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Prointer relatório parte I 3ºSemestre 2017 logistica

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PROINTER III
Tutor: Denys Mascarenhas Mendizabal
Curso: Tecnologia em Logística
Sergio Pacheco do Rego e Silva RA: 3041918357 - LOGÍSTICA
Renan de Lima Bosso		 RA: 3073230396 - LOGÍSTICA
Vitor Geraldo Moreira Júnior RA: 3066149906 - LOGÌSTICA
Gisele Aparecida Rodrigues Ferreira RA: 3096306265 - LOGÍSTICA
Evandro Southgate Ferreira RA: 3114366786 - LOGÍSTICA
Willian Santos Pires RA: 3080242556 - LOGÍSTICA
TAUBATÉ - SP
ANO: 2017
SUMÁRIO
Introdução........................................................................................................03
Panorama e Desafios da Agroindústria no Brasil............................................04
Sistema Logístico.............................................................................................05
Transporte........................................................................................................05
Transporte de Leite..........................................................................................06
Estudo de Caso...............................................................................................08
A Escolha da Empresa....................................................................................08
Questionário.....................................................................................................08
Entrevista Sistema Logístico na Empresa.......................................................11
Entrevista do Transporte..................................................................................12
Gestão de Custo Logístico...............................................................................13
Intermodais......................................................................................................17
Modal Ferroviário.............................................................................................17
Moda Aéreo.....................................................................................................20
Modal Ferroviário.............................................................................................22
Modal Marítimo................................................................................................23
Gestão de Marketing........................................................................................24
Propaganda e Tendências de Mercado...........................................................26
Referências......................................................................................................27
INTRODUÇÃO
A logística na indústria de laticínios apresenta características bem peculiares, devido às especificidades dos insumos utilizados, principalmente o leite, que contém alto nível de perecibilidade. O transporte é um setor fundamental dentro da logística, segundo Ballou (2001), o custo varia de 33 a 66% dos custos logísticos totais, o que justifica o grande interesse das empresas em reduzir ao máximo os custos relacionados a essa atividade. Nesta atividade existem obstáculos relacionados à infra-estrutura, tais como as condições precárias de algumas rodovias e vias de acesso. Isso provoca não somente aumento dos custos, como também a perda de credibilidade dos clientes, já que danos, avarias e excesso de manuseio passam a ocorrer com maior freqüência. Diante desse contexto, este artigo apresenta os conceitos básicos da logística, principalmente do transporte e, através de um estudo de caso, descreve como uma empresa do setor de laticínios vem tentando minimizar os problemas relacionados ao transporte dos insumos.
Panorama e Desafios da Agroindústria no Brasil
O Brasil é um país privilegiado não só pela miscigenação do seu povo, mas também pela riqueza de seu solo e pelas características de seu clima, por isso o País é eminentemente agroindustrial (BRUNCKHORST,1997). Segundo SILVA 2005, o setor agroindustrial brasileiro está passando por um processo de reestruturação proveniente da crescente integração entre o setor e o mercado, o que tem ocasionado mudanças, a fim de aumentar sua capacidade competitiva, como alterações nas estratégias de produção e distribuição. Esse processo baseia-se em alguns fatores, como: aumento da preocupação com a qualidade, globalização do mercado, novos hábitos de consumo alimentar, diversificação do mix de produtos incluindo produtos com maior valor agregado e maior velocidade de transmissão de informações. 
Por causa da competição de mercado contendo produtos internacionais, a indústria de laticínios está sofrendo uma diversificação de seus produtos. Atualmente existem inúmeros produtos derivados do leite sendo acessíveis a um número maior de pessoas do que antigamente, como por exemplo o iogurte. Para que a concorrência aconteça de forma leal, os investidores de laticínios brasileiros estão em constante crescimento nas atualizações das tecnologias referente a estes produtos.
Sistema logístico
A logística tem como meta estratégica a melhoria na movimentação e armazenagem de materiais e produtos, sendo que isto é realizado através da integração das operações necessárias entre todas essas três áreas. Além de integrar a cadeia de suprimentos, o sistema logístico auxilia na definição das metas estratégicas da empresa e no equacionamento de eventuais problemas operacionais. Este sistema é formado por vários canais, denominados de canais logísticos, e a integração desses canais depende de alguns aspectos, sendo eles: tecnologia de processo e de informação; comunicação; e poder dos agentes associados aos canais. 
Além disto, a logística contem três principais funções, quais são: função informativa, função física e função financeira. Todas estas funções estabelecem os fluxos físico e de informação.
Os produtos passam por transformações físicas, temporal ou espacial, e cada uma desta transformação agrega um valor a este produto para melhor atender ao cliente. A logística tem como meta estratégica a melhoria na movimentação e armazenagem de materiais e produtos, sendo que isto é realizado através da integração das operações necessárias entre todas essas três áreas. Além de integrar a cadeia de suprimentos, o sistema logístico auxilia na definição das metas estratégicas da empresa e no equacionamento de eventuais problemas operacionais. Este sistema é formado por vários canais, denominados de canais logísticos, e a integração desses canais depende de alguns aspectos, sendo eles: tecnologia de processo e de informação; comunicação; e poder dos agentes associados aos canais. 
Transporte 
O transporte é responsável pela movimentação de materiais e produtos acabados, ou seja, assegura o fluxo físico dos produtos entre as empresas. Existem várias formas e diferentes modais para realizar transporte de diversas cargas, caracterizando-se por frota própria ou contratada.
Para decidir qual transporte deve ser utilizado, a empresa precisa relacionais a: definição de roteiros, manutenção da frota, definição do tipo de veículo, entre outros aspectos.
Dentro do transporte existem duas funções principais, são elas: movimentação e armazenagem de produtos, sendo que seus princípios norteadores são a economia de escala e a economia de distância. 
Consistem alguns componentes que influenciam nas transações de transporte, sendo estes: embarcadores, destinatários, transportadoras, governo e público. Sabemos que o relacionamento entre esses cinco componentes é complexo, alguns conflitos de micro interesse e de macro interesse ocorrem, e isto ocasiona um aumento do esforço para regulamentação e restrições dos serviços de transporte. 
Transporte de Leite 
O leite é realizado por três percursos: primeiro percurso é o da fazenda para os postos de refrigeração, cujo transporte se dá de forma tradicional (em latões) ou a granel; segundo percurso é dos postos às usinas
processadoras; e o terceiro percurso é do local de acesso ao centro consumidor. 
De acordo com Sobrinho, Coutinho e Coura (1995), o custo de transporte do primeiro percurso representa de 4 a 25% do preço final do leite, podendo chegar a 40% em algumas regiões. Sendo que essa diferença é atribuída à densidade de produção, exemplo: expressa razão entre a quantidade produzida e a quantidade de quilômetros percorridos pelo veículo. 
Atualmente a técnica mais utilizada para a coleta do leite dentro do primeiro percurso é a granelização, que consiste no resfriamento do leite imediatamente após sua ordenha. Sendo que o leite é acondicionado nos tanques de expansão e sua temperatura fica na faixa dos 4ºC. O leite é transferido para o caminhão isotérmico por mangotes flexíveis, com auxílio de uma bomba auto-aspirante, não havendo, contato manual. 
No Brasil, por conta das más condições das vias de acesso ao produto, o sistema de coleta a granel é uma opção de redução de custos e melhoria da qualidade do leite, mas que demanda investimentos da indústria e do produtor.
Outra evolução é na definição das rotas a serem percorridas pelos veículos coletores utilizando softwares de roteirização de veículos, que buscam reduzir os custos através de rotas mais econômicas, podendo até diminuir o número de veículos envolvidos na coleta.As variáveis, tais como o número de veículos em operação, a distância e a escala de operação são as mais significativas para o custo de transporte. Portanto, as estratégias que busquem otimizar essas operações, devem receber maior atenção para minimização dos custos. 
No Brasil há incerteza de demanda do abastecimento de leite, assim como fornecimento, já que os contratos entre empresas e fornecedores na maioria das vezes não tem caráter formal.
Estudo de Caso 
Foi realizado um estudo de caso em uma empresa cooperativa, com entrevistas, em que foram aplicados questionários com perguntas abertas, associadas ao sistema logístico, com ênfase no suprimento físico. Realizando uma entrevista com a empresa cooperativa de produtores rurais.
A Escolha da Empresa 
A empresa escolhida é uma cooperativa de produtores rurais, é composta de cerca de 35 cooperativas regionais e possui atualmente seis fábricas. 
A empresa, sendo a 3ª colocada no ranking de maiores empresas por vendas no setor de laticínios no Brasil, tem buscado a diversificação, principalmente na parte de produção de leite e derivados. A linha de produtos comparada com a de seis anos atrás, aumentou cerca de três vezes tentando ajustar-se à demanda e conquistar mercado. 
Segundo o gerente de transporte da empresa, isto ocorreu porque o mercado está muito competitivo sendo necessário procurar atingir novas fatias do mercado.
 A cooperativa também atinge o mercado internacional, principalmente com o leite em pó, o leite condensado e o leite evaporado, que é um produto novo feito para exportação.
Questionário
Foi realizada uma entrevista com algumas perguntas para o setor logístico da empresa escolhida:
Qual a melhor forma de distribuição e canais?
Na distribuição de um produto podem estar presentes todos os agentes desta atividade e o número destes refletirá na longitude do canal. Porém, deve-se observar que a longitude do canal não é a mesma que a longitude física. Pode ocorrer que o canal, que é mais curto (menor longitude), seja o maior em distância física, caso o consumidor se encontre afastado da empresa, assim como o canal maior (maior longitude) pode ser o menor em distância física, já que o consumidor encontra-se próximo à empresa. A capacidade de distribuição da empresa é, geralmente, maior nos canais maiores. Os canais podem ser diretos ou indiretos, dependendo da longitude do canal sendo que os canais diretos são mais curtos e os indiretos, maiores, dependendo do produto e do tempo. Além destes, há os canais paralelos, que são canais de menor longitude e diretos, constituindo novas alternativas frente ao canal principal. A distribuição realizada através do sistema de multimarketing ocorre através de vários canais e para diversos clientes, que podem ser diferenciados de acordo com o sexo, idade, escolaridade, entre outros. A empresa, depois de tomar as iniciativas já comentadas, deve escolher qual o tipo de distribuição irá utilizar: direta, indireta ou mista. A distribuição direta é muito utilizada no caso dos bens industriais, em que a venda se faz do produtor ao consumidor, sem intermediário, a distribuição indireta utiliza intermediários na relação produtor consumidor, ou seja, vende a uma pessoa jurídica que venderá ao consumidor final e a distribuição mista é um pouco das duas já explicadas. O sistema individualista de distribuição, seja com a integração vertical (produtor-atacado-varejo) ou com a horizontal (atacado-atacado-e/ou varejo) se caracteriza como “cada um por si mesmo”, o que leva a uma série de disfunções, imperfeições, com comprometimento do resultado de todos os membros que o compõem. Isto nada mais é do que o reflexo de políticas comerciais individuais, independentes. No Brasil predomina o sistema individualista, no qual a crescente integração entre os componentes, tornou-a mais simples e com menor custo. A empresa tem ao seu alcance três políticas de distribuição: distribuição aberta ou intensiva, que pretende alcançar maior espaço geográfico com o maior número de pontos de vendas; distribuição fechada ou exclusiva, que limita a distribuição a certas zonas, através de pontos de vendas que possuem exclusividade na venda; distribuição semicerrada ou seletiva, que leva de forma implícita à limitação da distribuição e se efetua através de pontos de vendas previamente selecionados, mas sem exclusividade. Se o produto for da linha de alimentos, que o consumidor compra com frequência, este buscará comodidade e qualidade na compra, mesmo sabendo que não é um bem de consumo durável. Se o produto for de consumo massivo, no qual a rapidez e a comodidade da compra contam bastante, a empresa utilizará canais que impulsionem a distribuição intensiva ou aberta. Geralmente os canais são maiores que na distribuição exclusiva e seletiva porque se busca uma maior capacidade de distribuição. Porém, esta afirmação pode mudar devido a outros fatores, como no caso de produtos perecíveis, em que os canais devem ser pequenos.
Qual a melhor forma de armazenagem e transporte?
O modelo logístico de transporte de materiais, componentes e produtos acabados de suas fontes de produção para o mercado que vigora atualmente, mas que é, ultrapassado, tenderá a ser substituído. Este modelo exige grandes gastos em transportes e armazenagem; contudo, a melhoria de transportes e armazenagem não resolve os problemas de uma infraestrutura industrial defeituosa. Muitos empresários constroem gigantescas instalações de produção em um local único, distante de fornecedores e de grandes segmentos do mercado regional, nacional e internacional. Estes empresários deixam de construir pequenas instalações de produção em meio a concentrações de mercado, com a redução do transporte e das instalações de armazenagem entre os produtores e os seus mercados, o que seria inteiramente possível. Os estoques são partes determinantes no atendimento aos clientes, já que quanto maior o tempo para repor baixos níveis de estoques, mais grave tenderá a ser a deterioração do atendimento aos clientes durante este período. Isto significa que os estoques podem comprometer o atendimento de uma empresa, mesmo que as outras partes do fluxo estejam planejadas adequadamente.
Como funciona a questão de tempo e custo?
Existem caminhões, cavalos-mecânicos e carretas, vazios ou parcialmente carregados, em movimento em uma parte do tempo com uma frequência exagerada. Várias empresas e setores inteiros utilizam veículos e containers especializados de custo bastante compensador na viagem de ida, mas que sempre retornam vazios na volta. O ideal seria o uso de transportes bidirecionais no armazém e nas estradas, pois assim qualquer que fosse o equipamento (empilhadeiras,
docas, máquinas de armazenagem e separação de pedidos totalmente e semi-automatizadas, entre outros) este seria usado tanto para expedição quanto para recebimento. É vital que se façam estudos de tempo e movimentos dos equipamentos e de mão-de-obra, através de gravações em vídeo, já que é um componente importante na metodologia do projeto logístico.
No que a empresa pensa mais, qualidade ou valor?
Não só a ausência de defeitos é importante para a conquista do cliente, como também o fato de os produtos entregues corresponderem às expectativas dos clientes, na aparência, função, confiabilidade e valor satisfatórios. Há dois caminhos para se alcançar esta satisfação: o primeiro enfoca a melhoria do processo, a fim de eliminar a danificação de produtos e o segundo é o projeto e, para a logística, eles se encontram no embalamento. Um outro problema menos óbvio do que as embalagens, mas que também é uma das razões de reclamação e devolução dos produtos, por parte dos clientes, é o próprio produto. Nas operações de distribuição e armazenagem, há um outro problema de qualidade, que está relacionado com a falta de estoques, o que atrasa a expedição dos pedidos dos clientes. A solução já conhecida está no aumento dos estoques, embora não seja adequada, já que determinados pedidos podem ser temporários e uma estocagem maior destes produtos demandados possa levar a um desperdício de espaço, tempo, mão-de-obra e equipamentos. A gerência executiva deve administrá-los da seguinte forma: itens recém-chegados de grande rotatividade e a caminho do estoque têm de passar pelos mesmos recém-apanhados do estoque e a caminho da expedição. Quando isto ocorre, é sinal de que a empresa está sendo administrada de forma correta, almejando a contínua redução dos estoques.
Entrevista Sistema Logístico na Empresa 
Em uma conversa com o gerente da empresa, descobrimos que é a logística, que representa a integração dos fluxos físico e de informação, responsável pela movimentação de materiais e produtos ainda não é integrada, embora no decorrer dos anos, a empresa tenha se direcionando para uma integração total. Prova disso é a aquisição de um sistema que permite a troca de informações entre todas as unidades. Por exemplo, no momento em que se emite um pedido em Recife, em tempo real, a fábrica já está sendo preparada para executar aquele pedido, a solicitação de compras e de embalagens e, simultaneamente, a tesouraria é informada que vai entrar aquele faturamento. 
A empresa enfrenta problemas de tempo, custo, comunicação, movimentação e transporte de materiais e de produtos no fluxo físico e dentro das três áreas da logística. Sendo que, a logística dos fluxos físicos está dividida da seguinte forma: área de transporte e a área de logística (distribuição física). Sendo a área de transporte responsável pelo transporte da matéria-prima até a fábrica, que seria o leite in natura, embalagens e outros que viabilizam a produção,e a área da logística é responsável pelo transporte e estoque da fábrica em diante, ou seja, é responsável pela distribuição dos produtos acabados.
Entrevista do Transporte 
Verificamos com a empresa a principal função do transporte no suprimento físico, sendo o de movimentação de produtos, ou seja, coleta do leite das fazendas ou postos de coleta para as fábricas. Os recursos utilizados durante a movimentação ou coleta do leite são os temporais, financeiros e ambientais. O transporte interno das fábricas e dos centros de distribuição ocorre através da utilização de docas móveis, empilhadeiras e esteiras transportadoras, que permitem uma otimização no processo de transferência das cargas dos caminhões para o estoque. O gerenciamento das operações de transporte considera como princípios norteadores a economia de escala e a economia de distância. Quanto à economia de escala, um estudo de viabilidade financeira levou à redução do número de fábricas, construção de um novo centro de distribuição (em substituição do antigo), implantação de tecnologias de informação nestas unidades e terceirização das atividades de transportes. Em relação à economia de distância a empresa utiliza um software de roteirização, para otimizar os custos de transportes, considerando no problema de roteamento somente os produtores que possuem tanques de resfriamento em suas propriedades. O roteamento de veículos é todo feito através de software especializado, onde com auxílio de GPS (Global Positioning System – Sistema de Posicionamento Global) é possível acompanhar e rastrear todos os caminhões e definir sua localização. A rota é definida a fim de que o caminhão preencha 90% de sua capacidade máxima, se por um motivo ou outro a quantidade transportada pelo caminhão fica abaixo desse valor, o software redistribui as rotas, para satisfazer a essa restrição. Os principais componentes que influenciam nas transações de transporte são o grande varejo e o consumidor final. No caso estudado, devido à pressão exercida pelo grande varejo, a empresa está pulverizando sua produção, ou seja, está buscando o pequeno e médio varejo. O modal rodoviário é o único utilizado no primeiro percurso ou suprimento físico. A frota utilizada neste percurso é composta por 41 carrocerias e 32 cavalos, onde a carroceria corresponde ao lugar onde o leite coletado fica armazenado. Além disso, a empresa ainda dispõe de 22 caminhões de reserva prontos para serem usados em emergências. Essa frota, composta por caminhões isotérmicos de coleta a granel, é responsável pela coleta de leite em 202 linhas. Apesar do transporte rodoviário ser mais utilizado, na distribuição física também está sendo adotado o modal ferroviário para o transporte de leite em pó para o nordeste do país e no caso de exportação é utilizado o transporte aquaviário. A questão de estar no lugar certo e na hora certa é bastante flexível na entrega do leite nas fábricas, pois com a coleta a granel e com os tanques de resfriamento há menor rigor quanto ao horário de chegada. No entanto, o leite transportado por produtores que não são associados tem um horário pré-definido para chegar nas fábricas. Uma estratégia da empresa na questão da coleta do primeiro percurso é com relação às cooperativas regionais, ou seja, a empresa vem procurando coletar o leite do produtor e levá-lo diretamente para a fábrica sem passar pela cooperativa, apesar do produtor estar associado à mesma. No transporte do suprimento físico os pontos importantes considerados na decisão da empresa são, principalmente, as condições de estrada, condições do caminhão, o motorista, sendo este último de grande importância, já que se trata de uma operação com alto nível de terceirização. O percurso com maior número de problemas é o primeiro, pois depende de diversos fatores externos que não se pode controlar, como clima, acidentes e outros.
Gestão de Custo Logístico
Em um ambiente altamente competitivo e pressionado pela globalização, onde as empresas necessitam de uma maior eficiência e produtividade, a apuração dos custos nas organizações assume um papel relevante. Desta forma, reduzir custos sem perder a competitividade é uma meta que deve ser alcançada, assim, a empresa poderá obter vantagem competitiva.
Incluídos nos custos totais de uma empresa aparecem os custos logísticos. Porém, as empresas, com seus sistemas de custeio tradicional, acabam por se preocupar apenas com o custo dos produtos esquecendo dos custos relacionados a logísticas, os quais possuem um valor significativo nos custos totais das mesmas.
Corroborando com o que foi exposto, Kaplan & Cooper (2000, pág. 13) colocam que:
Muitas empresas, entretanto, não estão obtendo essas vantagens competitivas a partir dos sistemas de custeio aprimorados. Seus gerentes baseiam-se em informações provenientes de um sistema de custeio projetado para um era tecnológica mais simples, quando a competição não era global, com produtos e serviços padrão, não-personalizados, e quando rapidez, qualidade e desempenho eram menos essenciais para o sucesso.
Atualmente, os custos logísticos,
dentro dos custos totais de uma organização, assumem uma posição relevante em termos de valores monetários. Ballou (2003, pág. 25) afirma que: “estimamos que os custos logísticos, que são substanciais para a maioria das empresas, percam somente para o custo das mercadorias vendidas”. O problema é que a maioria das empresas alocam todos os custos aos produtos, não havendo uma separação, antes desta alocação, em termos de atividades que fizeram parte do processo. Desta forma, identificá-los e mensurá-los de forma precisa torna-se vital para a sobrevivência das empresas.
Custos logísticos não se resumem apenas a transporte, apesar de se observar que o mesmo possui o maior impacto, existem vários custos que se podem relacionar: custo de armazenagem e movimentação, de embalagens, de manutenção de inventários, custos de tecnologia de informação, custos tributários, custos de setup, custos decorrentes de nível de serviços e custos de administração.
O Instituto dos Contadores Gerenciais – IMA (1992), traz o seguinte conceito: “Os custos logísticos, são os custos de planejar, implementar e controlar todo o inventário de entrada (inbound), em processo e de saída (outbound), desde o ponto de origem até o ponto de consumo”.
Desta forma, devem-se considerar os custos logísticos como aqueles que incorrem durante todo o fluxo de materiais e bens, o que engloba desde o ponto de fabricação até a entrega ao cliente. Como atualmente as empresas trabalham em cadeias, conhecendo seus custos logísticos estas podem estabelecer metas para reduzir e repassar os ganhos para uma cadeia como um todo. Assim, outras empresas que fazem parte da cadeia têm condições de absorverem novas práticas, reduzindo também seus custos logísticos, contribuindo desta forma para a competitividade da cadeia.
Os métodos tradicionais de apuração de custos preocupam-se em alocar os custos como um todo, de forma direta ou indiretamente, aos produtos, não se preocupando que na fabricação dos produtos muitas atividades estão envolvidas. A logística, dentro desta abordagem, possui diversas atividades, as quais irão compor o custo total dos produtos ou serviços.
Dentre os métodos de custeio existentes, encontra-se o custeio baseado em atividade (ActivityBasedCosting – ABC), o qual pode ser uma alternativa para a apuração dos custos logísticos. Para La londe e Pohlen apud Faria & Costa (2005), houve uma evolução do ABC como alternativa para se ter informações precisas de custos, o que gera informações mais acuradas, pois usa direcionadores múltiplos para atribuir custos com base no consumo, deixando de alocar os custos logísticos como um todo, para posteriormente alocá-los aos produtos.
Assim uma alternativa para apuração dos custos logísticos nas organizações seria a implantação de um sistema ABC. Para Bornia (2002, p. 121), “a idéia básica do ABC é tomar os custos das várias atividades da empresa e entender seu comportamento, encontrando bases que representem as relações entre os produtos e essas atividades”.  Assim, podem-se identificar quais os reais custos da atividade logística que contribuíram para a formação do resultado da empresa.
Em termos de Brasil, há um vazio referente aos custos logísticos. As informações existentes estão defasadas ou calculadas a partir de projeções e metodologias externas. Em 2006 o Centro de Estudos Logísticos publicou um artigo sobre os custos logísticos na economia brasileira, onde para Lima (2006, p.64):
Como se pode perceber existe muita dificuldade em apurarem-se os custos logísticos tanto em termos de Brasil como nas empresas. Desta forma, devem-se procurar alternativas para que se possa levantar com mais precisão o impacto dos custos logísticos nas empresas e na economia brasileira. Uma alternativa seria a implantação nas empresas do sistema ABC, no qual se poderá identificar todas as atividades relacionadas com os custos logísticos e ter um valor mais acurado em termos monetários. Isto contribuirá para o levantamento dos custos logísticos nas empresas, as quais terão dados mais precisos para tomada de decisão. Por outro lado, ter-se-á informações concretas e atualizadas para analisar com mais precisão seus impactos na economia brasileira.
Intermodais
O transporte intermodal consiste nos modais marítimo, rodoviário, aéreo e ferroviário. A intermodalidade pode reduzir os custos logísticos, uma vez que os contêineres podem ser facilmente transferidos de um modal a outro, o resultado é a otimização do deslocamento da carga e a diminuição dos riscos de acidentes ou prejuízos.
Modal Ferroviário
O transporte ferroviário é fundamental já que possui uma grande capacidade de carga, ele é voltado para transportá-las possui baixo custo quando se trata de grandes quantidades. Transportando geralmente mercadorias de baixo valor agregados como minérios, carvões, produtos siderúrgicos e agrícolas para grandes distâncias esse é o meio mais adequado.
É um transporte mais rápido, seguro e econômico com seus vagões se torna capaz de levar tanto carga frigorífica como cargas pesadas como toras de madeiras, mas o produto não deve ter certa urgência de entrega, porque esse tipo de modal possui falta de flexibilidade por andar em trilhos mais apresentar mais segurança do que o modal rodoviário já que apresenta menor índice de acidentes, furtos e roubo.
Modal Aéreo
O transporte aeroviário apresenta baixo custo de instalação e elevado custo operacional. Registra grande flexibilidade e permite o acesso a pontos isolados do país, com alta velocidade operacional. É o meio ideal para o transporte de mercadorias de grande valor e de materiais perecíveis em situações excepcionais. Algumas dessas situações são catástrofes, guerras e epidemias. Devido a seu elevado custo operacional, o transporte aéreo não é apresentado como alternativa, limitando-se sua utilização a casos específicos. É o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes ou com urgência na entrega.
Modal Rodoviário
O transporte rodoviário é caracterizado pelo uso de veículos como caminhões e carretas realizados em estradas de rodagem. Este por sua vez pode ser realizado em território nacional ou internacional, ou seja, utilizando estradas de vários países na mesma origem. O modal rodoviário sendo utilizado no território nacional costuma ser nomeado como transporte doméstico, em que corresponde ao percurso entre porto e embarcador ou consignatário. Nesse percurso o modal rodoviário, geralmente, é utilizado para o transporte de produtos industrializados por possuírem um maior valor agregado, e também em função da confiabilidade que apresenta. No entanto, produtos agrícolas, como a soja, também são transportados frequentemente pelas rodovias, com maior frequência em épocas de safra, mas, principalmente, devido à falta de capacidade das ferrovias e de outras características dos demais modais de transporte que inviabilizam a utilização, características essas que serão elucidadas ao decorrer do artigo. Já o transporte internacional de cargas é realizado por empresas credenciadas pelo DNER, e tal como já foi abordado, utiliza estradas de vários países, ou seja, tanto em importações quanto em exportações, e no território brasileiro se evidência essas transações com os países da América do Sul.
Modal Marítimo
O transporte marítimo é aquele realizado por navios em oceanos e mares, pode ser de cabotagem/costeira (cuja navegação marítima é realizada entre pontos da costa ou entre um ponto costeiro e um ponto fluvial) ou de navegação de longo curso/internacional (navegação entre portos brasileiros e estrangeiros) ele é o único meio de transporte que pode ser utilizado para levar toneladas de produtos de uma única vez também são utilizados para efeitos militares exemplo porta aviões militares.
Sendo que neste transporte pode englobar qualquer tipo de carga Químico, Combustíveis, alimentos, areia, cereal. Minério, Automóveis, caixas, paletes, barril, contentores, e é o meio de transporte menos poluente,levando em conta a quantidade
de mercadoria que ele transporta,  possui a maior acessibilidade perde apenas para o dutoviario.
Gestão em Marketing
Segundo Cabreira (2014), não basta disponibilizar seu produto ou serviço no lugar e momentos certos, nas melhores condições de acessibilidade. É preciso cercá-los de valores aderentes, que representem vantagens reconhecidas pelo público-alvo para sobressair-se à concorrência.
O marketing ocorre quando as pessoas decidem satisfazer suas necessidades e seus desejos por meio de troca, que é o ato de obter algum objeto desejado oferecendo alguma coisa como contrapartida. Logo, a troca é o conceito central do marketing (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Neste sentido o marketing só ocorre se duas ou mais pessoas estiverem dispostas a trocar algo (McCARTHY; PERREAULT, 1997). Las Casas (2008) detalha esta posição listando cinco condições que são necessárias para que haja trocas: deve haver no mínimo duas partes envolvidas, cada parte deve ter algo de valor para a outra, cada parte precisa ter capacidade de comunicação e entrega, cada parte deve ser livre para aceitar ou rejeitar a oferta e cada parte deve acreditar estar em condições de lidar com a outra. Atendendo estas condições, continua o autor, a troca torna-se a base para a comercialização e consequentemente para o marketing. 
O marketing fornece aos clientes e consumidores cinco tipos de utilidade: de forma (produto tangível), de tarefa (serviço), de posse, de tempo e de local (McCARTHY; PERREAULT, 1997), sendo que para fazer isso utiliza elementos conhecidos como composto de marketing ou marketing mix, que são: Produto, Preço, Distribuição (Praça/Ponto de Venda) e Promoção ou Comunicação (KOTLER, 2005; LAS CASAS, 2008; McCARTHY; PERREAULT, 1997; ETZEL; WALKER; STANTON, 2001). 
O setor de vendas tem como entendimento sua ação que consiste em uma troca entre, no mínimo duas partes, envolvendo de um lado bens e serviços e, de outro, determinado valor monetário (MEGIDO; SZULCSEWSKI, 2002). A idéia de troca neste conceito de vendas só reforça sua relação direta com o marketing. 
Para implementar uma estratégia de marketing é essencial analisar todas as atividades relacionadas com o processo de conquista e manutenção dos clientes (BOWERSOX; CLOSS, 2001), buscando não somente o estabelecimento de uma transação eventual, mas também o de um vínculo (MARTINS; ALT, 2000). Para que a empresa consiga realizar isso, a área de vendas é fundamental, pois é um dos principais elementos de marketing e serve como um elo de conhecimento entre o mercado e a empresa. 
Propaganda e Tendências de Mercado
Para que haja uma propaganda de qualidade e que atinja o público necessário, o segredo é investir na qualidade e escala de produção, sendo que algumas das formas mais eficaz de alcançar o público infantil é modernizar a sua comunicação, ou seja, modernizar as campanhas de marketing empresarial.
Dentro da empresa pesquisada, a melhor maneira de conseguir alcançar esse público é vinculando nossos produtos com personagens animados de desenhos diversos.
Entendemos que o maior erro das empresas de produtos lácteos, é manter uma certa distância da mídia eletrônica e dos consumidores finais. Como sempre realizamos pesquisas de mercado, conseguimos perceber que faz diferença esse contato especial com o consumidor final, e a divulgação em mídia eletrônica nos auxilia em maior escala de alcance do público alvo.
Referências 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LEITE. Disponível em: Acesso em: 03 nov. 2002. BALLOU, RONALD H. (2001) - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. Tradução de Elias Pereira. Bookman . Porto Alegre. BRUNCKHORST, HARALD. (1997) - Agroindústria é o caminho. O Estado de São Paulo. Disponível em: Acesso em: 03 nov. 2002.
SOBRINHO, F.F.; COUTINHO, G.H.; COURA, J.D. (1995) - Coleta de leite a granel. Belo Horizonte. Fundação João Pinheiro. Monografia.
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