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Lesões Brancas
 De maneira geral, as lesões brancas tem como característica principal o acúmulo de queratina, resultando em espessamento do epitélio.
 Pelo espessamento, o epitélio que era transparente passa a ser opaco, de coloração esbranquiçada.
 Não são removidas à raspagem.
Lesões Brancas
. Hereditárias > Leucoedema, Nevo branco esponjoso.
. Reacionais> Hiperqueratoses. Estomatite Nicotínica 
.Potencialmente Maligna< . Leucoplasia, Queilite Actínica
. Auto-imune> Líquen Plano
Lesões Branco-Amareladas não Epiteliais > Grânulos de Fordyce
Hereditária - Leucoedema
É uma opacidade generalizada da mucosa jugal, considerada uma variação da normalidade.
Etiologia: Até o momento, não foi estabelecida.
Patogênese: Fatores como tabagismo, etilismo, infecção bacteriana foram implicadas, porém nenhuma foi comprovada.
Características Clínicas:
-Assintomático.
-Distribuição simétrica na mucosa jugal.
-Superfície branco-acinzentada, difusa de aspecto leitoso.
-Mais evidente em indivíduos não-brancos.
Obs.: As alterações opacas desaparecem com o estiramento da mucosa jugal.
Diagnóstico Diferencial:
-O Nevo branco Esponjoso e Líquen Plano podem mostra-se clinicamente semelhantes, porém a sua persistência quando a mucosa jugal é distendida as diferenciam do leucoedema.
Tratamento: Não há necessidade, pois as alterações são inócuas e sem potencial malígno.
Reacionais – Hiperqueratoses
É uma hiperplasia da camada superficial da queratina provocada por trauma mecânico crônico de baixa intensidade.
Etiologia: Trauma crônico. Mordiscar a bochecha, fricção crônica dos lábios contra dentes quebrados, prótese mal-adaptadas, fricção em aparelhos ortodônticos, etc. 
Características clínicas:
-Aparece em locais constantemente traumatizados: Lábios, lateral da língua, mucosa jugal.
-Rebordo alveolar em edêntulos e fundo de saco podem ser afeados por uma prótese mal-adaptada.
Tratamento: O controle do hábito desencadeador da lesão. Não existe nenhum potencial maligno. Desaparece em até 40 dias após a remoção da causa.
Reacionais – Estomatite Nicotínica
É um tipo de hiperqueratose relacionada com o trauma crônico provocado pelo tabagismo.
Irritação pelo calor e carcinógenos (nicotina, alcatrão, etc).
Etiologia: Causado por cachimbo, charuto e cigarro.
Características Clínicas:
-Palato duro apresenta-se esbranquiçado – Hiperqueratose.
-Pontos avermelhados no palato representam inflamação dos orifícios dos ductos de glândulas salivares acessórias inflamadas.
tratamento: Orientação sobre o hábito desencadeador da lesão. Deve ser vista como um potencial indicador de alteração epitelial.
Reacionais – Leucoplasia
LEUCO = branco - PLASIA = crescimento
Lesão branca na mucosa bucal, que não é removida por raspagem e não desaparece após a remoção da causa.
Lesão com potencial para transformação maligna (6 a 15%).
Etiologia:
- Geralmente associada ao hábito de fumar e ingerir bebidas alcoólicas;
- Outros irritantes crônicos, como injúrias dentais e protéticas, também podem estar relacionados;
- Dentre os possíveis fatores sistémicos, são relacionados a sífilis, avitaminoses, anemias , baixa de ácido clorídrico no estômago, etc.
- As vezes sem causa aparente.
Características Clínicas:
-Placa branca assintomática.
-Não removida por raspagem
-As placas podem ser lisas ou rugosas, únicas ou múltiplas, variando seu tamanho, desde alguns milímetros até lesões extensas com comprometimento de varias áreas simultaneamente.
-Comprometem qualquer área da mucosa bucal, principalmente a língua, mucosa jugal e palato duro e mole.
-Mais comum em homens, acima dos 40 anos;
Diagnóstico Diferencial:
Hiperqueratose, Líquen Plano, Candidíase Hiperplásica.
TRATAMENTO:
- Geralmente cirúrgico com remoção total da lesão.
- Lesões maiores podem ser tratadas de duas formas:
 1 – remoção total seguida de enxertos ou retalhos de mucosa para cobrir a ferida cirúrgica.
 2 – Acompanhamento rigoroso por meio de citologia esfoliativa e biópsias incisionais em áreas suspeitas de transformação maligna.
TESTE DE SHEDD (Teste do Azul de Toluidina)
Serve para idenficar áreas de maior reprodução celular e
consequentemente com maior tendência a malignização.
TÉCNICA:
• Bochechar com água por 30 segundos;
• A seguir bochechar com solução de acido acético a 1 %, por 20s;
• Secar levemente a área a ser analisada com gaze;
• Com um cotonete ou chumaço de algodão aplicar o azul de toluidina
sobre a área suspeita;
• Deixar o corante agir sobre a lesão por 30 segundos;
• Bochechar com ácido acético a 1 %, por 60 segundos;
• Bochechar com água;
• Observar as regiões mais intensamente coradas e biopsiar.
Potencialmente Maligna – Queilite Actínica
Degeneração tecidual acelerada do vermelhão do lábio, especialmente do lábio inferior, como resultado da exposição crônica à luz solar.
Etiologia: Comprimento de ondas da luz responsáveis pela Queilite Actínica.
Caractrísticas Clínicas:
-Vermelhão do lábio afetado torna-se atrófico enrugado.
-Fissuras e pregas em ângulos retos com a junção mucocutânea.
-É mais grave em indivíduos de pele clara.
Tratamento:
Evitar luz solar direta. Usar protetor/bloqueador solar.
Realizar biopsia em úlceras persistentes e lesões endurecidas.
Aplicação tópica de Ácido tricloroacético ou 5-fluorouracil.
AUTO-IMUNE – Líquen Plano
Caractrísticas Clínicas comuns:
- Lesão branca com aspecto multiforme. O mais tradicional é o aspecto reticular, que se desenvolve bilateralmente na mucosa jugal, lembrando uma rede (Estrias de Wickham).
- Pode gerar queimação e ardor.
- Mais comum 3ª a 5ª décadas de vida;
- Mais comum em mulheres.
Etiologia:
- Origem desconhecida;
- Principalmente em Pacientes com distúrbios emocionais;
- Existem casos relacionados a Hepatite C e ao Diabetes.
AUTO-IMUNE – Líquen Plano
Outras formas de Líquen Plano menos comuns:
- Múltiplas pápulas formando placas;
- Forma erosiva (forma atípica)
- Forma bolhosa (forma atípica)
O potencial de malignização é duvidoso, mas se existir, é muito baixo e restrito às formas atípicas.
Histologicamente:
- Hiperqueratose e infiltrado inflamatório no tecido conjuntivo subjacente. Há degeneração da camada basal.
Tratamento:
- Nâo existe um tratamento específico;
- Muitas vezes a melhora do estado emocional coincide com o desaparecimento da lesão.
- Uso de corticóide tópico diminuem os sintomas de ardor e queimação (Elixir de Dexametasona 0,5mg, utilizado como solução para bochechos por um minuto, 3 vezes ao dia)
Seu potencial de transformação maligna é controverso.
Lesões Branco-Amareladas não Epiteliais
 Grânulos de Fordyce
Representam glândulas sebáceas ectópicas (tecido normal em uma localização anormal).
Obs.: Considerada como alteração do desenvolvimento e pode ser classificada como uma variação da normalidade
Características Clínicas:
-Grânulos múltiplos.
-Local de predileção incluem a mucosa jugal e o vermelhão do lábio superior.
-Lesões distribuídas simetricamente.
-Se torna evidente após a puberdade.
-Assintomáticas.
Tratamento: 
Nenhum tratamento é indicado, pois as glândulas possuem características normais e não causam nenhum efeito indesejável.
Lesões Ulceradas
 Afta recorrente ou Afta Vulgar
 Afta de Sutton (gigante)
 Úlceras traumáticas
 Úlceras causadas por reação alérgica
 Eritema multiforme
 Síndrome de Behçet
 Síndrome de Stevens-Johnson
 Lúpus Eritematoso
 Úlceras causadas por Infecções
 - Vírus = Sarampo, Mononucleose Infecciosa, Herpes
 - Fungos = Paracocco, Candidíase, Histoplasmose
 - Bactérias = Sífilis, Guna
 Úlceras causadas por tumores = Carcinomas
 Úlceras da cavidade bucal
 (causa mecânica, aftas, infecções, doenças auto-imunes, etc)
 X
 Câncer de boca
(geralmente na boca aparecem como úlceras - carcinomas)
Avaliar: idade do paciente, história prévia do paciente
(relatos de surtos anteriores),
curso da doença, tempo de duração, lesões únicas ou múltiplas, localização, dor, etc)
 Lesões Erosivas e Ulceradas
Doenças Imunológicas - Úlcera Aftosa
Úlceras doloridas, únicas ou múltiplas, recorrentes, formato circular ou oval, com fundo amarelo-acinzentado e halo eritematoso. Desaparecem entre 7 a 10 dias.
Etiologia: A causa das aftas dolorosas é desconhecida. Parece haver uma predisposição hereditária para seu desenvolvimento. Também pode haver uma ligação com o sistema imune.
Patogênese : As úlceras podem aparecer em resposta a lesões na boca causadas por procedimentos dentais ou hábitos agressivos de escovação dental. Também podem surgir no local de uma mordida na língua ou na bochecha.
Outros fatores são: Estresse, deficiências nutricionais (principalmente de ferro, ácido fólico ou vitamina B12), menstruação, alterações hormonais, alergias alimentares. Também podem ocorrer sem causa identificável.
Obs.: As úlceras aftosas normalmente aparecem em mucosas não queratinizadas da boca, como a superfície interna das bochechas, lábios, língua, palato mole e mucosa alveolar. Normalmente, elas se iniciam com uma sensação de formigamento ou ardor, seguida de uma mancha ou protuberância avermelhada que ulcera. A dor diminui, de
forma espontânea, em 7 a 10 dias. A cura total ocorre em 1 a 3 semanas.
Características Clinicas:
-Sensação de ardor ou formigamento antes do desenvolvimento de outros sintomas (sintomas de advertência).
-Lesão em mucosas pouco queratinizadas da boca.
-Formação de uma ou mais úlceras.
-Normalmente pequena, de 1 ou 2 mm a 1 cm.
-Únicas ou em surtos, normalmente aparecem em grupos.
-Dolorosas.
-Centro branco-acinzentado ou amarelado.
-Halo eritematoso e brilhante.
-Desconforto generalizado ou inquietação (mal-estar)
Tratamento:
Não é necessário tratamento. Na maioria dos casos, há cicatrização espontânea, em casos mais graves usar corticosteroides tópicos e anestesicos spray (Hexomedine).
Deve-se manter uma boa higiene oral para prevenir infecções bacterianas, enxaguatório com Clorexidina 0,12%. Geralmente a dor diminui em 7 ou 10 dias. A cicatrização ocorre geralmente em até 14 dias. As úlceras desaparecem espontaneamente sem deixar cicatrizes.
Lesões Erosivas e Ulceradas
Doenças Imunológicas - Úlcera Aftosa
 Forma mais grave – “AFTA DE SUTTON”
Características clínicas
Ocorre em 7 a 10% dos pacientes com aftas São aftas grandes, medindo 10mm ou mais
Duração é mais longa, podendo chegar a 6 semanas 
Localização preferencial – palato mole e mucosa labial
Ao serem reparadas deixam cicatriz
Investigar associação ao HIV
Lesões Reacionais – Úlceras Traumáticas
São as lesões bucais mais comuns do tecido mole. Causada por um simples traumatismo mecânico, térmico ou químico.
Etiologia:
-Traumatismo acidental (ex: mordida, alimentos quentes).
-Auto-induzidas em decorrência de hábito anormal.
-Iatrogênia.
-Substâncias químicas (medicamentos – ex: AAS).
-Tratamento de radioterapia.
Características Clínicas:
Agudas
-Graus variáveis de dor, vermelhidão e tumefação.
-Base amarelada, halo avermelhado.
-Cicatrização em 7 a 10 dias, se a causa for eliminada.
Crônicas
-Pequenas ou sem dor.
-Base amarelada, margens elevadas(cicatriz).
-Cicatrização demorada, se irritadas, especialmente na
língua.
Diagnóstico:
O exame clínico e a história do paciente normalmente revelam uma relação causa efeito.
Em Úlceras Crônicas, é importante que um diagnóstico diferencial seja realizado. Um período de observação de duas semanas é necessário, juntamente com o esforço em se manter a higiene bucal por meio de um enxaguatório suave, Clorexidina 0,12%.
Tratamento:
Apenas acompanhamento clínico do paciente até a reparação.
Se a dor for intensa, um tratamento tópico poderá ser benéfico, corticosteróides tópicos (Oncilom orabase - Triancinolona). Anestésico tópico (Hexomedine spray)
Lesões Reacionais - Necrose Anestésica
A administração de um agente anestésico local pode, em raras ocasiões, ser seguida de úlceras e necrose no sítio da injeção; resultado da isquemia local.
Principal local: palato – forame palatino maior
Principal anestésico: com vasoconstritor norepinefrina
Características Clínicas:
-Desenvolve-se vários dias após o procedimento.
-Comumente apresenta-se no palato duro.
-Área da lesão bem circunscrita.
-Ulceração profunda.
Tratamento:
Não é necessário, a menos que a ulceração não regrida.
Lesões Reacionais -Sialometaplasia Necrosante
Condição inflamatória, localmente destrutiva, das glândulas salivares. Resultante da isquemia do tecido salivar.
Etiologia:
-Lesão traumática.
-Injeção anestésica.
-Prótese mal adaptada.
Características Clínicas:
-Glândulas salivares do palato, geralmente unilaterais.
-Inicia-se como uma tumefação não ulcerada, com dor.
-Em 2 ou 3 semanas o tecido necrótico separa-se, levando a uma úlcera semelhante a cratera.
Tratamento:
Uma vez estabelecido o diagnóstico, não há tratamento específico.
Lesões Infecciosas – Candidíase Oral (Sapinho)
Lesão ulcerada extensa recoberta por placa branca pseudomembranosa, removida à raspagem, em qualquer área bucal.
Podem ser assintomáticas ou haver queixa de dor ou ardência, com dor intensa, ferida, inflamação da mucosa e tendência para sangramento.
Fatores predisponentes:
• Lactantes (má higiene bucal e das mamadeiras)
• Deficiência do sistema imunitário
• uso de próteses dentárias
• Diabetes ou anemia
• Uso de medicamentos como antibióticos ou corticosteroides
• Quimioterapia ou radioterapia
• Deficiência em ferro, folato ou vitamina B12
• Uso excessivo de soluções de desinfeção oral
• Possuir xerostomia
• Tabagismo
• Pacientes em Unidades de Terapia intensivos
• Contraceptivos orais de doses elevadas de estrogénios
DIAGNÓSTICO:
Citologia esfoliativa – nota-se a presença do fungo (hifas).
Cultura do fungo em meio Sabouraud.
TRATAMENTO:
• Gargarejos de nistatina tópica a 100.000/ml (5 ml)
• 5 vezes ao dia por 2 semanas
• Continuando o uso por uma semana após o desaparecimento das lesões.
• A administração sistêmica de agentes antimicóticos como fluconazol pode ser necessária para as infecções resistentes.
Doenças Imunológicas - Reações a Medicamentos
Resposta hiperimune ou alergia ao fármaco, está associada a liberação de histamina.
Características Clínicas:
-Urticária (comum).
-Erupções de pele (Eritemas).
-Coceira na pele ou nos olhos (Comum).
-Inchaço dos lábios.
Obs.: O exame da pele pode mostrar urticária, erupções cutâneas ou angioedema. A dificuldade respiratória, chiados e outros sintomas podem indicar uma reação anafilática.
Diagnóstico:
Anamnese cuidadosa.
Tratamento:
Identificação e retirada do agente causador.
Reações bucais e cutâneas uso de anti-histamínicos ou corticosteroides
Doenças Imunológicas - Eritema Multiforme
Distúrbio da pele e mucosas resultante de uma reação alérgica,caracterizada por lesões cutâneas em forma de alvo e ou lesões bucais ulcerativas.
Etiologia:
Desconhecida, embora se suspeite de uma reação de hipersensibilidade, relacionado com o complexo antíngenos anticorpos, cujo o alvo são os pequenos vasos na pele ou na mucosa.
Distúrbio da pele e mucosas resultante de uma reação auto-imune,caracterizada por lesões cutâneas em forma de alvo e ou lesões bucais ulcerativas.
Etiologia:
Desconhecida, embora se suspeite de uma reação de hipersensibilidade, relacionado com o complexo antíngenos anticorpos, cujo o alvo são os pequenos vasos na pele ou na mucosa.
Características Clínicas:
-Várias lesão cutânea com início repentino e possibilidade de recorrência, pode propagar-se.
-Lesão central rodeada por anéis concêntricos e vermelhidão (forma de "alvo", de "íris" ou do “olho de boi").
-Pode ter vesículas e bolhas (de diferentes tamanhos).
-Localizada nas pernas, braços, palmas, mãos ou pés.
- 25 a 50% dos pacientes com lesões cutâneas tem
lesões bucais
Características Clínicas bucais:
-Iniciam com placas eritematosas que sofrem necrose epitelial
- Evoluem para grandes erosões ou úlceras rasas com bordas irregulares
- Crostas hemorrágicas nos lábios são comuns
- Afetam mucosas não queratinizadas
- Perduram por 2 a 6 semanas e pode apresentar recorrências
Diagnóstico Diferencial:
Quando as lesões cutâneas apresentam-se em forma de alvo o diagnóstico clínico é prontamente realizado.
Tratamento:
Manutenção da limpeza bucal com enxaguatório ou Clorexidina 0,12%.
Os corticosteróides tópicos juntamente com os antifúngicos, auxiliam no controle da doença.
Doenças Imunológicas
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
Doença auto-imune, de etiologia desconhecida. Rara, sendo mais frequente em mulheres jovens em relação aos homens (9:1).
Períodos de exacerbações e remissões. Pode estar associado à convulsões ou psicoses.
Comprometimento de articulações, renais e hematológicas. Pode levar a morte.
Características clínicas faciais:
Eritema malar (lesão no rosto com forma de “asa de borboleta”)
Características clínicas bucais:
Eritemas ou Úlceras bucais e nasofaríngeas geralmente indolores Intra-oral: geralmente região palatal
Lesão pouco simétrica, podendo apresentar áreas queratóticas.
Diagnóstico diferencial:
Em forma de eritema se assemelha ao Líquem Plano Erosivo.
Em forma de úlcera se assemelha ao Pênfigo Vulgar ou Eritema Multiforme.
Diagnóstico definitivo:
Lesões em pele características podem ajudar no diagnóstico.
Biópsia incisional, imunofluorescência direta, teste sorológico para lúpus.
Tratamento:
Realizado pelo médico. Dependo dos órgãos e sistemas envolvidos.
Corticóides, imunossupressores, etc.
Lesões cancerígenas
CARCINOMAS
Mais de 90% dos cânceres de boca e garganta, são carcinomas.
Também chamados de carcinomas espinocelulares ou ainda carcinomas epidermóides.
A forma inicial do carcinoma é chamada de carcinoma in situ, isto é, o câncer só está presente nas células da camada de revestimento, chamada de epitélio, e não invade as camadas mais
profundas. Um carcinoma espinocelular invasivo significa que as células do câncer penetraram em camadas mais profundas da cavidade bucal e da orofaringe.
LESÕES NODULARES
São crescimentos teciduais de tamanhos variados que se apresentam
• ou na superfície epitelial (exofíticos) – visíveis a “olho nu”
• ou profundo nos tecidos moles – perceptíveis por palpação ou por assimetria local
Podem ser de origem:
• Traumática – fatores irritativos crônicos de baixa intensidade e longa duração
• De Desenvolvimento – de causa desconhecida (tumores benignos )
TUMOR BENIGNO
• Crescimento tecidual de causa desconhecida, apresentando células semelhantes às do tecido que lhe deu origem. É inútil ao organismo, de progressão lenta e autolimitada. Pode até surgir por fatores irritativos, porém com baixo poucas ou nenhuma célula inflamatória.
LESÕES NODULARES
CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA
• Hiperplasia fibrosa inflamatória
• Granuloma piogênico
• Lesão periférica de células gigantes
• Fibromatoses gengivais (irritativa, medicamentosa, anatômica, hereditária)
CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE DESENVOLVIMENTO
• Fibroma
• Fibroma ossificante periférico
• Lipoma
• Papiloma
• Torus palatino e mandibular
• Cisto gengival do adulto
• Adenoma pleomórfico
• Neuroma
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA
CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA
• Apresenta-se como um aumento volumétrico nodular com caráter fibroso devido à elevação no número de células da área.
• Fatores irritantes crônicos de baixa intensidade (traumas mecânicos constantes)
• Próteses mal ajustadas
• Câmara de sucção ou câmara de vácuo (artifício usado para obter maior fixação da prótese total superior no palato)
• Dentes fraturados ou restos dentários sobre a mucosa bucal
HFI – Hiperplasia fibrosa inflamatória
• Falha de adaptação do bordo da prótese;
• ou quando o bordo da prótese é fino, afiado, pontiagudo, etc;
• ou falta de alívio para os freios e bridas musculares.
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA
• O tamanho das lesões pode variar desde hiperplasias localizadas com menos de um centímetro de diâmetro, a lesões que envolvem a maior parte do comprimento do vestíbulo
(fundo de vestíbulo)
• Apresenta consistência firme
• Coloração semelhante ao tecido original
• Geralmente assintomática
• Apresenta base séssil
• Formas variadas, sendo que em algumas ocasiões aparecem várias formações agrupadas com aspecto pregueado.
Tratamento
• Afastar o fator etiológico (impedir o uso de prótese) e aguardar uns 15 dias para reavaliação e verificar se houve diminuição do volume da mesma, pela redução do componente inflamatório.
• Lesões pequenas podem regredir quando a prótese é ajustada.
• Lesões maiores requerem ressecção cirúrgica e exame histopatológico.
• Após a remoção cirúrgica faz-se a sutura ou proteção da área com cimento cirúrgico ou ainda utilizar pastas para moldagem na própria prótese do paciente.
Prognóstico
• O prognóstico é favorável, porém se a prótese não for ajustada ou refeita haverá
risco de reincidência.
Transformação maligna - raramente tem evolução para forma tumoral,
isso pode ocorrer devido principalmente a persistência do fator etiológico
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA POR CÂMARA DE SUCÇÃO EM PT SUPERIOR
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GRANULOMA PIOGÊNICO
GRANULOMA GRAVÍDICO
CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA
• É um aumento de volume geralmente indolor, geralmente na papila interdental, com superfície lobulada, coloração avermelhada ou roxa, e facilmente sangrante devido à sua extrema vascularização.
• Geralmente a base é pediculada, podendo ser séssil
• Tamanho – mais comum entre 5 mm a 2 cm
CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA
Causas:
• Má higiene, Inflamação gengival e presença de tártaros
• Dentes apinhados
• Restaurações deficientes (excessos ou ásperas)
• Corpo estranho (ex. casquinha de pipoca, piercing no nariz/língua
GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA GRAVÍDICO
• Em 75% ocorre na gengiva (mais na face vestibular), os lábios, língua e mucosa jugal são outras localizações mais comuns.
• Os granulomas piogênicos podem exibir um crescimento rápido, o que pode alarmar tanto o paciente quanto o clínico, que poderão temer uma lesão maligna.
TRATAMENTO
• Excisão cirúrgica e remoção do agente causal
• Para lesões gengivais, a excisão deve ser estendida para a região subperióstica e os dentes adjacentes devem ser raspados de modo eficaz e as restaurações polidas, para remover qualquer fonte de irritação contínua.
BIÓPSIA EXCISIONAL GRANULOMA GRAVÍDICO
LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES
GRANULOMA PERIFÉRICO DE CÉLULAS GIGANTES
CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA
• Origem no ligamento periodontal ou tecido periostal em conseqüência demuma irritação crônica de baixa intensidade, geralmente subgengival.
• Massa nodular globosa, roxa, vermelha ou vermelho-azulada
• Dentados – pediculada / Desdentados - séssil
• Geralmente tem menos que 2 cm, mas pode ocorrer lesões maiores
• Maior incidência na 5ª e 6ª década de vida.
• Embora seja uma lesão de tecidos moles, algumas vezes pode ser observada uma reabsorção em forma de taça no osso alveolar subjacente.
• Clinicamente é semelhante ao granuloma piogênico, porém são aumentos teciduais mais firmes e pálidos , com menor sangramento e em geral localizados em rebordo alveolar ou gengiva, ao invés da papila interdental.
Tratamento
• Consiste na excisão cirúrgica local, abaixo do osso subjacente.
• Os dentes adjacentes devem ser raspados (com curetas periodontais), para eliminar qualquer foco de irritação e minimizar o risco de recidiva.
Prognóstico
• Em aproximadamente 10% dos casos ocorre recidiva.
FIBROMATOSES GENGIVAIS
HIPERPLASIAS GENGIVAIS
CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA
• Aumento dos tecidos gengivais benigno, lento e progressivo, que podem cobrir total ou parcialmente as coroas
dentárias.
• Irritativa ou inflamatória – placa bacteriana
• Medicamentosa
• Anatômica
• Hereditária
Irritativa ou inflamatória – placa bacteriana
Medicamentosa - influenciado por drogas
 - Anticonvulsivante – Fenitoína (Hidantal®)
 - Imunossupressor – Ciclosporina
 - Anti-hipertensivos – Nifedipina (Adalat®) - bloqueador dos canais de cálcio
FIBROMATOSE GENGIVAL
CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA
• Irritativa
• Medicamentosa
• Anatômica
• Hereditária - rara – início na infância
TRATAMENTOS
• Controle dos fatores irritantes (higiene bucal adequada)
• Tratamento periodontal básico - RAR
• Redução da dose ou substituição dos medicamentos
• Gengivectomia
Podem ocorrer recidivas com certa frequência, com necessidade de novos
procedimentos cirúrgico
LESÕES NODULARES
CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE DESENVOLVIMENTO
• Fibroma
• Fibroma ossificante periférico
• Lipoma
• Papiloma
• Torus palatino e mandibular
• Adenoma pleomórfico
• Cisto gengival do adulto
• Neuroma
FIBROMA
• Lesão nodular globosa submucosa, séssil ou pediculada, de coloração normal da mucosa, encontrado em qualquer região da mucosa bucal.
• Tecido conjuntivo denso fibroso com pouca vascularização
• Consistência firme e elástica
• Superfície brilhante e textura lisa
• Tamanho de poucos milímetros até 1 a 2 centímetros
• O tratamento é cirúrgico e o prognóstico é bom.
Pode em alguns casos se originar de hiperplasia fibrosa inflamatória provocada por trauma, porém quando o agente irritante desaparece, o componente inflamatório fica restrito aos fibroblastos que se agora se desenvolvem como tumor benigno.
FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO
• Massa fibrótica com tecido ósseo em seu interior
• Lesão nodular, geralmente pediculada, coloração pálida e consistência firme.
• Quando traumatizada pode apresentar-se levemente avermelhada ou mesmo ullcerada.
• Acomete exclusivamente a gengiva inserida ou raramente a gengiva marginal livre
• Tamanho geralmente entre 2 e 4 centímetros. Raramente é gigante.
• O tratamento é cirúrgico e o prognóstico é bom.
É um crescimento tecidual de origem traumática, porém antigo, em que ocorre grande formação de fibras colágenas, além da formação de tecido ósseo no seu interior.
LIPOMA
• Lesão nodular submucosa, consistência amolecida, em geral séssil.
• Mucosa que recobre com coloração normal ou levemente amarelada.
• É considerada um HAMARTOMA, pois trata-se de um tecido gorduroso normal que possue a mesma composição dos tecidos que o cerca, com ambos crescendo na mesma proporção. Todavia, o hamartoma cresce de forma desorganizada.
• Tamanho variando de 1 a vários centímetros
• O tratamento é cirúrgico e o prognóstico é bom
PAPILOMA
• Lesão papilar exofítica, filiforme, esbranquiçada, base pediculada, superfície verrucosa, opaca e textura áspera.
• Tamanho pequeno podendo variar entre 1 e 5 milímetros.
• Predominância por áreas mais queratinizadas como semimucosa labial, dorso da língua e palato duro.
• Origem desconhecida porém pode ser virótica (HPV – papiloma vírus humano)
• O tratamento é cirúrgico com margem de segurança e a peça deve ser obrigatoriamente encaminhada ao histopatológico.
TORUS PALATINO E MANDIBULAR
• Consiste em um crescimento ósseo não neoplásico, benigno, localizado ou circunscrito, encontrado na superfície cortical do osso palatino ou lingual da mandíbula.
• Geralmente não é necessário realizar tratamento, a menos que seja por motivos protéticos ou quando há constantes traumatismos da mucosa que reveste o tórus.
ADENOMA PLEOMÓRFICO
• Tem origem em tecido glandular – gl. salivares maiores e menores
• Glandula parótida é a mais acometida das gl. salivares maiores
• Intraoral – geralmente na região posterior do palato duro unilateral
• Lesão nodular submucosa, séssil, de coloração normal da mucosa
• Consistência borrachóide
• Tamanho – 2 a 5 centímetros
• O tratamento é cirúrgico com margem de segurança e o prognóstico é bom

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