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MATERIAIS ASFÁLTICOS (Noções Gerais) Um dos mais antigos materiais de construção utilizado pelo homem. Na Mesopotâmia: usado como aglutinante e imperrmeabilizante. Citações na bíblia: INTRODUÇÃO (Gênese 6,14) “Faze para ti uma arca de madeira resinosa. Farás a arca com compartimentos. Tu a revestirás com betume por dentro e por fora.” Primeiras aplicações: França (1802), EUA (1838) e Inglaterra (1869) Como derivado do petróleo iniciou-se a partir de 1909. DEFINIÇÕES ASFALTO Material de consistência variável, cor pardo-escura, ou negra, e no qual o constituinte predominante é o BETUME, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou ser obtido pela refinação do Petróleo. BETUME Mistura de hidrocarbonetos pesados, obtidos em estado natural ou por diferentes processos físicos ou químicos, com seus derivados de consistência variável e com poder aglutinante e impermeabilizante, sendo completamente solúvel no bissulfeto de carbono (CS2) ou tetracloreto de carbono (CCL4). ALCATRÃO Líquido negro viscoso resultante da destilação destrutiva de carvão, madeira e açúcar, constituindo um subproduto da fabricação de gás e coque metalúrgico. Em desuso em pavimentação. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À APLICAÇÃO ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO a) Cimentos Asfálticos (CAP) b) Asfaltos Diluídos (ADP) c) Emulsões Asfálticas (EAP) d) Asfaltos Modificados (Asfaltos Polímeros) ASFALTOS INDUSTRIAIS a) Asfaltos Oxidados ou Soprados CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM ASFALTOS NATURAIS Ocorrem em depressões da crosta terrestre, constituindo lagos de asfalto (Trinidad e Bermudas). Possuem de 60 a 80% de betume ROCHAS ASFÁLTICAS O asfalto aparece impregnando os poros de algumas rochas (Gilsonita) também misturado com impurezas minerais (areias e argilas) em quantidades variáveis. O xisto betuminoso é um exemplo de rocha asfáltica. ASFALTOS DE PETRÓLEO Mais empregado e produzido sendo isento de impurezas. Pode ser encontrado e produzido nos seguintes estados: a) Sólido CAP b) Semi-sólido c) Líquido Asfalto Dissolvido Asfalto Emulsificado ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO CIMENTO ASFÁLTICO DO PETRÓLEO (CAP) O derivado de petróleo usado como ligante dos agregados minerais denomina-se, no Brasil, Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP). É um material semi-sólido, de cor marrom escura a preta, impermeável à água, viscoelástico, pouco reativo, com propriedades adesivas e termoplásticas. Mistura química complexa cuja composição varia com o petróleo e processo de produção. Do seu peso molecular, >95% são hidrocarbonetos. Para ser usado deve ser aquecido. Cimento asfáltico de petróleo (CAP) é classificado pela penetração desde 2005. Antigamente pela viscosidade ou pela penetração. OBTENÇÃO DO CAP Destilação em apenas um estágio GÁS COMBUSTÍVEL G L P TORRE ATMOSFÉRICA NAFTA LEVE NAFTA PESADA QUEROSENE ÓLEO DIESEL FORNO DESSALGADORA PETRÓLEO PARA SISTEMA DE VÁCUO TORRE DE VÁCUO GASÓLEO LEVE GASÓLEO PESADO ASFALTO (C A P) Destilação em dois estágios Classificação VISCOSIDADE PENETRAÇÃO CAP 7 CAP 30/45 CAP 20 CAP 40 CAP 85/100 CAP 150/200 CAP 50/70 No Brasil há 9 refinarias da PETROBRAS que produzem asfalto: REDUC, REFAP, REVAP, RLAM, REGAP, LUBNOR, REMAN, REPAR, REPLAN. Vários processos Vários petróleos, A maioria petróleo nacional (atualmente: auto-suficiência na produção) Petróleo Bruto ou Cru Quase todo o asfalto em uso hoje em dia é obtido do processamento de petróleo bruto (ou cru). Muitas refinarias são localizadas próximas a locais com transporte por água, ou supridos por dutos a partir de terminais marítimos. A composição dos petróleos varia de acordo com a fonte. Cada petróleo leva a diferentes quantidades de resíduos de cimentos asfálticos (CAP) e outras frações destiláveis. Rendimento de CAP por petróleos (exemplos) Importância do Asfalto A maioria das rodovias no Brasil são de revestimentos asfálticos. O CAP representa de 25 a 40% do custo da construção do revestimento. Quase sempre é o único elemento industrializado usado nas camadas do pavimento. 1. 53 8. 15 6 1. 96 9. 32 1 1. 55 1. 39 5 1. 77 5. 60 9 1. 59 8. 85 8 1. 62 6. 28 6 1. 15 7. 08 3 1. 40 9. 27 5 1. 44 3. 86 2 1. 85 0. 86 0 0 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000 1.400.000 1.600.000 1.800.000 2.000.000 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 CONSUMO DE ASFALTO NO BRASIL FONTE: PETROBRAS 2010 ~ 2.763.000 2011 ~ 1.790.422 Adesivo termoplástico: comportamento viscoelástico. Impermeável à água. Quimicamente pouco reativo. Comportamento viscoelástico relacionado à consistência e à suscetibilidade térmica: tráfego rápido comportamento elástico tráfego lento comportamento viscoso Aplicações - Deve ser livre de água, homogêneo em suas características e conhecer a curva viscosidade-temperatura. - Para utilização em pré-misturados, areia-asfalto e concreto asfáltico devem-se usar: CAP 30/45, 50/70 e 85/100 - Para tratamentos superficiais e macadame betuminoso deve-se usar e CAP150/200. Restrições Não podem ser usados acima de 177 C, para evitar possível craqueamento térmico do ligante. Também não devem ser aplicados em dias de chuva, em temperaturas inferiores a 10 C e sobre superfícies molhadas ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Átomos Hidrogênio e carbonos (H, C) 90-95% heteroátomos (N, O, S) 5-10% substituindo C, gera polaridade e pontes de hidrogênio entre moléculas, atua no envelhecimento forte efeito nas propriedades metais (V, Ni, Fe) < 1% depende do petróleo de origem combinam em tipos de moléculas com pontes covalentes ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Constituição Química do CAP Mistura química complexa, cuja composição varia com o petróleo e o processo de produção. Peso molecular: 300 - 2000; 95% hidrocarbonetos; 5% S; 1% N e O; 2.000 ppm metais (V, Ni, Fe etc.). CAPs apresentam um número de átomos de carbono entre 24 e 150. Constituem-se de compostos polares e polarizáveis, capazes de associação, e compostos não-polares (hidrocarbonetos aromáticos e saturados). ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Modelo hipotético de uma molécula de asfalteno ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Análise Elementar do CAP Exemplo ORIGEM Mexicano BOSCAN Califórnia Bacia Bacia Árabe Campos Campos Leve REFINARIA - RLAM - REGAP REPLAN REDUC ELEMENTOS Carbono (%) 83,8 82,9 86,8 86,5 85,4 83,9 Hidrogênio (%) 9,9 10,4 10,9 11,5 10,9 9,8 Nitrogênio (%) 0,3 0,8 1,1 0,9 0,9 0,5 Enxofre (%) 5,2 5,4 1,0 0,9 2,1 4,4 Oxigênio (%) 0,8 0,3 0,2 0,2 0,7 1,4 Vanádio (ppm) 180 1380 4 38 210 78 Níquel (ppm) 22 109 6 32 66 24 ASFALTOS Associação Brasileiradas Empresas Distribuidoras de Asfaltos Relação entre Composição e Propriedades Físicas saturados - têm influência negativa na suscetibilidade térmica. Em maior concentração, amolecem o produto; aromáticos - agem como plastificantes, contribuindo para a melhoria de suas propriedades físicas; resinas - têm influência negativa na suscetibilidade térmica, mas contribuem na melhoria da ductilidade e dispersão dos asfaltenos; asfaltenos - contribuem para a melhoria da suscetibilidade térmica e aumento da viscosidade. O método analítico mais empregado para o fracionamento dos CAPs é o SARA, que separa os compostos constituintes em quatro categorias: hidrocarbonetos saturados (S); hidrocarbonetos aromáticos (A); resinas (R); asfaltenos (A). ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Composição Química do CAP O asfalteno é separado primeiro por precipitação com a adição de n-heptano. Os outros constituintes, solúveis em n-heptano, são separados por cromatografia de adsorção. O asfalteno é um aglomerado de compostos polares e polarizáveis, formados em conseqüência de associações intermoleculares. São considerados responsáveis pelo comportamento reológico dos CAPs e constituídos de hidrocarbonetos naftênicos condensados e de cadeias curtas de saturados. O peso molecular do asfalteno é da ordem de 3.000. Saturados Aromáticos Resinas Asfaltenos ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Estrutura Proposta por Yen O CAP é um sistema coloidal, constituído pela suspensão de micelas de asfaltenos, peptizadas por resinas em meio oleoso (saturados e aromáticos), dando o equilíbrio entre moléculas micelas aglomerados. A vantagem deste esquema é introduzir a característica de interação dos asfaltenos, que conduz à formação de aglomerados responsáveis pelo caráter gel. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Representação Sol e Gel Representação esquemática do betume tipo ´SOL` Representação esquemática do betume tipo ´GEL` Asfaltenos Hidrocarboneto aromático de alto peso molecular Hidrocarboneto aromático de baixo peso molecular Hidrocarb. naftênicos/ aromáticos Hidrocarb. Alifáticos/naftênicos Hidrocarbonetos saturados ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Envelhecimento Volatização Curto -prazo Oxidação Não polar a polar (anfotérico) Longo-prazo Estrutura molecular Polares associados são arranjos preferidos a temperatura ambiente Não polares se organizam a temperaturas baixas Pesos moleculares e quantidade de não polares / solventes decrescem ASFALTOS DILUÍDOS (ADP) OBTENÇÃO Classificação CR Cura Rápida Solvente: Gasolina CM Cura Média Solvente: Querosene CL Cura Lenta Solvente: Gasóleo (não usa mais) EMULSÕES ASFÁLTICAS (EAP) OBTENÇÃO Classificação Quanto à utilização RR-1C; RR-2C; RM-1C; RM-2C; RL-1C; LA-1C; LA-2C ASFALTOS MODIFICADOS (Asfaltos Polímeros) Os polímeros mais utilizados são: SBS (Copolímero de Estireno Butadieno); SBR (Borracha de Butadieno Estireno); EVA (Copolímero de Etileno Acetato de Vinila); EPDM (Tetrapolímero Etileno Propileno Diesso); APP (Polipropileno Atático); Polipropileno; Borracha vulcanizada; Resinas; Epoxi; Poliuretanas; etc. ASFALTOS MODIFICADOS (Asfaltos Polímeros) Estoque de pneus Pneu entrando na esteira Esteira de moagem Pneu sendo moído Diferentes fases de moagem Pneu moído ASFALTOS MODIFICADOS (Asfaltos Polímeros) Suas principais vantagens: - Diminuição da suscetibilidade térmica - Melhor característica adesiva e coesiva - Maior resistência ao envelhecimento - Elevação do ponto de amolecimento - Alta elasticidade - Maior resistência à deformação permanente - Melhores características de fadiga PRINCIPAIS FUNÇÕES do ASFALTO NA PAVIMENTAÇÃO a) Aglutinadora: Proporciona íntima ligação entre agregados, resistindo à ação mecânica dedesagregação produzida pelas cargas dos veículos. b) Impermeabilizadora: Garante ao revestimento vedação eficaz contra penetração da água proveniente da precipitação. c) Flexibilidade: Permite ao revestimento sua acomodação sem fissuramento a eventuais recalques das camadas subjacentes do pavimento. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfaltos: Caracterização Brasileira ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Cimento Asfáltico de Petróleo Classificado por penetração a 25ºC (até 2005) em algumas refinarias: 30/45 50/60 85/100 150/200 Classificado por viscosidade a 60°C (até 2005): CAP 7 CAP 20 CAP 40 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Cimento Asfáltico de Petróleo Classificado por penetração a 25ºC (a partir de 2005): 30/45 50/70 85/100 150/200 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tabela Especificação 2005 (*) relação entre a penetração após o efeito do calor e do ar em estufa RTFOT e a penetração antes do ensaio. Características Unidade Limites Métodos CAP 30-45 CAP 50-70 CAP 85-100 CAP 150-200 ABNT ASTM Penetração (100g, 5s, 25, oC) 0,1mm 30 a 45 50 a 70 85 a 100 150 a 200 NBR 6576 D 5 Ponto de Amolecimento oC 52 46 43 37 NBR 6560 D 36 Viscosidade Saybolt-Furol s NBR 14950 E 102 a 135oC 192 141 110 80 a 150oC 90 50 43 36 a 177oC 40 a 150 30 a 150 15 a 60 15 a 60 Viscosidade Brookfield cP NBR 15184 D 4402 a 135oC, SP 21, 20rpm mín 374 274 214 155 a 150oC, SP 21, mín 203 112 97 81 a 177oC, SP 21 mín 76 a 285 57 a 285 28 a 114 28 a 114 Índice de Susceptibilidade Térmica (-1,5) a (+0,7) (-1,5) a (+0,7) (-1,5) a (+0,7) (-1,5) a (+0,7) - - Ponto de Fulgor mín. oC 235 235 235 235 NBR 11341 D 92 Solubilidade em tricloroetileno, mín % massa 99,5 99,5 99,5 99,5 NBR 14855 D 2042 Ductilidade a 25 oC, mín. cm 60 60 100 100 NBR 6293 D 113 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tabela Especificação 2005 (cont.) (*) relação entre a penetração após o efeito do calor e do ar em estufa RTFOT e a penetração antes do ensaio. Características Unidade Limites Métodos CAP 30- 45 CAP 50- 70 CAP 85- 100 CAP 150- 200 ABNT ASTM Efeito calor e ar a 163 oC, 85 mín D 2872 Variação em massa, máx % massa 0,5 0,5 0,5 0,5 Ductilidade a 25 oC cm 10 20 50 50 NBR 6293 D113 Aumento do Ponto de Amolecimento oC 8 8 8 8 NBR 6560 D 36 Penetração Retida (*) % 60 55 55 50 NBR 6576 D 5 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos CAP Ensaios correntes da classificação brasileira ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Penetração Ensaio de classificação de cimentos asfálticos. Medida de consistência. Ensaio a 25ºC, 100 g, 5s NBR 6576. Presente em especificações ASTM e européias. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Penetração (ASTM D5-94 e NBR 6576) Ensaios de Consistência Profundidade, em décimo de milímetro, que uma agulha de massa padronizada (100g) penetra numa amostra de cimento asfáltico (por 5 segundos) à temperatura de 25 C. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Penetração ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Penetração Amostra a 25oC ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Penetração ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ponto de Amolecimento Ensaio classificatório de especificações européias Especificação NBR 6560 Empregado para estimativa de susceptibilidade térmica. Presente em especificações de asfaltos modificados e asfaltos soprados. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ensaios de Consistência Uma bola de aço de dimensões e peso especificados é colocada no centro de uma amostra de asfalto em banho. O banho é aquecido a uma taxa controlada de 5C/minuto. Quando o asfalto amolece, a bola e o asfalto deslocam-se em direção ao fundo. Ponto de Amolecimento - Anel Bola ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ponto de Amolecimento Início do ensaio Final do ensaio ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ponto de Amolecimento ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Índice de Suscetibilidade Térmica Pfeiffer Van Doormal PAPEN PAPENx PVD log50120 195120log500 Onde PA = Ponto de Amolecimento: PEN = Penetração do asfalto (em 0,1mm) PVD < - 2 → asfaltos que amolecem muito rapidamente com o aumento da temperatura e tendem a ser quebradiços em baixas temperaturas PVD > + 2 → Asfaltos oxidados com baixíssima suscetibilidade térmica e não são indicados para serviços de pavimentação Brasil → - 2 < PVD < +1 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos - Acima da temperatura correspondente ao seu Ponto de Amolecimento, os CAP’s apresentam comportamento Newtoniano ou aproximadamente Newtoniano - Abaixo do Ponto de Amolecimento, a até cerca de 0ºC, os CAP’s podem apresentar um fluxo Newtoniano até um fluxo muito complexo - Para temperaturas muito baixas (inferiores a 0ºC) e pequenos tempos de aplicação de cargas, o comportamento dos CAP’s é de um sólido praticamente elástico ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ensaios de Consistência Dutilidade A dutilidade é dada pelo alongamento em centímetros obtido antes da ruptura de uma amostra de CAP com o menor diâmetro de 1 cm2, em banho de água a 25 C, submetida pelos dois extremos à tração de 5 cm/minuto. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Dutilidade Resistência à tração do ligante. Empregado para ensaios de retorno elástico de asfaltos modificados. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ensaios de Consistência ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ensaios de Segurança Ponto de Fulgor Menor temperatura, na qual os vapores emanados durante o aquecimento do material betuminoso se inflamam a uma fonte de ignição. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ponto de Fulgor Requisito de segurança. Vaso aberto Cleveland. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ensaios de Segurança ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ponto de Fulgor (Segurança) Termômetro Cápsula cheia de amostra Ponta ligada ao gás ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Solubilidade (Pureza) Em tricloroetileno NBR 14855 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Solubilidade (Pureza) Foto:PBS (1) Materiais e equipamentos (2) Cadinho com papel filtro (esq) Amostra antes da filtragem (dir) (3) Amostra dissolvida em tricloroetileno (4) Filtragem com auxílio de vácuo ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ensaio de massa específica do ligante Picnômetros com asfalto e água Determinação da massa do picnômetro totalmente preenchido com água a 25°C Determinação da massa do picnômetro preenchido até a metade com asfalto a 25°C Determinação da massa do picnômetro preenchido metade com água e metade com asfalto, a 25°C ABNT 6296 ETAPAS: ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Etapas do ensaio de massa específica do ligante (1) Picnômetros com asfalto e com água (2) Massa do picnômetro com água a 25oC (3) Massa do picnômetro com asfalto até a metade (4) Massa do picnômetro com metade asfalto e metade água Fotos: Patricia B. Silva ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos VISCOSIDADE (Lei de Newton): “A resistência ao deslocamento relativo das partes de um líquido é proporcional à velocidade com que estas partes se separam uma da outra.” A viscosidade é uma medida da consistência que o material apresenta ao movimento relativo de suas partes ou ainda de sua capacidade de fluir. É a característica inerente ao material de opor-se ao fluxo ou deslocamento de uma partícula sobre partículas adjacentes devido a uma espécie de atrito interno do material ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos t ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Viscosímetros para Fluídos Newtonianos Necessário para: Especificação de CAP (garantir bombeamento). Determinação da temperatura de usinagem e compactação. Por capilar – viscosidade cinemática. Determinação do tempo de escoamento em tubos / orifícios calibrados: Saybolt Furol ASTM D 88 e ASTM E 102. Cannon Fenske e Zeithfuchs ASTM D 2170. Brookfield (atual - mais moderno) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Viscosidade Capilar a Vácuo a 60ºC Ensaio da classificação brasileira de cimento asfáltico até 2005 NBR 5847 Presente em especificações ASTM e européias. Medida de consistência. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ensaios de Consistência - Viscosidade Viscosímetro Cannon Fenske e Zeithfuchs ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ensaios de Consistência - Viscosidade Viscosímetro Saybolt Furol ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Viscosímetro Rotacional (Brookfield) MEDIDAS: propriedades relacionadas ao bombeamento e estocagem. ABNT 15184 (2004) ASTM D 4402 (2002) RESULTADOS: comportamento do fluido viscosidade x taxa de cisalhamento x tensão de cisalhamento; viscosidade dinâmica (cP); gráfico temperatura-viscosidade para projeto de mistura. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Viscosímetro Rotacional (Brookfield) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Viscosímetro Rotacional (Brookfield) Cilindro interno Motor Torque Câmara de condicionamento ThermoselControlador digital de temperatura ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Em função da curva viscosidade – temperatura do ligante asfáltico a ser usado na mistura. Temperatura de Mistura: ligante: correspondente à viscosidade 85±10 SSF ou 0,17±0,02 Pa.s; agregado: de 10 a 15ºC acima da temperatura do ligante. Temperatura de Compactação: correspondente à viscosidade 140±15 SSF ou 0,28±0,03Pa.s. Temperaturas de Mistura e Compactação ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Gráfico Viscosidade-Temperatura Exemplo de temperaturas (ºC) de trabalho determinadas para 3 ligantes, de acordo com as viscosidades Saybolt-Furol. V is c o s id a d e ( c P ) Temperatura (ºC) Material CAP-20 EVA RASF Ligante 158 170 170 Agregado 171 183 183 Mistura 146 161 161 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 10 100 1000 10000 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Simula o envelhecimento da usinagem; Temperatura: 163°C; Tempo: 5h; Determina a perda ou ganho de peso; Especificação ASTM D 1754; Especificação ABNT 14736 . Estufa de Efeito de Calor e Ar: Película Delgada (TFOT) Ensaio de Durabilidade: Efeito do Calor e do Ar ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Estufa de Película Fina Vista da estufa fechada Placa rotativa Prato Termômetro Prato com asfalto Foto: Patricia Barboza da Silva ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ensaios de Durabilidade Estufa de Filme Fino Rotativo (Rolling Thin Film Oven Test - RTFOT) - ABNT 15235 e ASTM 2872 Neste ensaio, uma fina película de asfalto é continuamente girada numa jarra de vidro a 163 C por 85 minutos, com uma injeção de ar a cada 3 a 4 segundos. Estufa de filme rotativo ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Estufa de Película Fina Rotativa ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Estufa de Película Fina Rotativa’ ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Comportamento do Asfalto Comportamento Viscoelástico Correlação entre tempo/temperatura ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usos do Cimento Asfáltico Matéria-prima de asfaltos diluídos, emulsões asfálticas, asfaltos modificados, asfalto espuma e asfaltos soprados. Aplicações rodoviárias a quente – concreto betuminoso a quente – CBUQ e misturas especiais – CPA, SMA, BBTM, Gap-graded, etc. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Deformação Permanente Ocorre a temperaturas altas No Brasil, entre 62 e 70 ºC Influência predominante do agregado Influência menor do ligante ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas por Fadiga Ocorre a temperaturas intermediárias No Brasil, entre 30 e 40 ºC Nos EUA, entre 20 e 30ºC Efeito do agregado e do ligante ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Trincas Térmicas Ocorre somente em países frios, geralmente em temperaturas inferiores a -10 º C Influência predominante do ligante Influência menor do agregado ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Emulsões Asfálticas, Asfalto Diluído e Asfalto-Espuma ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos EMULSÕES ASFÁLTICAS (EAP) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos OBTENÇÃO ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Classificação Quanto à utilização RR-1C; RR-2C; RM-1C; RM-2C; RL-1C; LA-1C; LA-2C ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Emulsão Asfáltica Uma dispersão é um sistema de várias fases, onde uma é contínua (fase dispersante – líquida) e outra, pelo menos, é finamente dividida e repartida (fase dispersa ou descontínua). Entre as diferentes dispersões, existem duas categorias exploradas no campo industrial: as suspensões e as emulsões. As emulsões têm maior regularidade no tamanho e na distribuição do grão do que as suspensões comuns e grãos maiores do que as soluções coloidais. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Emulsão Asfáltica O tamanho médio dos grãos de uma emulsão é da ordem de 1 mícron, podendo o seu tamanho máximo atingir alguns micros. Enquanto nos colóides é impossível a separação das micelas por meios mecânicos, a exemplo das soluções moleculares, na emulsão isto é possível. Suspensão coloidal e suspensão comum ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Emulsões Asfálticas Óleo e água podem formar emulsão, porém se separam rapidamente quando cessa a agitação. As emulsões estáveis têm o emulsificante, que previne ou retarda a separação das fases. As emulsões asfálticas são do tipo “óleo em água” e constituídas por: Cimento asfáltico (60 a 70%), disperso em fase aquosa, que é composta de ácido + emulsificante (0,2 a 1%) + água + solvente. Esquema de preparação de emulsão asfáltica FASE OLEOSA FASE AQUOSA EMULSÃO GROSSEIRA FASE OLEOSA FASE AQUOSA FENÔMENO DE COALESCÊNCIA EMULSÃO ESTÁVEL (GROSSEIRO) AGENTE QUÍMICO EMULSIFICANTE ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fabricação da Emulsão Asfáltica Cimento asfáltico aquecido e água contendo um agente emulsificador são passados sob pressão por um moinho coloidal para produzir glóbulos pequenos de CAP que ficam suspensos na água. O agente emulsificador impõe uma carga elétrica à superfície dos glóbulos de CAP, que faz estes se repelirem e não coalescer. O processo de emulsificação quebra o asfalto em glóbulos, o que é dificultado pela coesão interna e viscosidade do CAP e pela tensão superficial que resiste à criação de novas interfaces. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fabricação da Emulsão Asfáltica Para obter uma emulsão é necessário: Uma energia de dispersão: agente mecânico que promove a fragmentação da fase dispersa e a sua conseqüente dispersão. Um emulsificante: agente físico-químico que atende a uma dupla finalidade: baixar a tensão interfacial entre as duas fases, facilitando a emulsificação; estabilizar a emulsão obtida fixando-se à periferia dos grãos da fase dispersa, impedindo assim que os mesmos se juntem (coalescência). ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fabricação da Emulsão Asfáltica Moinho coloidal Consiste de um rotor de alta velocidade que gira entre 1000rpm a 6000rpm num stator. O espaçamento entre o rotor e o stator é tipicamente de 0,25mm a 0,50mm, ajustável. O asfalto aquecido e o emulsificante são colocados no moinho simultaneamente. As temperaturas dos componentes (100C a 140C do asfalto, < 90C da emulsão no final) variam com o tipo e porcentagem de asfalto na emulsão, o tipo de emulsificante, etc. Exemplo de lab.ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Exemplo de Fábrica de Emulsão Asfáltica Vista geral do galpão Tanques do produto acabado Tanques da fase aquosa Moinho coloidal Tanques de CAP (Maracanaú, CE) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Exemplo de Fábrica de Emulsão Asfáltica Paulínea, SP Fotos de Soares (2003) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Classificação das Emulsões As emulsões asfálticas podem ser classificadas: Quanto à carga da partícula: os dois tipos mais comuns são: catiônicas e aniônicas; Quanto ao tempo de ruptura: ruptura rápida (RR), ruptura média (RM) e ruptura lenta (RL). ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Classificação das Emulsões Classificadas de acordo com ruptura, viscosidade Saybolt Furol, teor de solvente, desemulsibilidade, resíduo de destilação e quanto à utilização em 7 tipos: Teor mín. Viscosidade Emulsão Tipo Vel. de Ruptura de resíduo Saybolt Desemulsibilidade asfáltico Furol a 50oC RR-1C Catiônica Rápida 62% entre 20 e 90s Superior a 50% RR2-C Catiônica Rápida 67% entre 100 e 400s Superior a 50% RM-1C Catiônica Média 62% entre 20 e 200s Inferior a 50% RM-2C Catiônica Média 65% entre 100 e 400s Inferior a 50% RL-1C Catiônica Lenta 60% máx de 70s - LA-1C Catiônica - 58% máx de 100s - LA-2C Catiônica - 58% máx de 100s - ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Agente Emulsificante Agente emulsificante: Longa cadeia hidrocarbonada que termina com um grupo funcional catiônico ou aniônico. A parte parafínica da molécula tem uma afinidade pelo betume e a parte iônica (polar) uma afinidade pela água. O emulsificante não é apenas um agente estabilizador, mas um promotor de adesividade. Comportamento do emulsificante na emulsão ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tipos de Emulsão quanto à Carga (a) Aniônicas São as mais antigas. Os glóbulos de asfalto são carregados negativamente. Ao imergir dois eletrodos em uma emulsão aniônica (ensaio de eletroforese), os grãos se dirigirão para o anodo (ensaio de carga de partícula). Esquema do ensaio de carga de partícula de uma Emulsão Aniônica ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Esquema de Emulsões Aniônicas ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Esquema do ensaio de carga de partícula de uma Emulsão Catiônica Tipos de Emulsões quanto a Carga Elétrica (b) Catiônicas Atualmente este tipo de emulsão é a mais empregada. Os glóbulos de asfalto são carregados positivamente. Ao imergir dois eletrodos em uma emulsão catiônica, os grãos se dirigirão para o catodo. O agente emulsificante utilizado é um sabão ácido (sal de amina resultante de uma base fraca + ácido forte), por isto são chamadas emulsões ácidas. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Esquema de Emulsões Catiônicas ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Ruptura da Emulsão Quando a emulsão entra em contato com o agregado pétreo inicia-se o processo de ruptura da emulsão, que é a separação do CAP e da água, o que permite o recobrimento do agregado por uma película de asfalto. A água é liberada e evapora-se. A ruptura da emulsão consiste na anulação da camada de proteção dos grãos de asfalto dispersos na água e se observa pela união dos mesmos (coagulação ou floculação). Esquema de Coalescência na interface emulsão/agregado A velocidade de ruptura é função da composição química do agente emulsificante e da sua dosagem na emulsão. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fatores que Afetam a Ruptura das Emulsões FATORES QUE RETARDAM A RUPTURA Emprego de um asfalto de alta viscosidade (cimentos asfálticos) Pequena concentração de asfalto Emprego de uma elevada quantidade de emulsivo Emprego de um emulsivo aniônico Utilização de um material úmido pouco reativo e uma pequena superfície específica Temperatura ambiente. Temperatura baixa dos agregados e da emulsão Ausência ou pequena agitação das misturas emulsão + agregados FATORES QUE ACELERAM A RUPTURA Emprego de um asfalto de baixa viscosidade (asfaltos diluídos ou fluxados) Concentração de asfalto elevada Emprego de uma pequena quantidade de emulsivo Emprego de um emulsivo catiônico Utilização de um material seco reativo e com alta superfície específica Temperatura ambiente. Temperatura alta dos agregados e da emulsão Agitação intensa da mistura emulsão + agregados ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Aplicação de Emulsão Lama Asfáltica Microrrevestimento asfáltico Pré-misturado a frio Tratamento superficial Pinturas de ligação Reciclagem ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fabricantes de emulsão ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Diluído de Petróleo (ADP) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos ASFALTOS DILUÍDOS (ADP) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos OBTENÇÃO ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Classificação CR Cura Rápida Solvente: Gasolina CM Cura Média Solvente: Querosene CL Cura Lenta Solvente: Gasóleo (não usa mais) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Diluído de Petróleo (ADP) Asfaltos diluídos são asfaltos líquidos produzidos pela adição de solventes de petróleo (ou diluentes) aos cimentos asfálticos para diminuir a viscosidade do CAP para aplicação a temperaturas próximas da ambiente. O contato do ADP com agregados ou com o material de base provoca a evaporação do solvente, deixando o resíduo de cimento asfáltico na superfície. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Diluído de Petróleo (ADP) Baseado na velocidade de evaporação, os ADP’s são divididos em três grupos: (a)Cura rápida (CR) – produzido pela adição de um diluente leve de alta volatilidade (geralmente gasolina ou nafta); (b) Cura média (CM) – produzido pela adição de um diluente médio de volatilidade intermediária (querosene); usado para imprimação impermeabilizante; ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Diluído de Petróleo (ADP) Cada categoria apresenta tipos de diferentes viscosidades cinemáticas em função da quantidade de diluente: Os CR são constituídos pelos tipos: CR-70, CR-250; Os CM pelos tipos CM-30 e CM-70. A quantidade de cimento asfáltico e diluente usada na fabricação de ADP varia com as características dos componentes, sendo, em geral, em volume: Tipo 30: 52% de asfalto e 48% de diluente; Tipo 70: 63% de asfalto e 37% de diluente; Tipo 250: 70% de asfalto e 30% de diluente. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Diluído de Petróleo (ADP) - Aplicações Em serviços de imprimação recomenda-se o uso dos ADP’s CM-30. Não se fabrica mais no Brasil o CM-70. Não se recomenda o uso de ADP CR, devido a penetração não adequadana base. A taxa de aplicação varia de 0,8 a 1,4l/m2, devendo ser determinada experimentalmente mediante absorção pela base em 24 horas. O tempo de cura é geralmente de 48 horas, dependendo das condições climáticas locais (temperatura, ventos, etc.). Como pintura de ligação sobre a superfície de bases não absorventes e não betuminosas pode ser usado ADP CR-70, pois não há necessidade de penetração do material asfáltico aplicado, e sim de cura mais rápida. A taxa de aplicação é em torno de 0,5l/m2. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfaltos Diluídos de Petróleo Em duas taxas de evaporação, classificado por viscosidade a 60ºC: de cura rápida: CR-70, CR-250; de cura média: CM-30. Em países desenvolvidos, seu uso em imprimação está sendo substituído por emulsões asfálticas devido a problemas ambientais. Imprimação de bases de solos e granulares Base imprimada com CM-30 ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Porque se Usar Emulsão no Lugar de ADP ? As emulsões asfálticas vêm sendo cada vez mais usadas no lugar de ADP devido a: Regulamentações ambientais: emulsão não polui pois há uma pequena quantidade de voláteis (em relação ao ADP) que evapora além da água; Perda de produtos valiosos: na cura do ADP, os diluentes, que demandam grande energia para serem produzidos, são perdidos para a atmosfera; Segurança: o uso de emulsão é seguro. Há pouco risco de incêndio comparando com ADP, que pode ter baixo ponto de fulgor; Aplicação a temperaturas ambientes: emulsão pode ser aplicada a temperatura mais baixa comparativamente ao ADP, economizando combustível. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Espuma de Asfalto ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Conceituação ESPUMA DE ASFALTO: “Mistura de asfalto, aquecido à aproximadamente 1800C, e água a temperatura ambiente” (WIRTGEN, 2001) ESPUMA DE ASFALTO: “Técnica de utilização do ligante asfáltico que consiste em promover o encontro, sob condições apropriadas, entre o asfalto aquecido a temperatura típica de utilização a quente, com água aspergida a temperatura ambiente” (MOTTA et al., 2000) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Breve Histórico 1957: Prof. Ladis Csanyi, Universidade Estadual de Iowa, USA, estabelece o conceito de espuma de asfalto. 1960 e 1970: Companhia Mobil Oil Austrália Ltda também desenvolve uma tecnologia para esta nova forma de usar o CAP. 1990: Perda da validade das patentes. Grande surto de aplicações coincidindo com o desenvolvimento da fresagem/reciclagem. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Espuma de Asfalto Esquema da câmara de expansão (WIRTGEN, 2001) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Espuma de Asfalto Equipamento piloto para gerar a espuma de asfalto para estudos de laboratório (WLB 10 -WIRTGEN, 2001) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Como Age a Espuma de Asfalto? Age formando um mástique através do contato do asfalto espumado com as partículas finas, menores que 0,075mm de diâmetro (material passante na #200). ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Propriedades Fundamentais Espuma de Asfalto TAXA DE EXPANSÃO: é a relação entre o volume máximo do CAP em estado de "espuma" e o volume de CAP remanescente, após a espuma estar completamente assente. MEIA VIDA: é o tempo em segundos necessário para uma espuma regredir do seu volume máximo até a metade deste volume. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Espuma de Asfalto Taxa de expansão e meia vida ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Asfalto Espuma de Asfalto Otimização da taxa de expansão e a meia vida (WIRTGEN, 2001) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fatores que Influenciam nas Propriedades - Espuma de Asfalto Temperatura do asfalto. Quantidade de água adicionada ao asfalto. Pressão sob a qual o asfalto é injetado na câmara de expansão: baixas pressões (menores que 3 bar) afetam negativamente tanto a taxa de expansão, como a meia vida. Consistência do asfalto de origem. Presença de agentes anti-espumantes, tais como, compostos de silicone. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Principal Uso Reciclagem a frio “in situ” de revestimento. Reciclagem a frio “in situ” de revestimento e base com espuma de asfalto e cimento. Mistura final será utilizada como camada de base, recebendo uma nova capa. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tambor Fresador/Misturador - Espuma de Asfalto (INSTITUTO CHILENO DEL ASFALTO, 2002) água para a expansão asfalto quente sentido de avanço da obra água para a compactação ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Esquema de aplicação da espuma de asfalto Aplicação da espuma de asfalto no campo: fresadora recicladora com câmara de expansão + caminhão de CAP+ caminhão de água (WIRTGEN, 2001) Misturas a Quente X Misturas a Frio CAP Emulsões Asfálticas; Asfaltos Diluídos Misturas a Quente Misturas a Frio Vantagens - mais duráveis - menos sensíveis a ação da água - apresentam envelhecimento lento - suportam bem o tráfego pesado - não exigem cura -não se aquece o agregado - permitem estocagem - simplicidade de instalação - baixo custo de fabricação - simplicidade no processo construtivo Desvantagens - difícil fabricação -exigem aquecimento do agregado - alto custo de fabricação - equipamento especial no processo construtivo - não permitem estocagem - maior desgaste - envelhecimento mais rápido - exigem cura da mistura CONCRETO ASFÁLTICO Norma DNIT 031/2006 ES Definição: Mistura executada a quente, em usina apropriada, com características específicas, composta de agregado graduado, material de enchimento (filer) se necessário e cimento asfáltico, espalhada e compactada a quente Propriedades básicas: Estabilidade; Durabilidade; Flexibilidade; Resistência ao deslizamento. Pode ser composto de: Camada de nivelamento Camada de ligação (Binder) e Camada de desgaste ou rolamento Geralmente são utilizados os seguintes materiais na composição de um concreto asfáltico: -Materiais betuminosos: CAP 30/45, 50/70, 85/100. - Agregados graúdos: Pedra Britada, escória britada, seixo rolado britado ou não -Agregados miúdos: areia, pó de pedra ou mistura de ambos - Filer: Cimento Portland, cal, pó calcário com a seguinte granulometria: Peneiras % mínima passante n°40 (0,42mm) 100 n°80 (0,18mm) 95 - 100 n°200 (0,075mm) 65 - 100 Sequência Executiva: Fabricação (Usinas) Transporte Lançamento Compactação Equipamentos Utilizados Usinas Gravimétricas / Volumétricas Depósitos para o material betuminoso Depósitos para agregados Acabadoras Rolos compactadores Composição da Mistura0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,01 0,1 1 10 100 Abertura (mm) % Pa ss an te PENEIRAS 0 , 15 0 , 18 0 , 30 , 0 7 5 0 , 4 2 0 , 6 1, 2 2 , 4 4 , 8 9 , 5 12 , 7 19,1 2 5 , 4 38,12 , 0 Faixa A Faixa B Faixa C Constituição da Mistura Densidade Máxima Teórica da mistura ( DMT ) É a densidade da mistura asfáltica suposta sem vazios. É a relação entre a massa total da mistura ( 100% ) e os volumes correspondentes ao “ cheios “ da mistura AGREGADO GRAÚDO DNER-ME 081/98 e ASTM C 127-88 AGREGADO MIÚDO DNER-ME 084/95 (Picnômetro de 500 ml) DMT = 100 . 6,0 + 60 + 30 + 4,0 1,03 2,72 2,68 2,80 DMT = 2,47 %Asf, %Ag, %Am, %f - percentagem de asfalto, agregados graúdo, miúdo e filer na mistura Dasf, Dag, Dam, Df - densidades reais DMT = 100 . %Asf + %Ag + %Am + %f Dasf Dag Dam Df Densidade da mistura sem vazios: numericamente igual à massa total dividida pela soma dos volumes ocupados pelos materiais. Exemplo: Calcular a DMT de uma mistura %Asf = 6,0% Dasf = 1,03 %Ag = 60% Dag = 2,72 %Am = 30% Dam = 2,68 %f = 4,0% Df = 2,80 Massa Específica Máxima (Teórica) da Mistura Densidade Aparente da mistura (Da): É a massa específica aparente da mistura compactada. É a relação da massa total da mistura e o seu volume total submisarmis armis MM M Da submis M SSSmis M armis M Da armisM submisM SSSmisM Ps Balança Balança Psub t V t M Da Pocentagem de vazios na mistura ( Vv ): Porcentagem de vazios do agregado mineral ( VAM ) É o volume total de vazios dado pela soma dos vazios da mistura mais o volume ocupado pelo asfalto. tV Vv Vv % Relação Betume – Vazios (RBV) Esta relação indica qual a porcentagem de vazios do agregado mineral é preenchida por betume. Se % RBV = 100 todos os vazios da mistura estariam preenchidos de asfalto. Se %RBV = 0 mistura sem asfalto. Características Especificadas Volumetria • Densidade Efetiva dos Agregados: De ag • Densidade Máxima da Mistura (Teórica ou Medida): DMT ou DMM Mistura não-compactada • Densidade Aparente da Mistura: Da • Volume de Vazios: Vv • Vazios no Agregado Mineral: VAM • Relação Betume-Vazios: RBV Mistura compactada Volumetria Vv VAM VCB RBV=VCB/VAM Ampliar + Ampliar + Massa Específica Máxima Medida Massa Específica Máxima Medida Massa Específica Máxima Medida Método RICE (MISTURAS NÃO COMPACTADAS) Definido como a razão entre o peso de agregados e o peso de ligante pelo volume de agregados, volume dos poros impermeáveis, volume dos poros permeáveis não preenchidos com asfalto e volume de asfalto; Essencial para o cálculo de ligante absorvido e do teor de vazios em misturas compactadas. Gmm = A / (A + B – C) Onde: A - peso da mistura seca no ar B - peso do frasco + água C - peso do frasco + água + mistura ASTM 2041 VOLUME DO AGREGADO VAZIOS IMPERMEÁVEIS VOLUME DE VAZIOS NÃO PREENCHIDOS COM ASFALTO VOLUME DE VAZIOS PREENCHIDOS COM ASFALTO DOSAGEM DO CONCRETO BETUMINOSO Para a dosagem do concreto asfáltico, normalmente devem ser vencidas as seguintes etapas: I. Escolha dos agregados e material asfáltico; II. Determinação das porcentagens dos agregados e filler devem contribuir na mistura. III. Determinação do teor ótimo de asfalto. IV. Comparação da mistura estudada com as exigências das especificações com relação aos vazios de ar, vazios do agregado mineral, granulometria e estabilidade. Na dosagem do concreto asfáltico podem ser usados vários métodos como por exemplo: Marshall, Hubbard Field, Triaxial, Hveem, Ruiz, SUPERPAVE, etc. Os organismos rodoviários brasileiros (DNIT, DERs, etc) recomendam o método Marshall para dosagem do concreto asfáltico. DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DE INTERESSE E DAS CARACTERÍSTICAS MARSHALL DA MISTURA: São moldados CPs com % crescentes de asfalto: → 4 a 8%. Os CPs tem a forma cilíndrica, apresentando: → D = ~10 cm e H = 6,35 cm São compactados através de soquete que age sobre a mistura em um cilindro padronizado. APÓS A CONFECÇÃO DOS CPS PODEM SER CALCULADOS OS SEGUINTES PARÂMETROS: Densidade Real (DMT) Densidade Aparente (Da) % de Vazios (%Vv) % dos Vazios do agregado Mineral (%VAM) Relação Betume-Vazios (%RBV) APÓS OS CÁLCULOS INICIAIS, OS CPS PODEM SER SUBMETIDOS AOS ENSAIOS MECÂNICOS: Estabilidade (f) e Fluência Marshall (E) Resistência à Tração (RT) DOSAGEM DO CBUQ PELO MÉTODO MARSHALL Determinação do teor ótimo de ligante: A medida que se varia o teor de ligante, a DMT, Da, E, Vv, VAM e RBV também sofrem variações. O teor de ligante de projeto será aquele que satisfizer, ao mesmo tempo, os limites especificados para os vários parâmetros de interesse. O Teor de ligante de Projeto pode ser expresso: % de asfalto, em peso, em relação à mistura ou % de asfalto, em peso, em relação aos agregados. Exemplo: Suponhamos 3 materiais Agregado graúdo = 65% Agregado miúdo = 31% Filler = 4% Suponhamos que a % encontrada para o teor de ligante seja 6%, sobre 100% da mistura de agregados. Tem-se 2 maneiras de explicitar o traço da mistura: Mais usual 6 ___ 106 X ___ 100 X = 5,66 5,66 ___ 94,34 (100-5,66) X ___ 100 X = 6,00 CURVAS DE PROJETO Densidade Aparente (Da) Porcentagem de vazios (Vv) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 V v ( D N E R ) Teor de Ligante (%) Relação Betume-Vazios (RBV) 40 50 60 70 80 90 100 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 R B V ( D N E R ) Teor de Ligante (%) % de Vazios do Agregado Mineral (VAM) 14,0 14,5 15,0 15,5 16,0 16,5 17,0 17,5 18,0 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 V A M ( D N E R ) Teor de Ligante (%) Estabilidade Marshall (E) 850,0 900,0 950,0 1000,0 1050,0 1100,0 1150,0 1200,0 1250,0 1300,0 4 4,5 5 5,5 6 E ( K g ) Teor de Ligante (%) Fluência (f) Determinação do teor ótimo de ligante: O teor ótimo de ligante é adotado como sendo o valor médio dos seguintes teores de asfalto: I. % de asfalto correspondente à máxima E II. % de asfalto correspondente à máxima Da III. % de asfalto correspondente à média dos limites estabelecidos nas especificações para o Vv IV. % de asfalto correspondente à média dos limites estabelecidos nas especificações para a RBV Teor de projeto = TE + Td + Tvv + TRBV 4 Na Prática Tp Observações: • Após a definição do teor ótimo de asfalto deve-se estabelecer uma faixa de trabalho para este valor. Para o CBUQ esta variação é normalmente de 0,3%. • O teor ótimo de ligante assim determinado deve ser conferido em todas as curvas traçadas, e caso não satisfaça alguns dos limites impostos pelas especificações, uma novamistura deverá ser adotada. 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 V v ( D N E R ) Teor de Ligante (%) 40 50 60 70 80 90 100 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 R B V ( D N E R ) Teor de Ligante (%) 40 50 60 70 80 90 100 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 R B V ( D N E R ) Teor de Ligante (%) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 V v ( D N E R ) Teor de Ligante (%) 14,0 14,5 15,0 15,5 16,0 16,5 17,0 17,5 18,0 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 V A M ( D N E R ) Teor de Ligante (%) 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 R e s is tê n c ia à T ra ç ã o ( M p a ) Teor de Ligante (%) 500 700 900 1100 1300 1500 1700 1900 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 E s ta b il id a d e ( K g ) Teor de Ligante (%) Teor de Ligante t (%) Densidade Aparente d Densidade Máxima Teórica DMT Teor de Vazios Vv (%) Vazios do Agregado Mineral VAM (%) Relação Betume Vazios RBV (%) Estabilidade E (Kgf) Resistência à Tração RT (MPa) 4,7 2,334 2,520 7,38 17,79 58,52 870 0,89 5,0 2,360 2,509 5,94 17,14 65,34 930 0,96 5,3 2,373 2,498 5,00 16,93 70,47 1150 1,03 5,6 2,396 2,487 3,65 16,38 77,72 1250 1,16 5,9 2410 2,476 2,67 16,16 83,48 1100 1,08 Exemplo Numérico y = -3,9033x + 25,616 R² = 0,9956 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 4 4,5 5 5,5 6 V v ( % ) Teor de Ligante (%) y = 20,767x - 38,957 R² = 0,998 40 50 60 70 80 90 100 4 4,5 5 5,5 6 R B V ( % ) Teor de Ligante (%) y = 0,0627x + 2,0425 R² = 0,9886 2,30 2,32 2,34 2,36 2,38 2,40 2,42 2,44 4 4,5 5 5,5 6 d Teor de Ligante (%) y = -1,34x + 23,982 R² = 0,9697 16,0 16,2 16,4 16,6 16,8 17,0 17,2 17,4 17,6 17,8 18,0 4 4,5 5 5,5 6 V A M (% ) Teor de Ligante (%) 850,0 900,0 950,0 1000,0 1050,0 1100,0 1150,0 1200,0 1250,0 1300,0 4 4,5 5 5,5 6 E ( K g ) Teor de Ligante (%) 0,8 0,9 0,9 1,0 1,0 1,1 1,1 1,2 1,2 4 4,5 5 5,5 6 R T ( M P a ) Teor de Ligante (%) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Bloco 8 Técnicas Executivas: Usinas Asfálticas a Quente ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos A qualidade da execução é determinante no conforto ao rolamento e desempenho de longo prazo de revestimentos asfálticos de pavimentos. A execução de revestimentos asfálticos pode ser feita de forma apropriada com diferentes técnicas, cada uma adequada a combinações específicas de fatores tais como temperatura, espessura do revestimento, propriedades dos materiais, entre outras. Importância da Execução ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Principais Fatores da Execução Preparação da superfície Operação de usinas de asfalto Transporte de misturas asfálticas ou materiais Lançamento de misturas asfálticas ou materiais Compactação ou compressão ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Operação de Usinas de Asfalto a Quente A produção de forma apropriada das misturas asfálticas é condição fundamental para o correto desempenho dos revestimentos. Uma usina de asfalto é um conjunto de equipamentos mecânicos e eletrônicos interconectados, de forma a produzir misturas asfálticas. Variam em capacidade de produção e podem ser estacionários ou móveis. O objetivo básico da usina de asfalto é proporcionar de forma adequada a mistura de frações de agregados, aquecer esta mistura e o ligante asfático e misturar o agregado ao ligante, produzindo misturas asfálticas dentro de características previamente especificadas. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Operações Básicas na Produção de Misturas Asfálticas a Quente Estocagem e manuseio apropriados dos materiais componentes das misturas asfálticas na área da usina. Adequado proporcionamento e alimentação do agregado frio no secador. Secagem e aquecimento eficiente do agregado à temperatura apropriada. Controle e coleta eficiente de pó no secador. Adequado proporcionamento, alimentação e mistura do ligante asfáltico com o agregado aquecido. Correta estocagem, distribuição, pesagem e manuseio das misturas asfálticas produzidas. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Estocagem de Agregados na Área da Usina ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Proporcionamento e Alimentação do Agregado Frio no Secador ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Secagem e Aquecimento do Agregado a Temperatura Apropriada ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tipos de Usinas de Asfalto a Quente Existem dois tipos básicos de usinas de asfalto. A usina por batelada, que produz quantidades individuais de misturas asfálticas; e as usinas drum mix, onde a produção é contínua. Os dois tipos de usinas têm condições de produzir atualmente as misturas asfálticas em uso corrente. Não existem misturas asfálticas com características particulares que condicionem sua produção em um tipo específico de usina. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usinas por Batelada (gravimétricas) 1. Silos frios 2. Depósito de ligante asfáltico 3. Correia alimentadora 4. Secador / aquecedor 5. Elevador quente 6. Peneirador / separador 7. Silos quentes de agregados 8. Alimentador de reciclado 9. Entrada de ligante e misturador 10. Correia transportadora 11. Silos quentes da mistura 12. Área de carregamento do estocado 13. Sala de controle 14. Sistema de controle e filtragem de gases e pó 15. Área de carregamento direto ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usinas por Batelada (gravimétricas) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usinas por Batelada (gravimétricas) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usinas Drum Mix (contínuas) 1. Silos frios 2. Correia alimentadora 3. Depósito de ligante asfáltico 4. Tambor secador, aquecedor e misturador 5. Alimentador de reciclado e posterior entrada de ligante 6. Correia transportadora 7. Silos quentes 8. Sala de controle 9. Sistema de controle e filtragem de gases e pó ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usinas Drum Mix (contínuas) ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usinas Drum Mix (contínuas) Sala de controle em Usina Drum Mix ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tipos de Secadores Secadores por contra-fluxo - usados em usinas por batelada e drum mix. o agregado movimenta-se no sentido contrário ao do queimador. Secadores de fluxo paralelo – usados em usinas drum mix. o agregado movimenta-se no mesmo sentido do queimador. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fonte: Ciber Ltda. INÍCIO Tipos de Secadores ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fonte: Ciber Ltda. INÍCIO Tipos de Secadores ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Fonte: Ciber Ltda. INÍCIO Tipos de Secadores ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Tipos de Secadores Vista interna de um tambor secador ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Controle e Coleta de Pó no Secador Fonte: Ciber Ltda. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Nas Usinas Drum Mix a Produção de Misturas Asfálticas é Caracterizada por Controle de graduação na alimentação fria. Medida de fluxo de agregado por pesagem em movimento na correia. Proporcionar o ligante asfáltico em conformidade com o fluxo de agregado. Produção contínua de mistura asfáltica. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usina Drum Mix Móvel Fonte: Ciber Ltda. ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Calibragem das Usinas Usinas Contínuas Usinas Descontínuas Silos frios Velocidade da correia Vazão do ligante Silos frios Silos quentes Velocidade da correia Vazão do ligante ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Calibragem das Usinas QUANTIDADE NECESSÁRIA DE AGREGADO S1 ... 80x 20% x (100-teor de ligante) = 80X20% x 0,94 = 15,04 t/h S2 ... 80x 30% x (100-teor de ligante) = 80X30% x 0,94 = 22,56 t/h S3 ... 80x 50% x (100-teor de ligante) = 80X50% x 0,94 = 37,60 t/h LIGANTE ............................................= 80 X 6% x 1,00 = 4,80 t/h TOTAL = 80 t/h Exemplo de Mistura: Agregado 1 ------------------ 20% Agregado 2 ------------------ 30% Agregado 3 ------------------ 50% ------- 100% Capacidade da Usina = 80 t/h ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Calibragem das Usinas / Exemplo de Calibragem QUANTIDADE NECESSÁRIA DE AGREGADO E LIGANTE COMPRIMENTO DA CORREIA = 20m TEMPO PARA UMA VOLTA COMPLETA = 30s VELOCIDADE = [( 20/30)x3600] = 2.400 m/h S1 ... 15,04 / 2400 = 6,26 Kg/m DE CORREIA S2 ... 22,56 / 2400 = 9,40 Kg/m DE CORREIA S3... 37,60 / 2400 = 15,66 Kg/m DE CORREIA LIGANTE .... = 4.800 Kg/h = 1,33 Kg/s ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usinas Asfálticas a Frio A produção de misturas asfálticas a frio em usinas é realizada em equipamentos onde não há a preocupação com temperatura e secagem dos componentes. Fonte: CONSMAQ ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos Usinas Asfálticas a Frio O Ensaio de Tração Diametral indireta Prof. Lobo Carneiro (1943) t d dt F t 2 x y F F y (compressão) dt F2 X dt F C 6 PLANO VERTICAL Desenvolvido por Bruce Marshall para o Mississippi Highway Department na década de 1930. US Army Corps of Engineers (USACE) começou a estudar em 1943 para 2ª Guerra Mundial (aeroportos). Soquete de 10 lb, 50 golpes/face, queda 18”; Procedimento Marshall A DEFORMABILIDADE EM MISTURAS ASFÁLTICAS A previsão das tensões e deformações provenientes do tráfego e do clima que atuam na estrutura de um pav. é feita por métodos de cálculo que levam em consideração os esforços atuantes e as características de deformabilidade dos materiais que compõem o pav. Para se efetuar a análise de deformabilidade de uma estrutura é necessário conhecer as relações entre tensão e deformação de seus materiais constituintes. Os ensaios de cargas repetidas procuram simular os efeitos e as condições reais de solicitação dos esforços gerados pela passagem das cargas de tráfego em uma estrutura de um pavimento. Tanto o pavimento quanto o subleito estão sujeitos a uma solicitação dinâmica provenientes de cargas de diferentes intensidades e variadas frequências ao longo do dia e do ano. MEDINA (1997), O Comportamento Dinâmico de Misturas Asfálticas Existem vários procedimentos de laboratório para se analisar o comportamento dinâmico de misturas betuminosas, podendo-se citar : (a)módulo complexo (dinâmico); (b)módulo elástico (flexão) (c)módulo diametral (resiliente ou indireto). O Módulo de Resiliência (MR) é análogo ao módulo de elasticidade E, sendo ambos definidos como relação entre tensão () e deformação (). A diferença é que o Módulo de Resiliência é determinado em ensaio de carga repetida. A determinação do Módulo de Resiliência de concreto asfáltico pode ser feita por vários tipos de ensaios de cargas repetidas. Os ensaios mais comumente usados são os seguintes: 1- ensaio de tração uniaxial 2- ensaio de compressão uniaxial 3- ensaio de flexão em viga 4- ensaio de tração diametral indireta 5- ensaio de compressão triaxial O Conceito de Módulo de Resiliência de Misturas Asfálticas O ensaio dinâmico consiste em se solicitar uma amostra cilíndrica, por uma carga de compressão F distribuída ao longo de duas geratrizes opostas, sob frisos de cargas, e medir as deformações resilientes ao longo do diâmetro horizontal, perpendicular à carga F aplicada repetidamente A forma mais usual de medir-se o MR de misturas asfálticas é através do ensaio de compressão diametral por cargas repetidas. As deformações diametrais e horizontais são medidas através de medidores eletromecânicos tipo LVDT. Este tipo de medida da relação x passou a ser designado de Módulo de Resiliência ou Resiliente. Ensaio de Compressão Diâmetral por Cargas Repetidas • O ensaio teve como base de desenvolvimento os estudos realizados pelo Prof. Lobo Carneiro; • Também conhecido como Ensaio de Tração Indireta; • A carga sob um carregamento de compressão na vertical, causa uma tensão horizontal no CP. • Freqüência: 1 Hz com duração de 1s • Temperatura do ensaio é controlada a 25oC t d cilindrocilindro pressãopressão pistãopistão amostraLVDTLVDT ar comprimidoar comprimido ffrisoriso O MR é definido por: 2692,09976,0 t F MR 12.7mm12.7mm deformação específica resiliente horizontal para d = 10,16 cm Características do Equipamento de Ensaio (segundo ASTM D4123) Equipamento capaz de aplicar pulso de carga na forma (1- cos(q)). Freqüência de aplicação - 1Hz. Duração do Pulso - 0,1s. Repouso - 0,9s (apenas com aplicação de pressão de contato). Dispor de câmara de temperatura regulável para as temperaturas de 5, 25, e 40°C (41, 77, 104°F) com precisão de +ou- 1,1°C. Cilindro hidráulico capaz de aplicar cargas com resolução de 4,45N - (1 lbf). Valores Típicos de MR para Misturas Asfálticas:0 5000 10000 15000 20000 25000 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 Teor de Ligante (%) M ód ul o de R es ili ên ci a (M Pa ) 10°C 25°C 35°C 8000 10000 12000 14000 16000 18000 20000 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 Teor de Ligante (%) M R - 10 °C (M Pa ) 100 giros 75 giros 75 golpes Vida de Fadiga de Misturas Asfálticas • Com o ensaio de compressão diametral também é possível estimar- se a vida de fadiga; • O ensaio é realizado em no mínimo 3 CP Marshall até a ruptura; • Temperatura constante (25oC); • As tensões aplicadas vão de 10% a 40% da carga de ruptura de um CP do ensaio de tração indireta estático. VARIAÇÃO DE TENSÕES NO ELEMENTO II tempo tempo tempo acima do eixo neutro abaixo do eixo neutro 3 3 CONCRETO ASFÁLTICO BASE hs hi Distribuição de tensões sob a roda compressão tração hs hi Tensões no Revestimento h v VARIAÇÃO DE TENSÕES NO ELEMENTO II 1 2 3 tempo tempo tempo acima do eixo neutro abaixo do eixo neutro 1 1 2 2 3 3 1 2 3 I II III Movimento Revestimento Direção das tensões principais VARIAÇÃO DE TENSÕES NO ELEMENTO II tempo tempo tempo acima do eixo neutro abaixo do eixo neutro 3 3 Vida de Fadiga = h - v h = t v = c c = -3t = t - c = t - (-3t) = t + 3t = 4t Vida de Fadiga Modelos de Representação: 103 104 105 106 0.1 1.0 10 100 102 N (kg/cm2)
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