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Unid. 2, unid. 3 e uni.4 Legislação social e trabalhista

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SAIBA
Salário é a contraprestação do trabalho realizado. Trata-se do direito constitucional, cujo valor é fixado em lei, devendo atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família.
Remuneração é o conjunto de todos os benefícios recebidos em forma de pagamento entre o empregado e o empregador. Confirmado pela CLT no art. 457.
Salário in natura (salário utilidade)– A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT dispõe em seu artigo 458 que, além do pagamento em dinheiro, compreende-se salário, para todos os efeitos legais, qualquer prestação in natura que a empresa, por força do contrato ou por costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em outras palavras este tipo de remuneração é feita de bom grado e habitual pelo empregador para o empregado. Lembrando que esta modalidade de recebimento tem que ser de validade, utilidade para o empregado.
Equiparação salarial – Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 anos (art. 461 da CLT). Foi após o Tratado de Versailles que se passou a aplicar este principio de equiparação salarial e posteriormente pela CLT.
TIPOS DE SALÁRIO NA CLT
Abonos:  são adiantamentos em dinheiro; antecipação salarial concedida pelo empregador ao empregado seja por força de lei ou vontade do empregador. Integram o salário (art. 457, § 1º da CLT), podem ser compensados com reajustes futuros.
Adicionais: são acréscimos pagos ao empregado em razão do maior desgaste na prestação de serviços. São eles:
Adicional de Horas extras:   Conforme determina o art. 59 da CLT, as horas que excedem a jornada normal de trabalho será considerado hora extraordinária, que deve ser remunerada com acréscimo de, no mínimo de 50% (art. 7º, XVI, da CF/88). Se não houver acordo escrito, norma coletiva ou necessidade imperiosa (art.61 CLT), o empregado não estará obrigado a prestar  o serviço extraordinário. O valor das horas extras integra o aviso prévio indenizado e também são devidos os reflexos do DSR sobre o adicional.
Adicional noturno: Considera-se trabalho noturno aquele executado entre  ás 22 h de um dia até as 05 h do dia seguinte, neste período a remuneração terá um acréscimo de 20%, calculado sobre à hora diurna para o trabalhador urbano,  por ficção legal, à hora noturna é menor que a diurna, sendo computada a cada 52 minutos e 30 segundos, já para o trabalho agrícola a hora noturna é de 60 minutos, mesmo, com acréscimo de 25%, sobre a hora diurna,  e o período vai entre as 21hs de um dia  ás 5 hs do dia seguinte, porém na lavoura o adicional permanece no mesmo percentual,  sendo executado no horário das; 20hs  de um dia até as 04 hs do dia seguinte. O adicional integra o salário para  todos os fins trabalhistas no teor da Súmula 60 TST.
Adicional de insalubridade: O trabalho realizado em atividade que atente contra a saúde humana, acima dos limites toleráveis, é remunerado com adicional de 40%, 20% e 10%, calculados sobre o salário mínimo, (STF Reclamação nº 6266-0) conforme a insalubridade será classificada em grau máximo, médio e mínimo.   
Adicional de periculosidade:  É devido ao empregado que presta serviços em contato permanente com explosivos ou inflamáveis em condições de risco acentuado (art. 193). Pressupõe atividades enumeradas em Portaria do Ministério do Trabalho, é de 30% sobre o salário contratual e integra a remuneração do empregado, salvo para fins de gratificações, prêmios etc. (Enunciado 191).
Adicional de transferência: art. 469 § 3º, da CLT.  No caso de necessidade de serviço, poderá o empregador transferir o empregado para localidade diversa da constante do contrato de trabalho, Mas neste caso estará obrigado a pagar um adicional de 25% do salário que será recebido pelo prazo que durar essa situação, não é devido o adicional nas transferências definitivas. A lei só considera a transferência de local de trabalho aquela que implique a mudança necessária de domicilio do empregado.
Comissões:  São os próprios salários pagos em  percentuais sobre as vendas efetuadas pelo empregado em favor do empregador e por este remunerado. A condição básica do trabalho é a onerosidade, por isso deve haver um salário-base. O comissionado pode ter variações no salário sem que caracterize redução salarial. Na CTPS deve registrar o mínimo da categoria mais o percentual das comissões. Exemplo: Se o vendedor faz uma venda e o cheque volta, mas o bem foi entregue, ele tem direito á comissão. Comissão mista é salário fixo mais comissão; comissão pura;  somente comissão, tem o piso mínimo legal da categoria.
Sobre horas extras a Sumula 340 do TST,  Comissionista. Horas extras.   O empregado sujeito a controle de horário, remunerado a base de comissões, tem direito ao adicional de horas extras, de 50% pela trabalhado em horas extras,  calculado sobre o valor hora das comissões recebidas no mês considerando como divisor o numero de horas efetivamente as horas trabalhadas.
Diária de Viagem:  As diárias para viagem cujo valor exceda 50% do salário recebido pelo empregado terão natureza salarial, conforme determina o art. 457, § 2º, da CLT. Tal regra foi criada com o escopo de evitar fraudes nos contratos de trabalho, ao se mascarar a real natureza salarial dos valores recebidos pelo empregado.  Destaca-se, ainda, a Súmula 101, do TST: Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinqüenta por cento) do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens.
Gorjetas: São entregas de dinheiro pelo cliente ao empregado de uma empresa que o serviu como satisfação pelo serviço recebido. No Brasil, não podem ser aproveitadas pelo empregador para complementação do salário mínimo e integram a remuneração para todos os fins (art. 457). Os sindicatos possuem tabelas estimativas de cálculos das médias de gorjetas, com base nas quais são efetuados os cálculos pelas empresas. A obrigatória integra a remuneração, mas não servem de base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional noturno, hora extra e repouso semanal remunerado (Súmula 354 TST). A facultativa não integra a remuneração. Ver art. 29, § 1º.
Prêmio:  É um salário vinculado a fatores de ordem pessoal do trabalhador,  como a produção, a eficiência etc. Não pode ser a única forma de pagamento. Se Ganha por uma condição preestabelecida pelo empregador. Há prêmios de produção, de assiduidade, de zelo.  Entendimento do TST é claro em definir “verba salarial” de forma ampla. Disse o relator ministro Renato de Lacerda Paiva, “a bonificação paga ao empregado como prêmio pela sua produtividade não lhe retira o caráter salarial, pois, para o Direito Trabalhista, é irrelevante a nomenclatura que é dada à parcela ou a intenção do empregador.” O que importa para caracterizar a sua natureza salarial e a sua repercussão em outras verbas são o fato de ter sido instituída em razão do contrato de trabalho e a habitualidade do seu pagamento“.
Gratificações:   São liberalidades pagas ao empregado pelo empregador. É paga a qualquer título, por livre espontânea vontade deste. Se paga habitualmente integra o salário do trabalhador, entende-se tacitamente ajustada à gratificação habitual (Sumula 207 TST) que também passa a compor o salário. Lembra o eminente Mestre Amauri Mascaro do Nascimento que, na prática dos tribunais, se a gratificação for paga mais de uma vez é considerada salário. (Iniciação ao Direito trabalho, 24ª ed., São Paulo, Ltr, 2008, p.340). A gratificação, prêmio ou abono eventual concedido por liberalidade não integra o salário.
Pagamento do 13º salário:  A lei 4.090/62 oficializou a gratificação natalina. Seu valor corresponde 1/12 da remuneração devida no mês de Dezembro, multiplicado pelos números de meses de serviço do respectivo ano. Para esse cálculo, a fração é igual ou superior a 15 dias de trabalho será
considerada como mês integral. A verba deve ser paga em duas parcelas: a 1ª parcela será  paga através de um adiantamento entre os meses de  fevereiro e novembro, a 2ª parcela até o dia 20 de dezembro. Desde que o empregado requeira no mês de janeiro, a 1ª parcela será paga junto com as férias. Para os empregados que recebam salário variável (prêmios e comissões etc..)  a gratificação será na base  de 1/11 da soma das importâncias variáveis devidas nos meses trabalhados até novembro de cada ano. O aviso prévio integra  o contrato de trabalho para todos  os efeitos, assim devem ser computados os 30 dias para efeito de gratificação natalina.
Suspensão ou Interrupção de recebimentos
No caso da interrupção, a empresa continua pagando salários ao empregado e o período será computado como tempo de serviço. Interrompem o contrato de trabalho, por exemplo, as férias, o DSR e o afastamento do empregado por doença até o 15º dia.
Já na suspensão, o empregado não recebe pelo tempo inativo e tal período não conta como tempo de serviço. Acarretam a suspensão do contrato de trabalho a falta injustificada, o período de greve, etc.
Auxilio doença – a partir do décimo sexto dia do afastamento. Onde o empregado deixa de receber o pagamento do empregador e passa a receber pelo INSS.
São exemplos de salário-utilidade ou salário in natura, segundo a CLT art. 458: 
Habitação – sendo que o valor do beneficio não poderá exceder a 25% do salário contratual do empregado.
Alimentação – sendo que este valor não poderá exceder a 20% do salário do salário contratual do empregado.
Nota Importante acerca de: 
Salário maternidade beneficia previsto no inciso XVIII, do art.7 da Constituição Federal de 1988, é o pagamento devido durante a licença maternidade. 
Credor quirografário é aquele que não possui real garantia de pagamento. O credor preferencial, num processo de execução, é pago primeiro, antes do quirografário.
A Constituição de 1988, art. 7 proíbe a diferença de salários, seja de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, cor, idade ou estado civil.
Funções Análogas na empresa ensejam salários equiparados, motivo pelo qual a descrição de função é essencial na contratação. 
A concessão de intervalos é medida de concessão de natureza de política da medicina e da segurança do trabalhador, pois sua finalidade é proporcionar saúde e bem estar ao trabalhador. 
	O princípio da razoabilidade é uma diretriz de senso comum, ou mais exatamente, de bom-senso, aplicada ao Direito. Esse bom-senso jurídico se faz necessário à medida que as exigências formais que decorrem do princípio da legalidade tendem a reforçar mais o texto das normas, a palavra da lei, que o seu espírito.
Aviso Prévio – Nas relações de emprego, quando uma das partes deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por prazo indeterminado, deverá, antecipadamente, notificar à outra parte, através do aviso prévio.
MODALIDADES – Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, por iniciativa do empregador, poderá ele optar pela concessão do aviso prévio trabalhado ou indenizado, da mesma forma, quando o empregado pede demissão.
APLICAÇÕES – O aviso prévio, regra geral, é exigido nas rescisões sem justa causa dos contratos de trabalho por prazo indeterminado ou pedidos de demissão.
SOBREAVISO E PRONTIDÃO
Uma modalidade que deriva do Art. 4 da CLT. O sobreaviso e a prontidão estão dispostos no Art. 244 da CLT:
§ 2º Considera-se de "sobreaviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobreaviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobreaviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.
§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 (dois terços) do salário-hora normal.
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO - INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS - DSR
A Lei 7.415/1985 e o Enunciado TST 172 determinam que as horas extraordinárias habitualmente prestadas devam ser computadas no cálculo do Descanso Semanal Remunerado - DSR.
FORMA DE CÁLCULO
 
A integração das horas extras no descanso semanal remunerado, calcula-se da seguinte forma:
Somam-se as horas extras do mês;
Divide-se o total de horas pelo número de dias úteis do mês;
Multiplica-se pelo número de domingos e feriados do mês;
Multiplica-se pelo valor da hora extra com acréscimo. 
Fórmula:
DSR = (valor total das horas extras do mês ) x domingos e feriados do mês  x  valor da hora extra com acréscimo
_______________________________________________________________
                    número de dias úteis
Jornada de trabalho – A jornada de trabalho é o período estabelecido no contrato da empresa que deve ser cumprido pelo empregado. A CLT prevê a quantidade máxima de 8 horas diárias, um total de 44 horas semanais, desde que não seja definido outro horário específico.
Serviço efetivo - art.4 considera-se como serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial consignada.
Critério de dependência – no sentido mais amplo, in itinere, diz respeito a aquele período em que o empregado se encontra em deslocamento, de sua residência ate o local de trabalho e vice e versa.
LEMBRE-SE
O art. 59, da CLT, diz que a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em numero não excedente de duas horas, desde que haja acordo escrito entre empregado e empregador, ou mediante a contrato coletivo de trabalho. 
Desde acordo ou contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será pelo menos de 20% superior a da hora normal.
FÉRIAS 
Garantido não somente pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) como pela própria Constituição Federal de 1988. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) entende que as férias são um direito essencial para garantir a segurança e a saúde do trabalhador.
O pagamento da remuneração das férias e,se for o caso, o abono referido no art.143 1/3 de férias, serão efetuados até dois dias antes do inicio do respectivo período.
Adquire o direito as férias todo empregado que, após período de 12 meses de vigência contratual. O tempo de duração de suas férias, por sua vez, deverá obedecer ao regime imposto pelo at. 130 da CLT.
Por exemplo: 
30 dias corridos, qdo não houver faltado ao serviço mais de cinco vezes;
24 dias corridos, qdo houver dito seis a quatorze dias de falta;
18 dias corridos, qdo houver tido quinze a vinte três dias de falta;
12 dias corridos, qdo houver tido vinte e quatro a trinta e dois dias de faltas injustificadas.
A comunicação das férias deverá ser feita com antecedência de 30 dias. 
Cassar (2014, p. 732)
As férias têm o condão de eliminar as toxinas originadas pela fadiga e que não forma liberadas com os repousos semanais e descansos entre e intrajorndas. O trabalho contínuo, dia após dia, gera grande desgaste físico e intelectual, acumulando preocupações, obrigações e outros fenômenos psicológicos e biológico, adquiridos em virtude dos problemas funcionais do cotidiano.
Direito Coletivo do trabalho – e estuda as relações coletivas de trabalho.
Direito Sindical: além das relações coletivas de trabalho, estuda as organizações sindicais.
Considera-se que o Direito Sindical é anterior ao Direito do Trabalho, pois, nos primórdios das relações trabalhistas, os trabalhadores oprimidos se organizaram em sindicatos, ainda que precários, para pleitear direitos. Daí surgiram as leis trabalhistas.
O Direito Sindical é composto por 3 grandes núcleos:
Liberdade Sindical;
Negociação Coletiva de Trabalho;
Greve
Os sindicatos atuam na resolução de conflitos coletivos de trabalho. De acordo com Amauri mascaro Nascimento, são três formas de solução dos conflitos:
Autodefesa
Autocomposição
Heterocomposição
O Acordo Coletivo de Trabalho é um negocio jurídico extrajudicial. 
Por fim, a greve, podemos definir como legitimo exercício do direito de greve suspensão coletiva, temporária e pacifica total ou parcial de prestação de serviço a empregador.
A constituição federal art. 9 – diz que é assegurado o direito a greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
 
LEGISLAÇÃO SOCIAL E TRABALHISTA – Unid. 2 – Seção 2.1 – o mundo do empregado: salário, e equiparação salarial e remuneração
No art.468 da CLT nos dizem que: nos contratos individuais de trabalho só é licita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da clausula infringente desta garantia.
São causas de suspensão do contrato de trabalho: 
Serviço militar
Encargo civil público
Greve
Mandado sindical
Responder inquérito judicial
Licença maternidade 
Auxilio doença
Aposentadoria por invalidez

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