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TRABALHO DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA pronto

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Gravidez na Adolescência
26
UNIFAVIP-DEVRY
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO IPOJUCA
GirleneAna,Ianca Karen,José Pereira, MárciaMaria,Kelly Micaelly eVilma Pereira.
Gravidez na Adolescência
Caruaru-PE
2017
GirleneAna,Ianca Karen,José Pereira, MárciaMaria,Kelly Mikaelly eVilma Pereira.
Gravidez na Adolescência
Trabalho descritivo sobre gravidez na adolescência apresentado no curso de Enfermagem na disciplina Enfermagem em saúde Sexual e Reprodutiva com o intuito de abordar assuntos específicos para prevenção da gravidez na adolescência e uma breve abordagem sobre os fatores de risco na gravidez durante a adolescência.
Professor (a): THAÍSE TORRES 
Turma: NT 1403
Caruaru-PE
2017
SUMÁRIO:
1.0 APRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA ............................................................................. 1
2.0INTRODUÇÃO. ..................................................................................................................4
3.0 ADOLESCÊNCIA ..............................................................................................................6
4.0. SEXUALIDADE.................................................................................................................7
5.0ADOLESCÊNCIA E GRAVIDEZ......................................................................................8
6.0: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................9
6.1: Gravidez na adolescência como problema de saúde pública............................................................9
6.2: IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO E CUIDADOS DIFERENCIADOS................................................10
6.2.1: Algumas ideias para um melhor atendimento.................................................................10
6.2.2: Diagnóstico.....................................................................................................................11
6.2.3: Pré-natal..........................................................................................................................12
6.3: PARTO..............................................................................................................................13
6.3.1: Pós-parto imediato........................................................................................................................14
6.3.2: Cuidados pós-parto.............................................................................................................14
6.4: ABORTO.............................................................................................................................15
6.5: ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL..............15
6.6: SAÚDE................................................................................................................................16
6.6.1.: Importância do acompanhamento nutricional............................................................... 16
6.6.2: Principais nutrientes durante a gestação das adolescentes..............................................17
6.6.3: Fatores de riscos associados à gravidez na adolescência................................................18
6.6.4: Implicações da gravidez na adolescência.......................................................................18
6.7: EDUCAÇÃO.................................................................................................................... 20
6.8: ASSISTÊNCIA SOCIAL...................................................................................................21
7.0: INTERVENÇÕES DO ENFERMEIRO..........................................................................................24
8.0: CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................25
9.0: REFERÊNCIAS..............................................................................................................................26
2.0: INTRODUÇÃO:
A gravidez em si, na maioria das vezes traz felicidade para a mãe gestante e é visto como algo benéfico por todos com muita alegria. Mas nem sempre a gravidez em sim pode ser boa, principalmente quando ela é prematura e precoce. Neste pré requisito, temos percebido socialmente que cada vez mais a gravidez tem acontecido de forma intensa e precoce. É comum meninas menores de 15 anos de idade estarem sem nenhum conhecimento de métodos para barrar a gravidez indesejada e muitas tendem até mesmo não só engravidar mais corre risco inerente de morte materna para as adolescentes , que de forma clara e objetiva tem que ser vistas a olhos críticos e acompanhadas pela sociedade como algo que foge a lei da normalidade, pois trazem danos, consequências, complicações físicas, biológicas, sociais, econômicas e psicossocial para mãe adolescente e para o bebê . Existem indicadores sociais de saúde que muitas gravidezes infanto-juvenil são relacionadas à atos de violência sexual, crime de natureza incompreensiva e coesiva, além do mais, criam barreira entre familiares, progenitores e a mãe adolescente que muitas vezes não tem conhecimento do que está se passando. 
 Na sociedade brasileira esse tema de gravidez na adolescência constitui um sério e grave problema público de saúde. O foco principal e tradicional correlaciona à gravidez na adolescência como indesejada, que é através da desinformação sexual das jovens que se mantêm casos indesejados, além do mais o contato sexual inicia-se cada vez mais cedo. Durante a síntese deste trabalho é relacionado à posição da gravidez precoce e que é postulado a importância do significado individual da gravidez, que corre paralelo ao desejo universal de ter ou não ter um filho, bem como a noção de uma “gravidez social” determinada por fatores e um processo psicocultural que perpetuam um conjunto de características materno infantil em adolescentes, sendo assim tem que se pensar em políticas públicas sociais para o combate, controle e a prevenção de novos casos de gravidez indesejada, sem planejamento familiar. Durante a década de 70 e 80 , começou a ser observado um aumento significativo dos casos e também um aumento desordenado da população graças a gravidez indesejada .Sabe-se que é considerada como um grande problema de Saúde Pública no Brasil como também em outros países. Só no ano de 1998, mais de 50 mil adolescentes foram atendidas em hospitais públicos para se submeterem a curetagem pós-aborto, sendo que cerca de 3 mil foram realizadas entre jovens com idade entre 10 e 14 anos (Brasil 1999).
 Dentre os principais fatores que, provavelmente, leva à gravidez precoce indesejada é a atividade sexual precoce, sem nenhum controle e informação fica mais fácil haver novos casos que são influenciados pela lei da globalização mundial, pela falta da presença dos progenitores com dialogo sobre o assunto que se torna insustentável dialogar com pais que muitas vezes são também provindo da mesma situação da mãe adolescente . A falta de interesse e as poucas informações prestadas à população também colaboram para agravar o quadro. Fato que não deveria ocorrer, uma vez que, na atualidade, conta-se com diversas modalidades de acesso à informação como a internet, rádios, programas de televisão, empresas, revistas entre outros. 
 No Brasil, o trajeto da gravidez na adolescência é um problema de saúde pública e social que favorece o abandono muitas vezes da própria mãe com o filho ; contribui para aumento de taxas de morbimortalidade materna, já que fisiologicamente o corpo da adolescente não está preparado para receber altas cargas hormonais ; interrupção do processo educacional, desequilíbrio emocional no aspecto individual e coletivo da família e pode causar deslocação familiar, muitas das vezes as mães procuram por abortos e também em cerca de 40 % dos casos os próprios familiares são os responsáveis por apresentarem
e expor as adolescentes aos abortos realizados no mundo. Este fato preocupante nos mostra a necessidade de discussão por parte dos profissionais de saúde, especialmente dos enfermeiros, pois este tem papel fundamental no processo de educação.
 Levando se em consideração qual vai ser o papel e a atuação da enfermagem na gravidez do adolescente, percebe se que a atuação do profissional de enfermagem nessa área ainda é pequena, tornando-se necessário qualificar esses profissionais para desenvolver ações junto à família e a comunidade, sendo importante consolidar os programas existentes, para que se possa ter uma diminuição do número de adolescentes grávidas.
3.0: ADOLESCÊNCIA:
 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera-se como a adolescente aquele (a) que se encontra entre os 10 e 20 anos de idade. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no Brasil em 1990, passou a considerar sendo adolescente aquele entre 12 e 18 anos de idade (art. 2º). A adolescência é um período de muita atenção, nela se enquadra as etapas de mudanças entre infância e idade adulta pode acarretar ou não problemas futuros para o desenvolvimento de um determinado indivíduo. Período em que vai ocorrer mudanças significativas em meninos e meninas do tipo física, psicológica e social, é atribuída a ela fase de maturação e de desenvolvimento sexual. Muitas vezes desequilíbrio psicológico por ainda não entenderem a nova realidade a eles apresentada. ”É um período de agitação interna, e esta tem como reflexo externo Aquele desencontro do corpo” (Azevedo 2002). 
 Esta fase é quando os adolescentes começam a despertarem o seu lado de sexo oposto como algo diferente, novo e atraente, daí irá aumentar seus desejos, suas ansiedade pela descoberta do novo, este período leva as etapas de fragilização das quais devemos respeitar enquanto profissionais de saúde e humanos, por que isso é normal da fase de adolescência. Observa-se distanciamento dos pais e familiares e há uma aproximação mais da sociedade, entende-se que é algo bom e mensurável para o adolescente quando na verdade têm-se a temática do problema do adolescente seja menina ou menino entre um dilema do uso corporativo de drogas, algo trágico como DST/HIV. “Com a puberdade e com as novas vivências da adolescência, o desejo sexual se manifesta de maneira mais intensa e com objetos mais definidos acarretando uma gravidez não planejada” (Canela 1998).
 Na compensação do mecanismo de ação da ausência/neutralidade dos progenitores, com desestruturação da família, a liberdade é mal regrada, resultando na não imposição de limites. Isso tem dificultado o diálogo entre pais e filhos, sendo este, a mola mestra para a solução das dificuldades encontradas no processo de condução dos filhos. Os pais por sua vez, por não entenderem seus filhos e sentirem-se impotentes, tomam na maioria das vezes atitudes drásticas, usando recursos violentos ou inadequados, gerando conflitos e o afastamento entre pais e filhos. A incapacidade de lidar com essa nova realidade faz com que o adolescente não adquira uma base sólida, dificultando suas vivências, marcadas por sucessivas conturbações nesta etapa. 
4.0: SEXUALIDADE:
Hoje socialmente falando a gravidez é um grave e grande desafio das autoridades de saúde e da justiça brasileira e mundial, os programas de saúde são cada vez mais detectores deste sério problema de saúde, detecta muitas vezes questão sociais, econômicas e culturais em vista, mais o principal deles é a questão da sexualidade, pois é nesse período que as descobertas são feitas, o novo torna-se atraente e o jovem sente-se livre para experimentar papéis adultos diversos entre eles.
 A questão principal em volta da iniciação da relação sexual precoce é o que vem a ser adstrita e suscita em relação à falta de conhecimento e de experiência e irresponsabilidade dos progenitores de ensinar os filhos a como usar métodos preventivos de barreiras tais como a camisinha para não só evitar a gravidez mais também DST. A partir da fase de transição entre a infância e a adolescência, meninos e meninas, começam a sofrer transformações corporais muito evidentes devido às alterações hormonais. São alterações fisiológicas, características da adolescência chamada de puberdade. Já no aspecto da psicologia isto vem a se alterar em relação à própria consciência da adolescente a partir do momento da primeira relação sexual esta patente tende a ser quebrada. É possível observar uma oscilação no humor do adolescente e muitas vezes agem com impulsividade exagerada a determinado assunto. “Como período de organização final das aquisições, a adolescência atualiza e reflete todas as crises e dificuldades inusitadas no processo de desenvolvimento” (Passaporte et al. 1982). 
 Segundo Corrêa (1994), o sexo surge nesta época como uma forma de suprir necessidades e cumprir papéis diversos como: aliviar angústia, obter uma aceitação perante o parceiro, suprir carências de afeto, manifestar inconformismo e rebeldia, obter maior grau de independência. Os adolescentes devem estar cientes de que, quando imaturos para tal decisão, podem experimentar situações complicadas como gravidez inoportuna e vivenciar uma situação conflituosa. Evidencia-se então o grande desejo da descoberta do outro e com isso vão vivenciando experiências na prática sexual sem os devidos cuidados, sem atentar para as responsabilidades a serem assumidas pelos mesmos, causando para eles próprios um futuro frustrante.
5.0: ADOLESCÊNCIA E GRAVIDEZ:
A notícia de uma suposta gravidez pode atuar como fator gerador de intensa de incapacidade de um alto grau de aptidão na gravidez no caso do abandono dos adolescentes por parte da sociedade, familiares e até mesmo progenitores. A família é como um tabu, torna-se um grande obstáculos que os adolescentes precisam vencer, muitos não querem a continuidade da gravidez, ou abandonam o adolescente. A desorientação aliena os pais fazendo com que o adolescente seja tratado de forma agressiva, também se observa a falta de estrutura social e econômica das famílias. A mãe adolescente tem maior risco morbimortalidade por complicações na gravidez, no parto ou puerpério. A taxa de mortalidade é duas vezes maior que em gestantes adultas, cerca de 1.654 casos de mortes maternas foram notificados em 1994 (em média, 4,6 por dia). Estima-se que 10% desses casos estejam ligados ao aborto. Dados do Ministério da Saúde apontam que, das 1.643 mortes maternas reportadas em 1993, 242 (14,8%) se referiam a mães de 10 a 19 anos (Brasil 1999).
 No ano de 1977 a OMS (Organização Mundial de Saúde) começou com seus estudos considerar que de alto risco a gravidez na adolescência tendo em vista que o corpo da mãe jovem não está preparado para receber um feto. Sua formação fisiológica não está completamente desenvolvida, possui fatores biológicos dentre os quais se podem citar a imaturidade fisiológica, assim apresenta mais riscos de complicações que mulheres em idade fértil apropriada (Brito et al. 1997). Algumas complicações clínicas são melhores observadas durante uma gravidez precoce: distorcias de contrações, anemia, baixa resistência a infecções, hipertensão, pré-eclâmpsia, eclampsia, infecção urinária entre outros. Segundo (Corrêa 1994), os bebês nascidos dessas gestantes podem sofrer baixo peso ao nascer, baixo pagar, além de malformação congênita, doenças perinatais até mortalidade infantil. 
6.0: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
6.1: Gravidez na adolescência como problema de saúde pública:
 Em relação à presença do grau da gravidez sendo ela precoce, mais cedo ela trará prejuízos de forma clássica e objetiva, cuja síntese leva ao risco iminente de morte e diminuem chances de um bom prognóstico para mãe e filho. A gravidez na adolescescência tem aumentado a incidência de complicações (riscos), elevando os índices de óbito nesta faixa etária; vale ressaltar que este aumento também é produzido pela
tentativa ou realização de aborto clandestino. A mãe adolescente solteira tem ainda mais dificuldade, pois além de viver a adolescência, tem ainda que fazer o papel de pai e mãe, para tentar diminuir a ausência do pai no desenvolvimento da criança. Abaixo temos aspectos/características que levam a vulnerabilidade das mães adolescentes, são eles:
 Idade precoce- Mãe que não tem conhecimentos do risco de uma gravidez, que muitas vezes pode ocasionada por diversos relacionamentos, talvez até mesmo grau riscos em termos de curiosidades momento em que a adolescente está começando a se conscientizar o que é mundo de verdade;
 Mãe solteira- Muitas vezes o pai da criança é mais velho que a mãe em pesquisa realizada em 1998 pelo IBGE cerca de 67% dos jovens meninos são mais velhos que as mães adolescentes, e que são desprovidas de métodos contraceptivos, em seguida, quando ocorrendo a gravidez o mesmo a deixa;
 Fora da escola/abandono dos estudos - baixa escolaridade ou nível escolar insatisfatório no que se refere a falta de conhecimento a automaticamente ela deixa de ser instruída e fica com mais tempo livre, favorecendo a ociosidade;
 Baixa renda/pobreza extrema-as famílias que estão na linha da pobreza, são consideradas de risco e tendem a apresentar ou vivenciar problemas de caráter biopsicossocial;
 Início precoce das atividades sexuais, devem cada vez mais ser orientado para que haja um retardamento, e com isto reduz os riscos para aquisição de DST/AIDS e da gravidez cedo demais;
 Multiplicidades de gravidez - a adolescente que engravida tem uma tendência a repetir o fato mais vezes neste período caso não seja acompanhada;
 Não tem conhecimentos ou utilizam métodos contraceptivos- esta prática ocorre muitas vezes, pela falta de conhecimento dos mesmos, falta de acesso e resistência dos familiares em oferecê-los às suas filhas;
 O problema é provido de uma série de fatores que o motivam. A maior liberação sexual, a facilidade de acesso aos métodos de contracepção, a precocidade da menarca, a queda gradativa da qualidade de vida, são alguns dos fatores que mais importam quando se trata desse tema. A melhoria em questões infra estruturas é de suma importância para a amenização do problema. Educação, saúde, lazer e a melhoria das condições socioeconômicas estabelecem-se como elementos necessários e fundamentais para que nossos adolescentes passem a se gostar mais, a entender a fase de mudança pela qual estão passando e consequentemente perceberem que a paternidade e maternidade precoces podam de maneira significativa as suas perspectivas de futuro como cidadãos e cidadãs.
6.2: IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO E CUIDADOS DIFERENCIADOS:
6.2.1: Algumas idéias para um melhor atendimento:
A melhoria no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, com po objetivo da educação continuada para esclarecimento do uso dos métodos contraceptivos, no caso do uso correto de métodos de barreiras que devem ser livres e universal sendo a lei 8080/90 do SUS, oferecendo assim uma consulta que não devam ser demoradas; Muitas vezes o adolescente comparece na Unidade de Saúde em dias e/ou horários distintos daqueles oferecidos para esse tipo de atendimento. A adolescente tem direito garantido por lei a uma acompanhante nas consultas que podem ser assistidas na atenção primária ; a adolescente tem o direito a consulta do pré -natal quantas vezes forem necessárias , cabível de acordo com a disposição da unidade , dos profissionais e das vezes em que possa ser ofertada , muitas vezes elas precisam de mais consultas e mais atenção para que possam compartilhar seus medos, dúvidas e angústias; a equipe deve ser acolhedora recebendo assim a adolescente com empatia , para que não haja folga do serviços de saúde pela adolescente; A presença de ambos acompanhantes principalmente a presença pai da criança é fundamental para que a adolescente sinta-se segura ;Entretanto nem sempre o pai está acompanhando ou algum parente , ela é aquela grávida adolescente sozinha , mas não significa que o serviço deixe de atender a adolescente. A atividade em grupo na ESF é essencial também principalmente quando temos adolescentes abaixo de 15 anos , sendo desta forma o PROSAD tende a participar também da equipe procurando de perto seguir a assistência da equipe visando a parte holística da adolescente.
 Na UBS e na ESF devem incentivar o planejamento correto familiar , deve-se deixar bem claro quais são os tipos de família , suas raízes e como deve ser fundamentada e concretizada após o nascimento da criança , assim também fica mais claro e objetivo a parte da saúde familiar no enfrentamento da gravidez não desejada e das suas desigualdades do tipo gênero , assim teremos redução nos números oficiais de DST, risco iminentes de vida da mãe e de doenças relacionadas aos partos e puerperais , diluindo assim em 80% da transmitir o HIV se for soropositiva para o filho através da passagem transversal e transplantaria , reduzindo assim o número em até 48 % a chance da morbimortalidade da mãe , e em 75 % o número de docentes que reincidem a gravidez .
6.2.2: Diagnóstico:
 O diagnóstico diferencial de uma gravidez na adolescente nem sempre é fácil, quando a mesma é negada pela mãe , ai na ponta de linha da saúde na atenção primária temos o profissional de saúde que faz o primeiro atendimento deve estar atento às alterações físicas , fisiológicas e a antropometria para as adolescentes suspeita de uma possível gravidez , ele pesquisará sobre sinais e sintomas sugestivos para que o início do pré-natal seja o mais precoce possível, tendo em vista sinais de possível gravidez como os de presunção e de confirmação . As adolescentes tipicamente procuram atendimento no segundo trimestre da gestação, quando o tempo de amenorreia começa a preocupar e o crescimento uterino passa a ser perceptível. Já é amplamente conhecido que quanto antes se inicia o suporte pré-natal, menos complicações podem surgir tanto neste período quanto durante o parto e puerpério. Situações como prematuridade, baixo peso ao nascimento e pré-eclâmpsia estão diretamente relacionadas ao início tardio do pré-natal e à falta de orientação durante a gestação.
Uma vez diagnosticada a gravidez, a adolescente durante a anamnese deve ser perguntada a ela própria quais são os seus questionamentos sobre os seus sentimentos e intenções, sendo desta forma, o primeiro suporte psicológico é aquele que está diante da paciente neste momento e, por isso, todos os que lidam com esta faixa etária devem estar preparados para o acolhimento necessário em um momento como esse. Questões como o sigilo e a situação da paciente devem serem mantidas em segredo até por que isso se se diz respeito a ela a questão de sua gravidez.
6.2.3: Pré-natal:
 Em seguida confirmada a gravidez através do exame Beta HCG, inicia-se então o acompanhamento pré-natal, com o objetivo ideal de deixar bem claro que a adolescente tenha um atendimento multiprofissional, com equipe formada por médico, psicólogo, assistente social, nutricionista e fisioterapeuta. As consultas devem ser frequentes, oferecendo-se espaço para sanar todas as dúvidas e discuti-las sem preconceito. É preciso antecipar-se aos problemas mais comuns para evitá-los. Observando que do mesmo jeito que é feito no atendimento obstétrico a mãe adulta tem que ser feito este mesmo procedimento a mãe adolescente, levando em consideração o atendimento puerperal e atendimento à criança neonatal. Neste momento já se inicia a prevenção de uma nova gravidez não planejada, apresentando-se todos os métodos contraceptivos e modo de usá-los. Um dos maiores problemas nesta faixa etária é o risco de reincidência, que acontece em cerca de 20% das jovens mães, até dois anos após o primeiro parto. 
 O médico tem papel fundamental na parte do cuidar da parte clínica
e obstétrica, mas a enfermagem é que tem o maior cuidado amplo e tendencioso para a mãe adolescente e o seu acompanhamento. Ainda a equipe deve ter um psicólogo sendo o responsável por todo o suporte emocional para a adolescente, seu parceiro e a interação destes com suas famílias e ambiente social, a parte matronal vem com a nutricionista e sua a orientação alimentar, fundamental para estas mães adolescente e sua criança, isso vai ser observada o ganho ponderado de peso e as mudanças corpóreas e os alimentos oferecidos e ofertados a mãe , já ao assistente social cabe ajudar nas questões que possam existir diante das dificuldades de frequentar a escola ou o trabalho e até ajudar nas questões práticas, como transporte para os atendimentos e adequação da casa para receber o bebê. A presença do fisioterapeuta é aconselhável quando tiver orientando exercícios físicos para a manutenção de um corpo saudável diante das mudanças que acontecerão no decorrer da gestação Na primeira consulta devem ser solicitados hemograma completo, glicemia de jejum, tipagem sanguínea, sorologias para as doenças infecciosas que possam interferir no desenvolvimento do feto (rubéola, toxoplasmose, sífilis, hepatite B e HIV), urina tipo I e urocultura, fitopatológico cervical e ultrassonografia de pelve , tendo a enfermagem como responsável pela supervisão e pela preparação da mãe adolescente e muitas vezes fazendo os exames de diagnóstico de gravidez. 
 Os grupos de gestantes adolescentes são formados para que as jovens possam trocar experiências e receber informações sobre diversos temas. Ao discutir como e por que aconteceu a gravidez estamos iniciando a prevenção de recorrência de gravidez não planejada. Explicar as mudanças físicas do período gestacional diminui a ansiedade diante do inesperado. Aproveita-se então para sugerir melhores cuidados com o corpo, prevenindo agressões ao corpo da mãe e proteção do feto. Pauta fundamental nas reuniões, as consequências do uso do álcool, tabaco e outras drogas devem ser reforçados e todas as jovens estimuladas a suspendê-los durante os meses seguintes e, quem sabe, por toda a vida. Todos os sinais de trabalho de parto devem ser apresentados, assim como os tipos de parto, para garantir as melhores condições de nascimento do bebê. É aconselhável que a futura mãe possa conhecer previamente a maternidade onde terá seu filho, pois será uma novidade a menos no momento do trabalho de parto. Os parceiros devem ser estimulados a participar de todo o processo. Os cuidados com o bebê também devem ser explicados, reforçando-se a importância do aleitamento materno. 
6.3: PARTO:
Recomenda-se, sempre que possível, o parto natural e humanizado com profissional habilitado, que valorize a importância do apoio emocional a essas pacientes. A adolescente tem o direito de ser acompanhada na sala de parto, seja por seu companheiro, sua mãe ou outra pessoa que a faça sentir-se mais segura.
6.3.1: Pós-parto imediato
 É interessante que durante o período na maternidade mãe e filho permaneçam em alojamento conjunto, favorecendo o início do vínculo entre ambos. Cabe à enfermagem ensinar os primeiros cuidados com o bebê, tais como amamentação, banho e troca de fraldas.
6.3.2: Cuidados pós-parto:
Após o nascimento do bebê iniciam-se as consultas rotineiras de puericultura. Existem em alguns locais, ambulatórios específicos para filhos de mães adolescentes. O pediatra deve ter a sensibilidade de perceber as dificuldades da jovem mãe e acolhê-la neste momento, orientando-a e tirando suas dúvidas com paciência. Mostrar o quanto ela está conseguindo sair-se bem reforça sua auto-estima e segurança nos cuidados com seu filho. A hebiatra é área de atuação da pediatria, portanto o profissional deve olhar também para a adolescente, que apesar de já ser mãe, continua sendo de sua responsabilidade. Com todas as mudanças em sua vida e as funções da maternidade, é comum que a jovem se esqueça dos cuidados consigo mesma e não retorne ao ginecologista. Cabe, portanto, ao próprio pediatra orientá-la com relação à prevenção de uma nova gravidez, apresentando e discutindo todos os métodos contraceptivos possíveis de serem usados nesse momento. Os métodos de barreira, os contraceptivos hormonais com progesterona e o DIU podem ser usados durante a fase de amamentação, sem risco de interferir na produção do leite.
6.4: ABORTO:
Algumas jovens preferem não vivenciar a gravidez quando adolescente então essa situação culminará em uma das opções que encontram é o aborto. O procedimento, que geralmente é praticado por pessoas não especializadas, pode ocasionar complicações que comprometem o futuro reprodutivo desta jovem, atrapalhando seu psicológico, enfrentando, mais cedo ou mais tarde doloroso sentimento de culpa. O aborto significa a interrupção da gravidez antes da viabilidade fetal, ou seja, antes da 28ª semana, podendo ser espontâneo ou provocado. O aborto precoce é considerado e classificado quando existe alma gravidez de até a 20ª semana e o peso do feto não pode excede a 400g; já o aborto do tipo tardio será da 20ª semana até 28ª semana, com o peso que ficará entre 400g a 1000g (Costa 2001).
 A lei brasileira no seu Código Penal Brasileiro segundo o artigo 124, diz que é crime provocar o aborto em si mesmo ou por terceiros. Mas a lei prevê casos de exceção em dois casos: "do aborto necessário", se houver risco de vida da gestante e em gravidez resultante de estupro. No primeiro caso, é obrigatório que o aborto seja praticado por um médico e que não haja outro meio de salvar a vida da gestante. Art.128 I. No segundo, chamado de "aborto sentimental", dependerá da comprovação da ocorrência de estupro - Art. 128 II. Cabe ressaltar que, a gravidez em menores de 14 anos, é pressuposto automático (Prado 2002). Sabe-se que é muito alta a frequência de abortamentos provocados entre adolescentes como também os inúmeros problemas advindos daí. Realizar um aborto não elimina os problemas psicológicos de uma gravidez indesejada, nem para a adolescente nem para o seu parceiro. O abortamento é uma situação de grande conflito e não se faz sem deixar marcas e repercussões no equilíbrio emocional e que, com certeza, mulher alguma aprecia.
6.5: ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL:
As adolescentes têm características biológicas compatíveis com um desempenho obstétrico satisfatório e a gestação no início da vida reprodutiva pode exercer efeito protetor sobre o crescimento intrauterino, quando os fatores desfavoráveis são controlados. Algumas pesquisas sugerem que os filhos de adolescentes mostram atraso no desenvolvimento, maior proporção de problemas psicológicos, além de deficiência de crescimento, maior morbidade e mortalidade infantil, quando comparados aos filhos de mulheres adultas
Há um risco comportamental durante a adolescência, que ultrapassa os critérios biomédicos e atinge variáveis sociais. Provavelmente, a adolescente que está exposta a fatores desfavoráveis durante a gestação continuará vivendo as mesmas situações após o parto, o que resultaria em problemas para o seu filho. Apesar disto, não se observam diferenças pela procura pelos serviços de puericultura e, nas dificuldades iniciais com a amamentação, a intenção de realizá-lo e a sua prática, sugerindo que as adolescentes são tão cuidadosas com seus filhos como as mães de mais idade.
6.6: SAÚDE:
Ao ver da área de saúde, a gravidez não é algo patológico, quando a mesma ocorre de acordo com tempo normal, com o corpo preparado e com a saúde mental em dia, embora muitas mulheres apresentam gravidez psicológica, para isso a equipe multidisciplinar deve estar atenta. Na Busca da série compreensão de um modo de vida em que a adolescente se adaptar a ele. Trabalhar com regras muito rígidas e autoritárias irá afastá-los do acompanhamento. Ser acolhedor e legível com o adolescente é essencial.
6.6.1.: Importância do acompanhamento nutricional:
Um ponto
importantíssimo é um olhar holístico para que todos os pressionais que lidam com adolescentes, com atenção especial para menores de 15 anos, pois há um grande risco de a gestação ser um bebê prematuro e nascer com algumas sequelas de moderadas a graves, a explicação principal é que a adolescente ainda está em fase de crescimento, e neste caso o simples ato de engravidar leva risco ao corpo de sofrer consequências graves ao bebê e a mãe. Este risco está principalmente ligado à questão nutricional, pois existem dois corpos crescendo num mesmo momento e competindo pelo mesmo nutriente. Ela pode até ganhar mais peso, mas transfere menos peso e menos nutrientes para o bebê. No Brasil, as meninas têm menstruado em média com 12 anos. Caso ela engravide nesse período (até cinco anos após menstruar), isso pode sindicar um grande risco biológico. 
 A má nutrição da gestante adolescente é um grande problema para a gravidez. Para que esse problema seja minimizado, é importante que os pressionais identifiquem e avaliem alguns dados de crescimento:
Idade cronológica e Idade ginecológica (Gestação - Menarca); 
Peso;
 Altura pé-gestacional; 
Índice de Massa Corporal (IMC);
Relação peso/altura pé-gestacional; Ganho de peso semanal, mensal e total da gestação; 
Perímetro braquial (circunferência do braço); 
Pregas tricipital (medição da adiposidade periférica);
 Subescapular (adiposidade central); 
Circunferência da cintura e medida do fundo uterino; 
Peso do RN em relação à idade gestacional; 
Peso pós-parto (4 a 6 semanas e em 6 meses).
6.6.2: Principais nutrientes durante a gestação das adolescentes:
 Ferro: a maioria das adolescentes já inicia a gravidez anêmica. (Prevenção da anemia e do retardo de crescimento intrauterino, suplemento essencial até a 28a semana de gestação para manter a taxa de hemoglobina acima de 10,5 g/100 ml e eritrina acima de 10µg/L > reposição: 27 mg/dia);
 Ácido Fólico: (prevenção dos defeitos do tubo neural> 400 µg/dia);
 Vitamina A: dose máxima de 700 µg/dia (alta dose pode ser teratogênica);
Vitamina D: 10 a 20g/dia (a partir da12ª semana de gestação); 
Cálcio: 3 a 4 porções por dia/leite e derivados;
 Iodo (sal iodado);
Zinco; 
Magnésio;
Vitamina B6;
 Vitamina E; 
Proteínas: 3 a 4 porções por dia.
 A boa alimentação deverá ser continuada durante o período de amamentação do bebê. Ainda em relação ao pré-natal, os pressionais devem estar atentos para garantir que as intervenções contemplem as seguintes estratégias: Médicas, nutricionais, psicossociais, educacionais, reintegração escolar e social e humanização no atendimento multidisciplinar.
6.6.3: Fatores de riscos associados à gravidez na adolescência:
 Os estudos mostram que os fatores de risco associados à gravidez na adolescência são vários, desde o convívio familiar, pessoal até as condições dos serviços e oferta de saúde na área de abrangência da residência da adolescente, fazendo parte de um problema de saúde pública. Os fatores de riscos apontados nas evidências científicas são: baixa escolaridade, baixo nível socioeconômico, ausência de informações sobre sexualidade e métodos contraceptivos, conhecimento insatisfatório dos órgãos femininos, ausências de consultas ginecológicas, falta de acesso aos serviços de saúde, e uso de drogas ilícitas por familiares.
 A baixa escolaridade e o baixo nível socioeconômico estão relacionados à falta de recursos tecnológicos e preventivos para informações diretas sobre a saúde. Neste aspecto já existem programas tecnológicos em escolas e unidades de saúde da família distribuídas em várias partes do país onde fornecem informações para as pessoas de qualquer nível socioeconômico. Cabe as autoridades formar programas para colocar os adolescentes dentro das escolas brasileiras e permitir o conhecimento ao alcance de todos. Um fator de risco relevante é ausência de informações sobre a sexualidade e métodos contraceptivos, porque este fator que gera a gravidez precoce em adolescentes e também promove o risco de desenvolver infecções sexualmente transmissíveis. Na rede de atenção básica tem o programa de planejamento familiar que é destinado a todas as pessoas que tenha ou queira ter uma vida sexual ativa, mas, os adolescentes não frequentam por questões psicológicas de gênero, medo, vergonha e isto deve ser desmistificado para fazer com que estes adolescentes tenham uma vida sexual protegida da gravidez indesejada e das infecções sexualmente transmissíveis. 
6.6.4: Implicações da gravidez na adolescência:
 As implicações da gravidez na adolescência estão relacionadas à adolescente grávida, ao filho que ela está gerando, a sua família e a saúde pública brasileira. De acordo com as evidências científicas as implicações são: gravidez indesejada, medo de enfrentar familiares/companheiro, baixo número de consultas ao pré-natal e início tardio, baixo peso ao nascer e déficit no crescimento de filhos de mães adolescentes, atos violentos, ausência de companheiro, maior prevalência de depressão gestacional e ansiedade, uso de tabaco, acesso ao parto insatisfatório e menor incidência de desproporção acéfalo-pélvica e pré-eclâmpsia. Observa-se a importância do acesso das adolescentes as consultas de planejamento familiar e ginecológica para obter informações necessárias afim de evitar a gravidez indesejada associada ao medo, a depressão, a ansiedade que pode provocar serias consequências durante e após a gestação. Assim como, é importante também para se planejar uma gravidez e obter informações sobre o pré-natal.
 O pré-natal é suma importância para o acompanhamento da gestação evitando condições de riscos tanto para a mãe quanto para seu filho. O Ministério da Saúde preconiza a quantidade de consultas de pré-natal ideal para uma gestação e deve iniciar tão logo que confirme a gravidez. Um problema para as adolescentes é o impacto que a gravidez provoca em suas vidas tendo como consequência o início das consultas de pré-natal tardio, assim como baixo número de consultas. Isto pode estar relacionado à falta de informação como também o impacto da não aceitação da gravidez. Mas, o pré-natal é primordial para as adolescentes para abordar os efeitos nocivos que o tabaco causa durante a gestação, também notificar os atos violentos que as adolescentes sofrem por serem ilegais tanto para os adolescentes que estão protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente como pelas mulheres que estão protegidas pela Lei Maria da Penha. 
 Sendo que estes atos podem provocar efeitos danosos na gravidez. Ainda durante o pré-natal é feito o acompanhamento do desenvolvimento do feto para evitar o baixo peso ao nascer por indicação de alimentação, vitaminas e suplementos que irão promover o desenvolvimento fetal e em consequência o crescimento e desenvolvimento das crianças pelas informações que as adolescentes terão para acompanhar o crescimento e desenvolvimento de seus filhos desde o nascer em consultas na rede de atenção básica. O acesso ao parto de forma insatisfatória ainda é uma realidade brasileira, várias adolescentes passam por várias maternidades para poder parir, sendo que esta realidade poderia ser mudada, porque as adolescentes grávidas merecem uma atenção maior por constituir um problema de saúde pública. Um benefício no parto de adolescentes é a menor incidência de desproporção acéfalo-pélvica e a pré-eclâmpsia, permitindo o parto normal e livre de complicações cirúrgicas. Assim, percebe-se que as informações adequadas sobre o pré-natal e a frequência do mesmo pelas adolescentes grávidas irão prevenir implicações durante e após a gestação. 
6.7: EDUCAÇÃO:
 Dados apontam que o abandono escolar é superior entre as meninas que engravidaram em comparação às que não engravidaram. É fundamental que a escola ofereça condições para que se converse sobre a gravidez na adolescência, e falar abertamente sobre saúde sexual
e reprodutiva é uma das estratégias. Quando uma menina ficar grávida, a escola deve oferecer apoio. A Lei n. º 6.202/75 garante a permanência da adolescente na escola através do regime de exercício domiciliar. Este é um direito que deve ser declarado e resguardado pela escola para evitar o abandono escolar
 O Programa Saúde na Escola (PSE) foi desenvolvido pelos Ministérios da Saúde e da Educação para articular e integrar as ações desenvolvidas nas escolas e as Equipes de Atenção Básica / Saúde da Família. O programa se desenvolve em cinco eixos de ação: 
1. Educação permanente e capacitação dos profissionais da educação e da saúde e de jovens para o Programa Saúde na Escola;
 2. Avaliação das Condições de Saúde; 
3. Promoção da Saúde e Prevenção; 
4. Monitoramento da Avaliação da Saúde dos Estudantes; 
5. Monitoramento e Avaliação do Programa Saúde na Escola. 
 Na avaliação das condições de saúde e prevenção e promoção da saúde serão desenvolvidas as seguintes ações: avaliações clínicas e psicossociais dos alunos, avaliações nutricionais, avaliação da saúde bucal, atualização do calendário vacinal, ações de segurança alimentar e promoção de alimentação saudável, promoção de práticas corporais e atividade físicas nas escolas, prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas, promoção da cultura da paz e prevenção das violências, educação para a saúde sexual, reprodutiva e prevenção das DST/AIDS. 
6.8: ASSISTÊNCIA SOCIAL:
 Os cuidados prestados no âmbito da saúde materno-infantil assumem como prioridade o bem-estar da grávida e, posteriormente da puérpera, mas sobretudo do bebê. É neste que se focaliza toda a intervenção dos diferentes profissionais, nomeadamente os Assistentes Sociais.
 A intervenção do Serviço Social, neste contexto, pressupõe um contato precoce com a grávida, de modo a que, ao serem identificados indicadores de risco social se possa delinear uma intervenção adequada. Do risco social emergem situações de vulnerabilidade e, existe quando são reconhecidos determinados fatores de risco, sinalizadas na entrevista de diagnóstico e/ou reavaliação social nas fases da gravidez e do puerpério. Assim, segundo o Relatório Final – Atendimento e Encaminhamento, nos Estabelecimentos e Serviços do Sistema Nacional de Saúde, das Crianças em Risco, da Inspeção – Geral da Saúde, de 30 de dezembro de 2005, constituem indicadores de risco social, numa fase pré-natal:
A menoridade;
Antecedentes de institucionalização;
O passado penal;
Antecedentes de violência doméstica;
Défice cognitivo;
Doença mental;
Toxicodependência;
Alcoolismo;
Comportamento marginal;
Rejeição familiar;
 Não será de mais referir que podemos igualmente considerar indicador de risco quando estamos perante uma conjugação de fatores de risco ambiental. Durante a gravidez podem, igualmente, surgir indicadores que possam convergir em situações de risco social, podendo ser identificados na entrevista de diagnóstico (caso seja a primeira vez que a grávida recorre aos serviços), ou nas entrevistas de acompanhamento. Deste modo, os diferentes profissionais devem estar atentos aos seguintes comportamentos:
Quando a grávida revela que é uma gravidez indesejada;
Quando não há vigilância da gravidez;
Quando não há preparação para o nascimento;
Quando se perspectiva a adopção como solução;
Inexistência de expectativas para o bebé, ou a não integração do mesmo em planos futuros.
No que respeita ao pós-parto existem determinados comportamentos e indicadores que podem denunciar risco social, são eles:
A inexistência de interação entre mãe e filho (neste ponto é fulcral a articulação entre a equipe de enfermagem e pediatria para a consolidação da observação do Assistente Social durante a reavaliação no puerpério);
Quando estamos perante um bebê doente ou com malformação congênita;
Quando há faltas recorrentes às consultas de pediatria;
Quando o bebê apresenta sinais que possam suscitar dúvidas relativamente à prestação de cuidados inerentes à sua idade importa, ainda, referir que a todos estes fatores se aditam outros, afetos ao meio envolvente das grávidas e puérperas e, que estão associados à carência econômica e à inexistência de suporte formal e informal. Perante estes indicadores de risco é dado o início ou continuidade da intervenção do Serviço Social. 
 Esta, por sua vez, tem como objetivo o supremo bem-estar do menor. Deste modo, é necessário ter em conta as diferentes entidades e respostas sociais na comunidade passíveis de assegurar a proteção destes menores que, para o efeito exemplificamos com a seguinte figura, as funções que cada entidade deve assumir em prol da proteção de menores.
7.0: INTERVENÇÕES DO ENFERMEIRO:
A orientação da sexualidade deve começar desde a infância, através de um bom relacionamento familiar principalmente na figura dos pais. A adolescência é um bom momento para uma abordagem mais ampla, em que o papel da família é importante na conscientização, nos valores e na auto imagem. É nela que se constroem padrões culturais que irão refletir durante toda a vida. Pode-se dizer que os pais desempenham papéis de socializadores e passam para seus filhos valores e crenças, demonstrando a eles o desenvolvimento normal da vida. O que se percebe é que nem sempre os pais conseguem falar o que o adolescente realmente precisa ouvir quanto às suas necessidades, ou mesmo não querem falar sobre tais assuntos, achando que os filhos nunca irão sai da condição de criança. 
 Os pais reagem diante da filha adolescente grávida, com surpresa, decepção, raiva, culpa ou alegria e também com questionamento do tipo “por que isto aconteceu? ” “Onde foi que eu errei? ” “Será que dei liberdade demais a minha filha? ”. Na verdade, a gravidez na adolescência vem demonstrar um fato que costuma ser ignorado no ambiente familiar. A sexualidade do adolescente que deve ser tratada entre pais e filhos para um bom esclarecimento e assim um bom desenvolvimento da personalidade. A cultura, a família e a própria individualidade sintetizam os sentimentos e questionamentos sobre os comportamentos, problemas e promessas dos filhos em relação ao futuro. Dúvidas sobre sexualidade e relacionamento são muito frequentes nesta etapa da vida, devendo ser discutidos em família se esta possuir diálogo. O atual modo de vida familiar não permite que os pais fiquem muito tempo com os filhos o que leva a um Distanciamento desde a infância. A tentativa de resgate, quando acontece, dá-se na adolescência quando surgem evidências de que algo de “anormal” está ocorrendo com o filho (Ramos et al. 2000). 
 A gravidez precoce é um problema que também envolve adolescentes do sexo masculino, devendo também ser acolhido no planejamento das ações em saúde. O enfermeiro deve estabelecer um vínculo com o adolescente levando-o a interessar-se e procurar o atendimento da unidade. Para que isso ocorra, é necessário que o enfermeiro tenha uma boa equipe, sendo esta multidisciplinar, em que o médico, enfermeiro, agentes comunitários estejam inseridos no programa e trabalhem de forma coesa (Barros 2006). Em outubro de 1988, o Ministério da Saúde oficializou o PROSAD (Programa de Saúde e Atenção ao Adolescente) objetivando promover a saúde, identificar grupos de risco e detectar precocemente os agravos para que se realize o tratamento adequado e a reabilitação. Foram consideradas como áreas prioritárias a sexualidade e a saúde reprodutiva do adolescente. Para haver a inserção da orientação sexual, o enfermeiro deve procurar estabelecer parcerias, trabalhar com palestras nas escolas de primeiro grau desenvolvendo atividades educativas com enfoque na promoção da qualidade de vida, discutindo permanentemente junto à equipe de trabalho e à comunidade o conceito de adolescência, envolvendo a parte sexual, enfatizando ao mesmo tempo os direitos de que os adolescentes dispõem. Outro ponto fundamental
seria a distribuição de métodos contraceptivos em escolas e postos de saúde, bem como campanha e orientação para que as pessoas percam a inibição de pegá-los (Costa e Carbônea 2003).
8.0: CONSIDERAÇÕES FINAIS:
 A gravidez precoce e indesejada, com o início precoce da puberdade, muitas vezes se torna um período de grandes transformações, levando a várias implicações na família, favorecendo a possibilidade do desajuste familiar, impulsionando, assim, a família e a adolescente a refazerem seus projetos de vida, o que, geralmente, desencadeia a interrupção escolar e o abandono do trabalho pelo evento da gravidez agora existente.
             Com esse trabalho, percebemos e os programas de saúde têm um papel fundamental na transmissão de conhecimentos na vida desses adolescentes, a partir de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação na realização de ações de prevenção abordando temas como educação sexual e reprodutiva, buscando conscientizar esses estudantes sobre os meios para prevenir DST e evitar gravidez indesejada. São informações sobre esses temas que precisam ser transmitidas de forma correta e uniforme a toda população jovem, buscando maior compreensão dos mesmos para melhor prevenção desses acontecimentos.
            Hoje a gravidez na adolescência é um acontecimento bastante comum, mas que precisa estar na pauta de toda a sociedade, pois gera sérias intercorrências biológicas, familiares e sociais que refletem na vida do adolescente e da sociedade como um todo.
9.0: REFERÊNCIAS:
ABRÃO. A. C. F. V.; MARTIN. H.F.; BARROS. S.M.O. Enfermagem Obstétrica e Ginecológica. Guia para pratica assistencial. São Paulo 2002.
AZEVEDO. G. Adolescência. Ponto de Apoio. 2ª ed. São Paulo 2002.
BARROS. S. M., Enfermagem no Ciclo Gravídico Puerperal. ABEN. São Paulo 2006.
BRASIL, MINISTÉRIO da AÇÃO SOCIAL, JUSTIÇA, TRABALHO e EDUCAÇÃO.
Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília 1990.
BRASIL, MINISTÉRIO da SAÚDE. Informações em Saúde 1999.
http://www.saude.gov.br (acessado em 20/Fev./2007).
BRITO. P. L.; ALMEIDA. E.C.S.; CANELLA. P.; PINTO. C.T. Alguns Aspectos das Disfunções Sexuais Femininas. A Atual n° 3. 1997. 
CANELLA P. Problemas da sexualidade na adolescência. Ginecologia e Obstetrícia atual, v.7, p. 44-45, 1998.
COSTA. E. M. A.; CARBONE. M. H. Saúde da Família Uma Abordagem Interdisciplinar. Rio de Janeiro 2003.
COSTA. F. M. V.; CARVALHO. R. Grande Dicionário de Enfermagem Atual. Rio de Janeiro, 2001.
CORREA. M. D. Noções Práticas, da Obstetrícia. Belo Horizonte 1994.
DATASUS. Catalogo. http/www.datasus.gov.br (acessado em 11/abr./2007).
IBGE. Catalogo. http/www.ibge.gov.br (acessado em 11/abr./2007).
PASSAPORT. C. R.; FIORI. W. R.; DAVIS. C. Psicologia do Desenvolvimento. A idade escolar e a adolescência. V. 4. São Paulo 1981-1982.
PORTARIA do PROSAD – Programa de Atenção à Saúde do Adolescente. Disponível em hutu//www.uff.br//disicamep/prosad.htm (acessado em 11/abr./2007).
PRADO L. R. Curso de direito penal brasileiro. Vol. I – Parte Especial. 3ª Ed. Rev. Atual. Ampla. São Paulo: Editora Revista dos tribunais, 2002.
RAMOS. R. F.; MONTICELLI. M.; NITSCHKE. R. G. Um Encontro da Enfermagem com o Adolescente Brasileiro. Brasília-DF 2000.
ZIEGEL. E. E.; CRANLEY. M. S. Enfermagem Obstétrica. 8ª ed. Rio de Janeiro 1985.

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