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Fármacos para Dislipidemias

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
DISLIPIDEMIAS
HIPERLIPIDEMIA
Maria Cristina da Silva Pranchevicius
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Dislipidemia 
alteração dos lipídeos do sangue 
(hipolipidemia/ hipolipoproteínemia e hiperlipidemia/ hiperlipoproteínemia).
lipídos no sangue
 
associados com proteínas (lipoproteínas)
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Metabolismo normal das liproteínas
Lipoproteína:
Região central hidrofóbicas: ésteres de colesterol e triglicerídios
Núcleo circundado: colesterol não esterificado, fosfolipídios e apoproteínas
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Classes de lipoproteínas
Quilomicron: grandes ricas em TG, sintetizadas no ID, transportam quase todos os lípidos que foram absorvidos da alimentação. Apolipoproteínas- B48, CII, E.
QL não são aterogénicas (demasiado grandes para penetrarem na parede arterial)
QL remanescentes: são aterogénicas
A quilomicronemia pode causar acumulação de lipídeos na pele,sob a forma de exantema – xantomatose eruptiva
Quilomicron
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Classes de lipoproteínas
VLDL
Lipoproteínas de muito baixa densidade 
ricas em TG provenientes do figado e não do intestino
 menores do que os quilomicrons
tb transportam AG (esterificados com glicerol sob a forma de TG)
Parte proteica constituída por apo B100, CII e E
Sofre ação da LPL transforman-se
VLDL remanescentes 
captados pelo figado ou tranf. em LDL
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Classes de lipoproteínas
LDL
Lipoproteínas de baixa densidade
resultam do metabolismo das VLDL 
	pequenas quantidades de TG
núcleo constituído essencialmente por colesterol esterificado (esteres de colesterol).
 Parte proteica constituida quase esclusivamente pela apo B100
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Lipoproteinas de alta densidade
HDL
lipoproteinas plasmáticas de menores dimensões
 
		núcleo de esteres de colesterol e TG é extremamento pequeno
 A maior parte das HDL é constituida por: fosfolipideos, colesterol não esterificado e pt. apoAI e AII
Classes de Lipoproteínas
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Lipídios do plasma
LIPOPROTEÍNAS
HIPERLIPOPROTEINEMIAS ou HIPERLIPIDEMIAS (TRI)
Aterosclerose Pancreatite aguda
Lipoproteínas com proteina B
Alto PM
B 48 (quilomicrons)
Formação: intestino
Encontrada: quilomicrons e
seus remanescentes
B 100
Formação: fígado
Encontrada: 1)VLDL
e seus remanascentes. 
2) LDL e 3) lipoproteinas a (Lp (a))
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Lp a (colesterol muito ruim): formada pelo LDL e prot Lpa (ligada por pt dissulfeto). Ligada B100, alto poder aterogênico, retarda degradação de coágulos
triglicerídios
doa
esterificação
Degradação do Co
Triacil/Co end.
transportados
Gonada e supra renais
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Deixei p/ vcs recordarem!!!
Metabolismo das lipoproteínas: (1) Os quilomícrons são absorvidos pelo duto linfático abdominal e lançados na corrente sangüínea; (2) Os quilomícrons recebem a apo-C2 e apo-E da HDL, (3) depositando os ácidos graxos dos tri-acil-glicerol que transportam nos adipócitos; (4) Após a absorção dos ácidos graxos pelo adipócito, os quilomícrons tornam-se quilomícrons remanescentes e (5) são captados pelos hepatócitos para a degradação do colesterol presente em sua molécula até (6) a excreção na bile; (7) Os tri-acil-glicerol e colesterol endógenos são transportados pela VLDL sintetizada no fígado que (8) recebe a apo-C2 e apo-E da HDL, (9) depositando os tri-acil-gliceróis nos adipócitos; (10) A VLDL remanescente (IDL) tem dois destinos: (11) ou é captada pelos hepatócitos (12) sendo excretado pela bile, ou (13) doa a apo-C2 e apo-E para a HDL, recebendo colesterol estereficado, (14) tornando-se LDL; (15) A LDL é captada por células periféricas (principalmente das gônadas e supra-renais) através de receptores específicos para apo-B100, podendo ser captada pelos hepatócitos; (16) O fígado sintetiza HDL que retira colesterol livre do plasma e o esterifica com acil-glicerol através da enzima LCAT. Atua no metabolismo da VLDL e LDL e é captado pelo fígado para a degradação do colesterol. Todo colesterol livre obtido das lipoproteínas captadas pelo hepatócito são liberados na bile como colesterol livre ou ácidos biliares.
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Disturbios das Lipoproteínas
Paciente normal:
Soro: jejum 10-12h
LDL: 60-70 mg/dL
TRI < 150 mg/dL
Diagnóstico 1ário: exige dados clínicos e genéticos e exclusão de hiperlipidemias 2árias
Classificação das Dislipidemias 
Secundárias
Primárias
genéticas
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		Antes da terapia com drogas
 avaliação clínica ou laboratorial 
excluir dislipidemia secundária
Diabetes 
Hipotiroidismo
Doença hepática obstrutiva
Insuficiência renal crónica
Fármacos que aumentam o LDL e diminuem o HDL (esteróides anabolizantes e corticosteróides)
As causas de dislipidémia secundária incluem:
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Classificação das dislipidemias
Hipercolesterolemia
 LDL elevado: Primária (poligenética/monogenética)
	 			Secundária: doenças, fármacos
Hipertrigliceridemia ( QL /VLDL)
Primária : hiperTG familiar
Secundária: gravidez, álcool, fármacos
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Classificação das dislipidemias
Dislipidemia mista
TG elevados e HDL baixo (dislipidemia aterogénica)
TG e CT elevados:
Primária- hiperlipidemia combinada familiar
	disbetalipoproteínemia
Secundária - ( fármacos /doenças)
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Classificação das dislipidemias
Hipolipidemia
	HDL baixo
Poligenética
Monogenética
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Tratamento não farmacológico
● Diminuição do peso
Aumento da atividade física
Alteração da dieta 
 ● Cessar fumo
↓TG ,CT e ↑ HDL, 
↓PA , ↓ insulino-resistência
Alterações no estilo de vida:
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Tratamento farmacológico da dislipidemia
Estatinas
Resinas
Fibratos
Ácido nicotínico (Niacinas)
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Decisão da terapia
Defeito metabólico específico e potencial de causar aterosclerose ou pancreatite
Manter a dieta
Evitar uso em mulheres grávidas e em lactação
Ajustar doses de varfarina e anticoagulantes da idandiona
Crianças hipercolesterolemia familiar heterozigota: tratar resina ou inibidor da redutase (depois 7 ou 8 anos de idade)
Indicados após 18 anos
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Fármacos
1
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Inibidores da Hidroximetil Glutaril Coenzima A Redutase R (HMG-CoA Redutase)
Inibidores da Redutase; “ESTATINAS ou VASTATINAS”
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Biosíntese do colesterol
AcetilcoA
AcetoacetilcoA
HMGCOA
Mevalonato
Esqualeno
Lanosterol
Colesterol
HMGCOA redutase (3-hidroxi-3 metil- glutaril-coenzima A redutase) 
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Mecanismo de ação:
Inibidores competitivos da 3-hidroxi-3 metil- glutaril-coenzima A redutase (HMG-CoA)
Bloqueio dose dependente. 
↓ colesterol, ↑ remoção de LDL do plasma
São os fármacos de 1º escolha para ↓ LDL
Inibidores da reductase da HMG-COA-Estatinas
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Farmacocinética
Absorção: 40-75%, exceção fluvastatina = ~100%
Todas sofrem elevada extração de 1° passagem (fígado)
Excreção: bile e 5-20% urina
½ vida: 1-3h, exceção atorvastatina 14h e rosuvastatina 19h
Inibidores da reductase da HMG-COA-Estatinas
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Inibidores da Hidroximetil Glutaril Coenzima A Redutase R (HMG-CoA Redutase)
Inibidores da Redutase; “ESTATINAS”
Lovastatina
Atorvastatina
Fluvastatina
Provastatina
Sinvastatina
Rosuvastatina
Cerivastatina 
Mais eficazes na redução do LDL
Outros efeitos:
 Estresse oxidativo e inflamação vascular
Estabilidade das lesões ateroscleróticas
Inicia terapia imediatamente após IM
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Uso Terapêutico e Posologia
Isolados ou associação com resinas, niacinas
Não administrar: grávidas e lactação
A noite dose única (biossíntese do colesterol), 
Absorção aumentada com alimentos (exceção provastatina)
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Levostatina
Sinvastatina
Provastatinas
Sintéticas
Inibidores específicos, reversíveis e competitivos da HMG-CoA redutase
Inibição da síntese hepática de colesterol
Aumento da síntese de receptores LDL
Diminuição do LDL 18-55%, combinadas com sequestrantes 59%
Leve aumento de HDL
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Doses
Levastatina (cuidado anticoagulantes): 10 a 80 mg/dia (Mecavor, Minor, Reducol))
Sinvastatina: 2x mais potente: 5-80 mg/dia (alta tolerabilidade, Zocor, Levacor, Sinvascor)
Fluvastatina (novo): ½ potência: 10-80 mg/dia (nova = Lescol)
Atorvastatina: 10-80 mg/dia + potente, mas poucos estudos (Lipitor, Citalor)
Rosuvastatina: 10-40 mg/day, + eficaz no tratamento da hipercolestoremia grave (19h)
Provastatina: 20-40 mg/dia
Cerivastatina:0,2-0,4 mg/day mais nova no mercado (Lipobay)
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Toxicidade 
Atividade aminotransferase sérica =
Medir níveis frequentemente (1-2 meses depois 6meses)
Pacientes c/toxicidade hepática (Interromper)
doença hepática parenquimatosa (diminuir a dose)
Creatinofosfoquinases = agressão muscular
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Fármacos
2
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(resinas) Sequestrantes de 
ácidos biliares (metabólitos do colesterol)
Apenas uteis no aumento de LDL
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Sequestrantes de ácidos biliares
Colestiramina (Brasil) e colestipol (não disponível)
Mecanismos de ação
Sequestram Ac Biliares e impedem sua reabsorção
e circulação entero-hepática
 
OBS: 
Aumento da atividade HMG-CoA redutase
O aumento não compensa o metabolismo e o colesterol intracelular cai
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Sequestrantes de ácidos biliares
Colestiramina (Brasil) e colestipol (não disponível)
Uso clínico
Segura e eficaz: hipercolesterolemia isolada com aumento de LDL
Não aumenta HDL, não diminui Triglicerídios e VLDL
Redução do LDL: 20-25%
Xantonas e seus equivalentes podem desaparecer
Colestiramina: ineficaz em hipercolesterolemia familiar homozigótica (fatal em idade pediátrica)
Reações adversas
Mínimas
Obstipação (principal queixa), enjôo
Altas doses: má absorção das vitaminas (A.D e K)
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Xantomas
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Fármacos
3
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Ácido nicotínico ou niacina
Vitamina B3
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Ácido nicotínico ou niacina
Diminui LDL e Triglicerídios
Diminuição da secreção hepática das VLDL (LDL derivada de VLDL)
Redução da síntese de triglicerídios (60%), LDL e colesterol (15-25%)
Uso clínico
Hipercolesterolemias e hipertrigliceridemia onde LDL e VLDL predominam
Niacina eleva HDL (prevenção da aterosclerose)
Hipercolesterolemias graves: faz-se associação com outras drogas (resina ou inibidor de redutase)
Reações adversas:
Rubor e prurido cutâneos (1-2h após ingestão)
Desconforto GI (usar antiácidos e ingerir alimentos)
Disfunção hepática: contra indicado em hepatopatas
Diabéticos: resistência a insulina, cuidado!
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Ácido nicotínico ou niacina
Hipercolesterolemia familiar heterozigota: 2-6 g/dia (não ultrapassar)
Outras hipercolesterlemia e hipertrigliceridemia: 1,5-3,5 g/dia
Administrar: doses fracionadas nas refeições (inicia: 100 mg 2-3X/dia)
Toxicidade: 
vasodilatação (rubor), administrar Aspirina 0,3g 1/2h antes (inibição das prostaglandina)
Erupções cutâneas, ressecamento da pele e mucosas
Náuseas, desconfornto abdominal
Hepatotoxicidade (aumento aminotrasferase): monitorar
Diabetes em uso de insulina: ok, se não houver resistência a insulina
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Fármacos
4
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Derivados do ácido fíbrico
Benzafibrato
Clofibrato
Etofibrato
Genfibrozila
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Derivados do ácido fíbrico
Redução VLDL (50%) e conseq. os triglicerídios
Modesta redução LDL
Aumeto HDL (10%)
Mecanismos de ação: não totalmente compreendidos
Estimulam lipase lipoprotéica, aumenta hidrólise de triglicerídios nos quilomicrons e nas VLDL
Redução VLDL hepática
Usos clínicos:
Hiperlipoproteinemias (redução de tri em 60%) 
Excreção renal
Doses: 600-900 mg/dia
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Derivados do ácido fíbrico
Reações adversas
Miosites 
Queixas GI: - do que os sequestrantes
Clofibrato (atromid)
Reduz: doença isquemica coronária ou angina 
Dimunui colesterol, (após 5 anos uso) reduz em 25 % incidência infarto não fatal
Produz cálculos vesicais
Uso quase abandonado
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Derivados do ácido fíbrico
Etofibrato (Tricerol)
½ vida prolongada = Uso: 1 comp./dia
Queda de cabelo
Genfibrozila (LopiD)
Aumenta HDL
Não há aumento de cálculos vesicais
Aumento da atividade liproteína lipase 
Reaçõea adversas:
GI leves, aumento transaminase e fosfatase alcalina, anemia e leucopenia
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Terapêutica farmacológica
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Bibliografias
Penildon Silva. 7 ed. Cap 66.
Bertram G. Katzung. Farmacologia Básica e Clínica. 9 ed. Cap 35.

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