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JURISDIÇÃO SLIDES

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JURISDIÇÃO
►CONCEITO - É UMA FUNÇÃO ATRIBUÍDA A TERCEIRO IMPARCIAL PARA, MEDIANTE UM PROCESSO, RECONHECER, EFETIVAR OU PROTEGER SITUAÇÕES JURÍDICAS CONCRETAMENTE DEDUZIDAS, DE MODO IMPERATIVO E CRIATIVO, EM DECISÃO INSUSCETÍVEL DE CONTROLE EXTERNO E COM APTIDÃO PARA A COISA JULGADA MATERIAL (definitividade da solução jurisdicional; acaba sendo um limite à própria jurisdição).
Só decisões judiciais tornam-se indiscutíveis pela coisa julgada. Característica exclusiva da jurisdição.
♠É um exemplo de heterocomposição (um terceiro, estranho ao problema, que é chamado a resolvê-lo). atividade substitutiva – Não é característica exclusiva da Jurisdição.
♣ IMPARTIALIDADE (aspecto objetivo) – A jurisdição é exercida por um terceiro, estranho ao problema, que não seja parte.
♣ IMPARCIALIDADE (aspecto subjetivo). Inexistência de interesse na causa; não estar vinculado a qualquer dos resultados possíveis no julgamento daquela demanda.
►A jurisdição é monopólio do Estado-Juiz, mas este pode autorizar a jurisdição privada (exemplo: arbitragem).
►A jurisdição pressupõe uma atividade processual prévia, que lhe confira legitimidade.
►Situação problema concreta.
Finalidade da jurisdição - Reconhecer um direito (dizer se o direito existe ou não), efetivá-lo ou protegê-lo.
LIDE – conflito de interesses. Alguns autores chegam a dizer que só há jurisdição se houver lide, existindo aquela para solucionar esta. Todavia, é possível levar ao Judiciário situações concretas e não litigiosas (Exemplos: ação para alteração de nome, adoção).
IMPERATIVIDADE - A jurisdição é poder, manifestação da soberania. A solução que o juiz der deve ser cumprida, uma vez que se trata de um ato de poder, ato de império e não mero conselho.
►O juiz, ao julgar, cria (criatividade normativa). Esta criatividade se revela de duas maneiras:
►Controle apenas interno: A jurisdição é um poder cuja decisão não pode ser controlada por outro poder (Executivo/Legislativo), destacando-se que seu controle é feito internamente. Uma decisão judicial não pode ser revista por uma lei ou um ato administrativo.
EQUIVALENTES JURISDICIONAIS
É a técnica de solução de conflitos não jurisdicional. Faz as vezes de jurisdição, porque resolve o conflito, mas não é jurisdicional.
1º - AUTOTUTELA - forma de solução de conflito pela qual um dos conflitantes impõe a solução ao outro, pela força. Forma egoísta e um pouco bárbara. De regra, é proibida, configurando-se crime, mas há casos permitidos, lícitos (greve, legítima defesa, a guerra, o desforço incontinenti. Em todos os casos em que a autotutela é admitida, é possível submetê-la a controle jurisdicional.
2º - AUTOCOMPOSIÇÃO ou CONCILIAÇÃO – A solução do conflito é construída pelos conflitantes. Solução negocial do conflito. Técnica de solução de conflitos extremamente difundida e estimulada. É a melhor de todas, na visão do professor.
ADR - Alternative Dispute Resolution. 
A autocomposição pode ser Extrajudicial ou Judicial. Toda autocomposição extrajudicial pode ser levada à homologação judicial. A autocomposição pode se realizar de duas maneiras: a) transação (concessões recíprocas); b) submissão (quando um dos conflitantes se submete voluntariamente à vontade do outro). A submissão, uma vez feita em juízo, recebe o nome de renúncia, se feita pelo autor, e reconhecimento, se feita pelo réu.
Não é uma obrigatoriedade, um dever, mas faculdade dos envolvidos.
3ª – MEDIAÇÃO - Um terceiro é escolhido para intermediar o conflito, auxiliando os conflitantes a chegarem a um acordo (exemplo: PROCON). O mediador é um facilitador da autocomposição. O mediador, todavia, não decide nada, tratando-se de um intermediário que conduzirá os conflitantes a um acordo.
4ª – TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS – é o equivalente jurisdicional que mais se aproxima da jurisdição. Suas decisões sujeitas a controle jurisdicional. (Tribunal de Contas; Agências Reguladoras; Tribunal Marítimo que julga acidentes de navegação; CADE Conselho Administrativo de Defesa Econômica – problemas relativos à concorrência; justiça desportiva). Possuem a mesma forma da jurisdição, mas lhes faltam a DECISÃO INSUSCETÍVEL DE CONTROLE EXTERNO E A APTIDÃO PARA A COISA JULGADA MATERIAL (definitividade da solução).
ARBITRAGEM – (jurisdição/heterocomposição) Um terceiro é escolhido pelos conflitantes para decidir o conflito. É uma solução que depende da vontade dos conflitantes (via voluntária). É possível a arbitragem envolvendo entes públicos, ou seja, a aplicação da arbitragem na administração pública (Exemplos: parcerias público-privadas; concessões). É preciso que os interesses a serem arbitrados sejam disponíveis. É a manifestação da autonomia privada, negocial, da liberdade.
►Cláusula de arbitragem em contrato de adesão é NULA, porque a arbitragem é voluntária, não podendo ser imposta. Nesse mesmo sentido, a lei que impõe a arbitragem é inconstitucional.
O processo da arbitragem é um processo que deve ser devido, aplicando-se o que já foi estudado alhures, acerca das características do devido processo legal, exceto a publicidade, uma vez que o processo de arbitragem é secreto. Ademais, não se faz necessária/obrigatória a presença do advogado.
A convenção de arbitragem – é um negócio jurídico por meio do qual as partes optam pela arbitragem. Existem duas espécies:
a) Cláusula Compromissória – convenção de arbitragem em que se estabelece que qualquer conflito futuro que advenha daquele negócio deverá ser resolvido por um árbitro.
1 - Cheia ou Completa – É aquela que já define tudo, todas as condições da arbitragem.
2 – Incompleta – é aquela na qual não constam todas as condições da arbitragem.
b) Compromisso Arbitral – as partes decidem que um determinado conflito será resolvido por arbitragem. Refere-se a um conflito que já existe. Quando a cláusula compromissória é incompleta, ela precisa ser regulamentada por um compromisso arbitral. Ocorre que, nada impede que haja compromisso arbitral sem anterior cláusula compromissória.
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO
1º PRINCÍPIO DA INVESTIDURA - A jurisdição só pode ser exercida por quem tenha sido investido devidamente na função jurisdicional.
2º - Princípio da Inevitabilidade – a jurisdição é inevitável, inescapável.
3º - PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE – o exercício da jurisdição, mais precisamente, O PODER DECISÓRIO, não pode ser delegado.
a) Poderes ordinatórios – poder de conduzir o processo. Pode ser delegado a servidor (artigo 93, inciso XIV, CR e 162, § 4º, do CPC).
b) Instrutórios – poder de produzir prova (Tribunal delega a Juiz de 1ª instância a produção de determinada prova, por meio de carta de ordem).
c) Decisórios – poder de julgar
d) Executivos – poder de efetivar a decisão (um Tribunal pode delegar a juízes a execução de seu julgado).
4º PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE
Como a jurisdição é um poder, ela se exerce sobre um dado território. Toda jurisdição tem uma limitação territorial. O nome do território onde se exerce a jurisdição é denominado de FORO
5º - PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE
Artigo 5º, inciso XXXV da CF/88 (direito de ação, direito de acesso à Justiça, aos Tribunais, pertencente a qualquer sujeito de direito). A Constituição garante o direito à tutela preventiva. Não há direito que não se possa levar à apreciação pelo Judiciário.
OBS.: Não é só o direito de ter acesso ao Judiciário, de propor uma ação; mas de ter uma justiça de qualidade, em um processo devido, com todas as garantias já estudadas. Não se trata de uma garantia meramente formal.
JURISDIÇÃO CONDICIONADA
6º - PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL
Impõe que as causas sejam processadas e decididas por um juiz competente (ASPECTO FORMAL) e imparcial (ASPECTO SUBSTANCIAL). É aquele cuja violação é a mais difícil de ser identificada.
A competência daquele juízo deve derivar da lei (abstrata, geral e prévia), proibindo-se o Tribunal de Exceção (órgão criado excepcionalmente para julgar determinada causa). É um tribunal inconstitucional, porque fere a garantia do juiz natural.
Tal princípio veda o juiz EX POST FACTO (juiz designado após o fato) ou AD HOC (para isto).

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