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CURVA ABC CURVA ABC • Quando se está orçando uma obra, é fácil constatar que um mesmo insumo aparece em várias composições de custos diferentes. É o caso do cimento que entra como insumo na composição do reboco, da alvenaria de pedra e do concreto. Na categoria mão-de- obra, é intuitivo perceber que servente é um recurso quase universal, aparecendo na maioria dos serviços. • Para o orçamentista e para quem vai tocar a obra, é de suma importância saber quais são os principais insumos, o total de cada insumo na obra e qual a sua representatividade. Isso serve para priorizar as cotações de preços, definir as negociações mais criteriosas, canalizar a energia dos responsáveis por compras, etc Curva ABC de insumos • A Curva ABC de insumos, é exatamente uma relação de insumos, em ordem decrescente de custos. No topo estão os principais insumos da obra em termos de custo; à medida que a tabulação vai descendo, vão surgindo os insumos menos significativos. • o orçamento da obra é, então: • Após obter os quantitativos totais e os respectivos custos para todos os insumos, estes devem ser dispostos em ordem decrescente de custo total. • Esta é a Curva ABC de insumos da obra. Ela nada mais é do que a tabulação dos insumos em ordem decrescente de custo total, indo do mais representativo em termos de custo – no caso, o azulejo, que responde por 32,63% do custo da obra - até o menos representativo – a lixa (0,12%). Colunas da tabela da curva ABC Utilidade da curva ABC • A Curva ABC é uma ferramenta que o orçamentista não pode deixar de gerar ao final do processo de orçamentação. Ela traz benefícios para o próprio orçamentista e também para o engenheiro que vai gerenciar a obra. A curva ABC aponta os itens que mais pesam na obra. É justamente nesses itens que o gerente da obra deve se concentrar para melhorar o resultado de sua obra. Curva ABC de serviços • Além da Curva ABC de insumos, já vista, é comum trabalhar-se com uma outra modalidade: a Curva ABC de serviços. • Esta é simplesmente a ordenação dos serviços da planilha orçamentária em ordem decrescente, com as colunas de percentual simples e acumulado. A Curva ABC de serviços não desce ao nível de insumos, ficando apenas nos itens da planilha de custo classificados por custo total. CURVA S • No mundo real, os projetos são longos e contêm multas atividades, englobando recursos de várias especialidades e consumindo vultosas somas de dinheiro. Para o planejador e para o gerente do projeto, é necessário balizar o avanço da obra ao longo do tempo, Como fica Impraticável somar o andamento das atividades em termos de seus quantitativos (pois não é possível somar m² de alvenaria com m³ de concreto), deve-se recorrer a um parâmetro que permita colocar o avanço das atividades em um mesmo referencial, por exemplo, trabalho (homem-hora) ou custo (dinheiro). • A evolução de um projeto, particularmente na construção civil, não se desenvolve de modo linear no que tange à aplicação dos recursos. 0 comportamento á geralmente lento-rápido-lento. • O nível de atividade de um projeto típico assemelha-se a uma distribuição normal, ou seja, uma curva de Gauss : o trabalho executado geralmente começa em ritmo lento, com poucas atividades simultâneas; passa progressivamente a um ritmo mais intenso, com várias atividades ocorrendo paralelamente; e, quando o projeto se aproxima do fim, a quantidade de trabalho começa a decrescer. Esse mesmo aspecto lento-rápido-lento é verificado com o custo ao longo do andamento da obra. • Pensemos agora no trabalho acumulado ou no custo acumulado. Se qualquer um desses parâmetros for plotado em um gráfico em função do tempo, a curva apresentará a forma aproximada de uma letra S — daí o nome curva S. • Ao montar o planejamento de sua obra, o planejador obtêm o cronograma e, como decorrência, a curva S, seja ela de avanço físico ou monetário, Essa curva geralmente reflete o progresso lento-rápido-lento do projeto e, portanto, adquire seu aspecto sinuoso. • Obviamente, o formato da curva S de um projeto não necessariamente coincide com o de outro projeto. O aspecto da curva vai depender da sequência das atividades e de sua quantidade de Hh ou valor monetário, bem como da duração total do projeto. Várias são as configurações possíveis para a curva, indo de levemente ondulada (quase linear) até um S com duas concavidades opostas e bem nítidas. CURVA “S” DE TRABALHO • Quando se tem um cronograma com atividades tão díspares quanto escavação de vala e colocação de forro de gesso, fica complicado somar a produção dos dois serviços, pois são de natureza distinta e não podem ser medidos na mesma unidade. Para avaliar o progresso da obra até determinado ponto, é preciso referenciar as atividades a um parâmetro comum; trabalho (homem-hora) ou custo. • O cronograma a seguir exemplifica o método de obtenção da curva S de trabalho, representado por homem-hora (Hh), Na Figura são ilustrados o total de Hh mensal (na forma de histograma, com valores lidos no eixo da esquerda) e o Hh acumulado (que é a curva S, com valores lidos no eixo da direita). • O histograma tem a forma aproximada de uma curva de Gauss, enquanto a curva acumulada tem o padrão de uma letra S. Se o trabalho (Hh) mensal fosse igual todos os meses (o que não é comum em nenhum tipo de projeto), a curva S seria uma linha reta ascendente. CURVA “S” DE CUSTOS • Para se obter a curva S de custos, o processo é idêntico. A única diferença é que o parâmetro de cálculo agora é o valor monetário de cada atividade, considerando mão de obra, material e equipamento. • O método é mostrado para o mesmo cronograma visto anteriormente, por simplicidade, foi assumida uma distribuição linear do custo das atividades. BENEFÍCIOS DA CURVA “S”
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