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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA Equipe: Leandro Rodrigues Vieira Costa – R.A. 9327843619 Mayara Araújo Brito – R.A. 3070219162 Renato Garcia João – R.A. 9327781242 Sandra Rodrigues – R.A. 3061151284 Desafio Profissional 3ª Série Tutor à distância: Everson Luís Tutora Presencial: Elaine Vignon Osasco – SP 3º Semestre/2017 Equipe: Leandro Rodrigues Vieira Costa – R.A. 9327843619 Mayara Araújo Brito – R.A. 3070219162 Renato Garcia João – R.A. 9327781242 Sandra Rodrigues – R.A. 3061151284 Desafio Profissional 3ª Série Desafio Profissional do Curso Tecnologia em Gestão Financeira, como requisito parcial à obtenção de notas das disciplinas de Matemática Financeira, Contabilidade, Economia, Estatística Aplicada e Análise de Custos. Orientadores: Everson Luís e Elaine Vignon. Osasco – SP 3º Semestre/2017 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2. ANÁLISE DE BALANÇO PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) 6 2.1. Liquidez corrente (LC) 9 2.2. Liquidez seca (LS) 10 2.3. Giro do estoque (GE) 10 2.4. Prazo médio de recebimento (PMR) 11 2.5. Prazo médio de pagamento (PMP) 11 2.6. Giro do ativo total (GAT) 12 2.7. Endividamento geral (EG) 12 2.8. Margem do lucro bruto (MLB) 13 2.9. Margem do lucro operacional (MLO) 13 2.10. Margem do lucro líquido (MLL) 14 3. INDICADORES ECONÔMICOS 15 3.1. Juros altos 16 3.2. Gráficos de juros e Volume de créditos 17 3.3. Desafio dos varejistas 18 3.4. Demanda e oferta 18 3.5. Elasticidade-Renda=Ey 18 3.6. Curva de demanda 18 4. ANÁLISE DE FINANCIAMENTO 21 5. PÚBLICO-ALVO 25 6. PRECIFICAÇÃO 29 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 34 8. REFERÊNCIAS 35 INTRODUÇÃO “Quer pagar quanto?” – É quase uma unanimidade a associação desta pergunta à marca Casas Bahia, uma empresa popular que iniciou de forma bastante simples e com pouco recurso e hoje detém boa parte do mercado em que atua, graças ao direcionamento que seus responsáveis foram dando à empresa diante das oportunidades que surgiram ao longo do tempo. Algumas das informações das Casas Bahia serão analisadas neste trabalho a partir de dados divulgados na orientação para desenvolvimento deste desafio profissional, disponibilizadas pela Anhanguera (OLIVEIRA, 2016). A intenção aqui é demonstrar a importância de algumas ferramentas de análises financeiras para o crescimento de uma empresa, a partir de sua correta organização e interpretação para apoio a tomadas de decisões. Da contabilidade, por exemplo, se podem extrair diversas informações a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados do exercício (DRE). São informações que auxiliam a medir o patrimônio da empresa, seu estoque, comprometimento de recebimentos com compromissos assumidos, entre outras situações. Questões econômicas podem ser de grande utilidade para tentar reposicionar a empresa diante de um cenário de crise. Como fatores históricos, especulativos, externos e internos podem interferir no comportamento do mercado de forma geral e também em certo nicho. Tais questões impactam na definição de taxas de juros praticadas no mercado? Isso seria uma oportunidade para abertura de crédito, sem a interferência de uma instituição financeira (Banco)? São diversos os questionamentos que podem surgir num cenário de recessão ou até mesmo de expansão econômica, porém para se identificar se isso é uma oportunidade ou um período de cuidados a ser tomado, somente o conhecimento do mercado, da economia, da situação da empresa e de seus clientes, podem auxiliar na melhor tomada de decisão. Notaremos a importância de tratar com bastante cuidado a precificação de um produto ou serviço, onde todos os custos deverão ser identificados, assim como a intenção de margem a ser obtida sobre o mesmo, pois a venda de um produto ou serviço deverá cobrir suas despesas e custos, assim como trazer retorno (margem) para a Empresa, sendo que tudo isso deverá ser realizado de forma equilibrada, sempre de olho no praticado pelos concorrentes no mercado, para que também seja atrativo para o público que se deseja alcançar com tal oferta. Entender a importância dos fatores acima sobre o desenvolvimento de um negócio é a intenção deste trabalho, relacionando a consequência dos mesmos na atual situação das Casas Bahia. ANÁLISE DE BALANÇO PATRIMONIAL E DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) As análises de Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) são de grande importância para se trabalhar o futuro de uma Empresa, pois as mesmas servem como apoio para tomada de decisões como correção de fragilidades, expansão do negócio, identificação e exploração de oportunidades, enfim, auxiliando na tomada de decisões estratégicas. No site Ciências Contábeis temos um bom resumo da importância desta análise para uma Empresa: Mediante a comparação dos valores constantes dos demonstrativos contábeis, procuramos analisar de forma estática e dinâmica a situação da empresa por dois ângulos: o econômico e o financeiro. Essa análise possibilitará: Aos administradores e empresários avaliarem: quanto ao passado, o acerto da gestão econômico-financeira; Quanto ao futuro, a necessidade de correção nessa gestão e, em conjunto com outros elementos, as possibilidades de desenvolvimento das operações sociais; Aos investidores avaliarem: o retorno e segurança do seu investimento; Aos credores avaliarem: a garantia dos capitais emprestados o retorno nos prazos estabelecidos. (DINIZ, 2014) As informações a seguir, referentes Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) e Balanço Patrimonial, foram obtidas do caderno de orientação para desenvolvimento do Desafio Profissional da Faculdade Anhanguera (OLIVEIRA, 2016 pp. 6, 7 e 8) e servirão como base para as análises que seguirão ao seu final: Viavarejo Demonstração de Resultados 2015 2014 2013 Receita Bruta (milhões de R$) 21.818 25.752 24.974 Receita Líquida (milhões de R$) 19.268 22.674 21.756 Custo das Mercadorias Vendidas (milhões de R$) -13.095 -15.319 -15.056 Depreciação (Logística) -58 -40 -26 Lucro Bruto (milhões de R$) 6.173 7.355 6.700 Despesas com Vendas (milhões de R$) -4.440 -4.557 -4.419 Despesas Gerais e Administrativas (milhões de R$) -502 -531 -537 Resultado da Equivalência Patrimonial (milhões de R$) -185 -64 15 Outras Rec. (Desp.) Operacionais (milhões de R$) -166 -40 609 Total das Despesas Operacionais (milhões de R$) -5.293 -5.192 -4.332 Depreciação e Amortização (milhões de R$) -173 -139 -130 EBIT (milhões de R$) 707 2.024 2.238 Receitas Financeiras (milhões de R$) 335 357 264 Despesas Financeiras (milhões de R$) -962 -1.036 -815 Resultado Financeiro Líquido (milhões de R$) -627 -679 -551 Lucro Operacional antes I.R. (milhões de R$) 80 1.345 1.687 Imposto de Renda (milhões de R$) -66 -474 -512 Lucro Líquido (milhões de R$) 14 871 1.175 Participação de Acionistas não Controladores (R$) 0 0 0 EBITDA (milhões de R$) 938 2.203 2.394 Tabela 1: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) – em R$. Adaptado de (OLIVEIRA, 2016 p. 6) % das Vendas Líquidas Lucro Bruto (%) 32 32 31 Despesas com Vendas (%) -23 -20,1 -20,3 Despesas Gerais e Administrativas (%) -2,6 -2,3 -2,5 Resultado da Equivalência Patrimonial (%) -1 -0,3 0,1 Outras Despesas e Receitas Operacionais (R$) -0,9 -0,2 2,8 Total de Despesas Operacionais (%) -27,5 -22,9 -19,9 Depreciação e Amortização (%) -0,9 -0,6 -0,6 EBIT (%) 3,7 8,9 10,3 Resultado Financeiro Líquido (%) -3,3 -3 -2,5 Lucro Operacional antes I.R. (%) 0,4 5,9 7,8 Imposto de Renda (%) -0,3 -2,1 -2,4 Lucro Líquido(%) 0,1 3,8 5,4 EBITDA (%) 4,9 9,7 11 Tabela 2: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) – em R$. Adaptado de (OLIVEIRA, 2016 p. 6 e 7) Viavarejo Balanço Patrimonial Ativo Circulante (milhões de R$) 10.671 10.717 8.984 Caixas e Aplicações Financeiras (milhões de R$) 5.580 4.448 3.533 Contas a Receber (milhões de R$) 1.915 2.338 2.136 Cartões de Crédito (milhões de R$) 46 29 71 Carnês (milhões de R$) 1.876 2.265 2.249 Outros (milhões de R$) 233 268 20 Provisão para Devedores Duvidosos (milhões de R$) -240 -224 -204 Fundo de Recebíveis (FIDC) (milhões de R$) 0 0 0 Estoques (milhões de R$) 2.578 2.984 2.336 Tributos a Recuperar (milhões de R$) 296 486 579 Partes Relacionadas (milhões de R$) 179 330 231 Ativos Não Correntes a Venda (milhões de R$) 7 14 15 Despesas Antecipadas e Outras Contas a Receber (milhões de R$) 116 117 154 Ativo Não Circulante (milhões de R$) 5.617 4.865 4.092 Realizável a Longo Prazo (milhões de R$) 3.008 2.292 2.022 Aplicações Financeiras (milhões de R$) 0 0 0 Contas a Receber (milhões de R$) 98 105 115 Cartões de Crédito (milhões de R$) 0 0 0 Carnês - Financiamento ao Consumidor (milhões de R$) 111 115 125 Provisão para Devedores Duvidosos (milhões de R$) -13 -10 -10 Outros (milhões de R$) 0 0 0 Tributos a Recuperar (milhões de R$) 1.782 1.193 776 IR e CSLL Diferidos (milhões de R$) 286 272 535 Crédito com Partes Relacionadas (milhões de R$) 408 391 306 Depósitos para Recursos Judiciais (milhões de R$) 414 314 268 Despesas Antecipadas e Outros (milhões de R$) 20 17 22 Investimentos (milhões de R$) 122 202 102 Imobilizado (milhões de R$) 1.407 1.313 1.150 Intangível (milhões de R$) 1.080 1.058 818 Total do Ativo (milhões de R$) 16.288 15.582 13.075 Passivo Circulante (milhões de R$) 9.468 9.719 7.809 Obrigações Sociais e Trabalhistas (milhões de R$) 465 395 315 Fornecedores (milhões de R$) 3.783 4.132 3.150 Fornecedores Convênio (R$) 1.055 0 0 Empréstimos e Financiamentos (milhões de R$) 370 49 113 CDCI (milhões de R$) 2.309 2.740 2.726 Debêntures (milhões de R$) 0 620 216 Impostos, Taxas e Contribuições (milhões de R$) 489 503 528 Dividendos e JCP a Pagar (milhões de R$) 4 223 0 Dívidas com Partes Relacionadas (milhões de R$) 95 70 54 Impostos Parcelados (milhões de R$) 0 0 4 Receitas Antecipadas (milhões de R$) 265 162 78 Outros (milhões de R$) 633 825 624 Passivo Não Circulante (milhões de R$) 2.574 1.570 1.723 Empréstimos e Financiamentos (milhões de R$) 415 161 167 CDCI (milhões de R$) 165 136 140 IR e CSLL Diferidos (milhões de R$) 27 3 3 Quotas do Resgatáveis do Fundo (FIDC) (milhões de R$) 0 0 0 Debêntures (milhões de R$) 0 0 600 Dívidas com Partes Relacionadas (milhões de R$) (R$) 0 0 0 Impostos Parcelados (milhões de R$) 0 0 40 Provisão para Demandas Judiciais (milhões de R$) 554 569 373 Provisão para Perda com Investimento (milhões de R$) 225 0 0 Receitas Antecipadas (milhões de R$) 1.188 701 375 Outros (milhões de R$) 0 0 25 Patrimônio Líquido (milhões de R$) 4.246 4.293 3.543 Capital Social (milhões de R$) 2.895 2.895 2.895 Reservas de Capital (milhões de R$) 507 498 436 Reservas de Lucros (milhões de R$) 894 896 212 Ajustes acumulados de conversão (milhões de R$) -50 4 0 Participação dos Acionistas Não Controladores (milhões de R$) 0 0 0 Total do Passivo (milhões de R$) 16.288 15.582 13.075 Tabela 3: Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) – em R$. Adaptado de (OLIVEIRA, 2016 p. 7 e 8) Liquidez corrente (LC) Trabalha com informações do Balanço Patrimonial e avalia a capacidade da Empresa para pagamento de suas obrigações, em curto prazo. O portal de contabilidade disponibiliza uma forma prática de avaliação deste índice (ZANLUCA): Resultado maior que 1 – demonstra folga no ativo disponível para uma possível liquidação das obrigações; Resultado igual a 1 – direitos e obrigações a curto prazo são equivalentes; Resultado menor que 1 – não haveria disponibilidade suficiente para quitar as obrigações a curto prazo, caso fosse necessário. Fórmula: Liquidez corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante 2015 2014 2013 Ativo Circulante 10.671 10.717 8.984 Passivo Circulante 9.468 9.719 7.808 Liquidez Corrente 1,13 1,10 1,15 Liquidez seca (LS) Este índice é parecido com a Liquidez Corrente, também trabalhando somente com o Balanço Patrimonial, porém desconsidera de seu cálculo o valor dos estoques, apresentando uma característica mais prudente quanto à liquidação das obrigações, por assumir ativo e passivo com características similares para apuração da liquidez. Fórmula: Liquidez seca = (Ativo Circulante – Estoque) / Passivo Circulante 2015 2014 2013 Ativo Circulante 10.671 10.717 8.984 Estoques 2.578 2.984 2.336 Passivo Circulante 9.468 9.719 7.809 Liquidez Seca 0,85 0,80 0,85 Giro do estoque (GE) Trabalha com o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e com o Balanço Patrimonial. Índice que a apura a quantidade de vezes que o estoque foi reposto em determinado período. Quanto maior for o resultado deste índice, maior será o volume de vendas. Fórmula: Giro do Estoque = Custo de Mercadoria Vendida (CMV) / Estoques 2015 2014 2013 Custo de Mercadoria Vendida (CMV) 13.095 15.319 15.056 Estoques 2.578 2.984 2.336 Giro de Estoque (GE) 5,08 5,13 6,45 Prazo médio de recebimento (PMR) Trabalha com o Balanço Patrimonial e com a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). Este índice apura o prazo com que os Clientes realizam o pagamento à Empresa, permitindo a avaliação deste prazo de recebimento em relação ao caixa. Fórmula: Prazo Médio de Recebimento (PMR) = Contas a Receber / (Receitas Líquidas / 365) 2015 2014 2013 Contas a Receber 2.013 2.443 2.251 Receitas Líquidas 19.268 22.674 21.756 Prazo Médio de Recebimento (PMR) 38,13 39,33 37,76 Prazo médio de pagamento (PMP) Trabalha com o Balanço Patrimonial e com a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). Parecido com o PMR, porém aqui é apurado o prazo médio com que os pagamentos são realizados aos Fornecedores. Fórmula: Prazo Médio de Pagamento (PMP) = Fornecedores / (Compras / 365)[2: Compras = Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) – Estoque Inicial (EI) + Estoque Final (EF)] 2015 2014 Fornecedores 4.838 4.132 Custo de Mercadoria Vendida (CMV) 13.095 15.319 Estoque Inicial (EI) 2.984 2.336 Estoque Final (EF) 2.578 2.984 Prazo Médio de Pagamento (PMP) 139,17 94,46 Observação: o PMP de 2013 não foi apurado, pois não tínhamos o saldo final do estoque em 2012. Giro do ativo total (GAT) Trabalha com o Balanço Patrimonial e com a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). Apura-se o total das vendas produzidas com o ativo, identificando-se a quantidade de vezes que o ativo girou em determinado período. Fórmula: Giro do Ativo Total (GAT) = Receitas Líquidas / Ativo Total2015 2014 2013 Receitas Líquidas 19.268 22.674 21.756 Ativo Total 16.288 15.582 13.075 Giro do Ativo Total (GAT) 1,18 1,46 1,66 Endividamento geral (EG) Trabalha apenas com o Balanço Patrimonial medindo o endividamento da Empresa, sendo que o resultado deve ficar entre 0% e 100%, sendo que quanto maior for o resultado, maior será o grau de dependência do capital de terceiros para liquidação das obrigações, ou seja, maior será o endividamento. Caso estejamos trabalhando com uma Empresa de passivo a descoberto (com patrimônio líquido negativo), este índice poderá ser superior a 100%. Fórmula: Endividamento Geral (EG) = Passivo Total / Ativo Total[3: Passivo Total = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante] 2015 2014 2013 Passivo Circulante 9.468 9.719 7.809 Passivo Não Circulante 2.574 1.570 1.723 Ativo Total 16.288 15.582 13.075 Endividamento Geral (EG) 0,74 0,72 0,73 Margem do lucro bruto (MLB) Trabalha apenas com o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Este índice apura o quanto sobra das vendas para a Empresa, após subtração do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). Fórmula: Margem do Lucro Bruto (MLB) = Lucro Bruto / Receitas Líquidas 2015 2014 2013 Lucro Bruto 6.173 7.355 6.700 Receitas Líquidas 19.268 22.674 21.756 Margem do Lucro Bruto (MLB) 0,32 0,32 0,31 Margem do lucro operacional (MLO) Trabalha apenas com o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Aqui apura-se o resultado operacional da Empresa, proveniente de investimento realizado no ativo, incluindo aplicações financeiras, investimento em outras Empresas e receitas “não operacionais”. Fórmula: Margem do Lucro Operacional (MLO) = Lucro Operacional / Receitas Líquidas 2015 2014 2013 Lucro Operacional 80 1.345 1.687 Receitas Líquidas 19.268 22.674 21.756 Margem do Lucro Operacional (MLO) 0,00 0,06 0,08 Margem do lucro líquido (MLL) Trabalha apenas com o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE). Este índice representa o lucro líquido que a Empresa tem para cada real em receita, ou seja, é o que resta para a Empresa para cada real de receita obtido, após pagar todas as contas (obrigações, despesas, impostos...). Fórmula: Margem do Lucro Líquido (MLL) = Lucro Líquido / Receitas Líquidas 2015 2014 2013 Lucro Líquido 14 871 1.175 Receitas Líquidas 19.268 22.674 21.756 Margem de Lucro Líquido (MLL) 0,00 0,04 0,05 INDICADORES ECONÔMICOS Com as reformas aprovadas e o déficit público zerado, o progresso econômico será uma consequência natural. Sabemos que, quando o governo está com déficit, além de inibir a capacidade de investimentos do setor público, ele inibe também a capacidade do setor privado, até porque, ao pegar empréstimos internos e externos para cobrir o déficit, ele reduz o montante de recursos disponíveis para financiamento das empresas, por exemplo. Com isso, há queda na produção de serviços e bens, desemprego elevado e redução na capacidade de consumo (afetando o varejo).[4: Resultado líquido entre tudo que o governo arrecada menos todos os seus gastos] Sendo assim, com o déficit zerado, o efeito é o contrário do exposto acima. As perspectivas para os principais indicadores são de que: O governo não precisará emitir tantos títulos para cobrir o déficit; Os Juros cairão o que diminuirá consequentemente a atratividade para investimentos em títulos públicos; Sobrará dinheiro no mercado para os empresários aplicarem em investimentos “produtivos” com retorno maior que os pagos pelo governo; A taxa de desemprego reduzirá, pois esses empresários gerarão postos de trabalho, haverá, portanto, aumento de renda, o consumo voltará a aquecer, o que fará com que as empresas produzam mais, ofereçam mais serviços, cresçam e empreguem cada vez mais; Mesmo com o aumento do consumo, se a indústria está “preparada” para isso, ou seja, produzindo bastante (para que a oferta não seja menor do que a demanda), é possível manter a inflação dentro da meta. O efeito para os varejistas, como o Via Varejo, é superpositivo, pois além de serem totalmente dependentes do poder de renda e do otimismo para o consumo, pegam também a onda da queda na taxa de juros, afinal, financiam as suas vendas oferecendo microcrédito aos seus clientes. Juros altos Conforme artigo do site dinheirama.com (ABREU, 2015), o Brasil tem cinco grandes fatores responsáveis pelos juros altos no pais: Os gastos públicos excessivos, que leva o governo a pegar muito dinheiro emprestado no mercado, elevando a procura por dinheiro, e consequentemente, aumentando a taxa de juros; A carga tributária elevada sobre crédito em geral e sobre os lucros bancários; O elevado nível de depósitos compulsórios, pois quanto mais depósitos compulsórios, menos dinheiro o banco tem disponível para emprestar e mais caros ficam os empréstimos; Oligopólio no setor bancário, o mercado bancário nas mãos de poucas instituições financeiras, o que diminui a concorrência, e cria um ambiente quase que monopolizado; Inadimplência, fato que os bancos alegam ter que compensar os mau pagadores com os bons pagadores. Gráficos de juros e Volume de créditos Gráfico 1: Elaborado a partir de dados disponibilizados no site do Banco Central do Brasil (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2017) Gráfico 2: Elaborado a partir de dados disponibilizados no site da Febraban (SARDENBERG, et al., 2017) Desafio dos varejistas Para as varejistas o maior desafio em um cenário de juros alto é se manter competitivo, por isso as varejistas vêm reduzindo custos, melhorando a eficiência operacional e a produtividade, pois um custo operacional mais baixo, gera uma maior competitividade em relação aos seus competidores. Demanda e oferta Quando há um aumento na renda dos consumidores, a curva de demanda se desloca para direita, ou seja, há um aumento na demanda para bens de consumo durável. Elasticidade-Renda=Ey Como citam alguns autores (ZAMBELLI, 2015), a elasticidade-preço cruzada da demanda mensura a mudança na quantidade demandada de um bem X quando se modifica o preço de outro bem Y. Com isso, quando positiva (Ey = <1) o aumento do preço de um bem Y gera maior demanda do bem X, portanto, quando Ey positiva estamos tratando de bens substitutos (concorrência). Exemplo: margarina e manteiga em geral são considerado bens substitutos, uma vez que exercem basicamente a mesma função. Curva de demanda Aparelhos de TV estão se tornando commodity, pois na visão dos consumidores não há mais diferença entre as marcas, uma vez que todas as marcas apresentam similaridades funcionais, com isso a capacidade de inovar estaria se tornando um bem conhecido método, que uma vez adotado por um grande número de empresas, acaba se tornando tão difundido que pode estar ao alcance de qualquer empresa diminuindo a diferença entre as marcas, gerando um preço atrativo ao consumidor. Este evento no mercado de aparelhos de TV provoca um aumento da oferta de aparelhos, deslocando a curva de oferta para a direita e para baixo. Esse deslocamento gera um excesso de oferta forçando os vendedores a abaixar os preços o que causa um aumento da quantidade demandada e redução da quantidade ofertada ao longo das curvas até que o novo ponto de equilíbrio seja atingido. Gráfico 3: Extraído do trabalho do curso superior de tecnologia em processos gerenciais disciplina de introdução à economia (PIRES, 2012) A estratégia de preços utilizada na venda de aparelhos de televisão são as promoções, o parcelamento e o desconto na compra à vista. Gráfico 4: Elaborado a partir de dados disponibilizados no site das Casas Bahia (Casas Bahia) O consumidor tem se mostrado mais sensível ao preço do produto, devido aos preços atrativos e possibilidade de parcelamento sem juros. ANÁLISE DE FINANCIAMENTO A proposta deste tópico é analisarmos a seguinte situação:Um financiamento de R$ 20.000,00 deve ser amortizado em 24 prestações mensais iguais postecipadas, mais 8 prestações trimestrais postecipadas de R$1.500,00 cada uma. Determine o valor das prestações mensais, sabendo-se que a taxa de juros do financiamento é de 51,11%. (OLIVEIRA, 2016) Utilizaremos o sistema Price, visto que o problema proposto solicita prestações mensais, apresentando uma taxa de juros anual, com capitalização mensal. Começaremos pela identificação do valor inicial referente às parcelas trimestrais, de R$ 1.500,00, relacionando os dados necessários para este primeiro cálculo: n (período) = 8 (meses/quantidade de parcelas trimestrais) PMT = R$ 1.500,00 i (taxa de juros) = 51,11% a.a. O primeiro trabalho a ser realizado é a identificação da taxa de juros equivalente ao trimestre. Para essa identificação, façamos o seguinte cálculo na calculadora HP12C: 1 ENTER 51,11 % + 4 1/x yx - 0,108724 será o resultado apresentado no visor Agora que já identificamos a taxa de juros trimestral, calcularemos o valor inicial, referente às prestações trimestrais de R$ 1.500,00. Façamos o seguinte cálculo na calculadora HP12C: 10,8724 i 8 n 1500,00 PMT PV -7.754,436296 será o resultado apresentado no visor Com o valor inicial identificado, façamos nossa tabela de amortização do Price: PV = 7.754,44 i = 51,11% a.a. i a.t. = 10,872300% n Saldo início Pagamento/ Parcela Saldo final = Juros Amortização Total (PMT = juros + amortização) Saldo início - AMORT - = Saldo início X 10,872300% = PMT - Juros 7.754,44 1 7.754,44 843,09 656,91 1.500,00 7.097,52 2 7.097,52 771,66 728,34 1.500,00 6.369,19 3 6.369,19 692,48 807,52 1.500,00 5.561,66 4 5.561,66 604,68 895,32 1.500,00 4.666,34 5 4.666,34 507,34 992,66 1.500,00 3.673,68 6 3.673,68 399,41 1.100,59 1.500,00 2.573,10 7 2.573,10 279,75 1.220,25 1.500,00 1.352,85 8 1.352,85 147,09 1.352,91 1.500,00 -0,00 TOTAL 4.245,50 7.754,50 12.000,00 Nosso valor inicial para financiamento é de R$ 20.000,00, porém com as parcelas trimestrais liquidamos o equivalente a R$ 7.754,50 do valor nominal. Portanto, para o cálculo das 24 parcelas mensais iguais postecipadas, partiremos do valor inicial de R$ 12.245,50 (20.000,00 – 7.754,50). Como o problema solicita o cálculo de 24 parcelas iguais, precisaremos identificar primeiro o PMT. Para isso, precisaremos identificar primeiramente a taxa mensal equivalente aos 51,11% a.a. O cálculo será o seguinte: 1 ENTER 51,11 % + 1/x yx 1 - 0,035002 será o resultado apresentado no visor Agora que já identificamos a taxa de juros mensal, calcularemos o valor das 24 prestações iguais e postecipadas. Façamos o seguinte cálculo na calculadora HP12C: 3,5002 i 24 n 12.245,56 PV PMT -762,581697 será o resultado apresentado no visor Com o valor das 24 parcelas iguais identificado, façamos nossa tabela de amortização do Price: PV = 12.245,50 i = 51,11% a.a. i a.m. = 3,500200% n Saldo início Pagamento/ Parcela Saldo final = Juros Amortização Total (PMT = juros + amortização) Saldo início - AMORT = PMT – Juros 12.245,50 1 12.245,50 428,62 333,96 762,58 11.911,54 2 11.911,54 416,93 345,65 762,58 11.565,89 3 11.565,89 404,83 357,75 762,58 11.208,14 4 11.208,14 392,31 370,27 762,58 10.837,87 5 10.837,87 379,35 383,23 762,58 10.454,64 6 10.454,64 365,93 396,65 762,58 10.057,99 7 10.057,99 352,05 410,53 762,58 9.647,46 8 9.647,46 337,68 424,90 762,58 9.222,56 9 9.222,56 322,81 439,77 762,58 8.782,79 10 8.782,79 307,42 455,16 762,58 8.327,63 11 8.327,63 291,48 471,10 762,58 7.856,53 12 7.856,53 274,99 487,59 762,58 7.368,94 13 7.368,94 257,93 504,65 762,58 6.864,29 14 6.864,29 240,26 522,32 762,58 6.341,97 15 6.341,97 221,98 540,60 762,58 5.801,37 16 5.801,37 203,06 559,52 762,58 5.241,85 17 5.241,85 183,48 579,10 762,58 4.662,75 18 4.662,75 163,21 599,37 762,58 4.063,38 19 4.063,38 142,23 620,35 762,58 3.443,03 20 3.443,03 120,51 642,07 762,58 2.800,96 21 2.800,96 98,04 664,54 762,58 2.136,42 22 2.136,42 74,78 687,80 762,58 1.448,62 23 1.448,62 50,70 711,88 762,58 736,74 24 736,74 25,79 736,79 762,58 - 0,05 TOTAL 6.056,37 12.245,55 18.301,92 Pelas contas acima, observamos que a companhia obtém uma vantagem sobre este serviço de financiamento, devido a porcentagem de juros aplicada. Observamos que a arrecadação dos juros do financiamento foi de 51,51% sobre o valor financiado. Conceder crédito oferece inúmeros benefícios e essa atitude pode gerar um aumento na atividade de negócios, incrementando também o faturamento de forma positiva para a companhia, sendo possível beneficiar clientes que têm um bom histórico de pagamento. PÚBLICO-ALVO Segundo dados da receita federal, apenas 1% da população rica guardam 14% de sua renda, ou seja, quando o ideal seria 25%. Observamos que tanto a classe alta quanto a classe média baixa já não possui meios de poupar tanto seus recursos. Desta forma a população em geral prefere utilizar forma de financiamento ao invés de usar recursos próprios. As Casas Bahia é um exemplo de varejista que oferece financiamentos por meio de boletos, cartões e crediário direto com a loja. Geralmente sem juros, fazendo com que os consumidores abram mão do pagamento à vista e faça parcelamento sem juros, sendo uma vantagem em não ter que disponibilizar sua renda liquida para a compra de um produto. As tabelas a seguir demonstram a média de renda por regiões, exemplificando seu publico. Como proposta, analisemos a tabela a seguir, que apresenta dados referentes à distribuição de classes de renda em duas regiões fictícias: Classe de Renda Região A Região B De 0 a 1.000 20% 60% De 1.000 a 2.000 15% 20% De 2.000 a 3.000 25% 10% De 3.000 a 4.000 20% 9% De 4.000 a 5.000 20% 1% Tabela 1: Distribuição de renda em regiões fictícias Primeiramente devemos encontrar o ponto médio. Para o calculo da média de uma tabela de distribuição de frequência utilizaremos a formula de cálculo do ponto médio. Onde é a soma dos valores observados e valores contidos na variável. Sendo assim, encontramos os devidos valores abaixo: Exemplificando como encontramos os valores: ; com o exemplo aplicamos a todos os valores conforme tabela abaixo: Classe de Renda Região A Região B Ponto Médio De 0 a 1.000 20% 60% 500 De 1.000 a 2.000 15% 20% 1.500 De 2.000 a 3.000 25% 10% 2.500 De 3.000 a 4.000 20% 9% 3.500 De 4.000 a 5.000 20% 1% 4.500 Tabela 2: Ponto médio da distribuição de renda em regiões fictícias Após encontrar esse a distribuição de frequência, encontraremos a frequência absoluta para cada região levando em consideração o enunciado proposto: Considerando que a região A possua 10.000 habitantes e a região B 15.000 habitantes, calcule a média da renda das regiões A e B. Para encontrarmos os valores utilizaremos a seguinte equação para cada Média de renda da Região A com 10.000 habitantes: = 2.000. Aplicando para cada classe dará os valores de acordo com a tabela abaixo: Classe de Renda Região A Habitantes Frequência Absoluta De 0 a 1.000 20% 10.000 2.000 De 1.000 a 2.000 15% 10.000 1.500 De 2.000 a 3.000 25% 10.000 2.500 De 3.000a 4.000 20% 10.000 2.000 De 4.000 a 5.000 20% 10.000 2.000 Tabela 3: Frequência absoluta da distribuição de renda da região fictícia A Tabela abaixo para Média de renda da Região B com 15.000 habitantes: = 9.000 Classe de Renda Região B Habitantes Frequência Absoluta De 0 a 1.000 60% 15.000 9.000 De 1.000 a 2.000 20% 15.000 3.000 De 2.000 a 3.000 10% 15.000 1.500 De 3.000 a 4.000 9% 15.000 1.350 De 4.000 a 5.000 1% 15.000 150 Tabela 4: Frequência absoluta da distribuição de renda da região fictícia B Obtemos a média ponderada da renda de cada região com a seguinte equação: Ponto médio/ frequência absoluta. = 1.000.000. E aplicamos nos dados conforme abaixo para encontrar a Média de região conforme solicitado: Total de Frequência Absoluta/ Total da Média ponderada (10.000/ 25.500). Média Região A: Classe de Renda Região A Frequência Absoluta Ponto Médio Média Ponderada De 0 a 1.000 20% 2.000 500 1.000.000 De 1.000 a 2.000 15% 1.500 1.500 2.250.000 De 2.000 a 3.000 25% 2.500 2.500 6.250.000 De 3.000 a 4.000 20% 2.000 3.500 7.000.000 De 4.000 a 5.000 20% 2.000 4.500 9.000.000 Total 10.000 12.500 25.500,00 Média: 2.550,00 Tabela 5: Média ponderada da distribuição de renda da região fictícia A Média Região B: Classe de Renda Região B Frequência Absoluta Ponto Médio Média Ponderada De 0 a 1.000 60% 9.000 500 4.500.000 De 1.000 a 2.000 20% 3.000 1.500 4.500.000 De 2.000 a 3.000 10% 1.500 2.500 3.750.000 De 3.000 a 4.000 9% 1.350 3.500 4.725.000 De 4.000 a 5.000 1% 150 4.500 675.000 Total 10.000 12.500 18.150.00 Média: 1.210,00 Tabela 6: Média ponderada da distribuição de renda da região fictícia B Podemos concluir que na região A, a média de salário é de R$ 2.550,00 e na região B a média salarial é de R$ 1.210,00. Desta forma a região B é considerada classe D e E enquanto a Região A é considerada classe C. PRECIFICAÇÃO A definição do preço de venda de um produto ou serviço é um item que demanda grande atenção do empresário, visto que é a partir deste valor que as obrigações com despesas fixas, variáveis, encargos sociais e impostos da empresa serão cumpridas posteriormente, assim como a obtenção de seu lucro já livre do custo inicial da aquisição do produto. Além dessa cobertura toda, o empresário tem a difícil missão de colocar no mercado um valor em condições de conquistar os clientes a um preço justo e atraente. No exemplo a ser tratado a seguir, definiremos o preço de venda de um produto, cujo custo é de R$ 106,00, com seus custos, despesas e lucro já determinados em percentuais (%): Custo da mercadoria – R$ 106,00 Comissão do representante – 3% ICMS – 17% Outros impostos – 6,3% Outras despesas – 2,7% Lucro – 20% Despesas financeiras – 4% Para definirmos o preço de venda neste caso, basta dividirmos o preço de custo da mercadoria por 100% subtraído de todos os percentuais informados. A formação do preço ficará da seguinte forma: Preço de venda = R$ 106,00 / (100% - 3% - 17% - 6,3% - 2,7% - 20% - 4%) = R$ 225,53 Para verificarmos se o cálculo está coerente com os percentuais propostos, deduziremos do preço de venda, todos os percentuais de impostos, despesas e de lucro e o que sobrar deverá ser exatamente o valor de custo da mercadoria. Façamos essa conta: Descrição % Valor A Preço de venda R$ 225,53 B Comissão do representante 3% R$ 6,76 C ICMS 17% R$ 38,34 D Outros impostos 6,3% R$ 14,21 E Outras despesas 2,7% R$ 6,09 F Lucros 20% R$ 45,11 G Despesas financeiras 4% R$ 9,02 H = A – B – C – D – E – F – G Sobra = custo da mercadoria R$ 106,00 Tabela 7: Check do markup Pela conta na tabela acima, vimos que o que sobrou foi exatamente o valor de custo da mercadoria. Desta forma concluímos que o preço de venda calculado foi o suficiente para cobrir as despesas e custos do produto em questão e para atingir o lucro pretendido. O cálculo apresentado acima é uma variação do markup divisor, que é uma metodologia bastante prática para precificação a partir de um custo de produto ou serviço. Para precificar produtos ou serviços que tenham exatamente a mesma base percentual de despesas, custos, impostos e pretensão de lucro, pode-se utilizar um índice de markup multiplicador, porém neste caso é necessário já termos calculado um índice de markup divisor. Tendo como base o exemplo já trabalhado anteriormente, vamos aplicar a metodologia de markup divisor e multiplicador para chegarmos no preço venda (Pequenas que Pensam Grande, 2016): Primeiramente, vamos convencionar alguns termos: PV – Preço de Venda PC – Preço de Custo CTV – Custo Total de Venda MKD – Markup Divisor MKM – Markup Multiplicador Markup divisor – consideremos a fórmula MKD = (PV – CTV) / 100. Somando todos os percentuais de nosso exemplo (sem o sinal de percentual - %), teremos um CTV de 53%. Aplicando a fórmula, sempre considerando o PV como 100, teremos o seguinte: MKD = (100 – 53) / 100 = 47 / 100 = 0,47. Nosso markup divisor é 0,47. Para definirmos nosso preço de venda por este markup, aplicaremos a seguinte fórmula: PV = PC / MKD. Nosso preço ficará da seguinte forma: PV = R$ 106,00 / 0,47 = R$ 225,53. Veja que o preço de venda atingido é o mesmo apresentado no primeiro cálculo que realizamos. Markup multiplicador – para definirmos este índice utilizaremos o markup divisor. A fórmula para identificarmos nosso markup multiplicador é MKM = 1 / MKD. Sabemos que o markup divisor de nosso exemplo é 0,47. Aplicando a fórmula, teremos o seguinte: MKM = 1 / MKD = 1 / 0,47 = 2,127660. Nosso markup multiplicador é 2,127660. Para definirmos nosso preço de venda por este markup, aplicaremos a seguinte fórmula: PV = PC * MKM. Nosso preço ficará da seguinte forma: PV = R$ 106,00 * 2,127660 = R$ 225,53. Veja que o preço de venda atingido é o mesmo apresentado no primeiro e no segundo cálculos que realizamos. No exemplo anterior abordamos um produto a partir de seu valor de custo bruto, simplesmente. Agora abordaremos uma outra situação, com um produto também a partir de seu valor de custo bruto, porém envolvendo negociação bancária antes da precificação, através de desconto de título com taxa de juros simples e demais encargos. Nosso novo exemplo: Custo da mercadoria – R$ 2.728,00 Pagamento do título bancário – 27 dias Taxa de desconto bancário simples – 3,5% a.m. IOF – 0,0041% a.d. Tarifa – R$ 5,40 ICMS – 17% Comissão de representante – 5% Outros impostos – 4% Despesas administrativas e fixas – 8% Lucro – 10% A metodologia de cálculo é a mesma do exemplo anterior, porém neste caso precisaremos definir um novo valor de custo real da mercadoria, considerando as despesas bancárias. Assim, identificaremos, primeiramente, os percentuais da taxa de desconto bancário simples e do IOF do custo da mercadoria, conforme o prazo de pagamento informado: Taxa de desconto bancário simples – como a taxa é citada mensalmente, precisaremos identificar usa correspondência diária sobre o prazo de desconto do título. Como estamos tratando de juros simples, basta dividir os 3,5% por 30 (dias no ano comercial). Neste caso nossa taxa é de 0,116667%. Para descobrirmos o percentual a ser trabalhado, o percentual que apuramos pelos dias do pagamento do título bancário (27 dias). Teremos o seguinte: 27 X 0,116667% = 3,15%. IOF – como esta taxa já foi citada diariamente, basta multiplica-la pelos dias do pagamento do título bancário (27 dias). Teremos o seguinte: 27 X 0,0041% = 0,1107%. Valores dos percentuais identificados, aplicaremos a variação do markup divisor,para calcularmos o novo preço de custo, considerando todas as despesas bancárias: Novo valor de custo da mercadoria = (valor de custo da mercadoria + tarifa) / (100% - taxa de desconto bancário – IOF) = (R$ 2.728,00 + R$ 5,40) / (100% - 3,15% - 0,1107%) = R$ 2.825,53. Novo valor de custo identificado, aplicaremos mesma variação do markup divisor, para calcularmos o preço de venda neste novo exemplo, considerando as demais taxas/percentuais: Preço de venda = R$ 2.825,53 / (100% - 17% - 5% - 4% - 8% - 10%) = R$ 5.045,59. Neste novo exemplo, chegamos ao preço de venda de R$ 5.045,59, sendo que o mesmo cobrirá além das despesas e dos custos do produto em questão, atingirá o lucro pretendido, também cobrirá as despesas bancárias em função da antecipação de desconto do título para aquisição do produto a ser vendido. CONSIDERAÇÕES FINAIS O conceito de varejo está relacionado ao publico final, que é o consumidor. Este deve ser percebido pela organização, como a principal motivação de novas estratégias, mercado-alvo, pois é ele quem vai comprar ou utilizar produtos e serviços, gerando lucratividade para a empresa. Desta forma, concluímos que na contramão das modernas técnicas de gestão, diante de dados apresentados e pesquisados, a empresa Casas Bahia pode ser considerada um marco no varejo brasileiro. Com uma fórmula bastante simples e auxiliada por fatores econômicos positivos num mercado cada vez maior, consegue crescer e manter-se lucrativa sem perder o foco, arrebatando uma quantidade cada vez maior de consumidores, apostando na população de rendas diversas. A habilidade para entender as necessidades e hábitos de compra desses clientes e a capacidade de viabilizar o sonho de consumo por meio de acesso a crédito, com estratégias de vendas e concessão de crédito, faz com que seu publico alvo adquira o produto, resultando num modelo de negócios único no que diz respeito ao varejo. 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