventa a sua realidade, utilizando regras de comportamentos sociais construídos e transmitidos. Resgatando o aspecto lúdico, a escola está contribuindo e priorizando a liberdade de expressão e criação, sendo fundamental para a formação de um ser crítico.
Conforme Vygotsky (1998), a arte de brincar pode ajudar a criança a desenvolver-se, a comunicar-se com os que os cercam e consigo mesmo.
Brincando a criança tem a capacidade de criar, cooperar, imaginar, de elevar sua autoestima e assim ter mais confiança em si mesma, tendo mais capacidade de se desenvolver como uma pessoa plena.
Para Rau (2011, p.95) a teoria de Vygotsky (1984) aponta, também, que toda atividade lúdica da criança possui regras. A situação imaginária em qualquer forma de brinquedo já contém regras que demonstram características de comportamento, mesmo de forma implícita. Para esse autor, o jogo é o nível mais alto do desenvolvimento na fase pré-escolar, e é através dele que a criança se move mais cedo.
Por isso, esse tema é de extrema importância ser estudado, para mostrar que o lúdico é um método que contribui muito para que a criança se desenvolva, pois, é através do brincar que a criança descobre, experimenta, inventa, aprende, ensina regras e desenvolve habilidades.
Zanluchi (2005, p. 91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive, extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia”, portanto, as crianças tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social.
Portanto a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido a sua influência que os mesmos exercem junto aos alunos, pois quando eles estão envolvidos e motivados na ação, torna-se bem mais fácil e dinâmico o processo de ensino e da aprendizagem.
Quando o professor se compromete em incluir as brincadeiras como parte integrante do seu planejamento diário de suas aulas, este está oportunizando a seus alunos que eles aprendam com prazer.
Para fazer isso o professor não deve aproveitar a hora das brincadeiras para realizar outras atividades. Deve sim estar inteiramente atento às crianças e aos seus próprios conhecimentos e sentimentos, para que a criança esteja em pleno desenvolvimento.
E é na Educação Infantil o melhor lugar para propor a ludicidade de forma planejada e organizada, para que todos os objetivos sejam alcançados nessa fase de aprendizado da criança.
Assim, Campos (2011) destaca que os educadores precisam estar convictos de que a brincadeira é necessária e que traz muitos benefícios e contribuições para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar.
A partir da pesquisa feita desses autores podemos verificar que a ludicidade, as brincadeiras e os jogos são meios que a criança pode utilizar para se relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, ampliando seus conhecimentos e habilidades e despertando sua curiosidade nos aspectos físicos, social, cultural, emocional, afetivo e cognitivo, e dessa forma, temos os fundamentos teóricos para compreendermos a importância que se deve dar a experiência da Educação Infantil.
Acreditamos que a ludicidade, é essencial para o processo de desenvolvimento da criança.
Enfim, acredita-se que é a brincadeira que faz a criança ser livre imaginativa e feliz.
2.1 JOGO
O jogo é uma atividade que contribui para o desenvolvimento e a criatividade da criança, tanto na execução como também na criação. Os jogos são importantes, pois envolvem regras como ocupação do espaço e a percepção do lugar. 
O jogo deve ser considerado como um preparo da criança para a vida adulta. Brincando, a criança aprende, e aprende de forma prazerosa. O ato de brincar se constitui em uma característica universal, independentemente de épocas ou civilizações.
Através do jogo a criança cria uma zona de desenvolvimento proximal, com funções que irão amadurecer, mas que ainda está em processo de maturação, ou seja a criança alcançará em um futuro próximo.
Quando uma criança brinca, mesmo sem saber ela fornece várias informações a seu respeito, sendo assim, o brincar pode ser útil para estimular seu desenvolvimento integral, tanto no social, quanto no individual.
Kishimoto (1993, p. 15) afirma:
Os jogos têm diversas origens e culturas que são transmitidas pelos diferentes jogos e formas de jogar. Eles têm função de contribuir e desenvolver uma convivência entre as crianças estabelecendo regras, critérios e sentidos, possibilitando assim, um convívio mais social e democrático, porque “enquanto manifestam espontânea da cultura popular, os jogos tradicionais têm a função de preparar a cultura infantil, e desenvolver formas de convivência social.
O jogo pelo ponto de vista educacional, segundo Antunes (2003), significa divertimento, brincadeira, passatempo, pois em nossa cultura o termo jogo é confundido com competição. Ainda que o autor relate que os jogos infantis podem até incluir outra competição, mas visando sempre a estimular o crescimento e aprendizagem com relação interpessoal, entre duas ou mais pessoas realizadas através de determinadas regras, ainda que jogo seja uma brincadeira que envolve regras.
O jogo favorece a autoestima dosalunos, pois faz a criança adquirir mais confiança e isso vai fazer a diferença na aprendizagem.
De acordo com Kishimoto (2002) o jogo é considerado uma atividade lúdica que tem valor educacional, a utilização do mesmo no ambiente escolar que traz muitas vantagens para o processo de ensino aprendizagem, o jogo é um impulso natural da criança funcionando, como um grande motivador, é através do jogo que obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para tingir o objetivo, o jogo mobiliza esquemas mentais, e estimula o pensamento, a ordenação de espaço e tempo, integra várias dimensões da personalidade, afetiva, social, motora e cognitiva.
Assim, o jogo deve ser visto como motivação para a aprendizagem do aluno, sendo de suma importância a valorização do jogo no planejamento diário do professor.
2.2 BRINCADEIRA
As brincadeiras são fundamentais na formação da criança, pois, é através das brincadeiras que a criança vai aprender a pensar, a criar e agir, contribuindo significativamente para seu desenvolvimento, servindo como instrumentos de reconhecimento do mundo físico, social e afetivo da criança.
Para Vygotsky (1998, p.84) “As crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do indivíduo e a sociedade. O lúdico liberta a criança das amarras”. 
Através da brincadeira, a criança faz associações, tendo percepção de elementos até então desconsiderados, ela produz e investiga o mundo à sua volta e potencializa o seu processo de criação. A ludicidade não deve ser confundida com a concepção ingênua de passatempo. Brincar é para a criança deve ser uma das atividades mais sérias, sendo dessa forma também considerada pelo professor.
Oliveira (2000, p. 19):
O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e confiável.
Nesse caso, a brincadeira favorece a criança em seu desenvolvimento individual, ajuda a internalizar as normas sociais e assumir comportamentos mais avançados do que aqueles vivenciados no seu dia-a-dia, aprimorando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social.
Brincando, a criança vivencia uma mesma situação diversas vezes. Isso permite que ela repita as brincadeiras que lhe dão prazer, possibilita que a criança solucione problemas e aprenda processos e comportamentos adequados.
A brincadeira é uma forma de divertimento típico da infância, isto é, uma atividade natural da criança, que não implica em compromissos, envolve comportamentos espontâneos e geradores de prazer. Brincando a criança se diverte, exercita-se, constrói seu conhecimento e aprende a conviver com os outros.
Portanto, verificamos que as atividades lúdicas propiciam à criança as possibilidades de conviver com diferentes sentimentos, os que fazem parte de seu interior, os quais elas demonstram através das brincadeiras como vê e constrói o mundo, como gostariam que ele fosse, quais os seus problemas e que preocupações estão lhe atormentando, ou seja, expressa-se em brincadeiras o que teria de se expressar com palavras.
Oliveira afirma que jogos, brinquedos e brincadeiras, estimulam e desenvolvem a capacidade de pensar. A partir do brincar a criança tem uma experiência única, descobre assim um mundo mágico, inventa, cria, estimula habilidades e a curiosidade, em especial a sua independência.
Baseado no estudo de algumas teorias, citadas pelos teóricos, percebi a imensa importância que a brincadeira tem na vida da criança, pois, é através dela que são desenvolvidas suas habilidades, interagindo com o mundo, negociando, investigando, construindo o seu próprio eu. 
Podemos considerar que os jogos, brinquedos e brincadeiras são e serão elementos fundamentais para a infância, já que é por meio do ato de brincar que o brinquedo pode caracterizar a presença das demais crianças, e brincar é estar próximo, junto com as demais crianças.
2.3 BRINQUEDO
No brinquedo, a criança sempre tem um comportamento além do habitual, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo o brinquedo uma grande fonte de desenvolvimento.
De acordo com Vygotsky (1998), ao discutir a importância do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de faz de conta, como brincar de casinha, brincar com cabo de vassoura como se fosse um cavalinho, brincar de escolinha. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira de faz de conta é privilegiada em sua visão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento da criança.
A criança torna-se menos dependente de sua percepção e da situação que a afeta de imediato, passando a dirigir seu comportamento por meio do significado dessa situação.
Vygotsky (1998, p. 127):
No brinquedo, no entanto, os objetos perdem sua força determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê.
No brincar, a criança consegue separa pensamentos, ou seja, significados de palavras e de objetos, e nessa ação surge ideias, não das coisas.
	O brinquedo é um convite a brincadeira, sendo responsável por torná-la mais rica, prazerosa e proveitosa. O brinquedo é muito mais que um entretenimento, é um instrumento que dá a oportunidade de desenvolvimento da criança.
3 METODOLOGIA
Nos procedimentos práticos, este é um estudo bibliográfico sobre: Ludicidade na Educação Infantil. Fundamentada na reflexão da leitura de livros, bem como na pesquisa de grandes pensadores e filósofos sobre este tema. Desta forma este estudo proporcionará uma leitura mais consciente acerca da importância do brincar na vida do ser humano, e, em especial na vida da criança.
Os jogos e brincadeiras devem ser utilizados como ferramentas estimuladoras, facilitadoras e enriquecedoras que, através do prazer e do lazer estimulam o processo de ensino aprendizagem do aluno.
Vemos que a ludicidade é necessária e benéfica ao ser humano em qualquer fase da vida, mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, e não colocada apenas como diversão, mas com o objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é construído pelas relações interpessoais e trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a formação da criança.
O acadêmico que faz uma pesquisa detalhada, certamente adquire conhecimentos significativos para a sua vida, não esquecendo que durante todo o tempo em que estiver desempenhando seu papel como profissional é necessário que continue essa pesquisa de buscar novos conhecimentos sobre as mais diversas áreas e temas que envolvem a educação.
Com a finalidade de se alcançar os objetivos propostos neste estudo, foi feito um levantamento do bibliográfico, apoiando-se nos autores que defendem uma educação de qualidade e compromissada dentro, sobretudo, da Educação Infantil, para que possamos ter maior clareza sobre o tema abordado. 
Segundo Justino (2011, p. 13): 
A pesquisa é uma forma de investigação que desenvolve uma série de procedimentos necessários para que seja realizada e concluída de forma satisfatória. Esse conjunto de procedimentos tem por objetivo produzir novos conhecimentos em determinado campo científico, contribuindo assim com o desenvolvimento das diferentes áreas do conhecimento.
Através desta pesquisa foi possível adquirir novos conhecimentos, para que na hora da prática realiza-la com maior segurança e conhecimento, para que a criança seja beneficiada no seu desenvolvimento.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através deste artigo, vemos que a criança amplia e muito seu aprendizado enquantobrinca. De uma forma ou outra a brincadeira presente na vida de uma criança, acrescenta vários elementos indispensáveis no seu relacionamento com outras pessoas. Assim, a criança mantém uma relação natural com os jogos e brincadeiras, conseguindo satisfazer seus anseios e extravasar seus sentimentos, envolvendo-se no jogo e partilhando com o outro, o seu conhecimento, dessa forma, se conhecendo e conhecendo o outro.
A Ludicidade proporciona além da interação, o jogo, a brincadeira, o brinquedo, que são usados como mecanismos para desenvolver a memória, a atenção, a percepção, a criatividade, a linguagem e a habilidade, dessa forma desenvolvendo a aprendizagem. Quando a criança brinca e joga, abre um leque de oportunidades para desenvolver suas capacidades, que são indispensáveis para seu futuro profissional, tais como concentração, atenção e afetividade, entre outras habilidades adquiridas através da ludicidade. Sendo assim, as brincadeiras, o jogo e o brinquedo, contribui e muito para a construção das estruturas psicológicas e cognitivas da criança.
Percebeu-se que a ludicidade passa a ser uma grande necessidade para o ser humano em qualquer idade, mas principalmente quando criança, onde ela deve ser vivenciada como objetivo de desenvolver as habilidades e potencialidades da criança, a brincadeira, o jogo e o brinquedo, não devem ser vistos apenas como diversão, mas sim, vistos como construção de conhecimento através das relações interpessoais e de trocas recíprocas, assim, contribuindo na formação integral da criança.
Nessa perspectiva a introdução da ludicidade no cotidiano escolar é importantíssimo, devida a influência que exerce no desenvolvimento das crianças, pois seu envolvimento emocional na ação, deixa mais fácil e dinâmico o processo de ensino-aprendizagem.
Finalmente, concluiu-se que a ludicidade quando voltado para as crianças, facilita o desenvolvimento e a aprendizagem nos aspectos cognitivo, social, cultural, físico e afetivo. Enfim, o lúdico desenvolve o indivíduo como um todo, sendo assim, é na Educação Infantil que se deve considerar as brincadeiras, o jogo e o brinquedo como parceiro para ser utilizado no planejamento das aulas, para que a criança tenha um desenvolvimento rico de possibilidades e habilidades no seu processo de ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, C. O Jogo Infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir. Petrópolis, RJ: Vozes 2003 fascículo 15.
BRASIL. Referencial Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: Mec/Sef, 1998, vol. 1-3.
CAMPOS, M.C.R.M.A. A Importância do Jogo no Processo da Aprendizagem.
Disponível em: <http://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-brincar-na-educacao-infantil.htm>. Acesso em 20 de março de 2016 e 19 de novembro de 2016.
DUPRAT, M. C. Ludicidade na Educação Infantil. São Paulo. Pearson do Brasil, 2014.
JUSTINO, M. N. Pesquisa e recursos didáticos na formação e prática docentes. Curitiba: Ibpex, 2011.
KISHIMOTO, T. M. (Org). Jogo, brinquedo, brincadeiras e a educação. 3º Ed. São Paulo: Cortez. 1998.
OLIVEIRA, V. B. (Org). O Brincar e a Criança do Nascimento aos Seis Anos. Petrópoliis. RJ: Vozes, 2000.
_________. OLIVEIRA, V. B. (Org). O Brincar e a Criança. Petrópolis: Vozes. 1996.
RAU, M. C. T. D. A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica. Curitiba. Intersaberes, 2011.
VELASCO, C. G. Brincar: O Despertar Psicomotor, Rio de Janeiro: Sprit, 1996.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. Sã Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 84.
__________. VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fonte 1991.
WIKIPÉDIA: https://pt.wikipedia.org/wiki/Brincadeira. Acesso em 02/08/2015.
ZANLUCHI, F. B. O Brincar e o Criar: As relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e educação. Londrina: O autor, 2005.
� Aluno do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso. Turma 2014/02.
� Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.

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