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Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão. Disciplina: Empreendedorismo Curso: Química Professor: Dr. Marcos Bueno Aluna: Letícia Stéfanny Lamim de Menezes Matrícula: 201506290 Resumo referente aos capítulos 1, 2 e 3 de “Empreendedorismo: Transformando Ideias em Negócios” CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO A necessidade de diminuição das taxas de mortalidade dos empreendimentos e consequente criação de empresas duradouras são motivos para popularidade do termo “empreendedorismo”, que tem recebido atenção especial por parte do governo e. de entidades de classe. O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização. As micro e pequenas empresas representam 98% das empresas existentes no País, e 21% do PIB (2000 a 2008), conforme informa o Sebrae. Empreender tem a ver com fazer diferente, antecipar-se aos fatos, implementar ideias, buscar oportunidades e assumir riscos calculados, está relacionado com a auto realização. O livro, bastante atualizado, faz a quebra de alguns paradigmas administrativos do empresário brasileiro. CAPÍTULO 2: O PROCESSO EMPREENDEDOR Ideias inovadoras, um bom planejamento, uma equipe competente e motivada são ingredientes poderosos que, quando somados no momento adequado, acrescidos de capital, podem gerar negócios grandiosos em curto espaço de tempo. Os empreendedores são os grandes impulsionadores da economia (principalmente da nova). Eles, no século XXI, precisam desenvolver habilidades de liderança e conhecimento do mundo, enfatizar a educação empreendedora, foco nas experimentações e na ação, e na análise de solução de problemas. Empreendedorismo cria empregos e prosperidade, além de ser a saída para a crise econômica. O movimento do empreendedorismo brasileiro começou a tomar forma na década de 1990, quando foi criado o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software). O Sebrae é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário que busca a essa entidade todo o suporte de que precisa para iniciar sua empresa, bem como para resolver problemas pontuais de seu negócio. A Softex foi criada com o intuito de levar as empresas de software do pais ao mercado externo, proporcionalizando ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia Foi com os programas no âmbito da Softex em todo país, junto a incubadora de empresas e a universidade de ciências da computação, que o tema empreendedorismo começou a despertar na sociedade brasileira a criação de Plano de negócios (business plan), onde um em cada oito adultos iniciam um negócio no Brasil. Empreendedorismo de oportunidade: ligado ao desenvolvimento econômico, em que o empreendedor visionário sabe onde quer chegar, cria uma empresa com planejamento, tem em mente o crescimento que quer buscar para a empresa e visa à geração de lucros empregos e riqueza. Empreendedorismo de necessidade: por falta de opção o empreendedor cria um empreendimento por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho. Nesse último caso, esses negócios costumam ser criados informalmente, não são planejados de forma adequada e muitos fracassam bastante rápido, não gerando desenvolvimento econômico e agravando as estatísticas de criação e mortalidade dos negócios. Ele é o mais comum no Brasil. Todo empreendedor tem que ser um bom administrador e alguns atributos pessoais que somados permitem o nascimento de uma nova empresa de sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. Eles sabem explorar ao máximo as oportunidades (sabem que suas chances melhoram quando o seu conhecimento aumenta), são determinados e dinâmicos, são dedicados, são otimistas e apaixonados pelo que fazem, são independentes e constroem o próprio destino, ficam ricos (pois dinheiro é consequência do sucesso dos negócios), são líderes e formadores de equipes, são bem relacionados, são organizados, planejam (planejam cada passo de seu negócio tendo sempre uma visão forte do negócio que possui), possuem conhecimento (sabem que quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior é sua chance de êxito), assumem riscos calculados (assumir riscos tem relação com desafios) e criam valores para a sociedade. Conhece como ninguém a área que atua. Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos, que em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. As distinções entre os domínios empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco dimensões distintas de negócio: orientação estratégica, análise das oportunidades, comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial Segundo Dentou-os (1999) a inovação tecnológica possui quatro pilares: investimento de capital de risco, infraestrutura de alta tecnologia, ideias criativas e cultura empreendedora focada na paixão pelo negócio. Primeiro vem a paixão pelo negócio e depois o dinheiro. Timmons (1994), professor da Babson College, Estado Unidos, considera três fatores fundamentais para o processo do empreendedor: a oportunidade, a equipe, e os recursos. O planejamento, por meio de um plano de negócios (business plan), é a ferramenta do empreendedor, com a qual sua equipe avalia oportunidades, identifica, busca e aloca recursos necessários ao negócio, planeja as ações a serem tomadas, implementa e gerencia o novo negócio. AUTOAVALIAÇÃO DO MEU PERFIL EMPREENDEDOR Características Excelente 5 Bom 4 Regular 3 Fraco 2 Insuficiente 1 NOTA Comprometimento e determinação 1. É proativo na tomada de decisão 2. É tenaz e obstinado 3. Tem disciplina e dedicação X X 4. É persistente ao resolver problemas 5. É disposto ao sacrifício para atingir metas 6. É capaz de imersão total nas atividades que desenvolve X X X Obsessão pelas oportunidades 7. Procura ter conhecimento profundo das necessidades dos clientes 8. É dirigido pelo mercado (market driven) 9. É obcecado por criar valor e satisfazer os clientes X X X Tolerância ao risco, ambiguidade e incertezas 10. Corre riscos calculados (analisa tudo antes de agir) 11.Procura X minimizar os riscos 12. Tolera as incertezas e falta de estrutura 13. Tolera o estresse e confl itos 14. É hábil em resolver problemas e integrar soluções X X X X Criatividade, auto confiança e habilidade de adaptação 15. Não é convencional, tem cabeça aberta, pensa 16. Não se conforma com o status quo 17. É hábil em se adaptar a novas situações 18. Não tem medo de falhar 19. É hábil em definir conceitos e detalhar ideias X XX X X Motivação e superação 20. É orientado para metas e resultados 21. É dirigido pela necessidade de crescer e atingir melhores resultados 22. Não se preocupa com status e poder 23. Tem autoconfiança 24. É ciente de suas fraquezas e forças 25. Tem senso de humor e procura estar animado X X X X X X Liderança 26. Tem iniciativa 27. Tem poder de autocontrole 28. Transmite integridade e confiabilidade 29. É paciente e sabe ouvir 30. Sabe construir times e X X X X X trabalhar em equipe TOTAL 95 Principais pontos fortes: Disciplina e dedicação, determinação em crescer e disposição em sacrifícios para alcançar metas. Principais pontos fracos: Não tenho muita iniciativa, não sei lidar muito bem com minhas fraquezas e sou transparente em emoções. CAPÍTULO 3: IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES O que importa não é ser o primeiro a pensar e ter uma ideia revolucionária, mas sim ser o pioneiro a identificar uma necessidade de mercado saber como atendê-la, antes que o outro o façam. Identificar uma oportunidade é implementar algo viável, visando a atender a um público alvo que faz parte de um nicho de mercado mal explorado. Para se ter uma oportunidade de mercado e não apenas uma ideia, é necessário responder às perguntas básicas iniciais com dados concretos: É necessário conhecer o solo em que está se pisando, a ideia pode ser certa mas pode estar fora do momento. Quais são os clientes que comprarão o produto ou o serviço de sua empresa? Qual o tamanho atual do mercado em reais e em números de clientes? O mercado está em crescimento, estável ou estagnado? Quem atende a esses clientes atualmente, ou seja, quem são os seus concorrentes? É necessário conhecer o solo em que está se pisando, a ideia pode ser certa mas pode estar fora do momento. Estar bem informado é dever de qualquer empreendedor, só não se informa porque não quer. O difícil é selecionar a informação relevante, que realmente importa. O método de brainstorming é uma das mais conhecidas formas de estimular a criatividade e a geração de ideias, que se baseia no fato de as pessoas serem estimuladas a gerar ideias quando estão em grupos, reunidas com outras pessoas. Os empreendedores devem estar dispostos a conversar com pessoas de todos os níveis sociais e idades, sobre os mais variados temas. Para saber se a oportunidade realmente é tentadora, é necessário analisar os fatores: o conhecimento do assunto ou o ramo de atividade em que a oportunidade está inserida, seu mercado, os diferenciais competitivos do produto ou serviço para empresa. Antes da concepção de um plano de negócio completo, o empreendedor deve avaliar a oportunidade em mãos, para evitar despender tempo e recursos em uma ideia que talvez não agregue tato valor ao negócio nascente ou já criado. Para isso podemos responder a qual mercado a oportunidade atende, qual o retorno econômico, quais as vantagens competitivas, qual a equipe que transformará essa oportunidade em negócio, e até que ponto o empreendedor está comprometido com o negócio. Quanto ao mercado, o empreendedor deve se atentar: números de competidores, o alcance dos canais de distribuição desses mesmos competidores, os tipos de produtos e serviços que encontram no mercado, o potencial de compradores e a política de preços. Para a avaliação da viabilidade de um empreendimento, os conceitos de ponto de equilíbrio, fluxo de caixa positivo e prazo de retorno do investimento, são o alicerce para a tomada de decisão. A principal característica na análise de qualquer capitalista de risco em um negócio, é se a equipe está à altura do negócio que está sendo criado. O fator que deve ser considerado é a formação da equipe, pois de nada adianta as pessoas estarem no negócio apenas por interesses financeiros, sem paixão e orgulho pelo que estão fazendo, ou seja, sem comprometimento. Depois de selecionar as principais oportunidades e verificar se estão adequadas às competências-chave da sua empresa e de sua equipe, o empreendedor deverá partir para o planejamento da implementação do negócio. O plano de negócios acaba sendo a melhor ferramenta para esta finalidade. CAPÍTULO 4: IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES O pacote de oportunidades jamais visto na história da humanidade é a internet. A internet ofereceu oportunidades que fizeram com que muitos oportunistas criassem sua empresa sem nenhum planejamento, onde posteriormente veio a falência ou venderam as empresas para empreendedores. Qualquer negócio, por mais promissor que pareça o mercado onde se insere, deve ser criado de forma planejada, consistente, com crescimento adequado e, principalmente com empreendedores apaixonados pelo que fazem, interessados em criar um negócio viável, autossustentável, e não apenas uma marca veiculada em forma de site na internet. As receitas, custos e lucros ainda continuam sendo as principais métricas de um negócio, online ou tradicional. Como a empresa gerará receitas e quais os custos e investimentos necessários para tal são basicamente descritos em um modelo de negócio. Os exemplos de modelos de negócio são: Intermediação de Negócios (portais verticais B2B, compra coletiva, distribuidor, shopping virtual, sites de comparação, leilão, leilão reverso, classificados, e sites de permuta), Comercialização de Propaganda, Mercado Virtual, Empresarial, Comunidades, etc. Quem está pronto para assumir o desafio por muitos anos e não só criar uma oportunidade e passa-la para frente é um verdadeiro empreendedor. O atendimento personalizado dos clientes, focando em nichos específicos, cada vez com características mais peculiares tem sido a tendência dos mercados. Aquele que souber antever essas mudanças e criarem produtos e serviços baseados na web para esses nichos poderão ser empreendedores bem-sucedidos. No qual a internet continuará a ser um pacote de oportunidades, dos mais promissores e desafiadores dos últimos tempos. CAPÍTULO 5: O PLANO DE NEGÓCIOS Aborda-se no capítulo quinto da obra “Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios”, a importância da elaboração do chamado Plano de negócios (PN), suas estruturas e utilidades. Todas as atitudes empreendedoras possuem risco, mas o maior risco são as tomadas de decisões não planejadas, pois essas atitudes têm grandes chances de fracassar. Para o autor, fazer uma autoanálise, através de um planejamento amplo, permite a criação de uma diretriz importante para alcançar objetivos e ter sucesso no ramo empresarial. Uma peça essencial para o planejamento de uma empresa é, segundo Dornelas, a elaboração cautelosa de um PN. O PN é um documento que especifica, em linguagem escrita, um negócio que se quer iniciar ou que já está iniciado. O PN contém, em resumo, a caracterização e a forma como o negócio vai operar, as principais estratégias, o plano para conquistar uma determinada fatia do mercado e a projeçãodas despesas envolvidas no desafio, bem como as receitas e os resultados financeiros. Apresenta diversas finalidades sendo uma ferramenta de gestão múltipla, contudo, Dornelas aponta que o PN tem se destacado como instrumento de captação de recursos financeiros junto a investidores e também como forma de sanar vícios de nascimento de diversas atividades empreendedoras, pois a previa análise de fatores internos e externos provavelmente evitará as causas mais recorrentes de fechamento de pequenas empresas a seguir apontadas pelo texto do autor citado: Falta de experiência Atitudes erradas Falta de dinheiro Localização errada Expansão inexplicável Gerenciamento de inventário impróprio Excesso de capital em ativos fixos Difícil obtenção de crédito - Uso de grande parte dos recursos do dono Apesar de muitas empresas obterem sucesso mesmo não conhecendo um plano de negócio, muitos insucessos podem ser evitados se os empreendedores estiverem melhores preparados para administrá-los. Ao se pensar o planejamento, Dornelas aponta três fatores devem ser analisados: 1. Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes etc. 2. Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio. 3. Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios. Os aspectos-chave que devem ser focados em um PN são: 1. Em que negócio você está? 2. O que você (realmente) vende? 3. Qual é seu mercado-alvo? Um plano de negócio deve ser escrito para servir como instrumento de aumento da lucratividade, para se entender e estabelecer diretrizes para seu negócio, para monitorar o cotidiano da empresa e tomar ações corretivas quando necessário, para conseguir financiamentos e recursos, para identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa, e por fim, para estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo. Ele deve ser uma ferramenta para o empreendedor expor suas ideias em uma linguagem que os leitores entendam, e mostre viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado. Ressalta-se que o PN é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras. Terá como uma de suas funções ser o cartão de visitas do empreendedor. É importante que o PN possa demonstrar a viabilidade de se atingir uma situação futura, mostrando como a empresa pretende alcançar. O empresário precisa de um plano de negócios que lhe sirva de guia, que seja revisado periodicamente e que permita alterações visando a vender a ideia ao leitor do seu PN. Geralmente, a estrutura gira em torno das seguintes categorias: 1. Sumário executivo 2. O setor, a empresa e o produto 3. Análise de mercado 4. Estratégia de Marketing 5. Operações 6. Desenvolvimento 7. Equipe 8. Riscos críticos 9. Cronograma e prazos 10. Análise econômica e financeira 11. O que se está propondo Sendo assim, o PN se torna efetivamente uma ferramenta gerencial quando divulga informações relevantes para o desenvolvimento da empresa. As informações apresentadas no plano de negócios também devem ser utilizadas internamente, guiando e validando os esforços de melhoria da empresa. Para que isso aconteça, é necessário que exista monitoramento periódico da situação atual em relação aos números previstos, ou metas, do plano. No caso de empresas iniciantes, uma das principais utilizadas do PN é seu suporte para venda de uma ideia ou projeto. É a partir do plano que o empreendedor poderá definir alternativas de apresentação que julgue mais adequadas para buscar o convencimento do público-alvo e preparar apresentação para venda da ideia. Neste momento, o empreendedor tem de transmitir credibilidade, mostrar estar preparado, preocupado com questões relevantes, com riscos e possibilidades de retornos convencendo sobre a importância da oportunidade de negócio, os benefícios advindos, os recursos e os suportes necessários, e quais serão os riscos e como serão gerenciados. O plano de negócios pode ser visto por muitos empreendedores como uma mera formalidade, sendo utilizado apenas para a obtenção de financiamentos. Entretanto, os mais visionários, o vê como uma ferramenta estratégica. Além de ser um instrumento de minimização de riscos, o plano de negócio é um meio de comunicação que descreve a empresa e revela a concepção do empreendedor para o futuro. Nesse sentido, o empreendedorismo, via de regra, deverá sempre ser ligado ao PN, pois é evidente que o planejamento prévio do empreendimento colaborará imensamente com o sucesso de uma empreitada no mundo dos negócios. O planejamento que será desenvolvido através do PN contribui para o geralmente conturbado início da uma pequena empresa, mas também colabora com sua estabilidade e viabilidade no futuro.
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