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Direito Civil ii Colinha

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ROTEIRO – OBRIGAÇÕES (INTRODUÇÃO, E CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO OBJETO)
Obrigação; ( vinculo jurídico) é uma relação de direito, que possui caractere rescisório, que constrange alguém a prestação de algo ou alguma coisa, que ocorre a benefícios de outro.
8. Classificação das obrigações quanto ao objeto: dar, fazer e não fazer.
9. Obrigações de dar e restituir
Essa coisa pode ser certa ou incerta;
Na obrigação de dar coisa certa, o CREDOR não é obrigado coisa diversa do acordado ainda que mais VALIOSA.
Pode Compelir e exigir que eu entregue a COISA CERTA.
9.1. Regras quanto ao inadimplemento das obrigações de dar coisa certa (extraídas do livro de Flávio Tartuce e do livro 5 de Didier):
1a: Se a coisa certa se perder SEM culpa do devedor? 
A obrigação esta resolvida, acaba a obrigação , o CREDOR não pode cobrar do DEVEDOR, E o devedor não é obrigado a entregar o objeto. ( se tiver pago algo terá que devolver.)
2a: Se ocorrer a perda da coisa certa COM culpa (ou dolo) do devedor?
O Credor poderá ser indenizado por perdas e danos, e o equivalente do valor.
3a: Se a coisa se DETERIORAR SEM culpa do devedor?
Nesse caso o credor tem duas opções; Resolver a obrigação, ou aceita a coisa como ela está!
4a: Se houver DETERIORAÇÃO COM culpa do devedor?
O credor pode receber o equivalente mais perdas e danos, ou ficar com a coisa como ela se encontra e deteriorar perdas e danos.
5a: Na obrigação de RESTITUIR coisa certa, se a coisa perecer SEM culpa do devedor? O credor poderá pleitear, os direitos se houvesse.
 
Exemplo; se empresta o cavalo com aluguel de 3 meses , e 2 meses eles não pagou no 3 mês o cavalo morreu, o credor tem direito aos 2 meses não pago. 
OBS: devera indenizar com responsabilidade objetiva de risco integral.
Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.
6a. Na obrigação de restituir coisa certa, se houver perecimento COM culpa do devedor? 
Ele respondera pelo equivalente e perdas e danos.
7a: Na obrigação de restituir, se houver DETERIORAÇÃO sem culpa do devedor?
Restituída a coisa do jeito que está e não se houve falar em indenização.
8a: Na obrigação de restituir coisa certa, havendo DETERIORAÇÃO COM culpa do devedor, o credor recebe a coisa do jeito que está, mas com perdas e danos ou exige o equivalente e perdas e danos. Nesse sentido, en. 15 da Jornada. 
Credor pode receber a coisa deteriorada, com perdas e danos. Ou exige o equivalente e perdas e danos.
9.2. Vamos estudar o art. 237 do CC:
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. ( O DEVEDOR PODE EXIGIR QUE O CREDOR PAGUE A DIFERENÇA, pois o melhoramento foi feito as custas do devedor.)
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.
9.3. Obrigação de dar coisa incerta (qualidade). (Gênero e a qualidade devem ser certos)
Perguntinha: antes da escolha, o devedor pode alegar o perecimento da prestação? Não, pois o devedor terá que buscar a terceiros o produto para entregar a seu credor. Agora se a escolha for feita, a obrigação pode ser desfeita.
10. Obrigação de fazer.
É a obrigação de cumprir alguma tarefa. Exemplo: empreitada. Pode ser obrigação de fazer fungível ou não fungível. Ok, mas qual é a importância disso?
Fungível; se o devedor não fizer o que iria fazer, o credor pode pedir ao juiz que através da tutela especifica, force o devedor a fazer com multa. E exigir que o devedor assuma a responsabilidade. ; o Credor faça aquilo que o devedor se requer a fazer, e depois vai atrás dele e requer a perdas e danos.
Infungível; será convertida em perdas e danos.
11. Obrigação de não fazer. 
Exemplos do MURO se houver o inadimplemento com culpa do devedor, o credor pode exigir o cumprimento forçado da obrigação (com multa), ou pode requerer que outra pessoa desfaça a obra e o devedor pague, e indenize por perdas e danos.
12- Obrigações Alternativas; 
Duas ou mais alternativas, que se cumprir uma ou outra o devedor estará livre.
Cada devedor responde pela divida inteira, ou seja, se possuir três devedores com divida de 30 mil, os mesmos responderam pelo valor de 30 não e não 10 mil cada um.
 D D D x C C C 
Quando houver um ou mais credores, e o objeto ser indivisível ( cavalo), cada um dos credores pode exigir individualmente o objeto. 
Para o devedor extinguir a sua obrigação, ele pode juntar os credores e entregar o objeto e solicitar um calção de ratificação aos outros credores como garantia de que a divida será repassada aos demais.
Obrigação divisível é aquela cuja prestação pode ser parcialmente cumprida sem prejuízo de sua qualidade e de seu valor 
Exemplo; uma dívida de cem reais pode ser paga em duas metades; um curso de Direito Civil pode ser ministrado em várias aulas. Mas vai depender do acordo entre as partes, o devedor deve pagar de uma vez só, mesmo que a prestação seja divisível.
Já na obrigação indivisível a prestação só pode ser cumprida por inteiro
Exemplo; quem deve um cavalo não pode dar o animal em partes, 258; mas se tal cavalo perecer e a dívida se converterem em pecúnia, deixa de ser indivisível, 263.
13 - Obrigações Solidariam
Multiplicidade de credores e devedores, e que estejam responsáveis cada um deles , para ser demandando do todo ou para receber o todo.
A – 3 pessoas dona de um imóvel, desejam vender então fazem um contrato de compra e venda , o valor do contrato é de 120 mil reais, o A – vai ficar comprometido a pagar para cada uma pessoa o valor de 30 mil reais. 
Mas não possui solidariedade.
14 - Pluralidade de devedores:
Imaginem que um pai morre e deixam dívidas, seus filhos irão pagar estas dívidas dentro dos limites da herança recebida do pai (1792, 1997). Então o credor do pai terá mais de um filho para cobrar esta dívida. Se a prestação for divisível, cada filho responde pela parte correspondente a sua herança, e a insolvência de um deles não aumentará a quota dos demais (257). Mas se a prestação for indivisível, cada filho responde pela dívida toda, e aquele que pagar ao credor, cobrará o quinhão correspondente de cada irmão (259 e pú – veremos sub-rogação em breve). A relação obrigacional antes era do credor com os filhos do pai morto, agora é do irmão pagador contra os outros irmãos.
Plica-se o 260, pelo que o devedor deverá pagar a todos os credores juntos, para que um não engane os outros. Ou então o devedor deverá pagar àquele credor que prestar uma garantia ( = caução) de que repassará o pagamento aos outros 
Exemplos: João deve um carro a três pessoas, mas não encontra os três para pagar, assim, para se livrar logo daquela obrigação, paga ao credor que ofereceu uma fiança; se este credor não repassar o carro aos demais credores, o fiador poderá ser processado pelos prejudicados; fiança é assunto de Civil.
Se o devedor pagar sem as cautelas do art. 260, terá que pagar de novo àquele credor que, eventualmente, venha a ser lesado pelo credor que recebeu todo o pagamento, afinal quem paga mal paga duas vezes, concordam? Diz-se por isso que o pagamento integral da dívida a um só dos vários credores pode não desobrigar o devedor com relação aos demais cocredores. Mas pagando o devedor corretamente, caberá aos credores buscar sua parte com o credor que recebeu tudo (261).  Tratando-se de coisa indivisível.
Exemplos; (carro, barco, casa), poderão os credores usar a coisa em condomínio, ou então vendê-la e dividir o dinheiro (1320)
15) Obrigações Solidárias; 
Como visto na aula passada, quando numa obrigação indivisível concorrem vários devedores, todos estão obrigadospela dívida toda, como se existisse uma solidariedade entre eles (259). Assim, se várias pessoas devem coisa indivisível, a obrigação é também solidária. Mas pode haver obrigação solidária mesmo de coisa divisível devida por várias pessoas.
Conceito legal: há solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito ou com responsabilidade pela dívida toda, como se fosse o único (264).
  As obrigações solidárias e indivisíveis têm consequências práticas semelhantes, mas são obrigações diferentes, vejamos:
- Obrigação indivisível; é impossível pagar por partes, pois resulta da natureza da prestação (ex: cavalo, lote urbano, diamante, barco, fazer um quadro, etc). 
- Obrigação solidária; até poderia ser paga por partes, mas por força de contrato não pode, tratando-se de uma garantia para favorecer o credor. 
Na solidariedade cada devedor deve tudo, na indivisibilidade cada devedor só deve uma parte, mas tem que pagar tudo diante da natureza da prestação (uma garantia para favorecer o credor). Pelas suas características a solidariedade não se presume, decorre de contrato ou da lei (265). 
Exemplo de solidariedade decorrente de lei é a patroa que responde pelos danos causados a terceiros por sua empregada doméstica (932, III, 942 e pú).
O devedor a vários credores de coisa indivisível precisa pagar a todos os credores juntos (260, I), mas o devedor a vários credores solidários se desobriga pagando a qualquer deles (269).
- se a coisa devida em obrigação solidária perece, converte-se em perdas e danos, torna-se divisível, mas permanece a solidariedade (271 e 279). Se a coisa devida em obrigação indivisível perece, converte-se em perdas e danos e os co-devedores deixam de ser responsáveis pelo todo (263).
- o devedor de obrigação solidária que paga sozinho a dívida ao credor, vai cobrar dos demais co-devedores a quota de cada um, sem solidariedade que não se presume (265 e 283). Então A, B e C devem solidariamente dinheiro a D. Se A pagar a dívida toda ao credor, A vai cobrar a quota de B e C sem solidariedade entre B e C.
            Elementos da obrigação solidária: 
a) multiplicidade de credores ou de devedores, ou ainda, de uns e de outros;
 b) unidade de prestação; 
c) co-responsabilidade dos interessado
Solidariedade ativa
Configura-se pela presença de vários credores, chamados concredores, todos com o mesmo direito de exigir integralmente a dívida ao devedor comum (267). 
 D x C C C C
A solidariedade ativa é rara porque na sua principal característica está sua principal inconveniência (269). Assim, o devedor não precisa pagar a todos os concredores juntos, como na obrigação indivisível (260, I). Pagando apenas a um dos credores solidários, mesmo sem autorização dos demais, o devedor se desobriga, e se este credor for desonesto ou incompetente, e reter ou perder a quota dos demais, os concredores nada poderão reclamar do devedor, terão sim que reclamar daquele que embolsou o pagamento. (Sendo assim, a obrigação se resolve quando o devedor paga uns dos credores, os mesmos terão que reclamar com os outros credores para recebimento da sua parte.)
Mas caso algum dos concredores já esteja executando judicialmente o devedor, o pagamento deverá ser feito ao mesmo (268), o que se chama de prevenção, ficando tal credor prevento para receber o pagamento com prioridade em nome de todos os concredores.
Outro inconveniente é que se um dos credores perdoar a dívida, o devedor fica liberado, e os demais concredores terão que exigir sua parte daquele que perdoou (272).
Como se vê, na solidariedade ativa cada credor fica sujeito à honestidade dos outros concredores. Por estes inconvenientes a solidariedade ativa é rara, afinal não interessa ao credor.
Solidariedade Passsiva;
Esta é comum e importante, devendo ser estimulada já que protege o crédito, reforça o vínculo, facilita a cobrança e aumenta a chance de pagamento, pois o credor terá várias pessoas para cobrar a dívida toda.  
E quanto mais se protege o credor, mais as pessoas emprestam dinheiro, e com mais dinheiro os consumidores se equipam, as lojas vendem, as fábricas produzem, os patrões lucram, geram empregos e o governo arrecada tributos. Como se sabe: proteger o crédito é estimular o desenvolvimento sócio-econômico. Entendo até que, por isso mesmo, para proteger o crédito, a solidariedade passiva, não a ativa, deveria ser presumida. Violando o art. 265, o art. 829 acertadamente faz presumir a solidariedade passiva conforme será visto em fiança.
Conceito: ocorre a solidariedade passiva quando mais de um devedor, chamado coobrigado, com seu patrimônio (391), se obriga ao pagamento da dívida toda (275).
Assim, havendo três devedores solidários, o credor terá três pessoas para processar e exigir pagamento integral, mesmo que a obrigação seja divisível. O credor escolhe  se quer processar um ou todos os devedores (pú do 275). Aquele devedor que pagar integralmente a dívida, terá direito de regresso contra os demais coobrigados (283).
Na solidariedade passiva não se aplica o benefício de divisão e nem o benefício de ordem. O que é isso?
Pelo benefício de divisão o devedor pode exigir a citação de todos os coobrigados no processo para juntos se defenderem. Isto é ruim para o credor porque atrasa o processo, por isso a solidariedade passiva não concede tal benefício aos co-devedores. 
Pelo benefício de ordem, o coobrigado tem o direito de ver executado primeiro os bens do devedor principal (ex: fiança, 827). Mas o fiador pode renunciar ao benefício de ordem e se equiparar ao devedor solidário (828, II). O avalista nunca tem benefício de ordem, sempre é devedor solidário, por isso se algum amigo lhe pedir para ser avalista não aceite, mas se ele insistir seja seu fiador com benefício de ordem, mas jamais fiador-solidário ou avalista.
Fiança e aval são exemplos de solidariedade passiva decorrente de acordo de vontades. Então a Universidade quando financia o curso de um estudante, geralmente exige um fiador ou um avalista (897), de modo que se o devedor não pagar a dívida no vencimento, o credor irá processar o devedor, o fiador ou o avalista. Fiança será estudada em Civil 3 e aval em Direito Empresarial.
Exemplos de solidariedade passiva decorrente da lei estão na responsabilidade civil (932), no comodato (585) e na gestão de negócios (pú do 867).

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