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Lesões Brancas De maneira geral, as lesões brancas tem como característica principal o acúmulo de queratina, resultando em espessamento do epitélio. Pelo espessamento, o epitélio que era transparente passa a ser opaco, de coloração esbranquiçada. Não são removidas à raspagem. Lesões Brancas . Hereditárias > Leucoedema, Nevo branco esponjoso. . Reacionais> Hiperqueratoses. Estomatite Nicotínica .Potencialmente Maligna< . Leucoplasia, Queilite Actínica . Auto-imune> Líquen Plano Lesões Branco-Amareladas não Epiteliais > Grânulos de Fordyce Hereditária - Leucoedema É uma opacidade generalizada da mucosa jugal, considerada uma variação da normalidade. Etiologia: Até o momento, não foi estabelecida. Patogênese: Fatores como tabagismo, etilismo, infecção bacteriana foram implicadas, porém nenhuma foi comprovada. Características Clínicas: -Assintomático. -Distribuição simétrica na mucosa jugal. -Superfície branco-acinzentada, difusa de aspecto leitoso. -Mais evidente em indivíduos não-brancos. Obs.: As alterações opacas desaparecem com o estiramento da mucosa jugal. Diagnóstico Diferencial: -O Nevo branco Esponjoso e Líquen Plano podem mostra-se clinicamente semelhantes, porém a sua persistência quando a mucosa jugal é distendida as diferenciam do leucoedema. Tratamento: Não há necessidade, pois as alterações são inócuas e sem potencial malígno. Reacionais – Hiperqueratoses É uma hiperplasia da camada superficial da queratina provocada por trauma mecânico crônico de baixa intensidade. Etiologia: Trauma crônico. Mordiscar a bochecha, fricção crônica dos lábios contra dentes quebrados, prótese mal-adaptadas, fricção em aparelhos ortodônticos, etc. Características clínicas: -Aparece em locais constantemente traumatizados: Lábios, lateral da língua, mucosa jugal. -Rebordo alveolar em edêntulos e fundo de saco podem ser afeados por uma prótese mal-adaptada. Tratamento: O controle do hábito desencadeador da lesão. Não existe nenhum potencial maligno. Desaparece em até 40 dias após a remoção da causa. Reacionais – Estomatite Nicotínica É um tipo de hiperqueratose relacionada com o trauma crônico provocado pelo tabagismo. Irritação pelo calor e carcinógenos (nicotina, alcatrão, etc). Etiologia: Causado por cachimbo, charuto e cigarro. Características Clínicas: -Palato duro apresenta-se esbranquiçado – Hiperqueratose. -Pontos avermelhados no palato representam inflamação dos orifícios dos ductos de glândulas salivares acessórias inflamadas. tratamento: Orientação sobre o hábito desencadeador da lesão. Deve ser vista como um potencial indicador de alteração epitelial. Reacionais – Leucoplasia LEUCO = branco - PLASIA = crescimento Lesão branca na mucosa bucal, que não é removida por raspagem e não desaparece após a remoção da causa. Lesão com potencial para transformação maligna (6 a 15%). Etiologia: - Geralmente associada ao hábito de fumar e ingerir bebidas alcoólicas; - Outros irritantes crônicos, como injúrias dentais e protéticas, também podem estar relacionados; - Dentre os possíveis fatores sistémicos, são relacionados a sífilis, avitaminoses, anemias , baixa de ácido clorídrico no estômago, etc. - As vezes sem causa aparente. Características Clínicas: -Placa branca assintomática. -Não removida por raspagem -As placas podem ser lisas ou rugosas, únicas ou múltiplas, variando seu tamanho, desde alguns milímetros até lesões extensas com comprometimento de varias áreas simultaneamente. -Comprometem qualquer área da mucosa bucal, principalmente a língua, mucosa jugal e palato duro e mole. -Mais comum em homens, acima dos 40 anos; Diagnóstico Diferencial: Hiperqueratose, Líquen Plano, Candidíase Hiperplásica. TRATAMENTO: - Geralmente cirúrgico com remoção total da lesão. - Lesões maiores podem ser tratadas de duas formas: 1 – remoção total seguida de enxertos ou retalhos de mucosa para cobrir a ferida cirúrgica. 2 – Acompanhamento rigoroso por meio de citologia esfoliativa e biópsias incisionais em áreas suspeitas de transformação maligna. TESTE DE SHEDD (Teste do Azul de Toluidina) Serve para idenficar áreas de maior reprodução celular e consequentemente com maior tendência a malignização. TÉCNICA: • Bochechar com água por 30 segundos; • A seguir bochechar com solução de acido acético a 1 %, por 20s; • Secar levemente a área a ser analisada com gaze; • Com um cotonete ou chumaço de algodão aplicar o azul de toluidina sobre a área suspeita; • Deixar o corante agir sobre a lesão por 30 segundos; • Bochechar com ácido acético a 1 %, por 60 segundos; • Bochechar com água; • Observar as regiões mais intensamente coradas e biopsiar. Potencialmente Maligna – Queilite Actínica Degeneração tecidual acelerada do vermelhão do lábio, especialmente do lábio inferior, como resultado da exposição crônica à luz solar. Etiologia: Comprimento de ondas da luz responsáveis pela Queilite Actínica. Caractrísticas Clínicas: -Vermelhão do lábio afetado torna-se atrófico enrugado. -Fissuras e pregas em ângulos retos com a junção mucocutânea. -É mais grave em indivíduos de pele clara. Tratamento: Evitar luz solar direta. Usar protetor/bloqueador solar. Realizar biopsia em úlceras persistentes e lesões endurecidas. Aplicação tópica de Ácido tricloroacético ou 5-fluorouracil. AUTO-IMUNE – Líquen Plano Caractrísticas Clínicas comuns: - Lesão branca com aspecto multiforme. O mais tradicional é o aspecto reticular, que se desenvolve bilateralmente na mucosa jugal, lembrando uma rede (Estrias de Wickham). - Pode gerar queimação e ardor. - Mais comum 3ª a 5ª décadas de vida; - Mais comum em mulheres. Etiologia: - Origem desconhecida; - Principalmente em Pacientes com distúrbios emocionais; - Existem casos relacionados a Hepatite C e ao Diabetes. AUTO-IMUNE – Líquen Plano Outras formas de Líquen Plano menos comuns: - Múltiplas pápulas formando placas; - Forma erosiva (forma atípica) - Forma bolhosa (forma atípica) O potencial de malignização é duvidoso, mas se existir, é muito baixo e restrito às formas atípicas. Histologicamente: - Hiperqueratose e infiltrado inflamatório no tecido conjuntivo subjacente. Há degeneração da camada basal. Tratamento: - Nâo existe um tratamento específico; - Muitas vezes a melhora do estado emocional coincide com o desaparecimento da lesão. - Uso de corticóide tópico diminuem os sintomas de ardor e queimação (Elixir de Dexametasona 0,5mg, utilizado como solução para bochechos por um minuto, 3 vezes ao dia) Seu potencial de transformação maligna é controverso. Lesões Branco-Amareladas não Epiteliais Grânulos de Fordyce Representam glândulas sebáceas ectópicas (tecido normal em uma localização anormal). Obs.: Considerada como alteração do desenvolvimento e pode ser classificada como uma variação da normalidade Características Clínicas: -Grânulos múltiplos. -Local de predileção incluem a mucosa jugal e o vermelhão do lábio superior. -Lesões distribuídas simetricamente. -Se torna evidente após a puberdade. -Assintomáticas. Tratamento: Nenhum tratamento é indicado, pois as glândulas possuem características normais e não causam nenhum efeito indesejável. Lesões Ulceradas Afta recorrente ou Afta Vulgar Afta de Sutton (gigante) Úlceras traumáticas Úlceras causadas por reação alérgica Eritema multiforme Síndrome de Behçet Síndrome de Stevens-Johnson Lúpus Eritematoso Úlceras causadas por Infecções - Vírus = Sarampo, Mononucleose Infecciosa, Herpes - Fungos = Paracocco, Candidíase, Histoplasmose - Bactérias = Sífilis, Guna Úlceras causadas por tumores = Carcinomas Úlceras da cavidade bucal (causa mecânica, aftas, infecções, doenças auto-imunes, etc) X Câncer de boca (geralmente na boca aparecem como úlceras - carcinomas) Avaliar: idade do paciente, história prévia do paciente (relatos de surtos anteriores), curso da doença, tempo de duração, lesões únicas ou múltiplas, localização, dor, etc) Lesões Erosivas e Ulceradas Doenças Imunológicas - Úlcera Aftosa Úlceras doloridas, únicas ou múltiplas, recorrentes, formato circular ou oval, com fundo amarelo-acinzentado e halo eritematoso. Desaparecem entre 7 a 10 dias. Etiologia: A causa das aftas dolorosas é desconhecida. Parece haver uma predisposição hereditária para seu desenvolvimento. Também pode haver uma ligação com o sistema imune. Patogênese : As úlceras podem aparecer em resposta a lesões na boca causadas por procedimentos dentais ou hábitos agressivos de escovação dental. Também podem surgir no local de uma mordida na língua ou na bochecha. Outros fatores são: Estresse, deficiências nutricionais (principalmente de ferro, ácido fólico ou vitamina B12), menstruação, alterações hormonais, alergias alimentares. Também podem ocorrer sem causa identificável. Obs.: As úlceras aftosas normalmente aparecem em mucosas não queratinizadas da boca, como a superfície interna das bochechas, lábios, língua, palato mole e mucosa alveolar. Normalmente, elas se iniciam com uma sensação de formigamento ou ardor, seguida de uma mancha ou protuberância avermelhada que ulcera. A dor diminui, de forma espontânea, em 7 a 10 dias. A cura total ocorre em 1 a 3 semanas. Características Clinicas: -Sensação de ardor ou formigamento antes do desenvolvimento de outros sintomas (sintomas de advertência). -Lesão em mucosas pouco queratinizadas da boca. -Formação de uma ou mais úlceras. -Normalmente pequena, de 1 ou 2 mm a 1 cm. -Únicas ou em surtos, normalmente aparecem em grupos. -Dolorosas. -Centro branco-acinzentado ou amarelado. -Halo eritematoso e brilhante. -Desconforto generalizado ou inquietação (mal-estar) Tratamento: Não é necessário tratamento. Na maioria dos casos, há cicatrização espontânea, em casos mais graves usar corticosteroides tópicos e anestesicos spray (Hexomedine). Deve-se manter uma boa higiene oral para prevenir infecções bacterianas, enxaguatório com Clorexidina 0,12%. Geralmente a dor diminui em 7 ou 10 dias. A cicatrização ocorre geralmente em até 14 dias. As úlceras desaparecem espontaneamente sem deixar cicatrizes. Lesões Erosivas e Ulceradas Doenças Imunológicas - Úlcera Aftosa Forma mais grave – “AFTA DE SUTTON” Características clínicas Ocorre em 7 a 10% dos pacientes com aftas São aftas grandes, medindo 10mm ou mais Duração é mais longa, podendo chegar a 6 semanas Localização preferencial – palato mole e mucosa labial Ao serem reparadas deixam cicatriz Investigar associação ao HIV Lesões Reacionais – Úlceras Traumáticas São as lesões bucais mais comuns do tecido mole. Causada por um simples traumatismo mecânico, térmico ou químico. Etiologia: -Traumatismo acidental (ex: mordida, alimentos quentes). -Auto-induzidas em decorrência de hábito anormal. -Iatrogênia. -Substâncias químicas (medicamentos – ex: AAS). -Tratamento de radioterapia. Características Clínicas: Agudas -Graus variáveis de dor, vermelhidão e tumefação. -Base amarelada, halo avermelhado. -Cicatrização em 7 a 10 dias, se a causa for eliminada. Crônicas -Pequenas ou sem dor. -Base amarelada, margens elevadas(cicatriz). -Cicatrização demorada, se irritadas, especialmente na língua. Diagnóstico: O exame clínico e a história do paciente normalmente revelam uma relação causa efeito. Em Úlceras Crônicas, é importante que um diagnóstico diferencial seja realizado. Um período de observação de duas semanas é necessário, juntamente com o esforço em se manter a higiene bucal por meio de um enxaguatório suave, Clorexidina 0,12%. Tratamento: Apenas acompanhamento clínico do paciente até a reparação. Se a dor for intensa, um tratamento tópico poderá ser benéfico, corticosteróides tópicos (Oncilom orabase - Triancinolona). Anestésico tópico (Hexomedine spray) Lesões Reacionais - Necrose Anestésica A administração de um agente anestésico local pode, em raras ocasiões, ser seguida de úlceras e necrose no sítio da injeção; resultado da isquemia local. Principal local: palato – forame palatino maior Principal anestésico: com vasoconstritor norepinefrina Características Clínicas: -Desenvolve-se vários dias após o procedimento. -Comumente apresenta-se no palato duro. -Área da lesão bem circunscrita. -Ulceração profunda. Tratamento: Não é necessário, a menos que a ulceração não regrida. Lesões Reacionais -Sialometaplasia Necrosante Condição inflamatória, localmente destrutiva, das glândulas salivares. Resultante da isquemia do tecido salivar. Etiologia: -Lesão traumática. -Injeção anestésica. -Prótese mal adaptada. Características Clínicas: -Glândulas salivares do palato, geralmente unilaterais. -Inicia-se como uma tumefação não ulcerada, com dor. -Em 2 ou 3 semanas o tecido necrótico separa-se, levando a uma úlcera semelhante a cratera. Tratamento: Uma vez estabelecido o diagnóstico, não há tratamento específico. Lesões Infecciosas – Candidíase Oral (Sapinho) Lesão ulcerada extensa recoberta por placa branca pseudomembranosa, removida à raspagem, em qualquer área bucal. Podem ser assintomáticas ou haver queixa de dor ou ardência, com dor intensa, ferida, inflamação da mucosa e tendência para sangramento. Fatores predisponentes: • Lactantes (má higiene bucal e das mamadeiras) • Deficiência do sistema imunitário • uso de próteses dentárias • Diabetes ou anemia • Uso de medicamentos como antibióticos ou corticosteroides • Quimioterapia ou radioterapia • Deficiência em ferro, folato ou vitamina B12 • Uso excessivo de soluções de desinfeção oral • Possuir xerostomia • Tabagismo • Pacientes em Unidades de Terapia intensivos • Contraceptivos orais de doses elevadas de estrogénios DIAGNÓSTICO: Citologia esfoliativa – nota-se a presença do fungo (hifas). Cultura do fungo em meio Sabouraud. TRATAMENTO: • Gargarejos de nistatina tópica a 100.000/ml (5 ml) • 5 vezes ao dia por 2 semanas • Continuando o uso por uma semana após o desaparecimento das lesões. • A administração sistêmica de agentes antimicóticos como fluconazol pode ser necessária para as infecções resistentes. Doenças Imunológicas - Reações a Medicamentos Resposta hiperimune ou alergia ao fármaco, está associada a liberação de histamina. Características Clínicas: -Urticária (comum). -Erupções de pele (Eritemas). -Coceira na pele ou nos olhos (Comum). -Inchaço dos lábios. Obs.: O exame da pele pode mostrar urticária, erupções cutâneas ou angioedema. A dificuldade respiratória, chiados e outros sintomas podem indicar uma reação anafilática. Diagnóstico: Anamnese cuidadosa. Tratamento: Identificação e retirada do agente causador. Reações bucais e cutâneas uso de anti-histamínicos ou corticosteroides Doenças Imunológicas - Eritema Multiforme Distúrbio da pele e mucosas resultante de uma reação alérgica,caracterizada por lesões cutâneas em forma de alvo e ou lesões bucais ulcerativas. Etiologia: Desconhecida, embora se suspeite de uma reação de hipersensibilidade, relacionado com o complexo antíngenos anticorpos, cujo o alvo são os pequenos vasos na pele ou na mucosa. Distúrbio da pele e mucosas resultante de uma reação auto-imune,caracterizada por lesões cutâneas em forma de alvo e ou lesões bucais ulcerativas. Etiologia: Desconhecida, embora se suspeite de uma reação de hipersensibilidade, relacionado com o complexo antíngenos anticorpos, cujo o alvo são os pequenos vasos na pele ou na mucosa. Características Clínicas: -Várias lesão cutânea com início repentino e possibilidade de recorrência, pode propagar-se. -Lesão central rodeada por anéis concêntricos e vermelhidão (forma de "alvo", de "íris" ou do “olho de boi"). -Pode ter vesículas e bolhas (de diferentes tamanhos). -Localizada nas pernas, braços, palmas, mãos ou pés. - 25 a 50% dos pacientes com lesões cutâneas tem lesões bucais Características Clínicas bucais: -Iniciam com placas eritematosas que sofrem necrose epitelial - Evoluem para grandes erosões ou úlceras rasas com bordas irregulares - Crostas hemorrágicas nos lábios são comuns - Afetam mucosas não queratinizadas - Perduram por 2 a 6 semanas e pode apresentar recorrências Diagnóstico Diferencial: Quando as lesões cutâneas apresentam-se em forma de alvo o diagnóstico clínico é prontamente realizado. Tratamento: Manutenção da limpeza bucal com enxaguatório ou Clorexidina 0,12%. Os corticosteróides tópicos juntamente com os antifúngicos, auxiliam no controle da doença. Doenças Imunológicas Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) Doença auto-imune, de etiologia desconhecida. Rara, sendo mais frequente em mulheres jovens em relação aos homens (9:1). Períodos de exacerbações e remissões. Pode estar associado à convulsões ou psicoses. Comprometimento de articulações, renais e hematológicas. Pode levar a morte. Características clínicas faciais: Eritema malar (lesão no rosto com forma de “asa de borboleta”) Características clínicas bucais: Eritemas ou Úlceras bucais e nasofaríngeas geralmente indolores Intra-oral: geralmente região palatal Lesão pouco simétrica, podendo apresentar áreas queratóticas. Diagnóstico diferencial: Em forma de eritema se assemelha ao Líquem Plano Erosivo. Em forma de úlcera se assemelha ao Pênfigo Vulgar ou Eritema Multiforme. Diagnóstico definitivo: Lesões em pele características podem ajudar no diagnóstico. Biópsia incisional, imunofluorescência direta, teste sorológico para lúpus. Tratamento: Realizado pelo médico. Dependo dos órgãos e sistemas envolvidos. Corticóides, imunossupressores, etc. Lesões cancerígenas CARCINOMAS Mais de 90% dos cânceres de boca e garganta, são carcinomas. Também chamados de carcinomas espinocelulares ou ainda carcinomas epidermóides. A forma inicial do carcinoma é chamada de carcinoma in situ, isto é, o câncer só está presente nas células da camada de revestimento, chamada de epitélio, e não invade as camadas mais profundas. Um carcinoma espinocelular invasivo significa que as células do câncer penetraram em camadas mais profundas da cavidade bucal e da orofaringe. LESÕES NODULARES São crescimentos teciduais de tamanhos variados que se apresentam • ou na superfície epitelial (exofíticos) – visíveis a “olho nu” • ou profundo nos tecidos moles – perceptíveis por palpação ou por assimetria local Podem ser de origem: • Traumática – fatores irritativos crônicos de baixa intensidade e longa duração • De Desenvolvimento – de causa desconhecida (tumores benignos ) TUMOR BENIGNO • Crescimento tecidual de causa desconhecida, apresentando células semelhantes às do tecido que lhe deu origem. É inútil ao organismo, de progressão lenta e autolimitada. Pode até surgir por fatores irritativos, porém com baixo poucas ou nenhuma célula inflamatória. LESÕES NODULARES CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA • Hiperplasia fibrosa inflamatória • Granuloma piogênico • Lesão periférica de células gigantes • Fibromatoses gengivais (irritativa, medicamentosa, anatômica, hereditária) CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE DESENVOLVIMENTO • Fibroma • Fibroma ossificante periférico • Lipoma • Papiloma • Torus palatino e mandibular • Cisto gengival do adulto • Adenoma pleomórfico • Neuroma HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA • Apresenta-se como um aumento volumétrico nodular com caráter fibroso devido à elevação no número de células da área. • Fatores irritantes crônicos de baixa intensidade (traumas mecânicos constantes) • Próteses mal ajustadas • Câmara de sucção ou câmara de vácuo (artifício usado para obter maior fixação da prótese total superior no palato) • Dentes fraturados ou restos dentários sobre a mucosa bucal HFI – Hiperplasia fibrosa inflamatória • Falha de adaptação do bordo da prótese; • ou quando o bordo da prótese é fino, afiado, pontiagudo, etc; • ou falta de alívio para os freios e bridas musculares. HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA • O tamanho das lesões pode variar desde hiperplasias localizadas com menos de um centímetro de diâmetro, a lesões que envolvem a maior parte do comprimento do vestíbulo (fundo de vestíbulo) • Apresenta consistência firme • Coloração semelhante ao tecido original • Geralmente assintomática • Apresenta base séssil • Formas variadas, sendo que em algumas ocasiões aparecem várias formações agrupadas com aspecto pregueado. Tratamento • Afastar o fator etiológico (impedir o uso de prótese) e aguardar uns 15 dias para reavaliação e verificar se houve diminuição do volume da mesma, pela redução do componente inflamatório. • Lesões pequenas podem regredir quando a prótese é ajustada. • Lesões maiores requerem ressecção cirúrgica e exame histopatológico. • Após a remoção cirúrgica faz-se a sutura ou proteção da área com cimento cirúrgico ou ainda utilizar pastas para moldagem na própria prótese do paciente. Prognóstico • O prognóstico é favorável, porém se a prótese não for ajustada ou refeita haverá risco de reincidência. Transformação maligna - raramente tem evolução para forma tumoral, isso pode ocorrer devido principalmente a persistência do fator etiológico HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA POR CÂMARA DE SUCÇÃO EM PT SUPERIOR ## GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA GRAVÍDICO CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA • É um aumento de volume geralmente indolor, geralmente na papila interdental, com superfície lobulada, coloração avermelhada ou roxa, e facilmente sangrante devido à sua extrema vascularização. • Geralmente a base é pediculada, podendo ser séssil • Tamanho – mais comum entre 5 mm a 2 cm CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA Causas: • Má higiene, Inflamação gengival e presença de tártaros • Dentes apinhados • Restaurações deficientes (excessos ou ásperas) • Corpo estranho (ex. casquinha de pipoca, piercing no nariz/língua GRANULOMA PIOGÊNICO GRANULOMA GRAVÍDICO • Em 75% ocorre na gengiva (mais na face vestibular), os lábios, língua e mucosa jugal são outras localizações mais comuns. • Os granulomas piogênicos podem exibir um crescimento rápido, o que pode alarmar tanto o paciente quanto o clínico, que poderão temer uma lesão maligna. TRATAMENTO • Excisão cirúrgica e remoção do agente causal • Para lesões gengivais, a excisão deve ser estendida para a região subperióstica e os dentes adjacentes devem ser raspados de modo eficaz e as restaurações polidas, para remover qualquer fonte de irritação contínua. BIÓPSIA EXCISIONAL GRANULOMA GRAVÍDICO LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES GRANULOMA PERIFÉRICO DE CÉLULAS GIGANTES CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA • Origem no ligamento periodontal ou tecido periostal em conseqüência demuma irritação crônica de baixa intensidade, geralmente subgengival. • Massa nodular globosa, roxa, vermelha ou vermelho-azulada • Dentados – pediculada / Desdentados - séssil • Geralmente tem menos que 2 cm, mas pode ocorrer lesões maiores • Maior incidência na 5ª e 6ª década de vida. • Embora seja uma lesão de tecidos moles, algumas vezes pode ser observada uma reabsorção em forma de taça no osso alveolar subjacente. • Clinicamente é semelhante ao granuloma piogênico, porém são aumentos teciduais mais firmes e pálidos , com menor sangramento e em geral localizados em rebordo alveolar ou gengiva, ao invés da papila interdental. Tratamento • Consiste na excisão cirúrgica local, abaixo do osso subjacente. • Os dentes adjacentes devem ser raspados (com curetas periodontais), para eliminar qualquer foco de irritação e minimizar o risco de recidiva. Prognóstico • Em aproximadamente 10% dos casos ocorre recidiva. FIBROMATOSES GENGIVAIS HIPERPLASIAS GENGIVAIS CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA • Aumento dos tecidos gengivais benigno, lento e progressivo, que podem cobrir total ou parcialmente as coroas dentárias. • Irritativa ou inflamatória – placa bacteriana • Medicamentosa • Anatômica • Hereditária Irritativa ou inflamatória – placa bacteriana Medicamentosa - influenciado por drogas - Anticonvulsivante – Fenitoína (Hidantal®) - Imunossupressor – Ciclosporina - Anti-hipertensivos – Nifedipina (Adalat®) - bloqueador dos canais de cálcio FIBROMATOSE GENGIVAL CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE ORIGEM TRAUMÁTICA • Irritativa • Medicamentosa • Anatômica • Hereditária - rara – início na infância TRATAMENTOS • Controle dos fatores irritantes (higiene bucal adequada) • Tratamento periodontal básico - RAR • Redução da dose ou substituição dos medicamentos • Gengivectomia Podem ocorrer recidivas com certa frequência, com necessidade de novos procedimentos cirúrgico LESÕES NODULARES CRESCIMENTOS TECIDUAIS DE DESENVOLVIMENTO • Fibroma • Fibroma ossificante periférico • Lipoma • Papiloma • Torus palatino e mandibular • Adenoma pleomórfico • Cisto gengival do adulto • Neuroma FIBROMA • Lesão nodular globosa submucosa, séssil ou pediculada, de coloração normal da mucosa, encontrado em qualquer região da mucosa bucal. • Tecido conjuntivo denso fibroso com pouca vascularização • Consistência firme e elástica • Superfície brilhante e textura lisa • Tamanho de poucos milímetros até 1 a 2 centímetros • O tratamento é cirúrgico e o prognóstico é bom. Pode em alguns casos se originar de hiperplasia fibrosa inflamatória provocada por trauma, porém quando o agente irritante desaparece, o componente inflamatório fica restrito aos fibroblastos que se agora se desenvolvem como tumor benigno. FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO • Massa fibrótica com tecido ósseo em seu interior • Lesão nodular, geralmente pediculada, coloração pálida e consistência firme. • Quando traumatizada pode apresentar-se levemente avermelhada ou mesmo ullcerada. • Acomete exclusivamente a gengiva inserida ou raramente a gengiva marginal livre • Tamanho geralmente entre 2 e 4 centímetros. Raramente é gigante. • O tratamento é cirúrgico e o prognóstico é bom. É um crescimento tecidual de origem traumática, porém antigo, em que ocorre grande formação de fibras colágenas, além da formação de tecido ósseo no seu interior. LIPOMA • Lesão nodular submucosa, consistência amolecida, em geral séssil. • Mucosa que recobre com coloração normal ou levemente amarelada. • É considerada um HAMARTOMA, pois trata-se de um tecido gorduroso normal que possue a mesma composição dos tecidos que o cerca, com ambos crescendo na mesma proporção. Todavia, o hamartoma cresce de forma desorganizada. • Tamanho variando de 1 a vários centímetros • O tratamento é cirúrgico e o prognóstico é bom PAPILOMA • Lesão papilar exofítica, filiforme, esbranquiçada, base pediculada, superfície verrucosa, opaca e textura áspera. • Tamanho pequeno podendo variar entre 1 e 5 milímetros. • Predominância por áreas mais queratinizadas como semimucosa labial, dorso da língua e palato duro. • Origem desconhecida porém pode ser virótica (HPV – papiloma vírus humano) • O tratamento é cirúrgico com margem de segurança e a peça deve ser obrigatoriamente encaminhada ao histopatológico. TORUS PALATINO E MANDIBULAR • Consiste em um crescimento ósseo não neoplásico, benigno, localizado ou circunscrito, encontrado na superfície cortical do osso palatino ou lingual da mandíbula. • Geralmente não é necessário realizar tratamento, a menos que seja por motivos protéticos ou quando há constantes traumatismos da mucosa que reveste o tórus. ADENOMA PLEOMÓRFICO • Tem origem em tecido glandular – gl. salivares maiores e menores • Glandula parótida é a mais acometida das gl. salivares maiores • Intraoral – geralmente na região posterior do palato duro unilateral • Lesão nodular submucosa, séssil, de coloração normal da mucosa • Consistência borrachóide • Tamanho – 2 a 5 centímetros • O tratamento é cirúrgico com margem de segurança e o prognóstico é bom
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