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Constituição de uma Sociedade Anônima

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Introdução
Esse trabalho tem como objetivo abordar alguns aspectos e requisitos sobre a constituição de uma sociedade anônima.
Para isso, é necessário observar diversos elementos sobre o seu funcionamento, tais como ações, capital social, valores mobiliários, qual lei regulariza esse tipo de empreendimento, a constituição, que será o foco desse trabalho, dentre outros aspectos.
Sociedade Anônima e também conhecida como companhia ou sociedade por ações, é o nome dado à empresa com fins lucrativos que possui o capital dividido em ações. Os donos das ações são chamados de acionistas e sua responsabilidade é limitada ao preço das ações adquiridas.
No Brasil, a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conhecida como "Lei das Sociedades por Ações" regulamenta as sociedades anônimas no país.
Ao longo desse trabalho iremos abordar os requisitos preliminares para criação de uma S/A, bem como, a constituição por subscrição pública e a constituição por subscrição particular. As metodologias adotadas foram pesquisas feitas através de consultas em livros, sites e artigos.
Este trabalho não esgota o assunto, por se tratar de um tema amplo e complexo, no entanto abre espaço para pesquisas mais aprofundadas, por se tratar de um conteúdo fundamental dentro das sociedades anônimas.
Constituição da Companhia
A constituição de uma sociedade anônima pode ser feita por subscrição pública ou subscrição particular. No caso da S/A, a subscrição é o ato através do qual uma pessoa física ou jurídica (subscritor) assume o compromisso de realizar e pagar as ações subscritas, nos termos estabelecidos.
A subscrição particular é restrita a certo grupo de pessoas e independe de qualquer apelo ao público, já a subscrição pública se operará através de apelo ao público investidor, no qual as ações serão oferecidas.
Requisitos Preliminares
Para que a S/A seja constituída, em ambos os casos, é necessário o cumprimento de requisitos preliminares, sendo eles:
Subscrição, necessitando de 2 pessoas, no mínimo, de todas as ações em que se divide o capital fixado no estatuto. 
Realização, que ocorre com a entrada de pelo menos 10% do preço das ações que foram subscritas em dinheiro. Ocorre uma exceção do requisito, quando as leis exigem a realização inicial maior do que 10%, ou seja, maior parte do capital social. 
Depósito, que precisa ser aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários. Deve ser feita em um estabelecimento bancário e uma parte com capital deve ser depositado em dinheiro.
Depósito da Entrada
O parágrafo único do artigo 81 refere-se ao artigo 80 (requisito n° 2); nele especifica que o fundador tem o prazo de 5 dias, contados a partir do recebimento das quantias, e que seja em nome do subscritor e a favor da sociedade em formação – futura pessoa jurídica. Caso a sociedade não se constitua no período de 6 meses, contados a partir da data de depositado, o banco irá devolver as quantias depositadas aos subscritores.
Constituição por Subscrição Pública
Registro da Emissão (art. 82) – A constituição de companhia por subscrição pública depende do prévio registro na CVM (Comissão de Valore Mobiliários), e com a intermediação do instituto financeiro poderá ser efetuada a subscrição das ações. O registro segue as normas da CVM, que são:
a) verificar a viabilidade econômica e financeira do empreendimento, (estudo que determina se o empreendimento obterá lucro). 
b) o projeto do estatuto, (espinha dorsal a base que a companhia seguirá). 
c) o prospecto, organizado e assinado pelos fundadores e pela instituição financeira intermediária, (todos os detalhes da companhia).
A CVM poderá indeferir o registro por:
Inviabilidade (companhia não viável);
Temeridade do empreendimento (incerteza da lucratividade);
Inidoneidade dos fundadores (fundadores impedidos por lei e devedores).
Projeto de Estatuto (art. 83) – O projeto deverá conter os requisitos exigidos para os contratos das sociedades mercantis e as normas pelas quais companhia será regida.
Prospecto (art. 84) – Com clareza e precisão deve estar mencionado no prospecto os motivos que justifiquem o êxito e as bases da companhia. Além disso, também deverá conter:
O valor do capital a ser subscrito, a forma de realização do capital (dinheiro, imóveis...), e autorização ou não de aumento futuro;
A parte do capital formada por bens e seus respectivos valores atribuídos pelos fundadores;
O número, espécie, e classe das ações em que se dividirá o capital. O valor nominal das ações e o preço de emissão das mesmas;
A importância da entrada a ser realizada no ato da subscrição;
Obrigações dos fundadores, os contratos já assinados no interesse da S/A, e as quantias já dispensadas ou por dispensar;
As vantagens dos acionistas (fundadores e terceiros) e o dispositivo no projeto do estatuto que as regula;
Se necessário a autorização governamental;
As datas de início e término da subscrição, e as instituições autorizadas a receber as entradas;
Solução prevista para excesso de subscrição;
O prazo em que deve ocorrer a assembleia para constituição da companhia ou a preliminar para avaliação dos bens;
Dados pessoais dos fundadores, o número e espécie de ações em que cada um houver subscrito;
Ficarão depositados os originais do prospecto, projeto de estatuto e outros documentos na instituição financeira intermediária, para exame de qualquer interessado. 
Lista, Boletim e Entrada (art. 85) – No ato da subscrição das ações, o investidor tem que assinar um documento provisório. Isso é chamando de lista ou boletim de entrada, que serão autenticados pela instituição financeira. Esses documentos são transitórios, após, eles serão transformados em ações.
Depois da constituição propriamente dita, o dinheiro que estava depositado será convertido para a pessoa jurídica.
Assembleia: Convocação e Constituição (arts. 86 e 87) – A constituição pode efetuar-se por assembleia geral, quer a subscrição tenha sido pública, quer tenha sido particular.
Segundo o artigo 86 (LSA), os fundadores convocarão uma assembleia geral, que deverá promover a avaliação dos bens, se for o caso, nos termos do citado artigo 8º e deliberar sobre a constituição da companhia. 
Os anúncios de convocação mencionarão hora, dia e local da reunião e serão inseridos nos jornais em que houver sido feita a publicidade de oferta de subscrição.
Os anúncios de convocação da assembleia geral de constituição da companhia deverão ser publicados no órgão oficial da União ou do Estado, conforme o lugar em que vai estar situada a companhia, e em outro jornal de grande circulação editado na localidade da futura sede (art. 289), com a antecedência mínima prevista no artigo 124: 
“I - na companhia fechada, com 8 (oito) dias de antecedência, no mínimo, contado o prazo da publicação do primeiro anúncio; não se realizando a assembleia, será publicado novo anúncio, de segunda convocação, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias; (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001)
II - na companhia aberta, o prazo de antecedência da primeira convocação será de 15 (quinze) dias e o da segunda convocação de 8 (oito) dias.”
A instalação da assembleia será feita em primeira convocação, com a presença de subscritores que representem, no mínimo, metade do capital social, e, em segunda convocação, com qualquer número.
Cada ação, na assembleia de constituição da companhia, independente da espécie, forma ou classe, dá direito a um voto. A maioria (mais da metade do capital nesta assembleia) não poderá, entretanto, alterar o projeto do estatuto social. Ou constitui a sociedade com aquele projeto, ou não a constitui. O projeto do Estatuto só pode ser alterado por deliberação unânime dos Subscritores.
Segundo o artigo 87, § 3º da LSA, em não havendo oposição de subscritores que representem mais da metade do capital social, presidente declara constituída a companhia, dando início à eleição dos administradores e fiscais.
Dessa forma, lavra-se a ata, em duplicata. Depois de lida e aprovada pela assembleia, todos os subscritoresdeverão assinar, sendo que um exemplar ficará na companhia e o outro será enviado ao registro de comércio.
Constituição por Subscrição Particular
O art. 88 estabelece que a constituição por subscrição particular pode ser feita por deliberação dos subscritores em assembleia geral, ou então por escritura pública, considerando-se fundadores todos os subscritores.
Se a forma escolhida for a de assembleia geral, os fundadores terão que elaborar o Projeto de Estatuto da companhia, que “deverá satisfazer a todos os requisitos exigidos para os contratos das sociedades mercantis em geral e aos peculiares às companhias, e conterá as normas pelas quais se regerá” (art. 83). Esse Estatuto é de extrema importância, pois é nele que estão previstas todas as normas do funcionamento.
A assembleia se instalará, em primeira convocação, com a presença de pelo menos 50% dos subscritores, e em segunda, com qualquer número. Ela será presidida por um dos fundadores e secretariada por subscritor eleitos na ocasião. Depois de lido, discutido e votado o Estatuto, verificando-se que foram cumpridas todas as formalidades e não havendo oposição, o Presidente declarará constituída a Sociedade Anônima. Deverá ser lavrada em duplicata, a ata da reunião, que logo em seguida será levada a registro na Junta Comercial.
Caso os fundadores optarem pela escritura pública, depois de cumprirem os requisitos preliminares, deverão procurar um dos Cartórios de Notas da localidade, onde a mesma será lavrada e assinada por todos os subscritores, sendo obrigatoriamente: a qualificação dos subscritores, estatuto da companhia, relação das ações tomadas pelos subscritores, importância das entradas pagas, transcrição do recibo do depósito da entrada na instituição financeira respectiva, transcrição do laudo de avaliação dos peritos e nomeação dos primeiros administradores e fiscais. Após a lavratura da escritura pública, deverá ser arquivada na Junta Comercial a certidão do instrumento.
Conforme preleciona Osmar Brina Correa-Lima (“Sociedade Anônima”, Del Rey, 2ª Edição, 2003, pág. 165), a assembleia geral “é a forma mais comum para a constituição, tanto quando a subscrição tiver sido pública, como quando tiver sido particular. A forma de constituição por escrituração pública só poderá ser utilizada se, na fase anterior, de requisitos preliminares, tiver sido adotada a subscrição particular.” O quadro abaixo facilita a compreensão do que foi dito:
Fase de requisitos preliminares		Fase de constituição propriamente dita		Subscrição: 						Constituição:
- pública						- por assembleia geral
 	- particular 						 - por escrituração pública
Disposições Gerais
A lei prevê algumas regras gerais e comuns para a constituição da S.A que se encontram nos artigos 89-93.
Art. 89. “A incorporação de imóveis para formação do capital social não exige escritura pública”. Conforme o artigo descrito não é necessário que haja escritura pública para que imóveis sejam incorporados no capital social, assim o mesmo passa a ser parte do corpo companhia.
Art. 90. “O subscritor pode fazer-se representar na assembleia-geral ou na escritura pública por procurador com poderes especiais”. Caso o subscritor não possa comparecer à assembleia-geral ele poderá ser representado por um procurador, tendo ele poderes especiais, onde também poderá representar o mesmo na escritura pública.
Art. 91. “Nos atos e publicações referentes à companhia em constituição, sua denominação deverá ser aditada da cláusula em organização”. Enquanto a companhia estiver sendo constituída é necessário, que seja acrescentada a sua denominação m atos e publicações o termo “em organização”.
Art. 92. “Os fundadores e as instituições financeiras que participarem da constituição por subscrição pública responderão, no âmbito das respectivas atribuições, pelos prejuízos resultantes da inobservância de preceitos legais”. Caso a falta de cumprimento do que é legalmente previsto resulte em prejuízo, tanto os fundadores como as instituições financeiras participantes da constituição por subscrição pública, deverão responder segundo suas atribuições.
Parágrafo único. “Os fundadores responderão, solidariamente, pelo prejuízo decorrente de culpa ou dolo em atos ou operações anteriores à constituição”. Os fundadores são responsáveis por arcar solidariamente por prejuízo consequente de culpa ou dolo em qualquer operação ou ato anterior à constituição.
Art. 93. “Os fundadores entregarão aos primeiros administradores eleitos todos os documentos, livros ou papéis relativos à constituição da companhia ou a esta pertencentes”. Os documentos, livros ou papéis relativos à constituição da companhia deverão ser entregues pelos fundadores aos primeiros administradores eleitos ao cargo.
Sendo assim, a companhia só poderá dar início à exploração regular de suas atividades após estas providências.
Considerações Finais
Existem alguns tipos societários no país a disposição para a escolha dos empresários, mas que devem ser analisados na hora da constituição de uma sociedade.
As sociedades anônimas possuem uma estrutura fixa e sua constituição deve seguir as normas estabelecidas na lei 6404/1976, seja ela uma companhia aberta ou fechada.
A constituição de uma sociedade anônima pode ser feita por subscrição pública ou subscrição particular. Ambas as formas possuem diversas etapas necessárias à constituição, e é imprescindível que tais normas sejam cumpridas, como forma de proteger aquele que trabalha dentro da legalidade e é idôneo em seus negócios.
Tendo em vista os aspectos observados, conclui-se que fundar uma S/A não é algo simples, é um tipo de empreendimento complexo que exige um conhecimento técnico e o cumprimento das obrigações legais.
É necessário ter uma gestão contábil bem estruturada e um profissional especializado na área societária para Sociedades Anônimas, evitando problemas nesse quesito.
Levando-se em consideração esses aspectos, é fundamental frisar que a adoção de qualquer tipo societário dependerá sempre de uma análise detalhada das necessidades e objetivos de uma sociedade.
Referências
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;
CRISTIANO, Romano. A nova estrutura da sociedade anônima. São Paulo, ed. Revista dos Tribunais, 1977;
CORRÊA-LIMA,Osmar Brina. Sociedade Anônima. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2003;
CUNHA DA GAMA MALCHER FILHO, Clovis. “Sociedade Anônima - Constituição por Subscrição Particular”. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/888/Sociedade-Anonima-Constituicao-por-Subscricao-Particular>. Acessado em 07/05/2017.

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