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Aula 10 (1)

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Biologia Celular
Prof. William Volino
Aula 10
Células-tronco e Câncer
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Células-tronco
Células-tronco são células que ainda não se diferenciaram, com capacidade de autorreplicação e que, quando estimuladas, podem se diferenciar.
Muitos tecidos possuem células-tronco, que se multiplicam para manter a sua própria população e originar células mais especializadas.
Existe um interesse muito grande sobre essas células, devido à possibilidade de serem utilizadas na medicina regenerativa.
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Diferenciação celular
As células-tronco são capazes de se transformar em uma célula diferenciada por meio do processo de diferenciação celular.
A diferenciação celular depende, principalmente, da expressão de determinados genes e repressão de outros genes.
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Durante a diferenciação celular, dois fatores indicam quais fenótipos celulares vão surgir:
Potencialidade da célula-tronco: quanto maior for sua potencialidade maior o número de tipos celulares que vai originar.
Ambiente em que a célula se encontra: cada ambiente fornece uma composição de fatores que direciona a diferenciação para tipos celulares distintos.
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Potencialidade de uma célula é sua capacidade de originar outros tipos celulares. 
As células-tronco podem ser:
Totipotentes
Pluripotentes
Multipotentes
Oligopotentes 
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Células-tronco totipotentes
As células-tronco totipotentes podem gerar qualquer tipo de célula. 
O zigoto (célula formada pela fusão dos gametas) é uma célula-tronco totipotente.
Os blastômeros, células produto das clivagens, são células-tronco totipotentes.
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Células-tronco pluripotentes
As células-tronco pluripotentes podem originar uma grande quantidade de tipos celulares diferentes.
As células do embrioblasto do blastocisto são células-tronco pluripotentes, pois podem originar qualquer tipo celular do corpo do indivíduo.
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Embrioblasto
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Células-tronco multipotentes
Na gastrulação, as células do embrioblasto se diferenciam em três folhetos embrionários: 
Ectoderma
Mesoderma
Endoderma
Essas células são multipotentes, porque já possuem um grau de diferenciação que só lhes permite se diferenciar em determinados tecidos.
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Células-tronco mesenquimais
As células-tronco mesenquimais fazem parte do tecido sanguíneo, junto com as células hematopoiéticas.
As células-tronco mesenquimais originam células do tecido conjuntivo, cartilaginoso, ósseo, endoteliais e musculares lisas.
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Células-tronco tecido-específicas
Os tecidos adultos possuem células-tronco, para sua renovação e regeneração, chamadas de células-tronco tecido específicas.
As células hematopoiéticas da medula óssea são tecido específicas, pois originam diversas células do sangue.
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Células-tronco em tecidos adultos
Recentemente foi demonstrada a presença de células-tronco em tecidos adultos como o cérebro, coração, pâncreas e fígado.
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Terapia com células-tronco
Células-tronco com diferentes potencialidades têm sido isoladas e mantidas em cultura por pesquisadores.
Atualmente, já são conhecidos diferentes protocolos de uso de células-tronco para repor células perdidas em decorrência de uma doença ou lesão, em humanos.
Várias fontes de células-tronco tem sido utilizadas.
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Devido aos problemas éticos na obtenção de células-tronco embrionárias, pesquisadores transformam células adultas, somáticas, em células embrionárias.
As células obtidas desta forma foram chamadas de células-tronco pluripotentes induzidas (iPS).
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A clonagem terapêutica consiste em uma técnica em que clones de um indivíduo são produzidos para que, dos embriões, sejam retiradas células-tronco com seu mesmo material genético.
A obtenção de células-tronco, desta forma, enfrenta grande resistência legal. 
A Lei 11.105/05 proíbe este tipo de procedimento no Brasil.
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Clonagem Terapêutica
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Câncer
É um dos maiores problemas de saúde pública do mundo.
Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças em que as células se multiplicam de forma desordenada, comprometendo a harmonia do tecido e até mesmo invadindo tecidos vizinhos.
As células de um tecido normal crescem, se multiplicam e morrem. No câncer estes mecanismos estão anormais.
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Desenvolvimento do câncer
Os processos de divisão e morte celular são regulados por vários genes.
Mutação nestes genes são responsáveis pelo câncer.
Sendo assim, o câncer é sempre uma doença genética, independentemente de ocorrer de forma esporádica ou hereditária, pois sempre se inicia com danos no DNA.
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Genética do Câncer
As mutações genéticas que desencadeiam o câncer ocorrem, basicamente, em dois tipos de genes:
Proto-oncogenes;
Genes supressores tumorais.
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Os proto-oncogenes são genes normais que, quando sofrem mutações, originam os oncogenes.
Estes genes estimulam a proliferação celular e quando sofrem as mutações, passam a estimular de forma descontrolada, levando ao câncer.
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Os genes supressores tumorais controlam a divisão celular, induzindo à apoptose, por exemplo.
Quando estes genes sofrem as mutações, deixam de funcionar e as células se multiplicam de forma descontrolada, levando ao câncer. 
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O crescimento descontrolado das células faz com que ocorra um acúmulo anormal de células no tecido e esta proliferação não cessa mesmo quando o estímulo é retirado. 
O estímulo que faz estas células proliferarem de forma descontrolada é proveniente das mutações que ocorreram nos seus genes. Neste caso, formam-se os tumores ou neoplasias.
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Crescimento descontrolado das células
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As neoplasias, ou tumores, são decorrentes do acúmulo de células anormais no tecido. 
Eles podem ser considerados benignos ou malignos.
As neoplasias benignas são de crescimento lento e organizado. Apresentam limites visíveis e não invadem os tecidos vizinhos.
As neoplasias malignas são de crescimento rápido e desordenado, invadindo tecidos vizinhos (metástase) e até levando à morte.
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Carcinogênese ou oncogênese
Carcinogênese ou oncogênese é o nome dado ao processo de formação de um câncer.
Chamamos de agentes carcinogênicos aqueles que são capazes de desencadear o desenvolvimento de um câncer, causando mutações nos genes.
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Biologia Celular
Prof. William Volino
Atividade
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Exercício
Células-tronco são células indiferenciadas que têm a capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares. Para que ocorra tal diferenciação, as células - tronco terão necessariamente que alterar:
 a) O número de cromossomos. b) A quantidade de genes nucleares. 
c) A quantidade de genes mitocondriais. 
d) O padrão de atividade dos genes. 
e) A estrutura de genes específicos por mutações. 
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