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AULA_03_processo penal I

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AULA: 03	DATA: 13/02/2014
Sistemas processuais penais (modelos processuais penais)
1) Considerações iniciais
O direito é um sistema aberto...o processo penal é aberto – por isso modelo
Hä uma clara dissociação entre a constituição e o processo penal – nosso código penal é autoritário, entrou em vigor no momento de autoritarismo brasileiro. O processo penal é um sismógrafo da sociedade – espelha-se isso. A italia se redemocratizou, e o Brasil também, com a constituição garantista de 88 – garantista é respeitar os direitos e princípios constitucionais. Dar eficácia as garantias fundamentais é ser garantista – temos constituição garantista e código facista. Essa discrepância aconteceu porque a constiuicao foi um rompimento com o autoritarismo por isso deve-se estudar o CPP em luz da PRINCIPOLOGIA GARANTISTA DA CONSTIUIÇÃO.
O direito civil já se constitucionalizou faz tempo, é o chamado direito civil constitucional – é a função social da propriedade! A constitucionalização do processo penal é necessária. Até 88 a prisão era regra, mesmo o processo não finalizado, o reu ficava preso...após 88 a prisão passa a ser exceção e a liberdade regra.
O CPP rivaliza com a constituição – a reforma está tramitando, porém, de forma não muito boa. O CPP foi feito por excelentes penalistas, porém não processualistas.
3 sistemas processuais penais:
1) Inquisitorio ou inquisitivo
2) Misto
3) Acusatorio
Essa ordem não é cronológica...é uma ordem meramente didática. Não iremos encontrar um sistema quimicamente puro...haverá uma predominância. 
1) Sistema Inquisitorio
(ao estudar esse sistema deve-se levar em conta as contradições dos historiadores em retratar a inquisição! Procurares a verdade, e a verdade vos libertará) Sistema inquisitivo ficou famoso na idade media, seu apogeu, que teve no direito canônico, conhecido santa inquisição. A ideia de crime e pecado andava junto, não havia essa preocupação laica. O sistema inquisitoria surgiu desde os normandos, anterior a idade média. Os normandos são descendentes dos wikings, eles invadiram a normandia, durante a revolução a cultura foi arrasada na França. Ficou famoso na idade media, mas veio de antes. Não há como se falar em uma inquisição como um todo, tinha particularidades (ou seja, era cultural da época...mostrando aqui o paradoxo dos historiadores...a Igreja sempre teve método único – para haver várias inquisições é como hoje as várias prisões). O sistema inquisitório não respeitava em nada os direitos e garantias fundamentais. Foi no modelo inquisitório que surgiu a figura do advogado de defesa.
Ordem: Sistema acusatorio puro – inquisitório (obrigatoriedade de advogado) – sistema misto e acusatório...
Alguns autores sustentam que não podemos falar em processo inquisitorial , a ideia de processo remete a ideia de um ato trio personale – tríade – o modelo inquisitorial é o mesmo juiz que acusa ele julga.
Processo inquisitorial é uma contradição entre os próprios termos.
Esse sistema surgiu como uma forma de trazer novamente para o Estado a administração da justiça – a justiça criminal estava nas mãos dos particulares. Sob certo aspecto foi importante para aquele momento histórico – o Estado precisa administrar a justiça para evitar a justiça com as próprias mãos, trouxendo assim mais força para o Estado. 
2) Caracteristicas do modelo inquisitorial
- Aglutinação das funções de acusar e julgar – o mesmo que julga acusa é o juiz inquisidor.
Por isso não se fala em processo inquisitorial – por não haver ato trio personarum.
- O acusado ele é um objeto do processo e não um sujeito de direitos – o direito penal encaminha para o direito penal do fato, afastando-se do autor. O acusado, hoje, é sujeito de direitos, eficacia dos direitos fundamentais deve ser respeitados desde o inquérito.
A tortura era amplamente utilizada.
Por esse motivo a tortura tinha ampla aceitação – era utilizada para a obtenção da confissão. Geralmente é p q confesse q foi ele.
- O sistema inquisitorial o juiz atua de oficio iniciando a acusação! O juiz não atua como provocado – o juiz inicia a acusação penal – perdendo assim a imparcialidade. Ele sai da esfera imparcial para se colocar como parcial. O juiz ao verificar crime em processo civil, ele não mandara ao delegado ou ao MP oferecer inquérito...ele pedira para analisar! Ele se utiliza do art.40 do CPP.
Art. 40.  ‘’Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia.’’
Art.26 do CPP - ‘’A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial.’’
foi revogado! O juiz não pode instaurar nada! Não é atribuição do juiz. O juiz não é obrigado a ficar calado...
- Vigencia da prova legal ou tarifada – tem origem nas ordalhas ou juízes de Deus – consistia: nego o delito...é inocente? Se for inocente caminhe nas brasas sem se queimar. 
As provas tem valores pre determinados – na prova legal tarifada as provas tem valores diferentes a confissão é a rainha das provas, assim q ele confessar ele dá ao juiz consciência tranquila. A confissão valia 10 – 
- o juiz busca a prova visando legitimar uma visão pre concebida (e condenatória) e em geral faz isso de maneira secreta. O juiz busca a prova não para se instruir, mas sim para dar legitimidade ao que se achava.
O art.155 CPP e 156 CPP são mt criticados.
Alguns autores sustentam que escritura e sigilo são características essenciais do sistema inquisitorial – sim fizeram farte, mas não são características essenciais.
Art.792, p.1º CPP é o sigilo...mas não foi revogado. Temos o segredo de justiça
Art. 792.  As audiências, sessões e os atos processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados.
        § 1o  Se da publicidade da audiência, da sessão ou do ato processual, puder resultar escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem, o juiz, ou o tribunal, câmara, ou turma, poderá, de ofício ou a requerimento da parte ou do Ministério Público, determinar que o ato seja realizado a portas fechadas, limitando o número de pessoas que possam estar presentes.
        § 2o  As audiências, as sessões e os atos processuais, em caso de necessidade, poderão realizar-se na residência do juiz, ou em outra casa por ele especialmente designada.
Art.486 CPP é a sala secreta – sigilo’
Art. 486.  Antes de proceder-se à votação de cada quesito, o juiz presidente mandará distribuir aos jurados pequenas cédulas, feitas de papel opaco e facilmente dobráveis, contendo 7 (sete) delas a palavra sim, 7 (sete) a palavra não.(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art.745 CPP sigilo – não é característica única do inquisitório pq hj usamos o sigilo – por isso não é característica típica do inquisitório.
Art. 745.  O juiz poderá ordenar as diligências necessárias para apreciação do pedido, cercando-as do sigilo possível e, antes da decisão final, ouvirá o Ministério Público.
2) Sistema Misto – Sistema Frances – Juizado de Instrução
Tem suas raízes na revolução Francesa mais especificamente nas enciclopedistas (humanitários) Voltaire, Rousseau contra o sistema inquisitorial. Os ideias iluministas se superou o sistema inquisitorial – Do delito e das penas – Beccaria.
Saimos de uma visão teocentrista para uma visão antropocentrista. O sistema misto é dividio em 2 fases:
1ª) fase preliminar
	ela é, como regra, secreta e escrita, não havendo contraditório e nem ampla defesa. Fase preliminar – após a fase preliminar inicia-se, quando necessário a 2ª fase:
2ª) fase Judicial
	quando ai então abre-se para o acusado toda a gama de direitos e garantias fundamentais aos quais ele tem direito. Abrir-se-ia ao acusado toda aquela gama de direitosque possui. 
Ainda é largamente utilizado – mesmo havendo tentativas de mudança.
O juizado de instrução temos 2 juizes...um que trabalha na 1ª fase e outro na 2ª fase. É prudente que o juiz que trabalha na 1ª fase não trabalhe na 2ª fase – sob o ponto de vista da contaminação pscicologica. 
3) SISTEMA ACUSATÓRIO

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