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Melane Klein perguntas

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1) Melanie Klein é conhecida com a teoria do luto e melancolia. Quais os fatos na sua vida que determinam isto?
A juventude de Klein foi marcada por uma série de lutos, que provavelmente influenciou sua obra teórica.
1887- Após moléstia de um ano, morte de Sidonie, sua irmã, que lhe ensinara a ler e escrever, além de rudimentos de aritmética.
1900- Morte do pai, Moritz Reizes.1902- Morre, aos 25 anos, de cardiopatia, seu irmão Emmanuel.
Realiza numerosas viagens e tratamentos de repouso em decorrência de depressões.- A mãe de Melanie Klein, Libussa, cuida da casa; ela morre em 1914.
1934- Morre seu filho Hans, com 27 anos de idade, em acidente de alpinismo, em abril. - Sua filha Mellita Schmideberg, também analista, opõe-se ao trabalho teórico desenvolvido pela mãe, rompendo com ela.
2) Cite aspectos da teoria de Melanie Klein que coincidem com Freud e dois aspectos que discordam.
Melanie Klein concordou com Freud que a agressão e a libido são os dois instintos básicos. Ela acreditava que o instinto de morte é traduzido após o nascimento em sadismo oral, o qual, projetado para fora, dá lugar às fantasias de um seio mau, destrutivo, devorador. Tanto agressão como libido são expressas desde o nascimento em diante por fantasias inconscientes. Klein diferenciou inveja, ganância e ciúmes como manifestações do instinto agressivo. Inveja é o sentimento raivoso de que alguém mais tem e desfruta de algo desejável. Ganância é a manifestação da insaciabilidade humana, sua meta é a absorção destrutiva do objeto desejado. Ciúme é o medo de perder o que se tem, se desenvolve a partir de relacionamentos triangulares, como na situação edípica. Embora o instinto de morte seja em grande parte projetado como medos paranoides, parte dele funde-se com a libido, dando lugar a tendências masoquistas.
Para Freud em algumas pessoas o processo do luto pode desencadear um caso de melancolia, pela pré-disposição a uma suposta patologia, porém, ele ressalta que o luto, considerando que os objetos perdidos eram de importância para o que perdeu, não pode ser descrito como uma patologia, “... embora o luto envolva graves afastamentos daquilo que constitui uma atitude normal para com a vida, jamais nos ocorre considerá-lo como uma condição patológica e submetê-lo a tratamento médico...” (Freud, 1920.p, 249).
Melanie Klein (1971) se refere ao luto como a capacidade que o indivíduo possui de processar ou dirigir a quantidade de afetos ligados à perda, e que parte dessa capacidade começa desde cedo no mecanismo infantil, ou seja, começa quando o bebê percebe que o seio da mãe pode fazer-se ausente mesmo contra sua vontade.
Essa ausência produz na criança um estado de frustração, tal como Freud relata em seus escritos, porém, Melanie Klein introduz em sua literatura, termos não utilizados por Freud, são eles, o mecanismo de reparação, que para ela significa a “culpa” de “odiar” o objeto “amado”, e a posição de triunfo que é vitória sobre o objeto “perdido”.
Ao usar o termo por ela aplicado, “mecanismo de reparação” a autora faz uma colocação de divergência com Freud, “... Neste ponto, divirjo com Freud, quando diz. A aflição normal supera também a perda do objeto absorve igualmente todas as energias do ego, enquanto dura...” (Klein, 1982, p.405). Ela explica que Freud não referencia mecanismo de triunfo no luto “normal”, como a função de poupar psiquicamente o indivíduo enlutado, segundo ela o triunfo é uma emergência no caso de economia psíquica por permitir um efeito de retardar o processo do luto.
3) Explique como o seio bom como o seio mau influenciam na nossa vida?
A introjeção de experiências positivas (através do seio) torna possível desenvolver bons objetos internos que são a base para o crescimento do ego. Experiências desagradáveis e emoções associadas a objetos externos são introjetados e dissociadas de experiências e emoções agradáveis através de um processo de cisão. À medida que a criança amadurece, a cisão diminui, a síntese de bons e maus aspectos de objetos ocorre e relacionamentos ambivalentes tomam-se possíveis.

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