Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
07 de fevereiro de 2017. Professor Victor Roncon Direito Empresarial III victorroncon@fait.edu.br Recuperação judicial e falência Bibliografia Fundamentos do Direito Falimentar Bibliografia COELHO Fabio Ulhoa – Manual de Direito Comercial COELHO comentário a Lei de falência e de recuperação judicial COELHO Fábio Ulhoa – curso de Direito Comercial III REQUIÃO Rubens Curso de Direito Comercial III Fundamentos do Direito Falimentar - aspectos históricos - Direito Romano - decotores = devedores - procedimentos Devedor – magistrado (pretor) Promessa de pagamento em 30 dias Inadimplemento Devedor adjudicado pelo credor por 60 dias Condenação à morte ou venda a estrangeiro Lex proetelia papivia (326 ac) Divida recaia apenas sobre o patrimônio Exclusão da sansão penal Lex julia banorum 737 ac Cessio bonorum = cessão dos seus bens Disposição dos bens do devedor ao credor para pagamento das dívidas. - Idade média Queda do império Romano Mudanças significativas Formas de ocorrência da falência Fuga do devedor Requerimento do credor Insolvência notória - Início dos efeitos da falência Publicidade de falência Vencimento antecipado das dividas Privar o falido de administrar o comércio Sequestro dos livros contábeis Base para a legislação falimentar No mundo Lei 11101/05 Princípios do Direito falimentar - princípio da inerência do risco, o risco é inerente a qualquer atividade empresarial. A prosperidade ou o fracasso estão sempre sujeitos a determinada margem aleatória, não dependem de fatores inteiramente controláveis e antecipáveis pelo empresário. Por este princípio, reconhece-se que a crise pode sobrevir a à empresa mesmo nos casos em que o empresário e o administrador agiram em cumprimento da Lei e aos seus deveres, e não tomaram nenhuma decisão precipitada, equivocada ou irregular. - princípio de impacto social da crise da empresa, em razão do impacto social da crise da empresa, sua prevenção e solução serão destinadas não somente a à proteção dos interesses do empresário, de seus credores e empregados, mais também, a proteção dos interesses do consumidor, do meio ambiente, e relacionados a à continuidade da atividade empresarial. - princípio da transparência do processo falimentar, o processo de falência e recuperação judicial importam, inevitavelmente, custo para os credores da empresa em crise. Eles, ou ao menos parte deles, suportaram prejuízo, em razão da quebra ou da recuperação do empresário devedor, os processos falimentares por isto, devem ser transparente, de modo a que todos os credores possam acompanhar as decisões nele adotadas e conferir se o prejuízo que eventualmente suportam está, na exata medida do inevitável. A transparência dos processos falimentares deve possibilitar que todos os credores que saíram prejudicados possam se convencer razoavelmente de que não tiveram nenhum prejuízo além do estritamente necessário para a realização dos objetivos da falência ou da recuperação judicial. - princípio do tratamento paritário dos credores, este princípio corresponde a um valor secular, cultivado pelo Direito Falimentar. Por ele, já que o empresário falido não terá recursos para honrar a totalidade das obrigações, o justo e racional é que os credores mais necessitados é que (como os trabalhadores como exemplo) sejam satisfeitos antes dos demais, e que, entre credores titulares de credito da mesma natureza, não sendo suficientes os recursos disponíveis para o pagamento da totalidade de seus débitos proceda-se ao rateio proporcional ao valor destes. 14 de fevereiro de 2017. Pressupostos de Falência Devedor sujeito à falência Insolvência jurídica Execução pelo sujeito ativo Execução de título judicial e extrajudicial Execução individual de cada credor Expropriação de bens Pagamento da divida Valores das dívidas maiores que o patrimônio do devedor Execução individual injusta Dificuldade de discriminar a categoria e os necessidades de cada um dos credores Aplicação de norma concursal Execução concursal, penhora de bens para ser divididos entre todos os credores de forma justa. Por canditio creditorum Falência x insolvência civil (CPC 173, artigo 783, LFA 1158, NCPC artigo 1052 Se o devedor desprovido de recursos para pagar as dívidas é empresário, a execução concursal será a falência (lei 11101/05). Se, porém, o devedor explora sua atividade econômica sem empresarialidade ou não exerce nenhum atividade econômica, a execução concursal será a insolvência civil (CPC/73). Ao devedor empresário a lei concede o amparo da recuperação judicial ou extrajudicial, que o preserva da execução concursal. Pelo instituto da recuperação de empresas, reparte-se entre determinados credores o risco de insucesso inerente as atividades econômica. Outro benefício do devedor empresário consiste na extinção das obrigações, desde que satisfeita uma parte da dívida, já o devedor não empresário não se exime de pagar a totalidade do valor devido para ver extintas suas obrigações no curso do processo de insolvência civil. Devedor sujeito a falência Empresário/empresa Iniciativa Organização Produção ou circulação de bens Ou prestação de serviços Artigo 906 CC Exclusão do Direito falimentar Total/absoluta Parcial/relativa Artigo 2º LF (11101/05) Insolvência jurídica, Impontualidade injustificada Protesto do título Mínimo de 40 salários mínimo Artigo 94 da LF Execução frustrada Artigo 94, II da CF Liquidação precipitada, Atos de falência Artigo 94, III A lei exclui do Direito falimentar alguns empresários. A exclusão é total ou absoluta, se a sociedade empresaria nunca puder falir (empresas públicas, sociedade de economia mista e câmaras de compensação) e é parcial e relativa, se não puder falir apenas em determinadas hipóteses ou utiliza parcialmente a lei de falência (seguradoras, operadoras de planos privados de assistência a à saúde e instituições financeiras) Insolvência jurídica Para se decretar a falência da sociedade empresaria, é irrelevante a insolvência econômica, caracterizada pelo insuficiência do ativo para a solvência do passivo. Exige a lei a insolvência jurídica que se caracteriza no direito falimentar brasileiro pela impontualidade injustificada, pela execução frustrada pela pratica do ato de falência. Questão para próxima aula: Pode-se protestar sentença? 21 de fevereiro de 2017. Pedido de falência Sujeito Competência Rito processual Do pedido de falência Divisão em três etapas Fase pré-falimentar, abre-se prazo para pagar ou justificar. Pressuposto materiais Empressarialidade, artigo 966 CC Insolvência jurídica se caracteriza com três requisitos: 1-impontualidade injustificada, 2- execução frustrada e 3- atos de falência. Nesta etapa ainda se realiza a relação processual concursal. Fase concursal I Sentença de instauração da fase concursal Objetivos, fase de liquidação Realização do ativo é primeiro avaliar o patrimônio e fazer a venda do patrimônio. Verificação e satisfação do passivo, vai classificar os credores, de acordo com as prioridades. Fase de reabilitação do falido Legitimidade ativo Rito processual Natureza do processo falimentar, é organizar a realização do ativo e principalmente organizar as categorias de prioridades dos pagamentos. Participação do Ministério Público RESUMO: O processo falimentar se desmembra em três grandes fases. Na primeira, correspondente ao pedido de falência, o objeto do processo é verificar a presença dos pressupostos materiais de instauração do concurso falimentar: devedor que exerce atividade econômica (artigo 966 do CC) e a insolvência jurídica (impontualidade injustificada, execução frustrada ou ato de falência). Atendidos estes pressupostos, o juiz profere sentença instaurando concurso de credores inaugurando a segunda fase do processo falimentar, cujos objetivos principais são a realização do ativo, e a verificação e satisfação do passivo. A terceira fase do processo falimentar tem por objeto a reabilitação do falido. Neste item, são examinados os principais temas relativos ao pedido de falência: a legitimação ativa, a competência e natureza do juízo falimentar, o rito e a participação do Ministério Público. Do sujeito ativo Artigo 97 da Lei 11.101 LF Autofalência Ausência dos requisitos da recuperação judicial Sócios/acionista Credor A lei falimentar impõe ao próprio devedor a obrigação de requerer a autofalência, quando estiver insolvente e considerar que não atende aos requisitos para pleitear a recuperação judicial. Atribui também a lei a legitimidade ativa concorrente para o pedido de falência ao sócio ou acionista da sociedade empresaria devedora. É uma hipótese rara. Finalmente, o credor está também legitimado para realizar o pedido de falência sendo o maior interessado na instauração do processo de execução concursal, até mesmo porque o pedido de falência tem se mostrado um eficaz instrumento de cobrança. Competência e universalidade do juízo falimentar Artigo 3º da lei 11.101 LF Principal estabelecimento, para fins de definição da competência para o direito falimentar, é aquele em que se encontra concentrado o maior volume de negócios da empresa, o mais importante do ponto de vista econômico. O juiz do local onde se encontra tal estabelecimento é o competente para o processo falimentar, porque estará provavelmente mais próximo aos bens, a à contabilidade e aos credores da sociedade falida. Conceito: Juízo universal, todas as ações que envolve a empresa são chamados ao juízo da falência o qual será competente para julgar. O juízo da falência é universal. Isso significa que todas as ações referentes aos bens, interesses e negócios da massa falida serão processadas e julgadas pelo juízo perante o qual tramita o processo de execução concursal por falência. É a chamada aptidão atrativa do juízo falimentar, ao qual conferiu a lei a competência para conhecer e julgar todas as medidas judiciais de conteúdo patrimonial referentes ao falido ou a à massa falida. Artigo 75 da lei 11.101 da LF Exceções da universalidade do juiz de falência Ações não reguladas pela LF Ações de quantia ilíquidas, não sabe a quantia correta que deve a massa falida. Reclamações trabalhista não entra na universalidade do juiz da falência porque a Justiça do Trabalho é uma justiça especializada, e também pelo princípio da imparcialidade. Exceções tributarias, por se tratar de créditos tributário corre pela Justiça Comum Federal. Ação que a União é parte, corre pela Justiça Comum Federal RITO PROCESSUAL Em razão do autor Voluntaria autofalência o rito é mais célere, não tem contestação. Contenciosa – credor/sócio, qualquer credor desde que artigo 97 LF Defesa pode ser proposta apenas pelo falido Prazo de 10 dias Deposito elisivo Recuperação judicial Rito processual O pedido de falência segue rito diferente em função de seu autor. Requerida a falência pelo credor ou sócio, o rito segue os preceitos dos artigos 94 a 96 e 98 da LF. Nesse caso, o pedido de falência observa um procedimento judicial típico, isto é, contencioso. Já em caso de autofalência, segue o pedido o rito dos artigos 105 a 107 da LF, de natureza não contenciosa. Na forma contenciosa, o prazo para a defesa do requerido será de 10 dias (LF, artigo 98), contados da data da citação, tal como no processo civil em geral (CPC artigo 238 a 259 do NCPC). Nesse mesmo prazo, a sociedade empresaria requerida poderá elidir a falência, depositando o valor da obrigação em atraso. A elisão pode acompanhar a defesa ou ser feita independentemente de resposta. No primeiro caso, tem nítido caráter de cautela, precavendo-se a devedora da hipótese de sua defesa não sensibilizar o magistrado, e no segundo, equivale o deposito ao reconhecimento do pedido, em seu modo especifico do direito falimentar. Nada se altera com a vigência do novo código civil, a lei processual continuará ser aplicado supletivamente ao procedimento da legislação especifica. 07 de março de 2017. SENTENÇA DECLARATORIA Administração da Falência Sentença declaratória de falência Conceito de sentença (CPC) De acordo com a conhecida classificação do Direito Processual Civil as sentenças, nos processos de conhecimento, podem ser meramente: DECLARATÓRIAS (tornam indisputável a existência de certa relação jurídica ou falsidade de documento), CONDENATÓRIAS (atribui ao vencedor da demanda direito de promover a execução contra o vencido) ou CONSTITUTIVA (criam, modificam ou extinguem relações jurídicas). Natureza predominante constitutiva da sentença declaratória da falência. Conteúdo da sentença Artigo 203 CPC Artigo 489 CPC Relatório Fundamento Dispositivo Artigo 99 LF Síntese do pedido de falência Fixação do tempo legal - O TERMO LEGAL DA falência é o período anterior à decretação da quebra, que serve de referência para a auditoria dos atos praticados pela sociedade falida neste período, é necessário investigar se ocorreram irregularidades nas vésperas da declaração da falência, auditando-se os atos da sociedade falida para a realização dessa auditoria, é necessário adotar uma referência temporal que aborde os atos a serem investigados. É o juiz que deve estabelecer esse parâmetro investigativo, por meio da fixação do termo legal da falência. Ordenação ao falido que apresente a relação nominal devedores Fixa prazo para habilitação de credito Suspensão das execuções Nomeação de administrador judicial Publicidade da sentença declaratória da falência Publicação no DOE Expedição de ofícios aos órgãos públicos Registro público de empresa Publicação de edital com integra da sentença Recursos O sistema recursal do procedimento falimentar é diferente do preceituado pelo código de processo civil. Em decorrência, contra a sentença declaratória de falência o recurso cabível não é a apelação, mais o recurso de agravo. Podendo o relator, no Tribunal, atribuir efeito suspensivo ao agravo, a pedido da falida agravante ou até mesmo de oficio. Agravo Apelação Artigo 100 LF Denegação da falência A sentença denegatória da falência pode fundar-se em duas razões bem distintas de um lado, a elisão do pedido em razão do deposito do valor em atraso pelo requerido, e de outro, a pertinência das razões articuladas na contestação. Deposito elisivo Contestação Administração da falência Ao juiz compete presidir a administração da falência, com o auxílio do administrador judicial. É o juiz, em última análise, o administrador dos bens da massa falida, cabendo lhe autorizar a venda antecipada dos bens de fácil deterioração ou desvalorização, ou de custosa conservação, aprovar a prestação de contas do administrador judicial, fixar a remuneração de seus auxiliares, e outros atos de conteúdo preponderantemente administrativo definidos em lei. 3.1-adminsitração judicial 3.2-assembleia de credores 3.3-Comitê 14 de março de 2017. EFEITOS DA FALENCIA Dissolução sócios Patrimônio da sociedade Efeitos da falência Dissolução da sociedade falida: o efeito da decretação da falência em relação a pessoa jurídica da sociedade empresaria é a sua extinção. A decretação da falência provoca a dissolução da sociedade empresaria. Trata-se de ato judicial que instaura um forma específica de liquidação do patrimônio social, para que a realização do ativo e a satisfação do passivo sejam realizados pelo Poder Judiciário, por meio do juízo falimentar, com a colaboração do administrador judicial. A sentença declaratória da falência desfaz todos os vínculos existentes entre os sócios ou acionistas e inaugura o processo judicial de encerramento da personalidade jurídica da sociedade. Desenvolvendo o paralelo com o Instituto do Direito Societário, lembre-se que existem três fases para o encerramento de uma sociedade empresaria, que abrange a dissolução (ato ou fato jurídico desencadeante do processo de encerramento da pessoa jurídica), a liquidação (solução das pendencias obrigacionais mediante a realização do ativo e satisfação do passivo) e a partilha (distribuição entre os sócios, do patrimônio líquido remanescentes). Na dissolução causada pela falência é a decisão do juiz expressa na sentença que instaura a execução concursal. A liquidação ocorre na tramitação do processo falimentar em que o administrador judicial vende os bens da massa falida, faz a cobrança dos seus devedores e realiza o pagamento dos seus credores. Por fim, não é comum ocorrer, mas, feito o pagamento do principal com correção monetária e juros posteriores a quebra de todos os credores, se restarem recursos, estes pertencem aos sócios da sociedade falida, em valor proporcional a contribuição de cada um para o CAPITAL SOCIAL (cota ou ação). A dissolução por falência, como aliás como qualquer outro procedimento dissolutório, amigável ou judicial, pode ser interrompida com a reversão dos efeitos dissolutório. Em caso de interrupção, a sociedade empresaria retorna ao Estatuto anterior ao ato de dissolução, voltando a pratica regular de seus negócios. Dissolução judicial Efeito de extinção da sociedade Direito societário Dissolução da sociedade pela vontade dos sócios. Liquidação é a verificação do patrimônio e dos débitos. (Ativo e passivo) Partilha se sobrar dinheiro ou bens na realização dos pagamentos do passivo, a sobra divide-se aos sócios conforme a cota de cada. Direito falimentar Dissolução, neste caso a dissolução é judicial, é decidida pelo juiz a pedido de um credor ou da própria sociedade. Liquidação, o administrador judicial vai fazer o levantamento do patrimônio e dividas da empresa, em seguida classificar os credores de acordo com as prioridades conforme a natureza do credito. “Partilha” no caso de acontecer que sendo quitado as dividas ocorra a sobra de patrimônio, neste caso pode-se fazer a partilha entre os sócios. Possibilidade de reversão da falência Sócios da sociedade falida Função exercida na empresa Apenas sócio/acionista Sócio ou acionista administrador Tipo societário para saber a responsabilidade do sócio (limitada ou ilimitada). Responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais, se é limitada ou ilimitada. Limitada – LTDA S/A Sociedade Comandita Simples Ilimitada – empresários individuas Micro empreendedor individual “EIRELI” Responde apenas para a empresa até o limite ou ação a qual ele é dono. -a falência da sociedade empresaria projeta efeitos sobre os seus sócios. Recorde se, uma vez mais, que a falência e da pessoa jurídica, e não de seus membros. Dois fatores deve ser levado em conta no exame desdobramentos da falência da situação jurídica dos sócios na função exercida na empresa e o de sociedade. Os investido de poder de representante legal da sociedade (administrador limitada ou direito da anônima) possuir cargo de colaboração com o processo de falência não imputáveis pelos demais aos sócios que apenas subscreveram cotas ou ações do capital social sem participa da administração da empresa em termo gerais, a lei atribui ao representante legal da sociedade falida os mesmos encargos processuais reservado ao empresário individual. -responsabilidade penal na falência: em relação a responsabilidade penal todos os sócios são equiparados ao empresário individual falido independentemente de exercer ou não a administração da empresa ou do tipo societário adotado pela sociedade devedora mas que concorreram para a pratica do crime falimentar. -artigo 168 a 178 LF -responsabilidade civil: em relação a responsabilidade civil pelas obrigações da sociedade, não há nenhuma diferença entre os sócios relacionada ao exercícios de funções administrativas ou de representação legal. Tanto os sócios diretores, administradores ou liquidante como os que apenas prestaram capital para o negócio respondem pelas obrigações sociais na mesma extensão. Quanto a este aspecto da matéria, tem importância o tipo adotado pela sociedade falida. Quando se trata de sociedade limitada ou anônima se o capital social está inteiramente integralizado, o sócio ou acionista não tem responsabilidade pelas obrigações sociais, conforme já estudado. - responsabilidade subsidiário do sócio na falência - responsabilidade ilimitada do social IEI na falência - patrimônio da sociedade falida: -arrecadação -bens da massa falida - bens posse da massa falida - termo de inventário e laudo de avaliação a) menção dos livros obrigatórios b) opinião do administração judicial c) dinheiro, papeis, documentos e demais bens da sociedade falida. d) bens de posse da falida. O ato de constrição judicial dos bens do devedor, na execução concursal, é a arrecadação. Na falência, arrecada-se todos os bens de propriedade da falida, mesmo que não se encontrem em sua posse, e todos os bens na posse dela, ainda que não sejam de sua propriedade. Esses últimos serão oportunamente extituidos aos seus proprietários. No mesmo ato da arrecadação, o administrador judicial avalia os bens e informa o valor atribuído no laudo que compõe, junto com o termo de inventario, o auto de arrecadação. Se o administrador judicial não se sentir em condições de proceder a avaliação dos bens arrecadados, tendo em vista sua especificidade, ele deve requerer autorização do juiz para contratar um profissional avaliador 21 de março de 2017. Credores na massa falida Efeito da falência Classificação dos credores Credores na falência Decretação da falência Efetuação do juízo universal Direito de credito através da Execução concursal Princípio “parco conditio creditum” Abrangência: Credores comuns Credores civis e comerciais Credores especiais Trabalhadores Tributos Garantias legais Credores admitidos: Créditos excluídos Obrigações gratuitas: Custas e despesas processuais na habilitação Multas contratuais Resumo geral: entre os principais efeitos das falências estão os projetados sobre os seus credores. A partir da decretação da quebra, a execução concursal passa a ser o exclusivo processo judicial de cobrança de seu direito creditício (exceto em relação ao credor fiscal, que desfruta da garantia de não participar do concurso). Em regra, nada pode ser feito em juízo pelo credor, na busca do pagamento que e devido pela massa falida, a não ser perante o juízo falimentar e normalmente nos autos no processo e falência. Alem disso, na falência confere-se a comunidade de credores o tratamento paritário, que, se de um lado a segura a igualdade entre credores de mesma natureza, e outro, impõe a desigualdade no estabelecimento de hierarquias e preferências. A falência, sendo processo de execução concursal da sociedade empresaria falida, abrange todos os credores civis ou comerciais. Em situação específica encontra se entre os credores trabalhistas, fiscais e titulares de garantias legais. Os demais credores, qualquer que seja a natureza do credito deve se submeter-si ao processo de falência para o recebimento de seus créditos. Os credores admitidos que não constam no edital publicado através de sentença declaratória de falência ou que constitui em seus créditos posteriormente através do procedimento de habilitação de credito, poderão por decisão judicial serem incluído na lista de credores da falência. Por outro lado, a créditos excluídos da falência. São titulados por credores que não podem participar do concurso por que o atendimento aos seus direitos creditórios seria para os demais injustos. Conforme o artigo 5 da lei de falências estão excluídos as obrigações a titulo gratuito as despesas, custas e honorário de advogado na habilitação de credito e o credito relacionado a multa contratual ou pena pecuniária cuja a constituição decorre da decretação da quebra do devedor. Efeitos da falência para credores Formação da massa falida subjetiva Suspensão das ações individuais Suspensão da fluência de juros Vencimento antecipado dos créditos - Massa falida: - Subjetiva: a massa falida subjetiva (também chamada de passiva ou dos credores) e o sujeito de direito despersonalizado voltado a defesa dos interesses gerais dos credores de uma sociedade empresaria falida. - Objetiva: a massa falida objetiva, por sua vez, é um conjunto de bens arrecadados do patrimônio da sociedade falida. E chamada também, de massa ativa. - Execuções individuais Hasta: e a designação de leilão judicial de algum bem. - Com hasta designada - com hasta realizada -classificação de credores Trabalhista Garantia real Divida ativa de natureza tributaria e não tributaria (artigo 186 § único da CNT, artigo 4º §4º da lei 6830/80 Credores com privilegio especial Credores com privilegiado especial Titulares de direito a multa contratual ou pena pecuniária (penal e administrativa) Credores subordinados A instauração da falência importa a suspensão das execuções individuais em trâmite contra a sociedade falida, exceto as fiscais. Convém, por outro lado, que juiz determine procedimento das execuções com hastas já designada ou realizada. Aula 28.03.17 A definição do ativo da sociedade falida é objetivo do processo falimentar que se alcança pela conjugação de um ato poder arrecadação dos bens da devedora, e de um procedimento ou de reconstituição. O primeiro que apresenta a constrição judicial do patrimônio da executada, na execução falimentar, e abrange todos os bens de sua propriedade, alem dos que se encontram sobre sua pose nos seus estabelecimentos empresariais. Como são arrecadados, inclusive bens que não lhes pertence, a definição do artigo complementa-se pela sai reconstituição dos proprietários. 2º bimestre 18.04.17 Verificação dos créditos Liquidação 2.2 verificações dos créditos Publicação da relação de credores No prazo de 15 dias Habilitação de credito Divergência de credito Adm. Judicial analisa os pedidos Republicação da lista de credores No prazo de 10 dias Impugnação Adm. Judicial apresenta parecer Juiz analisa os pedidos Republicação da lista de credores 3.Liquidação: um dos princípios objetivos do processo falimentar é liquidação do patrimônio da sociedade falida. Entende-se por liquidaçãi um conjunto de atos, praticados pelos órgãos da falência(juízo falimentar, administrador judicial, assembléia dos credores e comitê) que visam a realização de ativo e a satisfação do passivo da falida. A realização do ativo ocorre mediante a venda dos bens arrecadados e a cobrança dos devedores da sociedade falida, enquanto a satisfação do passivo consiste no pagamento dos credores admitidos, de acordo com a natureza do credito 3.1 venda dos bens: tão logo arrecadados, os bens devem ser vendidos a experiência demostrou que a demora na realização do ativo representa um desastre para a comunidade de credores. É extremamente difícil e cara a adequada fiscalização e conservação dos bens da sociedade falida 3.1.1 venda ordinária: da empresa ou dos bens da sociedade falida, o juiz, ouvindo os órgãos da falência, escolhe a melhor alternativa para a massa falida, observando a seguinte de preferência ditada pela lei. A. alienação da empresa com transferência do estabelecimento em bloco. B. alienação da empresa com a transferência em separado de um ou mais estabelecimentos que representem unidades produtivas autônoma. C. venda dos bens do estabelecimento em blocos. D. venda dos bens do estabelecimentos segregados. Ainda na venda ordinária, o juiz escolhera entre as seguintes alternativas de vendas: I. Leilão por viva voz. II. Apresentação em cartório de proposta em envelopes lacrados. III. Através de pregão, que e uma modalidade hibrida, com elementos das duas anteriores. 3.1.2 venda sumaria: em determinada hipótese, a venda dos bens da sociedade falida realiza de forma sumaria, quero dizer, abreviada ao extremo ou quando não existem bens no ativo dela de valor suficiente a compensar dos custos da venda ordinária ou extraordinária. Pode ocorrer, e a situação não e rara de os bens da sociedade falida quando da arrecadação, serem de valor irrisório não se justificando a adoção dos procedimento de leilão, proposta ou pregão. 3.2.3 venda extraordinária : a venda extraordinária da empresa ou bens da sociedade falida (por exemplo, pela constituição de sociedade entre seus credores ou trabalhadores para continuação dos negócios) realiza-se por decisão do juiz, deferimento o documento fundamentado do administrador judicial, com razão de elevado grau de consenso entre os credores, manifestado em assembléia. Resumo: a verificação dos créditos e tarefa do administrador judicial. Para cumpri-la, deve levar em conta não só a escrituração e documentos do falido, mas todos os elementos que lhe forem fornecidos pelos credores. Havendo divergência entre o administrador judicial e um ou mais credores acerca dos próprios créditos que titularizão ou o de outros cabe ao juiz a decidir o conflito. Nos 15 dias seguintes há a publicação da relação, os credores devem conferi-la de um lado, os que não se encontram relacionados devem apresentar a habilitação de seus créditos perante o administrador judicial. E outro lado, os que se encontram em ralação publicada, mas discordam da classificação ou do valor atribuído aos seus créditos devem suscitar a divergência também junto ao administrador judicial. Este, diante da habilitação ou divergência, pode converse-se ou não da razão do credor. A republicação da relação dos credores e feita também por edital e deve providenciá-la o administrador judicial nos dez dias seguintes há a republicação, o sujeito legitimados pode apresentar a impugnação da relação elaborada pelo administrador judicial. Estão legitimados para impugnar a relação qualquer credor, a sociedade falida, sócio ou acionista ou o promotor de justiça. 3.2 cobranças dos devedores: a realização do ativo não compreende apenas a venda dos bens arrecadados também a cobrança, amigável ou judicial, dos créditos titularisado pela sociedade falida devera ser providencia pelo administrador judicial. 3.3 pagamentos na falência: os pagamentos na falência, serão feito pelo administrador judicial com estrita observância da ordem legal que distingue os credores de espécie de classes. 3.3.1 encerramento da falência: após fazer o ultimo pagamento (em atenção do valor integral do devido a todos os credores ou, como e mais comuns por exauri mento dos recursos a massa) o administrador judicial deve apresenta a sua prestação de contas, o prazo e de 30 dias. Processadas e julgadas as contas, ele tem 10 dias para se submeter ao juiz o seu relatório final nele, ele informara o valor do ativo e do produto de sua realização, bem como o do passivo e dos pagamentos feito aos credores. Também do relatório final deve constar as responsabilidades que continuam imputáveis a as sociedades falida, isto é, o saldo não pago dos créditos admitidos. Em seguida, o juiz proferi a sentença de encerramento da falência. Com essa decisão terminativa do processo falimentar cabe apelação. Recuperação judicial Processo recuperação judicial -dividas em três fases - postulatória - execução - fase postulatória -sujeito ativo - requisitos a. não ser falido b. exercer atividade por no mínimo 2 anos C. não ter utilizado instituto nos últimos 5 anos D. sócios ou acionista com condenação de crime Petição inicial Artigo 51 da LF 2º bimestre 02.05.17 Recuperação judicial de empresa Viabilidade e meios da recuperação judicial Recuperação judicial da empresa Conceito do instituto: no Brasil, a lei contempla duas medidas judiciais com o objetivo de evitar que a crise na empresa acarrete a falecia de quem a explora. De um lado, a recuperação judicial e do outro, a homologação judicial de acordo de recuperação extrajudicial. Os objetivos delas são iguais, os saneamentos da crise econômicos financeiros e patrimoniais, preservação da atividade econômica, e de seus postos de trabalho, bem como o atendimento aos interesses dos credores. Recuperada a empresa, esta poderá cumprir novamente a sua função social. Viabilidade da empresa: nem toda empresa merece ou deve ser recuperada. A reorganização de atividades econômicas e custosa. Alguém há de pagar pela recuperação seja na forma de investimentos no negocio em crise, seja nas perdas parciais ou totais de credito. Em ultima analise, como nos principais agentes econômicos acaba repassando aos seus respectivos preços as taxas de riscos associados á recuperação judicial ou extrajudicial do devedor, o ônus da reorganização das empresas do Brasil recai na sociedade brasileira como um todo. O credito bancário e os produtos e serviços oferecidos e consumidos ficam mais caros porque parte dos juros e preço se destina a socializar os efeitos da recuperação das empresas. Desta forma, o exame da viabilidade deve ser feito, pelo judiciário, em função de vetores com os seguintes: Importância social: a viabilidade da empresa a recuperar não e questão meramente técnica que possa ser resolvida apenas pelos economistas e administradores da empresa. Quero dizer, o exame de viabilidade deve compatibilizar necessariamente dois aspectos da questão: não pode ignorar as condições econômicas apartir das quais é possível programar-se o reergui mento da empresa, tem a relevância que a empresa tem para a economia local, regional ou nacional Mao de obra tecnológica: no atual estagio de evolução das empresas, por vezes esses vetores se excluem por vezes se complementa. Em algumas indústrias, quanto mais modernas a tecnologia empregada, menos a quantidade de empregados e maior a qualificação que dele se exige. Volume de ativo e passivo: o exame da viabilidade da empresa em crise começa pela definição da natureza desta. Se a crise da empresa é exclusivamente econômica, mas medidas a adota dizem respeito a produção ou ao marketing, se financeira pode exigir a reestruturação do capital ou corte de custos. Quando a crise e só patrimonial, deve se avaliar se o endividamento da sociedade empresarial é preocupante ou não. Na medida em que se entrelaçam a crise à recuperação passa a depender de soluções mais complexas. Idade da empresa: deve-se levar em conta a quanto tempo que a empresa existe ou esta funcionando, novos negócios, não devem ser tratados da mesma forma que os antigos, de décadas de trabalho e de reiteradas contribuição local, regional ou nacional. Porte econômico: por fim, o exame de viabilidade deve tratar do porte econômico da empresa a recuperar. Evitendemente não se há de tratar as empresas desprezando o seu porte. As medidas de reorganização recomendado por uma grande rede de supermercados certamente não pode ser exigidas de um lojista micro empresário. Meios de recuperação judicial: LF artigo 50 Órgão de recuperação judicial Assembléia de credores Participante Instancia Quorum para a deliberação Comitê Administrador judicial Processo de recuperação judicial Divida em 3 fases Postulatório Deliberativa Execução 09 de maio de 2017. Direito Empresarial III Professor Victor Roncon victorrancon@fait.edu.br Processo de Recuperação Judicial Processo de Recuperação Judicial: se divide em três fases bem distintas: Dividida em três fases Fase postulatória: a sociedade empresaria em crise apresenta seu requerimento do beneficio. Ela começa com a petição inicial de recuperação judicial e se encerra com o despacho inicial mandando processar o pedido. Fase deliberativa: após a verificação do credito, discute-se e aprova-se um plano de reorganização. Tem inicio com o despacho que manda processar a recuperação judicial e se conclui com a decisão concessiva do beneficio. Fase e execução: compreende a fiscalização do cumprimento do plano aprovado. Começa com a decisão concessiva da recuperação judicial e termina com a sentença de encerramento do processo. Sujeito ativo: só tem legitimidade ativa para pedir a recuperação judicial quem e legitimado passivo para o processo de falência. Como esta e medida destinada a preserva o devedor da falência, a lei só a deferi a quem pode falir. Requisitos Não ser falido Exercer atividade por no mínimo dois anos Não ter utilizado o instituto nos últimos cinco anos Sócios sem condenação em crime falimentar Petição inicial Artigo 51 da CF Despacho de processamento: reconhece a legitimidade da requerente para pedido e a regularidade da instrução da petição inicial. Também não se confunde o despacho que E Termina o processamento a recuperação judicial com a decisão concessiva do beneficio. Embora o despacho de processamento já produza os efeitos de suspensão das ações de execuções contra a requerente, somente inaugura a fase de deliberação com a constituição dos órgãos específicos da recuperação judicial. Suspensão dos pedidos de falência Nomeação do administrador judicial Suspensão das ações de execução Artigo 52 da LF Despacho de concessão Fase deliberativa -verificação dos créditos -levantamento dos créditos -atos para a recuperação dos créditos -plano de recuperação judicial -prazo de 60 dias após o despacho do processamento -assembléia geral de credores -quórum de aprovação do plano de recuperação -rejeição do pleno 10.05.17
Compartilhar