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SALARIO MATERNIDADE DAFNI

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARIQUEMES – RONDÔNIA
DAFNI BENTO DE LIMA, brasileira, solteira, agricultora, portadora do documento de identidade RG n° 569.9014 SSP/GO, devidamente inscrita no cadastro de pessoa física CPF sob o n° 042.420.901-29, residente e domiciliada à BR 421 LH C 54, Lote 51, Gleba 06, Área Rural, CEP: 76.878-899, na cidade de Ariquemes/RO, por sua advogada que esta subscreve (mandato incluso), residente e domiciliada á Rua Limeira, nº 2489, Bairro Setor Jardim Paulista, CEP: 76.871-257, nesta cidade de Ariquemes/RO, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 39, parágrafo único e 71, ambos da Lei 8.213/1991, combinado com os artigos 201, inciso II, 6º e 7º, inciso XVIII, da Constituição Federal de 1988, propor a presente
AÇÃO DE COBRANÇA DE SALÁRIO MATERNIDADE
em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, instituição previdenciária, inscrita no CNPJ nº ..., situado à ...., pelos motivos de fatos e de direito a seguir explanados: 
DOS FATOS
A Requerente exerce a profissão de agricultora, nasceu e se criou na área rural, sempre contribui na atividade agrícola ajudando seus pais, e atualmente trabalha em atividade de subsistência em área de arredamento, cedida pela Sra. Iolanda Macedo de Barros e seu esposo Sr. Constancio Louzeiro, conforme contrato de arredamento de imóvel rural anexo. 
Em meados de agosto de 2014, ficou sabedora de seu estado gravídico, passando a ser submetida a exame de pré-natal no posto de saúde da área rural, Linha C 58, BR 421, Ariquemes/RO, em concordância com a prova documental (cartão da gestante) anexa.
 Mesmo estando grávida jamais deixou de laborar na atividade rural, até porque, é dela que mantém seu sustento próprio e de sua família.
A criança nasceu em 16 de abril de 2015, no hospital de base Dr. Ary Pinheiro, localizado na Avenida Governador Jorge Teixeira, nº 3766, Setor Industrial, no município de Porto Velho/RO, de acordo com a certidão de nascimento anexa.
Na data de 29 de junho de 2016, apresentou junto ao Requerido o pedido administrativo de Salário Maternidade, apresentando, para tanto, as devidas documentações necessárias para concessão do benefício previdenciário devido também a segurada especial rural devido sua gestação. 
Ocorre que seu pedido foi frustrado em virtude da resposta negativa do Requerido, que injustificadamente indeferiu o pedido administrativo, sob argumento de não ter a Requerente comprovado o exercício da atividade rural nos dez meses anteriores ao requerimento do benefício. 
Mas para tanto, como aduzido acima, desde sua infância, a Requerente trabalha como rurícola, juntamente com seus familiares, em regime de economia familiar, inclusive, subsistindo nesta situação até os dias de hoje, portanto, é irrefutável que faz jus ao percebimento do salário maternidade. 
Desse modo, do conjunto probatório, observa-se que a Requerente comprovou sua condição de rurícola através dos seguintes documentos: Memorial Descritivo do INCRA; Declaração de Endereço emitido pela arrendatária (Iolanda Macedo); Contrato de Arrendamento de Imóvel Rural (emitido em 04.11.2011); Cartão da Gestante (pré-natal); Comprovante de Consórcio de Produtores Rurais Terra Prometida; Nota fiscal de venda de produtos (café); Certidão de Nascimento; Título de Domínio – INCRA, dentre outros.
Bom que se diga que as provas produzidas se encontram em nome da própria Requerente, outras em nome da Arrendatária Sra. Iolanda, vez que esta reside na propriedade desde a infância. 
Dessa forma, não restando alternativa pleiteia a Requerente a presente demanda para que veja seu direito resguardado.
DO DIREITO 
Afirma a Requerente preencher todos os requisitos que autorizam a concessão do benefício de Salário Maternidade, conforme informação supra, entretanto, o benefício lhe foi negado pelo Requerido. 
A pretensão da Requerente vem amparada pelos artigos 39, parágrafo único e 71, ambos da Lei 8.213/1991, o que faz para tanto, transcrição abaixo: 
Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão:
Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário-maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do início do benefício.
Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade. (Grifos nossos).
Pois bem, o benefício de salário maternidade será pago a segurada especial, durante 120 (cento e vinte) dias, e poderá ser concedido até 28 dias antes do parto, desde que comprove o exercício de atividade rural, AINDA que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses anteriores ao do início do benefício.
Se concedido antes do nascimento da criança, a comprovação será através de atestado médico, se após o parto, a prova será a certidão de nascimento (anexa).
O que no caso ora em debate os requisitos necessários para concessão do benefício restam demonstrado e comprovado, através das provas documentais acostadas. 
Ainda a respeito do tema tem-se a disposição dos artigos 6º, 7º, inciso XVII e 201, inciso II, da Constituição Federal de 1988, vejamos: 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
Corrobora ainda com o tema em questão, importantes julgados dos nossos tribunais pátrios, senão vejamos: 
PREVIDENCIÁRIO.SALÁRIO-MATERNIDADE. SEGURADA.ESPECIAL. CUMPRIMENTO DO PERÍODO DE CARÊNCIA. PROCEDÊNCIA. 1. O salário maternidade é devido à trabalhadora que comprove o exercício da atividade rural pelo período de 10 meses anteriores ao início do benefício, este considerado do requerimento administrativo (quando ocorrido antes do parto, até o limite de 28 dias), ou desde o dia do parto (quando o requerimento for posterior). 2. Cumprido o período de carência no exercício da atividade rural, faz jus a parte autora ao salário-maternidade na qualidade de segurada especial. TRF-4 - APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO APELREEX 50337588120154049999 5033758-81.2015.404.9999 (TRF-4) Data de publicação: 18/12/2015. 
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REMESSA OFICIAL. LEGITIMIDADE PASSIVA DO INSS. SALÁRIO-MATERNIDADE. EMPREGADA URBANA. REQUISITOS LEGAIS. COMPROVAÇÃO DA MATERNIDADE E QUALIDADE DE SEGURADA. 1. Remessa oficial tida por interposta. 2. O INSS é parte legítima para figurar no pólo passivo de demanda em que segurada da Previdência Social postula o pagamento do salário-maternidade. Precedente da Terceira Seção desta Corte. 3. É devido o salário-maternidade a segurada da previdência que fizer prova do nascimento do filho e da qualidade de seguradas na data do parto. 4. Preenchidos os requisitos legais, é de se conceder o benefício à autora. TRF-4 - APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO APELREEX 117446720104049999 SC 0011744-67.2010.404.9999 (TRF-4). Data de publicação: 17/02/2011. 
PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO-MATERNIDADE. SEGURADA ESPECIAL. CUMPRIMENTO DO PERÍODO DE CARÊNCIA. PROCEDÊNCIA. JUROS E CORREÇÃOMONETÁRIA. 1. O salário maternidade é devido à trabalhadora que comprove o exercício da atividade rural pelo período de 10 meses anteriores ao início do benefício, este considerado do requerimento administrativo (quando ocorrido antes do parto, até o limite de 28 dias), ou desde o dia do parto (quando o requerimento for posterior). 2. Cumprido o período de carência no exercício da atividade rural, faz jus a parte autora ao salário-maternidade na qualidade de segurada especial. 3. As prestações em atraso serão corrigidas pelos índices oficiais, desde o vencimento de cada parcela, ressalvada a prescrição quinquenal, e, segundo sinalizam as mais recentes decisões do STF, a partir de 30/06/2009, deve-se aplicar o critério de atualização estabelecido no art. 1º-F da Lei 9.494 /97, na redação da lei 11.960 /2009. 4. Este entendimento não obsta a que o juízo de execução observe, quando da liquidação e atualização das condenações impostas ao INSS, o que vier a ser decidido pelo STF em regime de repercussão geral (RE 870.947), bem como eventual regramento de transição que sobrevenha em sede de modulação de efeitos. 5. Os juros de mora são devidos a contar da citação, à razão de 1% ao mês (Súmula nº 204 do STJ e Súmula 75 desta Corte) e, desde 01/07/2009 (Lei nº 11.960 /2009), passam a ser calculados com base na taxa de juros aplicáveis à caderneta de poupança (RESP 1.270.439), sem capitalização. TRF-4 - APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO APELREEX 50439325220154049999 5043932-52.2015.404.9999 (TRF-4).Data de publicação: 18/12/2015. (Grifos nossos).
Neste diapasão, para concessão do salário maternidade, a segurada especial que não há obrigatoriedade de pagar contribuições (rural) receberá o benefício se comprovar no mínimo 10 (dez) meses de trabalho rural imediatamente anteriores à data do parto, mesmo que de forma descontínua. 
Portanto, a Requerente faz jus ao percebimento de 04 parcelas no valor de 01 (um) salário mínimo, monetariamente corrigidos desde o respectivo vencimento de cada parcela acrescida de juros moratórios, incidentes até a data do pagamento. 
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS
Ante todo o exposto, requer a Vossa Excelência: 
A concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, uma vez que a Requerente se declara pobre no sentido jurídico do termo, não tendo condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, conforme disposição do artigo 98 do Novo Código de Processo Civil; 
Que seja o Instituto Nacional do Seguro Social condenado a concessão do benefício de Salário Maternidade a Requerente, e, via de consequência, ao pagamento de todas as parcelas (04) vencidas, desde a data do pedido administrativo (29.06.2016), monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento de cada parcela acrescido de juros moratórios, incidentes até a data do efetivo pagamento;
A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para que querendo, apresente defesa, sob pena de revelia; 
A renúncia ao que exceder a soma de 60 (sessenta) salários mínimos; 
Oportunamente, informa a Requerente que tem interesse na audiência de conciliação, com fulcro no artigo 334 do Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015);
Por fim, a condenação do Requerido ao pagamento de custas processuais, bem como honorários advocatícios. 
DAS PROVAS
Protesta-se, provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, notadamente oitiva de testemunhas, documentais, depoimento pessoal da Requerente e demais provas que se fizerem necessárias, e que desde já ficam requeridas. 
Dá-se à causa o valor de R$3.748,00 (três mil setecentos e quarenta e oito reais). 
Termos em que, 
pede deferimento. 
Ariquemes, 06 de março de 2017.
ROSANA PATRICIA PEGO DE FREITAS
 ADVOGADA OAB/RO 8286

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