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HIPOGLICEMIANTES ORAIS E INSULINOTERAPIA DIABETES MELLITUS Definição: Grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, devido a defeito na secreção de insulina, na sua ação, ou ambos. A hiperglicemia crônica está associada a longo prazo com dano, disfunção e falência de diversos órgãos, especialmente os olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. Sintomas: Hiperglicemia (aumenta liberação de glicose pelo fígado, diminui captação pelo músculo esquelético) glicosúria Complicações vasculares e neurológicas poliúria polidipsia Cetose = lipídeos sendo metabolizado e desgaste proteíco Degradação de gorduras em acetil-coA Tipos de diabetes: DM dependente de insulina (tipo 1) – juvenil - genético ou autoimune DM não dependente de insulina (tipo 2) – adulto - multifatorial DM TIPO 2 Predomínio em idade > 40 anos Deficiência relativa + resistência à insulina Indivíduo geralmente obeso, sedentário e hipertenso I nício insidioso, às vezes assintomático ou por complicações crônicas Descompensação tipo coma hiperosmolar Herança poligênica DM TIPO 1 Predomínio em idade < 20 anos Deficiência absoluta de insulina (destruição auto-imune) Indivíduo magro Sintomas: polidipsia, poliúria, polifagia e emagrecimento Descompensação tipo cetoacidose Herança associada ao sist. HLA Destruição das células beta das ilhotas de Langerhans DIABETES E MORBIDADE Primeira causa de cegueira adquirida Primeira causa de ingresso a programas de diálise no Primeiro Mundo e entre as 3 causas mais freqüentes na América Latina Importante determinante de amputações de membros inferiores EritrócitosEntre os principais fatores de risco cardiovascular Células beta Células alfaTRATAMENTO DO DIABETES Insulinoterapia D.M. Tipo 1 D.M. Gestacional Delta D.M. Tipo 2 (se necessário) Ácinos Hipoglicemiantes orais - D.M. Tipo 2 Ácinos produzem suco pancreático PRINCIPAIS TIPOS CELULARES DESCRITOS NAS ILHOTAS DE LANGERHANS Glucagon = usado para reverter uma hipoglicemia. Usado na insuficiência cardíaca produzida pela intoxicação por beta bloqueador = porque tem ação inotrópica positiva independente do simpático. Somatostatina = mesmo efeito do glucagon = antagônico da insulina B 75% Insulina, Amilina, peptídeo C, proinsulina A 20% Glucagon, proglucagon D 3-5% Somatostatina PP < 2% Polipeptídeo Pancreático Outros peptídeos ?????? INSULINA 51 “aa” 2 cadeias Alfa e Beta Sintese dirigida DNA ou RNA Precursor proinsulina Temos reserva pancreática para períodos de até 5 dias. Pré diabético =essa reserva pancreática vai diminuindo. Quantidades equimolares Pâncreas humano → 8 mg de insulina → 200 unidades. INSULINA: SECREÇÃO Velocidade de secreção = SECRETA O QUE JÁ ESTÁ PRONTO Secretagogos: Glicose, manose, leucina e arginina e atividade vagal (parassimpática) ↑ glicemia → ↑ATP intracelular → fecha os canais de K+ → despolarização cels. Beta → abertura dos canais de Ca ++ ativa mecanismos fosforilativos pelos segundos mensageiros = AMPc, Trifosfato de inositol, diacilglicerol = estimulam a secreção e liberação da insulina. INSULINA: DEGRADAÇÃO Fígado e Rim Glutation insulina transidogenase (insulinase) Proteólise Fígado 60%; Rim 35-40% Inversão no diabético. EFEITOS DA INSULINA SOBRE SEUS ALVOS CELULARES: Armazenamento de glicose e gordura Crescimento celular e funções metabólicas Ação da insulina sobre os transportadores de glicose: GLUT-1 = todos tecidos, cérebro eritrócitos GLUT-2 = cels. B, fígado, rim e intestino GLUT-3 = cérebro, rim e placenta GLUT-4 = músculo e tecido adiposo = único dependente da insulina; todos os outros são independentes. GLUT-5 = intestino e rim B – Efeitos sobre o fígado Reversão das ações catabólicas produzidas pela deficiência de insulina: Inibe a glicogenólise Inibe a conversão de aa e AG em cetoácidos Inibe a conversão de aa em glicose Ação anabólica: Glicogênese ↑ TG e VLDL C – Efeito sobre o músculo Aumento da síntese protéica: ↑ transporte de aa. ↑ síntese ribossomal. Aumento da síntese de glicogênio: ↑ transporte de glicose Induz a glicogênio sintetase e inibe a fosforilase. D – Efeito sobre o tecido adiposo ↑ armazenamento de TG Inibição da lipase intracelular Trasnporte de glicose para o interior da célula Redução da lipólise. PRINCIPAIS TIPOS E DURAÇÃO DE AÇÃO DAS PREPARAÇÕES DE INSULINA: 1- Insulina de ação ultra curta: Insulina Lispro: Monomérica produzida por tecnologia recombinante Alcança níveis séricos máximos em 1 hora Sua ação raramente utrapassa 3-4 horas 5-30 min. pré-prandial → DMID = FUNÇÃO = evitar a hiperglicemia pós prandial 2- Insulinas de ação curta: Insulina zinco cristalina solúvel – REGULAR Efeito aparece dentro de 30 min = via subcutânea Duração de 5-7 horas Passível de administração EV = única que pode ser endovenosa = apenas em ambiente hospitalar Tratamento da cetoacidose diabética Tratamento agudo: infecções e cirurgias Usada no tratamento da hipercalemia emergencial = sendo infundida EV associada à glicose = “solução polarizante” = compartimentaliza o potássio dentro da célula. Os mecanismos de entrada de glicose fecha o canal de postássio para facilitar despolarização, daí recolhe o potássio. A célula beta pra produzir insulina, precisa de potássio = numa hipocalemia = prejudica a síntese. 3 – Insulina de ação intermediária 1-Insulina lenta 30% semilenta e 70% ultralenta Absorção rápida com efeito prolongado = muito bom = absore rápido, tem efeito rápido mas de longa duração Agente terapêutico útil. 2- Insulina ultra-lenta Administrada com insulina Regular → DMID Fracionamento em duas ou mais doses Devem ser misturadas a insulina regular = aproveita a infusão 3- insulina NPH (conjugada com protamina neutra Hagedorn) ou Isófana. Ação intermediária Absorção após hidrolise da protamina. Misturada com insulina Regular o Lispro Espécies de Insulina: Insulina Bovina e Suína Insulina Humana SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE INSULINA A- injeção subcutânea B- Injetores portáteis C- Dispositivo de Infusão subcutânea D- Insulina Inalada HIPOGLICEMIANTES ORAIS Mecanismo de ação: Estimulam liberação de insulina = secretagogos Diminuem eliminação hepática do hormônio = impede que o fígado quebre a insulina = meia vida maior Uso contínuo: - redução dos níveis de insulina, - níveis de glicose continuam baixos.1 – SULFONIURÉIAS CLORPROPAMIDA é de 1ª geração (antiga) Duração muito longa e eliminação pela urina Crises hipoglicémicas graves, prolongadas (internar sempre). Cuidado nos idosos, pela insuficiência renal. Rubor intenso com álcool (efeito dissulfiram) = potencializa efeitos tóxicos do álcool GLIBENCLAMIDA, GLIPIZIDA E GLIMEPIRIDA: SEGUNDA GERAÇÃO Equivalentes na ação hipoglicemiante Diferenças de farmacocinética Glipizida se metaboliza no fígado ótimo na insuficiência renal e pacientes > 65 anos Glimepirida pode ser tomado em tomada única diária Insulina Fecha os canais de potássio = aumenta o potássio = despolariza a membrana porque facilitou isso = abre canal de cálcio = despolarização = secreta a insulina ABSORÇÃO, METABOLISMO E EXCREÇÃO: Absorção pelo trato gastro-intestinal Ligação a proteínas plasmáticas (90%) meia vida rápida (3-5 h), mas efeito prolongado. Metabolismo hepático Excreção urinária USOS TERAPÊUTICOS: D.M. tipo 2 associadas com dieta D.M. tipo 2 combinada com insulina EFEITOS COLATERAIS: Relacionada com a duração do medicamento pior com a clorpropamida (paciente “pulou” refeições) Evitar glibenclamida em idosos e em pacientes com problemas renais Estimulam o apetite ganho de peso cuidado em obesos têm resistência à insulina Rash cutâneo OUTROS FÁRMACOS QUE AUMENTAM A SECREÇÃO DE INSULINA 2.1. Repaglinida (Prandin)(Derivado do ácido benzóico) ABSORÇÃO E METABOLISMO: abs. rápida, pelo trato gastro-intestinal meia-vida: 1h metab. hepático (maior parte) e renal EFEITOS COLATERAIS: hipoglicemia 2.2. Nateglinida (Starlix) (Derivado da D-fenilalanina) ↑ Secreção rápida, mas menos sustentada = sempre usar antes das refeições para evitar hiperglicemia pós prandial - adm. 1-10 min antes das refeições Menos hipoglicemia Absorção e Metabolismo : Rápida, pelo trato gastro-intestinal Meia-vida: 1h Metab. hepático (maior parte) e renal Uso terapêutico: Redução glicemia pós-prandial no diabetes tipo 2 REPAGLINIDA e NATEGLINIDA Atuam igual às sulfoniluréias, no canal KATP Nateglinida compete com glibenclamida no mesmo ponto NÃO PODEM SER ASSOCIADAS PORQUE COMPETEM PELO MESMO SÍTIO DE LIGAÇÃO Ca+ K+ AA Glicose Insulina Uso offlabel = emagrecer glifage3. Biguanidas (METIFORMINA) Padrão ouro = efetivo e poucos efeitos indesejados Mecanismo de ação: - diminui produção hepática de glicose (gliconeogênese) aumenta ação da insulina no músculo e tec. adiposo anti-hiperglicemiante (não interfere insulina) Absorção e excreção: - intestino delgado, excretada na urina (inalterada) - não liga à proteínas plasmáticas - meia-vida curta, adm. 2-3x ao dia às refeições (máx. 2,5g/dia) Uso terapêutico: - sozinha ou associado com sulfoniluréias e/ou insulina reduz complicações vasculares e infarto (menos dislipidemia) pacientes obesos c/ resistência à insulina efeitos indesejáveis: Freqüentes: gastrintestinais Diarréia, flatulência, epigastralgia, náuseas Normalmente, transitórios paciência e esperar 1-2 semanas Raridade, mas muito grave: acidose lática Evitar em circunstâncias que a favoreçam Insuficiências renal / hepática / cardíaca / respiratória Gravidez Troglitazona Rosiglitazona Pioglitazona4. Tiazolidinedionas (GLITAZONAS) Mecanismo de ação: Efeitos análogos à metformina SEM HIPOGLICEMIAS Agonistas seletivos para receptor ativado por proliferador de peroxissoma (PPAR) Diminuem resistência periférica insulina (requer insulina p/ agir) = potencializa a insulina circulante Diminuem produção de glicose pelo fígado Aumentam transportadores de glicose no músculo e tecido adiposo Ativam genes que regulam metabolismo de ácidos graxos Metabolismo: Fígado Efeitos adversos: Houve sérios problemas hepáticos com as primeiras utilizadas (Troglitazona, já retirada) observar a função hepática Ganho de peso e retenção hídrica cuidados na ICC Proibidas em grávidas. Aditivas com outros hipoglicemiantes orais em alguns países, proibido o uso com insulina 5. Inibidores de -glucosidase (Acarbose; miglitol) Mecanismo de ação: inibição da -glucosidase intestinal, diminuindo a absorção de carboidratos. Bactérias fermentam o carboidrato dá gases e amolece as fezes. bloqueia o aumento da glicose plasmática pós-prandial no diabetes tipo 1 e 2 Uso terapêutico: pacientes idosos com hiperglicemia pós-prandial. 6. Gliptinas Mecanismo de ação: inibidores da DPP-4 = enzima que degrada incretina aumento dos níveis de hormônios incretina (GLP-1) aumentam a síntese e a liberação de insulina pelas célulasβ-pancreáticas Sobra GLP-1 = estimula a secreção de insulina. Só libera a insulina se a glicose tiver alta. Secretagogo inteligente. Uso terapêutico: DM tipo 2. em associação Efeitos indesejados: Hipoglicemia em associação. não deve ser utilizado por pacientes com diabetes tipo 1 ou para o tratamento de cetoacidose diabética. Insuficiência Renal 7.Análogos do GLP-1 (Liraglutida) Mecanismo de ação: A liraglutida é um análogo de GLP-1. potencializa a secreção de insulina dependente de glicose = só vai secretar insulina se tiver hiperglicemia (Victoza) tratamento da obesidade. Saxendia = dobro da dose. Incretinas agem em nível central inibindo o centro da fome. Uso terapêutico: DM tipo 2. em associação Efeitos indesejados: Não deve ser utilizado por pacientes com diabetes tipo 1 ou para o tratamento de cetoacidose diabética. Risco de pancreatite aguda Não deve ser utilizado em gestantes --------
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