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PAPER EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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EDUCAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL
Célia Regina dos Santos
Daniel Harthmann
Edu San Martin
Patrícia Heitich Wagner Candido
Tatiana
Tutor(a) Externo(a): Ester Zingano.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI.
Artes Visuais (Art 0304) – Prática do MóduloI.
10/04/2017.
RESUMO
No passado a escola funcionava apenas para privilégio de alguns grupos excluindo indivíduos considerados fora dos padrões sociais, tais como pobres, negros, doentes, etc... Havia seleção e segregação dos mais aptos no qual o diferente não era aceito. Na atualidade, após muitas descobertas e desenvolvimento humano e científico, chegamos a pergunta crucial: O que é ser diferente? O que é ser normal? Quem me diz o que é melhor ou pior? Somos todos iguais? Devemos ser iguais? Devemos seguir padrões? Para os padrões sociais tradicionais, há quem defina o diferente pela classe social, gênero, característica física ou intelectual, cultura e emocional que acabam por se tornar diferenças marginalizadas criando preconceito e discriminação. Este trabalho tem por finalidade apontar informações sobre as deficiências, sobre as diferenças e apresentar discussões sobre a inclusão social dentro da escola, como abordar este tema, quais as soluções para buscar harmonia entre os indivíduos, como o professor pode em sala de aula auxiliar os alunos a ter interatividade e coletivismo para que trabalhem juntos, respeitando as diferenças e a multiculturalidade, livrando-se de estereótipos, preconceitos e indiferenças.
Palavras-Chaves: Inclusão Social. Diferenças E Deficiências. Educação E Inclusão.
1 INTRODUÇÃO
	Os padrões sociais estão mudando. As pessoas sentem-se cada vez mais a necessidade de aceitação coletiva. Na verdade, desde as eras mais remotas, o homem sempre precisou de aceitação, mas o que se vê hoje, é a busca por melhor qualidade de vida das outras pessoas. Há muitos estudiosos, filósofos e educadores buscando soluções para a igualdade social, para a inclusão de indivíduos ditos “diferentes” nas escolas e na sociedade. 
Apesar de no passado ter havido exclusão, segregação, separação étnica e racial e separação de pessoas com deficiências, sejam elas físicas ou intelectuais, que formaram a discriminação, o preconceito e a indiferença, hoje, conseguimos abrir as portas para o outro lado, ou seja, a 
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diversidade, a heterogeneidade, o hibridismo e a multiculturalidade. Muito se analisa estas questões para melhoria da educação. 
A definição para a palavra deficiência, como afirma Beyer (2006), “é construída socialmente por meio do qual atribuímos a uma pessoa qualidades negativas.” Ele argumenta que é uma questão cultural, na qual as expectativas sociais não correspondem aos valores, normas ou expectativas na interação das pessoas que definem o que é normal aos que são definidos. Normalmente quem define são as próprias pessoas de determinadas culturas. Atualmente, os estudos para a inclusão social na educação tem se firmado e garantindo direitos que antes não havia.
Conforme surgiram as políticas de educação especial, tornou-se claro que as diferenças não podem mais serem vistas como desvios de normas ou de resultados de comparação entre pessoas. Vygotsky (1997) foi um dos primeiros teóricos a afirmar que as crianças 1defeituosas eram normais e deveriam conviver e participar da vida escolar comum. Seguindo estes pensamentos e temas, abordarei os principais aspectos e motivos para termos definitivamente uma educação realmente inclusiva, não apenas na escola, mas também junto à sociedade.
2 EDUCAÇÃO E INCLUSÃO 
	Inclusão, segundo dicionário Aurélio, é o ato ou efeito de incluir-se, fazer parte de, unir-se a, e Incluir significa abranger, compreender, envolver, implicar. Isto significa que quando falamos em inclusão na educação, falamos de compreender as situações diversas e inserir os indivíduos em suas diferenças na sua totalidade, num gesto inclusivo. Portanto, inclusão na educação, é a forma de incluir indivíduos de diferentes universos em um só contexto para que todos aprendam a conviver e construir uma aprendizagem concreta, de acordo com as especificidades de cada indivíduo sem exclusão.
	Vygotsky (1997) sugeriu que “ser humano deveria antes de ser definido comparativamente, deveria ser reconhecido como detentor de uma identidade única, para que se anulasse as comparações melhor, pior, normal, anormal, inteligente, menos inteligente e outras.” Afirma ainda que o meio social deve estimular cada indivíduo a crescer e se desenvolver de forma a ressaltar o que cada um tem de melhor a oferecer. 
Defeituosas: essa era a forma de se direcionar aos indivíduos com deficiências na época de Vygotsky.
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[...] o material humano possui uma infinita plasticidade se o meio social estiver organizado de forma correta. Tudo pode ser educado e reeducado no ser humano por meio da influência social correspondente. A própria personalidade não deve ser entendida como uma forma acabada, mas como uma forma dinâmica de interação que flui permanentemente entre o organismo e o meio (VYGOTSKY, 1997, p. 200).
	É nesse contexto que precisamos ter uma educação inclusiva. Quando Vygotsky afirma que o meio social influencia a maneira com que cada indivíduo se adequa a sociedade, ele nos indica que o ser social está sempre em aprendizagem junto ao seu ambiente social. É preciso que se discuta as diferenças, não só físicas, mas também intelectuais e gestuais. Todos somos diferentes, independente de termos ou não uma limitação, e uma limitação não nos faz menos inteligentes que os outros ou incapacitados de aprender.
	Dentro da educação, precisamos entender que o diferente deve ser visto com os mesmos olhos, pois cada indivíduo é único, tem dificuldades e facilidades, e o mesmo direito a aprendizagem. O papel do professor, como afirma Maiolla, é intervir diante dessas múltiplas facetas da inteligência, pois o professor convive com essas diferenças, sejam quais forem, todos os dias; as crianças pensam, entendem, aprendem e veem as coisas de formas diferentes, não importando se tem limitações ou não.
3 INCLUSÃO SOCIAL
	A partir do século XX, os estudos sobre inclusão social ficaram mais significativos e mais intensos, houve muitas lutas contra a discriminação e o preconceito. Ainda há muito caminho a percorrer. Mas a constituição de 1988, deixa claro que deve-se “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, cor, idade e quaisquer formas de discriminação (artigo 3º, inciso IV).”
Fala ainda, que a educação é um direito de todos, que deve existir igualdade de condições de acesso e permanência na escola e oferta de educação especializada.
	Aconteceram diversas políticas públicas a favor da inclusão, dentre elas, a Conferência Mundial de Educação para todos em Jomtien na Tailândia em 1990, que promoveu a equidade e o acesso universal de educação para todos; a Declaração de Salamanca em 1994 na Espanha, que defendia o atendimento nas escolas de todas as crianças independente das condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outros motivos; a Política Nacional de Educação Especial também em 1994; a LDB de 1996, que introduziu e inseriu a educação especial em
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escolas comuns, abrangendo métodos, currículos e recursos para atender as necessidades específicas de cada aluno e outras demais leis que surgiram para trazer direitos e métodos que auxiliaram a educação como um direito de todos sem exceção.
	Sabemos muito dessas leis e dos estudos que se propõem a inserir os indivíduos na escola e na sociedade com direitos e deveres com igualdade e respeito. Então proponho discutir agora,
como fazer isso com real respeito e igualdade. Vygotsky, em seu estudo de deficiências, a Defectologia, afirmou que precisamos enfatizar o desenvolvimento das crianças com deficiências em suas potencialidades, não na sua incapacidade, ou seja, incentivar a criança a desenvolver suas habilidades e não desistir por que a criança não aprendeu determinadacoisa.
	Na visão de Vygotsky, temos que compreender as interações sociais da criança e não somente sua doença ou limitação. O professor precisa saber o quanto de conhecimento o indivíduo possui e como interage com a sociedade, e assim trabalhar suas necessidades e habilidades.
	Conforme Adiron, “Os objetivos tradicionais na educação especial ainda se orientam por conseguir alcançar comportamentos sociais controlados, quando deveriam ter como objetivo que essas pessoas adquirissem cultura suficiente para que pudessem conduzir sua própria vida”, neste sentido precisamos dar apoio para que essas crianças saibam interagir e se proteger dentro da sociedade como um indivíduo de valores humanos iguais a qualquer outro.
4 IMPORTÂNCIA DO ENSINO DAS ARTES NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
	Sabemos que a arte é uma estratégia importantíssima para o desenvolvimento cognitivo dos indivíduos e as crianças que são expostas as artes, em geral tem mais conhecimento intelectual e emancipação social. Adiron (2011) afirma que a arte desenvolve a representatividade, expressão e percepção da criança principalmente a criança com necessidades especiais. 	
	As atividades artísticas, sejam elas, desenho, pintura, montagens, colagens, esculturas, fotografias, dança, música, teatro, artesanatos ou outras, desenvolvem a criatividade e capacidade de revelar sentimentos, alegrias, tristezas, emoções e percepções do mundo que vão construindo sua personalidade e maneira de ser. Adiron ainda explica que a criança com necessidades especiais é mais sensível e suscetível a estas construções de seu desenvolvimento intelectual. As escolas devem dar prioridades ao ensino de artes na educação inclusiva. O professor que ensina artes deve estar 
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atento ao que as crianças com necessidades especiais constroem em suas aulas, pois muito pode se aprender com suas significações. O processo da aprendizagem das artes, é lúdica e prazerosa, e leva a compreensão mais facilmente do que se quer ensinar. A aprendizagem das artes leva o aluno a perceber sua capacidade criadora, sem ter medo de suas limitações. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 no titulo I Art. 1º diz: “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Isso quer dizer que a interação social é parte essencial no desenvolvimento do indivíduo. Dentro da escola, essa interação deve acontecer como troca de experiências e na participação de todos os alunos, sem exceções. As aulas de artes são as mais propícias para este desenvolvimento social.
	Nas aulas de artes, a criança não tem limitação, o principal intuito, é que ela deve construir seus pensamentos e desenvolver suas habilidades, não importando quais sejam. A diferença entre os alunos é bem vinda, pois se aprende a cada instante e uns auxiliam os outros. Aprender com as diferenças é cultivar solidariedade, é construir igualdades e seres sociais mais justos e menos preconceituosos. Boa Ventura afirma que todos aprendemos com as diferenças, e que todos temos direito de ser diferentes. “Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza, e temos o direito de ser diferentes quando nossa igualdade nos descaracteriza...”( BOA VENTURA DE SOUZA DOS SANTOS, 2003 apud SANTOS, 2008).
	As diferenças e limitações não impedem a criança de aprender ou de se desenvolver, ninguém consegue aprender tudo ou saber tudo e todos nós, indivíduos com ou sem deficiências, temos necessidades, dificuldades e limitações. Adiron afirma que cada indivíduo possui uma habilidade diferente e isto nos faz únicos.
Todos vão aprender matemática? Duvido. Eu, até hoje, não consegui entender um monte de coisas que me ensinaram (não sei para que serve saber o que é um dígrafo ou uma oração coordenada assindética)... E duvido que qualquer pessoa seja capaz de se declarar conhecedor de todas as ciências, artes e ofícios... Matemática suficiente para a autonomia para todos (seja com calculadora, computador ou sorobã). Algoritmos para alguns. Português, ciências, literatura, história... Para todos... E que cada um vá adiante naquilo que gostar mais, mas que a nenhum seja sonegada a oportunidade de conhecer tudo e de todas as formas de conhecimento. (FÁBIO ADIRON, 2010).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A educação inclusiva é algo urgente a ser repensada. Os estudos são intensos e as leis vão de encontro ao que esperamos em termos de ressignificar valores e comportamentos, indo de encontro as igualdades sociais, ao respeito a diversidade, a multiculturalidade, ao convívio social de culturas e raças diferentes, afinal todos somos diferentes e por fim únicos.
	Mas sabemos que na prática isso não ocorre. As escolas não estão preparadas para o atendimento aos indivíduos com necessidades especiais, não há nas escolas recursos, métodos ou acessibilidade suficientes para suprir todas as necessidades, os professores não estão preparados para dar um atendimento de qualidade, principalmente porque na maioria das escolas, eles teêm em suas turmas mais de trinta alunos, sendo muito difícil a interação entre eles.
	O professor de artes possui uma importante missão junto a inclusão social, pois é ele que vai desenvolver junto ao aluno suas habilidades e conhecimento independente das limitações que a criança possua. O professor de artes deve trabalhar a habilidade, a criatividade e a capacidade construtora desse aluno. Dentro da arte, a criança trabalha a sensibilidade, as suas emoções, seu desenvolvimento cognitivo e assim constrói seu mundo social. 
	Podemos então concluir que as aulas de artes devem ser primordiais dentro da educação inclusiva. Todas as escolas devem ter em seu currículo as artes em todos os níveis de ensino. É preciso que se discuta e organize na comunidade escolar e dentro da educação, ter a disciplina de artes como uma estratégia pedagógica, para que a criança aprenda a pensar e trabalhar suas percepções e habilidades, podendo construir e desenvolver sua cidadania plena com igualdade respeito.
NOTAS
Fábio Adiron: Pai de duas crianças, uma com síndrome de down, membro da Comissão Executiva do Fórum Permanente de Educação Inclusiva, coordenador do Centro de estudos Multidisciplinar pró-inclusão, coordenador do projeto Roma-Brasil, Integrante da Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down. 
REFERÊNCIAS
ADIRON, Fábio. Educando na Diversidade. Site Bengala legal. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em <http://www.bengalalegal.com/adiron>. Acesso em: 10 de Abril de 2017.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O.U. de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 10 de abril de 2017.
MAIOLA, Carolina Dos Santos. Curso de Formação de professores; Deficiências, Transtornos e suas Especificidades. Ed. Uniasselvi. Indaial/Santa Catarina. 2016. Disponível em <CURSOS%20DE%20INCLUSÃO/DEFICIÊNCIAS%20E%20TRANSTORNOS.pdf>. Acesso em 30 de março de 2017.
SANTOS, Deborah Silva. Direitos Humanos e a Promoção da Igualdade Racial. Universidade de Brasília, 2008. Disponível em <http://unb2.unb.br/noticias/unbagencia/artigo.php?id=89>. Acesso em: 10 de Abril de 2017.
SANTOS, Ermoson Goes. A Importância Da Arte Na Educação Inclusiva. Web Artigos. São Paulo, 2011. Disponível no site http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-arte-na-educacao-inclusiva/112620/, acessado em 22/04/2017.
SILVEIRA, Tatiana Dos Santos; NASCIMENTO, Luciana Monteiro do. Educação Inclusiva. Indaial/SC. Uniasselvi, 2013.
SOUZA, Maurício de. Educação Inclusiva. Vídeo Disponível em https://youtu.be/nisvNAzYjzU. Acesso em 10 de Abril de 2017.
VYGOTSKY, Lev. S. Fundamentos da Defectologia. Obras escogidas.V. Madri. Visor,1997.

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