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Processo Penal III NULIDADES NO PROCESSO PENAL Noção de Nulidade Nulidade é a sanção aplicada pelo juiz em razão da verificação de um ato processual defeituoso. A sua imposição terá lugar toda vez que o desatendimento de norma processual penal cause prejuízo a direito das partes ou quando haja presunção legal de tal prejuízo por se cuidar de formalidade essencial. Isto é, a nulidade processual só ocorrerá após um ato judicial que decrete que o ato processual inquinado não pode gerar os efeitos a que se destina. Na verdade, a nulidade, no processo penal, não é automática, porquanto é preciso que o juiz se manifeste expressamente para que cessem os efeitos do ato processual viciado (salvo impossibilidade natural ou lógica de produção de seus efeitos normais). Nulidade Processual Contamina o ato processual; são decorrentes da não observância prevista em lei. Obs.: Os eventuais erros contidos no inquérito policial não contaminam futura ação pena. Sistemas de nulidade: rol exemplificativo x rol taxativo O artigo 564 do CPP enumera vários casos de atos processuais defeituosos que poderão acarretar a sanção de nulidade. Existe divergência doutrinária sobre se esse rol de nulidades é taxativo (numerus clausus ou rol fechado) ou exemplificativo (numerus apertus ou rol aberto). Para a maior parte da doutrina o CPP brasileiro adotou um sistema eclético, de molde a autorizar o juiz a perquirir a lei (se ela diz que o ato é invalido) e, ao mesmo tempo, investigar se o ato influenciado na verdade substancial ou na decisão da causa, bem como se do ato imperfeito resultou prejuízo para as partes. Isto é as hipóteses passíveis de nulidade não representam rol taxativo, mas exemplificativo. A possibilidade de defeitos dos atos processuais penais são amplas, não se resumindo nos casos previstos no artigo 564 do CPP. Tanto isso é exato que o seu inciso IV atesta a natureza aberta do sistema ao dizer que também ocorrerá nulidade “por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato”. Fundamento Constitucional As nulidades processuais devem ser encaradas como sanções estabelecidas legalmente para o fim de assegurar as garantias fundamentais processuais penais dispostas na Constituição Federal. Isso quer dizer que toda tipificação de ato defeituoso no Código de Processo Penal (especialmente os previstos no art. 564) é baseada em uma garantia fundamental de uma das partes. As nulidades processuais penais típicas (previstas expressamente no Código de Processo Penal) e atípicas (implícitas no sistema acusatório) têm a natureza de garantia constitucional. A função dessa sistematização é completar o regramento do processo com atenção para sua finalidade de fazer valer o jus puniendi, sem descurar da necessidade de também limitar o poder punitivo estatal. Tipicidade e atipicidade do ato processual Tipicidade do ato processual é a qualidade consistente em sua prática em compasso com todas as disposições constitucionais e legais que regem. Atipicidade do ato processual penal ocorre quando, ao revés, o ato é realizado sem observância das exigências legais e/ou constitucionais. A nulidade recairá sobre o ato processual atípico, isto é, será a sanção aplicada pelo juiz quando o ato processual for praticado em desconformidade com as leis processuais penais e/ou com a Constituição Federal. É de ver que “nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação e para a defesa” (art. 563, CPP). Isso quer dizer que atipicidade do ato não implica automaticamente sua nulidade. ATOS INEXISTENTES – NÃO PRODUZEM EFEITOS JURIDICOS ATOS NULOS- SÃO AQUELES PRATICADOS EM DESCONFORMIDADE PREVISTA EM LEI ATOS IRREGULARES- INFRACOES SU´PERFICIAIS INCORRIDAS DURANTE O PROCESSO ESPECIES DE NULIDADES : ABSOLUTA : NÃO CONVALIDAM, NÃO PRECLUEM , VICIOS GRAVES IMPORTANTES NO PROCESSO RELATIVA: PODE RECONHECER EX OFICCIO PELO JUIZ DE OFICIO SÃO VICIOS PORCESSUAIS PROCEDIMENTAIS SO PODE SER REQUERIDO POR UMA DAS PARTES PREJUDICADAS ELES PRECLUEM POSIÇÃO DO STF: É NECESSARIO SEMPRE QUE HOUVER PREJUIZO DEMONSTRADO NÃO IMPORTA SE ABSOLUTA OU RELATIVA PREVISAO DO ROL DAS NULIDADES (ROL NÃO TAXATIVO) ART 564 CPP PRINCIPIOS REGENTES DAS NULIDADES ART 565 1 PARTE CPP *PRINCIPIO NO INTERESSE ART 565,2 PARTE CPP NÃO HÁ NULIDADE SOB ATO IRRELEVANTE PARA O DESLINDE DA CAUSA – ART 566 CPP PRINCIPIO DA CAUSALIDADE –ART 573,CPP ESPECIES DE NULIDADES ABSOLUTAS 1 INCOMPETENCIA BASOLUTA 2- IMPEDIMENTO E SUSPENÇÃO 3SUBORNO DO JUIZ 4- LEGITIMIDADE DA PARTE OBS : ILEGITIMIDADE DE REPRESENTANTE DA PARTE ART 568 CPP 5- AUSENCIA DE DENUNCIA/QUEIXA E REPRESENTAÇÃO - DESCUMPRIMENTO DOS REQUESITOS DO ART41 CPP 6- AUSENCIA DE EXAME DE CORPO DE DELITO 7-AUSENCIA DE DEFESA DO REU E NOMEAÇÃO DE CURADOR SUMULA 523 STF CURADOR DO REU MENOR DE 21 ANOS E MAIOR DE 18 ANOS –SEM APLICABILIDADE APÓS A VIGENCIA DO CODIGO CIVIL DE 2002 LIVROS PARA ESTUDO: NESTOR TAVORA NUCCI EUGENCIO PACELLI
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